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Direito Grego

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Direito Grego 
 
Professora Anastácia Crespo 
 
 
• Baseado nas obras de Flávia Lages de Castro e 
Ronaldo Leite Pedrosa. 
Noções Introdutórias. 
• Grécia na Antiguidade. 
 Por suas condições geográficas e econômicas, a Grécia 
na Antiguidade significava uma região. 
• Unidade cultural. 
Era uma unidade cultural, com deuses, dialetos e alguns 
hábitos em comum. 
• Cidade-Estado. 
A cidade era a associação religiosa e política das famílias 
e das tribos. O Estado Ateniense compreendia todos os 
indivíduos livres que viviam em Atenas e os que viviam 
nos territórios da Ática. 
• Grande desenvolvimento urbano nos séculos VIII 
e VII a.C. Não ocorreu de forma igual em todo o 
território, mas ocorreu pelo grande crescimento 
da população somado a uma retomada do 
progresso tecnológico, artesanal e comercial. 
• Tal progresso gerou a consequente queda das 
monarquias e início de turbulências sociais que 
produziram legislações e legisladores famosos. 
• Zaleuco, de Locros; Carondas de Catânia, Licurgo 
de Esparta, Drácon e Sólon de Atenas. 
• Apenas estes últimos têm comprovação história 
de suas existências. 
 
 Esparta 
• Fundação – século IX a.C. 
• A partir do século VII a.C. inicia-se processo de refreamento 
da evolução. Atribuído a Licurgo. 
 
• Sociedade: 
 - Espartíatas ou esparciatas – eram os dórios, guerreiros que 
recebiam educação militar especial. 
 - Periecos – eram os aqueus, tinham boas condições 
materiais de vida, mas nenhum direito político 
 - Hilotas – eram escravos de propriedade do Estado, não 
tinham proteção da lei e sua condição humana era uma das 
mais insuportáveis de todo o mundo antigo. 
 Breve análise da sociedade. 
• Os esparciatas dedicavam-se ao Estado dos 7 aos 60 anos. 
• Ao nascer eram submetidos a uma comissão especial de 
anciãos. 
• Até os 7 anos. – primeira fase. – cuidados da mãe e de amas 
especiais do governo. Aos 7 anos eram afastados de suas 
famílias. 
• Dos 7 aos 12 anos – ingressavam em um grupo militar 
comandado por um jovem espartíata, onde marchavam, 
faziam ginástica e aprendiam algo de música e leitura. 
• Dos 12 aos 17 anos – iam para o campo, sustentando-se 
apenas com seu esforço. 
• 17 anos. - Kriptia 
• Adulto – lote de terra/quartel. 
• Até os 30 anos não podiam casar. 
• 30 anos - a partir de tal idade, podiam participar da 
Assembleia, casar e deixar o cabelo crescer. 
• 60 anos – aposentavam-se e podiam tomar parte no 
Conselho dos Anciãos. 
• Meninas – recebiam praticamente o mesmo 
treinamento físico dos meninos, para que pudessem ser 
boas mães de espartíatas. Possuíam mais liberdade do 
que as mulheres de outras Cidades-Estado da 
Antiguidade. Podiam receber herança e enriquecer com 
o comércio, atividade que era totalmente vedada aos 
homens. 
 
 Economia 
• Século VIII a.C. – vasta propriedade estatal dividida em 
8.000 a 9.000 lotes, chamados cleros. 
 
• Estado –posse legal e espartíata – usufruto. As terras 
não podiam ser cedidas ou vendidas. 
 
• Escravos e lotes. Para o trabalho nas terras o Estado 
emprestava seis escravos por lote, os quais, por sua 
vez, também eram de sua propriedade. 
 
• Periecos – agricultura, artesanato, mineração e 
comércio. Tinham a propriedade das terras, mas eram 
as da periferia. 
 
