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/' Capítulo 12 ESCOAMENTO EM RIOS E RESERVATÓRIOS Carlos E. M. Tucci .2.1 Escoamento em regime permanente: remanso No capítulo 10 foram apresentadas as equações unidimensionais do oamento não-permanente. O escoamento em regime permanente é um caso particular daquelas equações. Em navegação, controle de inundação e qualidade ti" água, entre outros, toma-se necessário a determinação da linha de água do amento em rios para uma situação de regime permanente. O cálculo da linha cIo água é denominado muitas vezes de remanso, porque é realizado para verificar o represamento provocado no rio. A determinação da linha de água do amcnto unidimensional gradualmente variado no espaço é descrita a seguir, PI",ssupondo alguns conhecimentos básicos de Hidráulica. ',(Iunção básica A equação de energia entre duas seções é a seguinte (figura 12.1) E1 = E2 (12.1) I fluiu n I c E2 são as energias das seções 1 e 2, respectivamente. lubstituindo na equação 12.1 a energia do escoamento para as seções 1I\lllI'lonndas resulta 2 2 aI \v. ~ V2 21 + -- = Z:2 + -- + hr (12.2) 2 g 2 g inaulnr r 11r 11 111 I 11\ \) \ 444 Hidrologia hs = c I (Xl y21/2g - <X2 y22/2g I (12.4) onde x2 ht = f sr dx x l (12.5) onde C =. coeficiente de contração ou expansão; áx = distância entre as seções; Sr = declividade da linha de perda de carga linear, expressa por uma equação de movimento uniforme como a equação de Manning ou Chezy. Utilizando Manning fica Q2 nZ Sf=-- R413 AZ (12.6) r-=:: I PLANO DE ENERGIA II Q---- .,'~';': I\x hf 2V2 29 ~ LINHA DE ÁGUA Z2 UN flI 1"1 fiNO /lI tH I I ',f"Nf I 11I11 I:J..I. )1"1 01 do 11(lt>11O ./ amento em Rios e Reservatórios 445 o termo da perda de carga pode ser discretizado por vários procedimentos lloruativos. Um dos métodos mais utilizados é o seguinte: (Sn + Sn) ht = . áx 2 (12.7) cálculo da linha de água em regime subcrítico é realizado de jusante 1"10\ montante. Esta é a condição da maioria dos rios naturais. Na equação I )"lus variáveis da seção 2 são conhecidas. Da equação de continuidade pode- ." obter que y = Q / A, substituindo as relações apresentadas na equação 12.2 Il'Ill'I,\Hoizando a mesma, resulta %1 QZ Z2 + - [ l/g (a2/A~- al/At) + C Ial/At - a2/A~)1+ 2 2 Z + áx (l/Kcl + l/Kcz) ] (12.8) Z13 11111111 1<0 • (A,R )/n Nestn equação as inc6gnitas são Zi, A: e Ri. Pode-se estabelecer a 11 entre ZI = f(Al) e ZI = F (Rl) com base na seção transversal, a única 111 1'1'11111\ passa a ser Z1. A equação acima é uma equação não-linear que pode 'I I 1,,~l)lvldn por tentativas, Este procedimento é descrito a seguir: " udote inicialmente ZI(O) = Z2 + So áx, onde So é a declividade do '"11<1(') e o indica a primeira tentativa; 11) enlculc o termo da direita da equação 12.8 que é igual a Zifk), onde j número da tentativa; qunndo entre duas iterações IZI(k-l) -Zuk) I < e , onde e é a desejada. ZI(k) é aceito como a cota de Z1. Em caso contrário, retomar ao Item b para uma nova tentativa. no sentido de as m 446 Hidrologia pois logo ap6s o extravasamento ocorre um aumento de rugosidade tanto no leito maior como no leito menor devido aos vórtices que se formam na interface. Este cálculo, apesar de ser prática corrente, tende a subestimar os níveis máximos. O coeficiente Kc calculado pelo método de fatias fica 2/3 Kc = L: Kci = L: (Ai Ri )/ni (12.9) Na figura 12.3 pode-se observar esta discretização. Figura 12.2. Seção transversal Parâmetros Coeficiente a - Este coeficiente corrige o termo de velocidade (v2f2g) devido à não-uniformidade transversal da velocidade. Este parâmetro é obtido por J' y3 dA L: v3~A a = ------ = ----- V3 A V3 A onde y = velocidade de cada segmento dA; V = velocidade médln o A • drbU total. Normalmente não existem dados para o cãlculo do vnlor do (X, Clww (1959) apresentou umn tubo/li do vnrillçno de vlllofOIl dó (X. (mhclu 1"2,1). ./ incnto em Rios e Reservatórios 447 K3 K4 I~"'" '1~ ~~ Figura 12.3. Díscretização do leito com extravasamento Tabela 12.1. Valores de a (Chow.1959) Canais a mínimo médio máximo Canal regular, vertedores, calhas 1.10 1,15 1,20 Rios naturais 1,15 1,30 1,50 Rios cobertos por gelo 1,20 1,50 2,00 Rios com inundação de margem 1,50 1,75 2,00 )11110 coeficiente é importante quando o termo l/2g tem peso l"lIIUul\tlvo na determinação dos níveis. Em rios com velocidade baixa e IlIldh\ CIto termo é muito pequeno. 