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Faculdade de Ciências Aplicadas Dr. Leão Sampaio Relatório de Prótese Fixa Restaurações provisórias Introdução Utilizadas durante o tempo que transcorre entre o preparo e a restauração definitiva. Através das coroas provisórias é possível fazer uma análise do preparo – por exemplo se as retenções são adequadas -, proteger o periodonto e ajudando em sua cicatrização, proteção ao complexo dentino-pulpar; auxilia na manutenção do elemento em função e no restabelecimento temporário da estética assim como providencia ao profissional a possibilidade de mostrar ao paciente como será o resultado final. Dentre suas características ideias está a adaptação precisada coroa, sem subcontornos ou sobrecontornos e com resistência e retenção adequadas; devem ser esteticamente aceitáveis e fáceis de higienizar, de baixo custo e com possibilidades de serem reembasadas caso necessário. A boa adaptação do coroa provisória é de suma importância. Uma das consequências dessa má adaptação é a possibilidade de haver infiltração marginal, principalmente devido ao alta solubilidade dos agentes cimentantes. A consequência disso será a hipersensibilidade, podendo também acarretar lesões cariosas e danos à polpa. No caso de hipersensibilidade deve ser avaliados fatores como a adaptação, mas também o cimento utilizado, a qualidade do preparo – se houve exposição dos túbulos dentinários, hábitos parafuncionais e alimentares, e a oclusão do paciente – este último pois poderá haver uma sobrecarga no elemento devido a contato dentário prematuro, por exemplo. Em último caso, deve se avaliar a possibilidade de um tratamento endodôntico. Restaurações provisórias são diferentes das restaurações definitivas em forma, função e estética. As coroas provisórias podem ser confeccionadas através de técnicas diretas ou técnicas indiretas e de acordo com o material podem ser confeccionadas com Resina Acrílica Ativada Quimicamente (RAAQ), Resina Acrílica Ativada Termicamente (RAAT), Resina Composta (menos comum de serem utilizadas) e com dentes de estoque. Esse matérias são avaliados segundo seu tempo de presa – que contribui para o tempo de trabalho -, se biocompatível, se possui boa estabilidade dimensional, facilidade de acabamento e reparo, resistência a abrasão, se compatível com os cimentantes e sua estética. A RAAQ por exemplo, possui bom tempo de trabalho, praticidade e a possibilidade de seleção da cor, porém possui baixa dureza e resistência a abrasão e sua cor é instável. A RAAT por sua vez tem melhor resistência a abrasão, melhor estabilidade de cor e polimento, porém tem o custo mais alto e precisa de mais passos clínicos. Técnicas para confecção Técnica direta Moldagem prévia Moldagem Preparo Isolar preparo Escolha de cor da resina Manipular resina Colocar no molde e levar em posição Reembasamento Remover excesso Checar linha do término Acabamento Ajustes Acabamento e polimento Observações: observar adaptação cervical, contatos prematuros e forma como coroa emerge. Impressão do dente antagonista Elemento vital ou não-vital com preparo ou núcleo. Prepara e isolar com vaselina Manipular resina e esperar até a fase plástica. Colocar resina sobre o dente isolado Pedir para o paciente ocluir Observar guias de orientação oclusal e contatos oclusais e proximais. Reembasamento Escultura Ajuste oclusal Acabamento e polimento. Dentes de estoque Utilizados em dentes vitais ou não-vitais com preparo ou sobre núcleo. Vantagens: estética e forma, são resistentes, possuem variedade e estabilidade de cor. Escolha do dente – pelo tamanho, formato e cor. Realizar desgaste para adaptação do preparo – na palatina e na cervical, em áreas exclusivamente não estéticas. Passar resina pó e liquido na faceta, realizar leve desgaste para melhor união na área e colocar resina na palatina do preparo. Reembasamento Marcar término Remover excessos Ajuste oclusal Acabamento e polimento Pinos intraradiculares Para dentes não-vitais com tratamento endodôntico Providencia retenção, e