Medidas “anti-econômicas” de Licurgo, 
segundo Xenofonte. 
• “Eis ainda as regras pelas quais Licurgo opôs Esparta aos outros 
gregos. Nas outras cidades, sabe-se, todos se esforçam por ganhar 
tanto dinheiro quanto possível. Um trabalha a terra, o outro arma 
um navio, um outro pratica o grande comércio, outros ainda vivem 
dos ofícios artesanais. Mas Esparta proibiu aos homens livres o 
dedicarem-se a uma atividade lucrativa e prescreveu-lhes não ter 
por dignas deles senão as actividades pelas quais as cidades se 
constituem e permanecem livres. 
• E, com efeito, por que se procuraria a riqueza em um país 
onde o legislador fixou até a contribuição de cada um dos 
produtos necessários à vida e à repartição igualitária, a fim 
de impedir a aspiração à riqueza e às doçuras a que ela 
conduz? Também 
• não é para ter bons mantos que é necessário enriquecer; é 
a beleza do corpo, não a sumptuosidade das roupas, que é 
seu ornamento. Também não precisam amontoar dinheiro 
para despender em largueza com seus comensais pois o 
legislador deu melhor renome ao esforço físico que se 
realiza para ajudar os companheiros do que às despesas 
efectuadas com eles; 
• mostrou que as primeiras são o acto da alma, as segundas da 
riqueza. Eis ainda como ele impediu que enriquecessem 
injustamente. Primeiramente instituiu uma moeda tam que 
dez minas não poderiam penetrar numa casa sem o 
conhecimento dos senhores dos domésticos (pelo seu grande 
tamanho e peso): uma tal soma teria a necessidade de um 
grande espaço e de uma carroça para transportar. Para mais, o 
ouro e a prata são objeto de buscas e se se descobre alguma 
em qualquer lado, o seu possuidor é castigado. Por que se 
esforçaria, pois alguém para ganhar dinheiro onde a sua 
posse arranja mais aborrecimento que o seu uso prazeres?” 
 
 
 
• XENOFONTE apud AUSTIN, Michel et. alli. 
Economia e sociedade na Grécia antiga. 
Lisboa: 70, 1986, p. 63. 
 Política 
• Diarquia. 
• Gerúsia – gerontes escolhidos por aclamação. Eram em 
número de 28. Eram os cidadãos acima de 60 anos, 
que tinham cargo vitalício e eram escolhidos por 
aclamação na Assembleia. Escolhia, sob aclamação da 
Assembleia, o poder executivo, os Éforos. 
• Ápela ou Assembléia – órgão composto exclusivamente 
por espartíatas, era apenas um órgão consultivo, visto 
que decidia por aplauso. 
• Conselho dos Éforos.- cinco magistrados, com mandato 
de um ano que tinham por função cuidar da educação 
dos crianças espartíatas, fiscalizar a vida pública e 
julgar os processos civis. 
 Exerciam a Chefia de Governo. Reeleição ilimitada. 
 
 
 
 
 
 
 
 Cultura e Ideologia 
• Séculos VIII a IV a.C. – característica cultural - 
MILITARISMO. 
 
• Xenofobia – é a aversão, desconfiança, temor ou antipatia 
por pessoas estranhas ou por tudo que venha de outro 
lugar. 
 
• Xenelasia – é o banimento ou impedimento de estadia de 
estrangeiros. 
 
• Laconismo –ocorre quando se fala apenas o mínimo 
necessário, e ainda assim, utilizando-se o menor número 
de palavras possível. 
 ATENAS 
 Atenas 
• Situa-se na Península da Ática , protegida por montanhas. Sua 
situação geográfica protegeu-a das invasões, principalmente dos 
dórios. 
 
• No século VIII a. C. a economia de Atenas era basicamente rural. 
Porém, as atividades artesanais e comerciais já despontavam. 
 