'Ul1rMilnte C: no rio podem existir alargamentos e estreitamentos naturais ou IIIIVIIIIl " pontes c aterros. Este coeficiente depende de vários fatores de IIHlU\, NlI tuboln 12.2 são apresentados alguns valores. Chow (1959) apresenta 1_'III'lhllonl~8 que consideram diferentes obstruções ao escoamento. Estreitamente IAlargamento 0,5 I 1~ ~l ~t UIIlIJI I, 1\111111I ) 448 Hidrologia do rio ou canal. Na tabela 12.3 são apresentados os valores típicos deste eficiente. Para maior detalhamento desta tabela consulte Chow (1959). Tabela 12.3 Coeficiente de rugosidade n Tipo intervalo de n CANAIS COM REVESTIMENTO pouco lisas 0,017 - 0,019 alisado 0,010 - 0,013 paredes rugosas 0,019 - 0,021 paredes de terra com vegetação 0,028 - 0,032 RIOS Limpos e retilíneos 0,025 - 0,033 Limpos e retilíneos com vegetação 0,030 - 0,040 com meandros, vegetação e pedras 0,033 -' 0,060 com área de inundação e vegetação 0.075 - 0.150 ICxcmplo 12.1. Calcule o nível de enchente de uma seção 1000 ma montante eli, sção de um posto tluviométrico. A vazão é de 600 m3/s, o nivel da scçRo d [usante é 6,20 m. Adote a rugosidade no leito principal como 0.028 c nu .he" do inundação 0,1. A seção é uniforme e igual a da figura abaixo dcclividade do fundo é 0,0001 mim. olução: Como o canal apresenta escoamento no leito maior, a seção 6 dlvhtltl rn três partes. O valor de Kc é calculado separadamente para o lclío Illlllltll (Kcm) e para as duas partes do leito maior (Kce e Kcd) Ko = Kcm + Kce + Kcd O cálculo é realizado de jusante para montante, A2 c Kol flodrul nlculados, além disso Kce ==Kcd 2 A2 = 500 + (6,2 - 5) 600 = 1220 m (6,2 . JOO)5/3 (1,2 .250)5/3 J(c2 • [- + 2 ] • 76.907,uo ,028 (1I0)213 0,I,(25l,2)2/" o\lhlllltlllndll 011 VlilnfCII ccnhecldos nn cCluaçRo I?.H, lonulll %1 •• 6,?'O 1 (000)'/ 2 Ilf'),H I I 1/ (I?}'O)2 • I/A1' I I J J (){)(j I Ifi( ill 'I 1/(lCI,IJ()/,(j(l)" I I ./ Hscoamento em Rios e Reservatórios 449 f--. 600 m 1 5m ~ 100m ~ Fig.12.4. seção transversal do exemplo 12.1 1111 2 8 2ZI = 6,24276 - 18.348.62/Al + 1,8.10 / (Kcl) urulc A,I = 500 + (hi - 5).600, considerando que ln > 5m. h15/3 [250(hl _5)]5/3 0,1 [250+ (hl_5)]2/3 Kcl = + 2-4 2.9739.10 iludo h 1= ZI - So Óx. Adotando In = hz e ZI(O)= 6,2 + 0.1 = 6,30. Calculando a [uhuelra tentativa obtém-se ZI(I) = 6,261 e hl(l)= 6,161. Na segunda iteração 1I1111~II\'SC ZI(2) = 6,261 valor aceito como a cota da seção de montante. 12,~ leScoamento não-permanente: contrlbuíçâo lateral A simulação do escoamento é o cálculo do hidrograma de uma seção a 1"\llh do hidrograma de outra seção a montante (modelos do tipo annazenamento umln clncrnãtica), mais a contribuição do volume lateral que entra no trecho IIIIU M duas seções para intervalos de tempo concomitantes. Na figura 12.5 o Iildwjjl'lIffill da sccão 2 é obtido pela propagação das vazões da seção 1 e a 1lIlIld/luiçlto em percurso entre as duas seções. Ouundo entre as duas seções existe contribuição em percurso que IIIIIdlf1qllilsubstancinlmcntc a forma do hidrograrna de montante ou que o volume It 1111111 Ibulçno lateral é preponderante, a vazão da bacia contribuinte deve I IIIIlldl1 por c111C1{)sobscrvudos Ou simulados (escoamento supcrficinl, )11111111 11). 111111I HVIIIIIII' 11 ilnjlOllnndll (\u contrlbulção lutel'lll 111\ l'()llIpl)~l,n() cio IIldlllllllllllll tluIIl,\,nll 110 JII/IIIlIlC, deve tlO iROIIII' 1I1v,1II18 ClVl1ll10H U oulculru, I'lilll 1!lldl\ OVI'1110, li VIII!W\t' do hldlllllllllllll do 11II111111UI" VIII e, 11 IIr IIIMIIIIII1 VI. A dl', 11 III,'U d 1/ '0'111111I11 lIu 111\\'111 lll!! Illll'lI IIfll 11 VI. A pUH1IIIl\ ,IUNI/t '0'1111111111 I mu •.. ) U"IIIIIl1Cnto em Rios e ReservatóriosHidrologia 451450 relação ao total Vj é um indicador do efeito da contribuição lateral, estimado por I (Vj - Vm) Pi = 100 Vj (12.1 O) nlnl onde Vm == ~t LI! 1=1 Vj = ~t LQt 1=1 e Para valores de Pí < 15% a influência tende a ser pequena, acima d valor deve-se utilizar com reservas os procedimentos a seguir descritos. Quando a