deve-se estar atento uma vez que elementos dentários tratados endodonticamente tem sua estrutura mais fragilizada. Utiliza fio ortodôntico ou metal pin. Criar retenções no metal pin. Isolar conduto. Modelar o pino com resina pó e liquido, colocando no conduto. Levar o pin ao conduto e o remover. É importante fazer isso algumas vezes para que a resina não tome presa dentro do conduto, dificultando sua remoção. Reembasar – o conduto está copiado. Colocar o provisório sobre o pino, com qualquer técnica de escolha, fazendo a cimentação na embocadura do conduto. Técnica indireta Maior durabilidade clínica Maior resistência Menor risco de resposta pulpar Maior lisura superficial Melhor estética Maior custo e tempo para preparo. Observação: o cozimento providencia maior resistência a coroa provisória. É feita através do enceramento e sempre deve ser reembasada. Retentores intraradiculares Núcleos intraradiculares ou de preenchimento são indicados para dentes com coroas com extensa destruição coronal, sem remanescente suficiente para prover resistência estrutural ao material de preenchimento. Utilizada em dentes mais frágeis, se utiliza de técnicas que visam restituir a anatomia dentária e garantir retenção a prótese, variando de acordo com o grau de destruição. Nesses casos, a força mastigatória guia-se do núcleo, para o pino, então raiz, periodonto e osso, garantindo mais resistência a estrutura já fragilizada pelo tratamento endodôntico. Pinos São estruturas intradentárias, que são responsáveis por reter o núcleo ao dentes. Como propriedade ideias devem ter propriedades físicas semelhantes a estrutura dentinária, boa adesão a esta estrutura, biocompatibilidade, amortecer impactos e os direcionar ao periodonto, evitando-os na estrutura dentária remanescente e de fácil remoção. Os tipos de pinos mais utilizados são os de fibra de vidro e os metálicos, e as técnicas se dividem em técnica direta (de preenchimento e complemento) e indireta. Os pinos de fibra de vidro se utilizam sempre de técnicas diretas enquanto os metálicos podem ser de ambas. Na técnica direta, molda-se sobre o próprio dente, enquanto que na técnica indireta, o pino é moldado e então enviado ao laboratório. Quanto ao número de partes, os pinos podem ser de corpo único, bi-partido ou tri-partido. Quando em mais de uma parte, funcionam como um quebra-cabeças que se encaixam como um monobloco na parte coronária. São utilizados em dentes com mais de uma raiz, aonde o primeiro pino é fabricado na raiz mais volumosa. Nesta raiz, se preserva 4mm de material obturador ou o comprimento do pino deve ter metade da crista óssea, enquanto a outra raiz atuará como elemento anti-rotacional. Os pinos metálicos são bastante utilizados, embora possuam certas características pouco desejáveis. Como sua difícil remoção e propriedades físicas diferentes da dentina, com um alto modulo de elasticidade. Os pinos de preenchimento em Resina possuem certas vantagens, como boa adesividade a estrutura, e por isso menos necessidade de desgastes da estrutura remanescente, modulo de elasticidade semelhante com a dentina, bom reforço da estrutura dentária, resistência a fraturas. Porém, é imprescindível que para sua fabricação exista no mínimo 2mm de estrutura dentária remanescente, além do que sua contração de polimerização pode gerar micro-trincas na estrutura. Pinos metálico fundidos Possuem melhor adaptação geométrica no conduto, uma vez que são modelados para este, possuindo também melhor retenção. Necessitam de pouca remoção da dentina radicular e menor risco de perfuração devido a técnica. É mais resistente, com menos risco de deformação e fratura do pino, porém, devido ao módulo de elasticidade bem maior que o da dentina, esta pode ser fraturada. Essa fratura geralmente ocorre abaixo do ápice do pino, fazendo com que ocorra a perda do elemento dentário. São necessárias mais sessões, duas no mínimo, uma para a criação do modelo padrão de acrílico, e outrapara sua fundição, enquanto que nos pinos de fibra de vidro, apenas uma sessão