• Sociedade: 
 - Eupátridas – cidadãos com direitos políticos e participantes do 
governo. 
 -Georgoi – agricultores que possuíam terras pouco férteis junto às 
montanhas. 
 - Metecos – estrangeiros – pagavam impostos e prestavam o serviço 
militar. 
• Os georgoi se viram em situação difícil, pois com a 
importação de cereais e algumas crises climáticas, a 
concorrência os aniquilava, gerando endividamento 
cada vez maior com os eupátridas, que monopolizavam 
o poder e também as melhores terras, possuindo-as 
em latifúndios cultivados por rendeiros ou escravos. 
• Esse endividamento gerava não apenas a perda das 
terras, mas também a penhora do próprio corpo, ou 
seja, a escravidão por dívidas. 
• Aqueles que não se tornavam escravos, saíam do 
campo, indo para a cidade, engrossando as fileiras dos 
desvalidos. 
• Os eupátridas monopolizavam o poder, tanto na época 
em que ainda existia um rei, bem como após, quando 
passaram a governarsozinhos, formando uma 
Oligarquia. 
 
• Empobrecimento dos georgois aliado à insatisfação dos 
comerciantes e artesãos ricos e insatisfeitos 
 
 
 
 
• Partido Popular 
 
 
 
• Partido Aristocrático 
 
• A crise era grave porque a aristocracia não tinha mais o 
monopólio de armas. Com a introdução de armas mais 
baratas, os pobres puderam armar-se também, 
participar do exército e, (porque não?), exigir também 
maior participação política. 
 
• No meio desta luta entre os dois partidos, um 
aristocrata, de nome Cílon (623 a.C.), tentou tomar – 
sem sucesso – o poder à força e, como a resposta do 
Partido Popular foi imediata, a oligarquia se viu 
obrigada a lhes oferecer, para acalmá-los, reformas. 
 
• Tais reformas, vieram a partir dos legisladores, sendo o 
primeiro chamado Drácon. 
• Drácon – 621 a.C. 
 
• Eupátrida . 
• Leis. 
• Todo erro era uma ofensa às divindades. 
• Crime religioso. 
• Limitação de acesso à Justiça. 
• Lista dos devedores públicos. 
• Lista dos culpados por delitos. 
• Havia democracia. 
• Órgãos do governo. 
 
• Arcontado – possuía nove membros, que eram 
eleitos pela Assembleia. Administrava a Cidade. 
• Senado – possuía quatrocentos membros, e eram 
os consultores dos arcontes. Eram escolhidos 
pelas tribos e referendados pela Assembleia. 
• Areópago – era composto pelos ex-arcontes, e a 
ele cabia rever as decisões da Assembleia. 
• Assembleia – órgão composto pelos eupátridas. 
• Drácon não resolveu o problema social e nem o 
problema político. 
• Partido Popular exige reformas. 
 
• Sólon – 594 a.C. 
• Aristocrata de nascimento e comerciante de 
profissão. 
• Tomou várias decisões apaziguadoras, trazendo a 
paz e o desenvolvimento à Atenas. 
 
 
PRINCIPAIS MEDIDAS: 
 
• Redivisão dos homens livres, em quatro categorias, 
conforme a renda. 
• Eunomia – igualdade de todos perante a lei. Está em 
todos os artigos que escreveu. Atingiu toda a economia, 
sociedade e política. 
• Regulamentou a cobrança de juros. 
• Redução dos impostos. 
• Boulé, órgão deliberativo e executivo por excelência, 
controlava a organização militar da cidade e as finanças 
do Estado, presenciava as vendas dos bens confiscados, 
vigiava a cobrança dos impostos e determinava as 
despesas em função das receitas existentes etc. 
• Previu o testamento. 
• Determinou que a herança fosse dividida entre todos os 
irmãos, excetuando as filhas. Antes a herança era 
exclusiva dos primogênitos. 
• Proibição de venda das filhas pelo pai. 
• Os pais foram obrigados a ensinar os filhos a ler e 
escrever. 
• Maior acesso à Justiça, tendo em vista que qualquer 
pessoa que se sentisse ofendida poderia queixar-se, e 
com isso, houve maior equilíbrio entre as classes. 
• Incentivo à ida de artesãos estrangeiros para Atenas, 
barateando desse modo, os custos dos produtos e 
tornando-a uma Cidade-Estado exportadora. 
 