contribuição lateral é considerada pequena, o deslocamento tlu onda no' rio é o processo principal. Neste caso pode-se adotar 111111\ distribuição uniforme ou linearmente proporcional para as vazões di contribuição lateral. A distribuição uniforme considera que a vazão 1atcrn 1 constante durante todo o evento. Para estimá-Ia basta dividir Vi pelo pcdtllll1 do hidrograma. Adotando uma distribuição linear, proporcional ao hidrogruuu de jusante, admite-se que a contribuição lateral tem o mesmo tempo de 1'100 ./ evolução das vazões do hidrograma de jusante do trecho. Neste caso, as VII'/n, de contribuição lateral são estimadas por \ \ IIfU 12.5. Propagação de vazão e contribuição lateral 1)\11111<10 a contribuição lateral é importante e existem dados de vazão em uuullndutcs, deve-se utilizar estes dados para estimar a mesma. ·,,".IIII'I'lIlIdo que a bacia onde existem dados é representativa da vazão da 1"'1 li, l'OlltribuinLe. pode-se utilizar a proporção de área. A vazão de l'llldlilll~,lto lateral fica (12 11'1ouo = Ql Pi/lOO onde t == intervalo de tempo A vazão do trecho de jusante, sem a contribuição lateral, fica 0\(1) • Qp (t) AI / Ap (12.14)I~I*Q I = Qt (1 - Pi/100) II 111I)" (I) • vazão do posto com dados; Ap = área da bacia do posto; AI = I 'li !lu 11111'111 contribuinte ao trecho. As equações anteriores são utilizadas para estimar li contrlhn lateral nas fases de ajuste e verificação da simulação. NII fll estimativa, quando não é conhecido o hidrograma de jusantc, n cC)l\ldhll lateral pode ser estimada com base nos valores de PI dos evCl110a 11.)>>1~IOIiI!l A contribuição lateral é acrescida à vazão propagada de 111(')J)Hliit~· 11fl1 rlHl intervalo de tempo. Esta vazão fica H~I'II"IIH'nto não-permanente em reservatórios ( 1M11I610(11111 ílII1I7,IId Il.'IIVIII11doN l11l1 r<l/tlm lii til ri tlpCllIl 1.'1Q*l = Ql (I '1 PI/I "li I "1111, 111111111 !til 1'(11111 vHZl'IOPl'opll}llulll tIL' 1110/1111111", li, 4 Hidrologia Um dos métodos mais conhecidos para simulação da propagação em l'ONcrvatóriosé o de Pulz. A metodologia consiste numa expressão crctizada da equação de continuidade concentrada e na relação entre nuuzenamento e vazão do reservatório. A equação da continuidade concentrada 10.22 pode ser discretizada por SI+l - SI (11.+ 11+1) (QI + QI+l) (12.1= .:\t 2 2 onde 11 e 11+1= vazões de entrada no reservatório em t e t+l; Qt e QI+l vuzõcs de saída do reservatório em t e t+ 1; St e St+ 1 = armazenamentos n 1I!l11pOS referidos; .:\t = intervalo de tempo. Nesta equação existem duu Incógnitas Qi-t e SI+1. Reorganizando esta equação com as variável conhecidas de um lado e as incógnitas de outro resulta Ql+l + 2SI+l/.:\t = It + It+l - Qt ;+ 2St/.:\t (12.111) Conhecida a função Q = f(S), pode-se construir outra fUIlÇI\\1 iclnclonando Q = fl(Q + 2S/llt). O processo de cálculo é o seguinte: li) inicialmente é necessário estabelecer o volume inicial 50. lI~tl volume depende dos critérios do estudo em análise ou do valor ObSOlVlh11l onhecido, no caso de reprodução de um evento. Com base em determina-se Qo; b) para cada intervalo de tempo seguinte deve-se determinar o tOll1l0 ti direita da equação 12.16, já que o hidrograrna de entrada no rosôrvllh11111 deve ser conhecido; ) conhecido o termo da direita da referida equação, também lermo QI+l .•. 2SI+l/lll. Com este último valor e utilizando ft(Q + 2S/llt) é determinado O valor de QH I; ti) COm base no valor de QI+I determina-se SI+l por Slll 111. ) os passos do 11 11I1111011111"l1ullll II rln Ilu 1/1-1 111I1I)Ontoem Rios e Reservatórios 453 flli).l'lItllda na forma de tabela ou gráfico. Devido às características em geral 1\IllIllr'lldas nos reservat6rios, esta função pode também ser ajusu.da a uma I 1111 L: RI)do tipo seguinte: b Z=aS (12.17) IlIdll 'I. • cota; a e b são coeficientes ajustados aos dados. A função entre cota e vazão depende do tipo de extravasor. Esta função é 1111'1ldu pelo projetista ou estabelecida em modelo reduzido. Os I 111 vlu6rios, em geral, possuem dois tipos de extravasores: vertedor, que 1111111HlI mente é de superfície e descarregador de fundo. Tanto o vertedor como o I. lI'IIIIt'lI.t\dor de fundo podem ter comportas. A equação