clínica é necessária. O custo dos metálicos é mais alto, devido a etapa laboratorial, e são menos estéticos e de difícil remoção. Os metálicos mais comuns são o de ouro, cobre-alumínio e níquel-cromo. Destes, o de ouro é aquele que possui modulo de elasticidade mais parecido com o da dentina, sendo ideal para raízes fragilizadas. Níquel- cromo possui módulo de elasticidade maior, assim como o níquel é o material alérgeno. O cobre-alumínio possui módulo de elasticidade menor, mas é mais corrosivo. As ligas metálicas são indicadas quando há pouco remanescente dentário, uma vez que os pinos pré-fabricados necessitam de no mínimo 2mm de abraçamento da estrutura. São também indicados para dentes em parafunção e pilares de prótese, devido a sua resistência, ou núcleos múltiplos, pois é mais fácil conseguir um paralelismo no laboratório. São contraindicadas em exigência estética ou coroas muito curvas. Pinos pré-fabricados O pino pré-fabricado mais utilizado é o de fibra de vidro. Dentre suas vantagens está sua facilidade e tempo, pois apenas necessita de uma sessão, e por isso tem um custo menor. São mais estéticos, possuem menos risco de contaminação do canal por tempo de exposição, módulo de elasticidade semelhante ao da dentina. Quando ocorrem fraturas, estas ocorrem na embocadura do canal, na união entre o núcleo e o pino, ocorrendo a perda da coroa, mas não do dente. São também fáceis de remover, necessitando apenas serem desgastados. Possuíam menor adaptação as paredes e retenção, mas isso mudou depois da personalização dos pinos com resina. Necessitam de no mínimo 2mm de remanescente dentário. São ideias para coroas curtas, aonde pinos metálicos podiam ocasionar mais facilmente sua fratura. Quando usar Depende de fatores como posição do dente na arcada, com quem ele oclui, sua função, se as raízes são longas ou curtas, se os canais são amplos, se são ovalados ou circulares. Independente do tipo de núcleo, é necessário que o pino tenha no mínimo 2/3 do comprimento da raiz OU que esteja 50% dentro de estrutura óssea (metade da crista óssea). É necessário um mínimo de 4mm de material obturador remanescente, e que o diâmetro seja 1/3 do diâmetro da raiz. As paredes devem ser levemente divergentes, e terem estrutura suficiente - caso não tenham preencher com resina composta – e caso os canais sejam circulares, é necessário a criação de canaletas anti-rotacionais na palatina com brocas 2200. Técnicas Metálico fundidos Preparo coronário (deixar 1mm de face de espelho, ou seja, paredes circundantes de dentina). Remover retenções na câmara pulpar com brocas largos ou gates Odontometria ( pino preenchendo 2/3 do conduto, com 4mm de remanescente do material obturador ou no mínimo metade da crista óssea). Diâmetro do pino (testar) Criar canaletas anti-rotacionais se necessário. Provas bastão de resina. Isolar conduto Manipular resina acrílica até a fase plástica. Levar ao conduto Modelar excesso para fazer porção coronária Remover e colocar várias vezes para que a resina não tome presa dentro do conduto. Preparar porção do núcleo (mesma técnica dos preparos) Levar o padrão de acrílico do núcleo e pino ao laboratório para fundição Cimentar Pré-fabricados Preparo coronário. Remover retenções na câmara pulpar com brocas largos ou gates. Odontometria ( pino preenchendo 2/3 do conduto, com 4mm de remanescente do material obturador ou no mínimo metade da crista óssea, lembrando que para esse tipo de pino o remanescente dentário tem que ser de no mínimo 2mm da parte cervical ao remanescente). Criar canaletas anti-rotacionais se necessário. Selecionar pino com diâmetro adequado. Tratar pino de acordo com o fabricante – ataque ácido, por exemplo. Isolar conduto Levar com resina composta ao conduto e fotopolimerizar. Atenção nessa parte, é necessário fotopolimerizar por 5 segundos, e então remover, e terminar a fotopolimerização fora do conduto. Cimentar a parte radicular e depois a coronário, ou as duas juntas. Lorem Krsna de Morais Sousa
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