 
• Sistema de pesos e medidas único. 
• Concedeu anistia, perdoando os crimes políticos. 
• Decretou a SEISACHTEIA, a qual consistia na 
suspensão dos marcos de hipoteca, devolução das 
terras aos antigos proprietários e proibição da 
escravidão por dívidas. 
• Política – comando dos mais ricos. Sólon pensava 
através da economia. Desse modo, no comando 
efetivo ficaram os mais ricos e abaixo situavam-se 
aqueles que possuíam menos riquezas. 
• Atenas produziu Sócrates, Platão e acolheu Aristóteles. 
• Sócrates é conhecido pelos escritos de seus discípulos 
Platão e Xenofonte. Sócrates foi o pioneiro do que 
atualmente se define como Filosofia Ocidental. 
Nascido em Atenas, por volta de 470 ou 469 a.C. Ele 
desprezava a política e não se adaptava à vida pública, 
embora tenha exercido algumas funções no quadro 
político, inclusive como soldado. Seu método filosófico 
ideal era o diálogo, através do qual ele se comunicava 
da melhor forma possível com seus contemporâneos, 
no esforço de transmitir seus conhecimentos para os 
cidadãos gregos. Foi condenado à morte em 399 a. C. 
pela busca da verdade. 
 
 
• Platão – conclui que a corrupção em Atenas era 
incorrigível. É considerado um dos principais 
pensadores gregos, pois influenciou 
profundamente a filosofia ocidental. Segundo 
Platão, o espírito humano se encontra 
temporariamente aprisionado no corpo material, 
no que ele considera a ‘caverna’ onde o ser se 
isola da verdadeira realidade, vivendo nas 
sombras, à espera de um dia entrar em contato 
concreto com a luz externa. Para ele, tudo nasce, 
se desenvolve e morre. O Homem deve, porém, 
transcender este estado, tornar-se livre do corpo 
e então ser capaz de admirar a esfera inteligível, 
seu objetivo maior.Em 387 a.C, fundou a 
Academia, uma escola de filosofia com o 
propósito de recuperar e desenvolver as ideias e 
pensamentos socráticos. 
• Aristóteles - é considerado um dos principais filósofos 
da Antiguidade, ao lado de Sócrates e Platão. Nasceu 
na Estagira, em Calcídica, situada no litoral norte do 
Mar Egeu, no ano de 384 a.C. Com aproximadamente 
dezesseis ou dezessete anos, ele partiu para o centro 
cultural da Grécia, Atenas, optando pela Academia 
fundada por Platão. 
• Aristóteles é considerado um dos mais fecundos 
pensadores de todos os tempos. Suas investigações 
filosóficas deram origem a diversas áreas do 
conhecimento. Entre outras, podem-se citar a biologia, 
a zoologia, a física, a história natural, a poética, a 
psicologia, sem falar em disciplinas propriamente 
filosóficas como a ética, a teoria política, a estética e a 
metafísica. 
 
• No ano de 343 a.C., Aristóteles é convidado pelo Rei 
Filipe II para exercer o cargo de preceptor do Príncipe 
Alexandre, posto no qual ele permanece até 336 a.C., 
quando o nobre assume o trono. Retornando a Atenas, 
treze anos depois de sua partida, ele inaugura sua 
própria escola, próxima ao templo de Apolo Lício, 
sendo por isso conhecida como Liceu. Ela também era 
apelidada de peripatética, dado ao hábito do filósofo 
de transmitir seus ensinamentos em uma palestra 
ministrada durante tranquilo passeio pelas veredas do 
Ginásio de Apolo. Este estabelecimento de ensino seria 
a real sucessora da Academia platônica.

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