para o vertedor livre li por Q = C L ( Z - Zw)3/2 (12.18) 111111·t ' • coeficiente de descarga, L = largura e Zw = cota da crista do III'tlnl', Nesta equação despreza-se o termo de velocidade porque a cota I!illlllllll não se refere à crista do vertedor, mas a do reservat6rio, em que o l[1i11111tlD velocidade é pequeno (Figura 12.7). qunção do descarregador de fundo é expressa por Q = C'A Ügllz' (12.19) Indo C" • coeficiente de descarga; g ::: aceleração da gravidade; llz ::: a ilfulllll..'" de nível entre montante e jusante. curvos de nfvel 2 ,AI I ç(5 11\1111111I );fl, \(1·IIIOnO I1IUIl '1.Illt1UII,llllnlUI 454 Hidrologia Essas equações podem sofrer alterações em função do afogamento de jusante, características dos condutos de fundo, uso de comportas, entre outros. Cada projeto tem definida as suas características pelo projetista, Adicionalmente, deve-se considerar que dependendo do problema em estudo, simplificações podem ser realizadas. Por exemplo, no estudo de amorteciment de grandes cheias pode-se desprezar a vazão pelas turbinas de um aproveitamento hidrelétrico, já que estas são muito pequenas se comparadas com as vazões do vertedor. Deve-se verificar se esta condição realrncnt ocorre em cada caso. *--.t a - Ver tedor b- De s cor reço dot li fundo o f o çoriu Figura 12.7. Extravasores de reservatórios Combinando a função 12.17 (ou a tabela de valores Z e S) do extravasor resulta a função desejada. Considere as seguinte a) as funções Z = f2(S) e Z= f3(Q) são fomecidas na formn lIl\ 111"1II1 Utilizando um valor de Zi na função f2, é obtido S.I.Com o lllllN11I1l vulll de Zi, na função f3 é obtido Qt OS valores SI e QI fouuuui 11 /lu Q= f(S) desejada (figura 12.8). b) normalmente na fase de projeto não oxlst concreta das características do vcrtedor. N função 12.17 (ou 11 tabela) coro 1\ cquu • L ( 11 SI! • Zw ,~t2 Ncarn ('1q\lll~n(), 11tH' lll111Vtllll~1\1li1\ N pud 1'. 11011 111" ./ li oamento em Rios e Reservatórios 455 Q = CL [ a (SIt..t)b - Zw ]3/2 + 2 SIt..t (12.21) ) quando o reservatório possui comportas, a curva de descarga muda para ada manobra de comporta. A função f3 é alterada, o que necessita um novo cálculo de Q = f(S). A regra operacional é transferida para a irnulação através da função f3. A mudança desta função ou a operação pode ser realizada de acordo com os seguintes critérios básicos: zI • Sai a SI Q SI S Plllllrll 12.8. Funções de armazcnarncnto " 456 Hidrologia 'I ,Iil II apresentadas duas curvas de descargas. Considere que até o intervalo t* a curva I é utilizada, no intervalo t*+D.t a curva 2 é válida. Na prática ocorreu um período de transição na abertura que é, em geral, pequeno e desprezível. A vazão e o armazenamento no tempo t* são calculados na curva 1. Admitindo que no intervalo (t*, t* + D.t) é válida a curva 2, o cálculo do passo c do algoritmo érealizado com a curva' 2; - Manobra de comporta função do nível ou vazão defluente do reservat6rio. Esta etapa envolve a identificação das variáveis que sã geradas na simulação, para a modificação da curva operacionul. Fornecendo a função f3 com esta condição operacional é possivel lcvui em conta esta situação. Quando a vazão atinge Q* (ou Z*) ocorr abertura de comporta. Esta vazão poderá atingir este valor dentro do intervalo de tempo. Quando o intervalo de tempo de cálculo é multo grande (1 dia ou várias horas) é necessário reduzir a discretiznçün para evitar erros. O procedimento passa a ser o seguinte: Identificndo que Q > Q", calcula-se o intervalo de tempo D.t*. Neste caso, Qt+1 •• (J e SI+I = f( Q*). Substituindo na equação da continuidade fica D.t* = (SI+I - SI)/(I - Q) (I 2,?••') onde I e Q = vazão média de entrada e de saída, respectivameuu Admite-se que o início e o fim do intervalo permitem uma estimativu ti entrada. Q Q2 Q1 Q* J Q:.o Q IfI IIrl\ az.!>, 1111Il\'I'\UMdo 1IIIIIIi'filIiIlH~t!lIll1 IJlJiJl lillnllll Ull1IllU j / amento em Rios e Reservatórios 457 Alternativamente pode-se efetuar um processo iterativo, ou seja após a determinação de D.t" com base na equação acima ié novamente estimada a vazão com base na interpolação; Q = (Q* + Qt)/2; - Manobra de comporta função da vazão afluente. Esta situação pode ser incluída na primeira, ou seja varia com o tempo função do valor de Ir, A aplicação do método depende do tipo de reservatório, declividade do üualo, volume do hidrograma de entrada e da velocidade de escoamento. Para lllNt'lvat6rios em que a linha de água não pode ser considerada horizontal esta ulotudologia não pode ser aplicada. Para esta situação deve-se procurar 111l1t~ilr um modelo hidrodinâmico baseado na solução das equações completas de IIllIt Vcnant ou outro modelo de escoamento, tratando o trecho como um rio. Em I"~Nvntõrios onde o volume do hidrograma de entrada é muito maior que o ulumc do reservatório a tendência é de que a linha de água deixe de ser IliIl11,()ntule o escoamento tenha o comportamento de um rio. 1r.~I\IIII)lo 12.2. Determine o hidrograma de saída do reservat6rio do evento da Illlit~11I 12.4. As funções de armazenamento foram determinadas e apresentadas na 1I11111'n 12.10 Illll~\n(l: Na tabela 12.4 são apresentados os valores calculados segundo o 1IIIIIIImo descrito no texto. Exemplificando o intervalo 3, o valor do termo a 1111111111 (11\ equação 12.16 é 11 I h+1 - Qr + 2St/D.t = 10 + 30 -6 + 18 = 52 Ttlbcla 12.4. Exemplo 12.2 Qt m3/s J I 2St/D.t I 2St+1/6t + Qt+1 h I m3js m3js m3js 1 I 5 16 2 10 18 26 30 40 52 70 96 127 1/16 187 160 196 140 182 IOH 11\,1 U, 101. Mi I ) 5 6 13 29 40 43 458 260 Hidrologia 80 60- '"<,'"E 40 O , I ~ I " (2S + Q) 20 ~ M 40 8 12 16 2 24 S M 2Sót + Q (m3/s)e Figura 12.10. Curvas de armazenamento do exemplo 12.2 roi _ , 60 50 ~E 40 o 30 20 10 lU2 3 .., t ( I1l'lrll uru 1:\,11, IlIlh'IHU'IUllIIN tlll \1'"(\IVI\II~dll1111 ()}(Ulllphl l'l, / oumento em Rios e Reservat6rios 459 Nas funções da figura 12.10 obtém-se Qe-i = 13 e SI/.1t = 20. Na figura I~,II são apresentados os hidrogramas de entrada e saída do trecho. ,.' f1:scoamento em rios ,,',I Modelo Muskingun escoamento em rios se' desenvolve numa seção mais estreita, menor 1IIIIIIII1didadee maior velocidade que em reservat6rios. Um dos métodos mais 1If1ll~I\dospara a simulação do escoamento em rios é o método de Muskingun, do 111'11 urmazenamento (capítulo 10). modelo Muskingun foi desenvolvido por McCarthy (1939) e aplicado no 111/ Muskingun, O método se baseia na equação da continuidade (equação 10.22) 111\ equação de amazenamento, que pondera o efeito da vazão de entrada e Illdl\ do trecho. Este modelo é do tipo concentrado no espaço. Considera que a II no e o armazenamento no trecho têm a seguinte relação com o nível ao longo dll trecho. O = a yn (12.23) S = b ym (12.24) 11111\11O 1:1 vazão; S = armazenamento; y = profundidade; e a, b, nem = são IIiIlRll\tlIros. A profundidade e a vazão são valores médios do trecho. III '~1'1ezundo-se a variabilidade espacial destas funções e combinando as f qlllll,'r\I.lS 12.23 e 12.24 resulta b S = - [X I + (1 - X)Q]m/n a1/n (12.25) '1Idl' (J u X I ••. (I-X) Q ; I= vazão de entrada e Q = vazão de saída do trecho; 1111fUlCJr de ponderação das vazões. Este modelo adota que m/n = 1 e li/li 1/11 , resultando a seguinte expressão para o armazenamento • K [X I '.. (l - X) Q) (12.26) II1 J' lIu ) 460 Hidrologia dQ dI K (I - X) - + Q = I - K X - (12.27 dt dt A equação 12.27 é diferencial ordinária e será linear quando o." coeficientes K e X forem constantes. Utilizando a mesma discretização do modelo Pulz, a referida equação fica Qt+l = ci It+l + C2 It + C3 Qt (l2.2H) -KX + ll.t/2 KX + 1l.t/2 K(1-X) - ll.t/2 onde Ci = ; C2 = ; C3 = ---- K(I-X) + ll.t/2 K(1-X) + ll.t!2 K(1-X) -i- ll.t!2 o valor do parâmetro X representa o peso da integração da vazão 11I1 espaço. Devido às condições de estabilidade numérica X:s 0,5. Considcriuul« que urna ponderação negativa é irreal, o intervalo de X é O:s X :S 0,5 (I? )'JI o parâmetro K tem unidade de tempo e representa o tempo médlu ti, deslocamento da onda entre montante e jusante do trecho. Considerando qllo w/ coeficientes Ci e C3 devem ser positivos, para que não exista a posslbllkhu! da vazão estimada ser negativa, o intervalo de variação possível plllU intervalo de tempo é 2 X:S ll.t!K :S 2 (1 - X) ( I,' 1111 " , Utilizando as duas equações 12.29 e 12.30, pode-se estabclc em que os parâmetros devem variar, como conseqüência é possível discretização temporal (figura 12.12). Na inequalidade 12.30, <)11I11\1111 11 parâmetros tendem a romper o limite inferior, a distância entre l\ muito grande e o valor de K (tempo médio de deslocamento) é multo ,,1111 II trecho necessita ser discretizado em subtrechos para efeito (Ie ~lth 11111 Quando os parâmetros tendem a romper o limite superior o inLcrvnlo di1 11"1111"1 alto e necessita ser reduzido. Alguns autores têm expressado que, matematicamente 08t, ser rompidos. Do ponto de vista físico significa que, 60 o 1I1i111 for negativo, o intervalo de tempo é muito pequeno Se comparado UOHIII ,. 11I1'\ de deslocamento da onda, para que U VllZSO de cntrndu no treohu, 11I1 "11I111 futuro (11+1) tenha influência sobre 11 VIlZ[tO do sllfdu (011 I). ('OIllfl 11 ~1I1,j do cocficlcntc C I flcn ncgntlvo, o pondôrllclot flcn Incoorouro 1I~1t 111"1'" unnto 1I0 rOIl1JllnlCIHO (\(1 1I11111ll .upc-rlw, li IU'('I V 1110 11" ,r 11I1''-' u/ltllclltl'lmollto ~I,,"du I'IU'I\ 1t1JlI1'l'''"1111 /I dnlllll(lllllll~lllll -11\ 1111I111.111, 111'1'1111mulll, IllIUtlllllllldn li" Il",dllldll 111111101110 em Rios e Reservatórios 461 LH K 2 Região lnata'velx-c o 1 - 0,5 0,5 l,O xo Figura 12.12. Regiões de variação dos parâmetros 11\ .Ios parâmetros ,lu: originalmente, a determinação dos parâmetros K e X era baseada no '11111110 dn cunha de armazenamento, provocada pela influência da declividade IlIlth\ de cheia. No início da enchente ocorre aumento do armazenamento no I ,,1111 1I.C'~undoum gradiente íngreme, quando o pico passa, a diminuição do jillilllllllllUonto dá-se com gradiente menor e sentido contrário. Este processo lunl~ 11'1' vlsualizado ao plotar-se o armazenamento versus a vazão ponderada 111.1111\ 12..(3). II modelo se baseia numa relação biunívoca entre o armazenamento e a ti ponderada (equação 12.26). Para obter esta relação deve-se plotar a 1111\, Iuzcndo variar o valor de X. Aquele valor de X que apresente uma h~1111I111 próxima de uma função biunívoca é o valor procurado. O valor de K 11111111 du dcclividadc da reta ajustada à laçada (figura 12.13). Para plotar 111/\ I~.t 3 sl"iocalculados os seguintes valoresacumulados <)11 1,1 III X (Ii-) - 11) + (1 - X) (Ql+l - Qi) + QII 11 1/1\1 • l/2f(1" I 1" li) • (QI+l + QI») (12.31) (12.32)t/ó.t 462 Hidrologia K = cotg o( <li<, I"l E I' ", I I w ""'o ><, ri H, O+ H >< s a - Ajustamento dos parãmetros b - Hidrogramas Figura 12.13. Ajuste pela Laçada Mínimos quadrados: considerando que ó melhor resultado é aquele que ollnll/,1I1I ajuste da função de armazenamento com os dados observados, os pIIrOlllllhll podem ser obtidos por mínimos quadrados. Considere a diferença quadrática entre o armazenamento observado calculado 2 D = [( Sei- Soi) (I~,~I'\ O armazenamento calculado é obtido pela equação 12.26. Substltllhllln 11 expressão anterior, resulta D = L [ K X li + K (l - X) Qi - Sol ]2 ( j ) :HI Para obter o mínimo de D, função de K e X, cal parciais de D com relação aos dois parârnctros C igualo- das duas equações para K e X fornece o rnlnimo de D. Ali expr são as seguintes: 2 })ISQI ,I D12[Qih ([QiSOI + [IISol) + I( &o I~I)I 2»1 » () )101\) I i.1 unmcnto em Rios e Reservatórios 463 2[[Qj í)iSoi + [QiSoi DiQi] X = --------- (12.36) 2 2[Di [Qi + (lJiQi)2] K nrmazenamento observado é obtido pela equação 12.32. Este método não 1I1111It~ o melhor resultado, apenas que a diferença quadrática entre os 11 11mzenamcntos será mínima. O método dos mínimos quadrados tende a dar maior fl~m I\OS maiores valores, que neste caso estão na vizinhança do pico. IlIplo 12.3. Ajuste o modelo Muskingun ao trecho do rio Paraíba do Sul entre 111111 Bronca e Guarema para a cheia da tabela 12.5. /' 11.1 0.1 At :S 0,45 dia AI :s 0,58 dia (para Ki) (para K2) 464 Hidrologia Tabela 12.5. Exemplo 12.3 I ,l- I, II t I Q Qc S/At QI QI X=O,2 X=O,5 dia m3/s m3/s m3/s m3/s m3/s m3/s 1 101 104 96 2 123 109 101 13,5 8,4 13,5 3 408 356 328 64,5 247,0 269,5 4 627 604 557 139,5 474,0 493,5 5 563 650 600 156,0 495,6 483,0 6 393 516 476 96,0 362,4 336,0 7 163 246 227 22,5 117,2 96,5 8 127 144 133 9 116 123 113 10 107 114 104 11 106 107 98 11 o "O o :; 500 E ::J U 400o r-- nU> 0;;'- 300 <lE ';( ~ 200,...• .,'" 100+ <i )( w I d)O I _ I(lO I IAI (111"1 o 1711'.1111' I?, I~ I IIIJIIIIIIH do IIIJlIII I ~,:I .~ 111i, IIIIIIINHO em Rios e Reservatórios 465 00 00 _ OBSERVADO ---- LANÇADA (KI E Kal Ri: 0,99 -.- MíNIMOS QUADRADOS Ri'0,98 <400 00 o I 1 i i i i i i , i i i J 2 3 4 5 6 7 8 t (dias) Figura 12.15. Hidrogramas do exemplo 12.3 9 I II 12 udelo Muskingun-Cunge nrnonto em rios e canais pode produzir o amortecimento da onda vnrlnção da capacidade de armazenamento e o efeito das forças IllInllll'IM do escoamento.Cunge (1969)demonstrou que não existe amortecimento 1111111111110 uo modelo Muskingun. O fundamento do modelo Muskingun é a relação IIjlllllvlHJli 1,1IIh'Onrmazenarnento e vazão, que para uma seção é a relação entre a i@ l' 1\ VII~1'I0, ou seja o princípio do modelo onda cinemática. 11t"lvllc!n parcial da área com o tempo pode ser expressa por 8A dA 8Q -=-1 -dQ xo 8t (12.37)8t IIil direito da equação é definido paru uma seçno x, 11 sun derivada total 6 IIC 111 I ti (IJ ItO 11 li 111111I111I111 VII/,nlll'OIlP/IUIIlr 11 1111I tlNlvlllh\ 1111111,11111111, WIUltlHlIl1/ rUI 466 Hidrologia dx -aQ/at -=-- = c dt aQ/ax (12.39) , ~ I ~, 1,1 111 onde c = celeridade da onda. O termo do denominador é substituído com base na equação da contínuidnd ••ra ..··. '1 sem contribuição lateral (equação 10.1), resulta dx 8Q/8t dQ -=-- =- dt 8N8t dA (12.401 Substituindo na equação 12.37 fica 8A 1 ao ( 12..11)--=--- at c 8t Introduzindo este termo na equação de continuidade distribuída, rcsultn 8Q c -- + 8x aQ = O 8t que é a equação da continuidade transformada com base no conceito dll 11" existe uma relação biunívoca entre vazão e área (modelo Onda Cíneuutt Armazenamento ). O modelo de difusão utiliza as equações da continuidade (cqulIo"o 1 (I I1 a equação dinâmica sem os termos de inércia. Essas equações silo 8y 1 aQ -+-- =0 8t b 8x 8y So .. QIQI 8x 2 Ko onde Kc = convcyancc; y = profundidade; Se • dccllvldl\(1 Dcri vando as expressões com rt'lllC;no 1\ x C' I, muntnndo 05 11.:1'I1)()Sde dl'f'ivl\dll !ll'HIIIHII\ til) y, 10/1111111 'I r(1.,.11 'iI IIUUllonlo em Rios e Reservat6rios 467 8Q 8Q 82Q -+c- =0- at 8x ai 2 Q 8Kc/8y / (b Kc) e O = Kc /(2 b IQ I). Esta é a equação de difusão a celeridade da onda e O o coeficiente de difusão. Esta ~ uma 1"'I\nO difcrencial não-linear, a solução linear da mesma baseia-se num valor I J I (1'11 II yo) a partir do qual' as perturbações são consideradas pequenas. Os 11 lluícutcs ficam c = 1,5 vc; O = Qo/(2BoSo), onde Bo = largura III".ponucnte a Qo e So = declividade do fundo. IIIMcrctizando a equação 12.42 segundo o esquema numérico apresentado a 1111, l1 obtida a equação numérica do modelo Muskingun. (12.43) 1+1 1 1+1 1 8Q (qj - qj ) (qj+l - qj+l) -~X +(1-X)---- 8t At At (12.44) 1+1 1+1 1 t 8Q qj+l - qj + qj+l - qj -8!:-------- 8x 2Ax (12.45) 1+1q. ; 1+1 1+1= qj+l; QI = qj+l e; J) (l, x) IJ Ax. 111111'1111111110 II 11'1\11I\\1\11 ~ ~t I1 \ IIIUI 111/\ II 11'111111 til 468 Hidrologia i; 1,1 ,111 direita aparece devido à discretização numérica. Para que o mesmo desapareça é necessário que Dn= O e X=O,5. Este termo é denominado de difusão numérica, que produz amortecimento na onda simulada. Para que o Modelo Muskingun não tenha amortecimento numérico necessário que Dn :; O, mas para que o modelo referido simule uma equação d difusão, Cunge (1969) igualou a difusão numérica à difusão real. Utilizando os coeficientes da equação linearizada, o ponderador X fica Qo ) X = 0,5 (1 -Bo So c., 6.x (l2.4CI) Como definido anteriormente, o parâmetro K representa o tempo médin ti deslocamento da onda, o que é óx K =- Co (l~,II?i Estas equações permitem a estimativa dos parâmetros do Modelo MUNhHlllllI1 para que o mesmo funcione como um modelo de difusão e possa ser cSlimudolllll'/ base em parâmetros físicos do trecho. Utilizando a equação de Manning para expressar a vclockhul considerando que R~ y, resulta co :; 5 y2f3 S~/2 3 n (I" Retomando a equação de Manning, isolando a profundidnd na equação anterior, resultam as seguintes equações 1111.,1111111I1, 0.3 0.4 1,67 $0 Qo Co = n0.6 aO.4 e /1.1.. (n Jl"0l K· ~ n.1 0,'1 ,I ()II O rllclliJt! li PlHlu NIII IINllillI qlUlIlIllI 11 I1 IlI\1I /'1'11 1-'1 1111II monto em Rios e Reservatórios 469 nnhccida a relação entre a vazão e o nível de uma seção é possível II111 IIr as equações anteriores para estimar a celeridade e os parâmetros do I,"hllo Muskingun. equação 12.48 foi estimada considerando a celeridade da onda IIilt11lllttlca, portanto o seu uso neste caso está em contradição com o modelo de 1II/IIIno que a proposta de Cunge pretende representar. As equações 12.49 e 1 I ~o tOm sido utilizadas com essa limitação por alguns autores. A celeridade Itiltll\ pelo modelo de difusão foi apresentada na equação 12.43. 11I1CS (1981) analisou as características de precisão do esquema numérico 1I Mn<lclo Muskingun para resolver a equação de difusão e apresentou as I l'I,no. entre K/ót e X para diferentes níveis de erros de amortecimento e 1t1"II\lde (figura 12.16). Na figura 12.16, no intervalo de X entre 0,2 e 0,5 mlll, MO ujustar uma curva que atenda as duas funções dentro da margem de 2,5% 1111, Na figura 12.17 é apresentada esta curva e os limites apresentados 1111111"\ 12.12. Deve-se observar que na figura mencionada a ordenada era 1/1' 11 nn figura 12.17 é K/t:.t, o que toma os limites uma função inversa. No !!li(1VIIlll 0,20 :S X :S 0,40 pode-se ajustar uma equação a duas curvas de ihOI I_nll Ideal da figura 12.16. A equação éa seguinte: K/ót = 0,32 X-1,2S (12.51) )'\11'11 o intervalo de X ~ 0,4 pode-se adotar K/ót !li! 1 sem muito erro. A 1111 .no descritos alguns procedimentos para a estimativa dos parâmetros do IfI"IJI_11I ('UOI base nesta metodologia. /I!!\ .llIcloll Observados: a escolha de t:.t e óx de cálculo dependem das 1,1i !tIL '"110115 dos trechos e dos dados disponíveis. Quando t:.x é fixado em IClI\~11 tios dados (largura, declividade ou rugosidade), t:.t é determinado i!l IIIIIIIII<lu flcar dentro da faixa de precisão das curvas estabelecidas e i I II'/~I onde tp ::: tempo de pico do hidrograma de entrada. Para um trecho .111 1'0111 condições físicas aproximadamente uniformes e sem dados históricos, Il\hhll\~,nOdas equações anteriores pode ser usada na discretização. Existem ulrouuulvns, a seguir apresentamos dois roteiros: III1III I: r 'lu .I equu bcdeça à condição Al:S Lpl 12.46, 12.47 c 12,~ I, (l que fl~Nlil1l\11111 1),,1,1 rll 1\\ ( I~l.~~) I1 470 Hidrologra 4,0 3,0 K- M 2,0 1,6 1,0 0,7 -0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 O 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 X Figura 12.16. Curvas de precisão numérica do Modelo Muskingun-Cun 1,5 2,0 Reyiào válida -1, ~ = 0,32 X M K M 1,0 0,5 :, I .il0,1 tln HlIh 1~1~1I ti mil VII Id(~l\l /' Imllllllento em Rios e Reservat6rios 471 I ) I\x é determinado por tentativa, iniciando com um valor obtido por 2,5 Qo Óxo = So Bo Co (12.53) Bssa expressão foi obtida adotando X=0.3 na equação 11.46. O valor de Qo 1'IIIIlI ser adotado como 2/3 da vazão máxima do hidrograma de montante. Este ,hu' é estimado e pode ser alterado; di Ilnl\hccido óx é possível calcular K e X das expressões 12.46 e 12.47. 111I(IUe se a precisão está dentro da faixa de 5%. caso contrário retome 1I 111'1ll1 e reavalie óx. j'llflill'CI2: J d"lcunine ôt como no roteiro 1 e ôx pela equação 12.53; 111 1'llIoulo K e X pelas equações conhecidas e verifique se está dentro da 1"11 I~node 5%. )\1I10do os dados não estão discretizados, de acordo com o ôt calculado. 11 \'''"U Interpolar os dados de vazão. 11I1110l2.4. Determine o hidrograma 18 km a jusante de uma seção. As II\t1lmrstlcas médias do trecho são: largura = 30m, declividade = 0,0007 11111111rugcsidade de Manning n=0.045. Os dados do hidrograma de entrada são 1I11l1l'~lltudos abaixo 1I11I~,nll: o tempo tp = 200 min e Ót dos dados 40 min, portanto Ót = 200/5 = 40 111111 A vazão máxima de montante é 130 m3/s. Adotando I., 2/3 .130 ;;::87 m3/s 1'11 ccloridadc da onda é (0.0007)0.3 (87)°,4 (0.~5)O,6 (30)0,4 1,86 m/s 1111\lltlVIIde t.x ,( ,~ , K7 (),()()O'/ ,\() , I,He; .t.,dH lU 472 Hidrologia Tabela 12.6. Exemplo 12.4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 tempo /vazão de entrada Ivazão simulada 40mi m3/s m3/s 20 30 60 90 100 130 115 95 80 60 40 20 20 20 20 20,0 20,0 20,0 20,0 21,1 27,0 42,2 63,9 85,9 103,0 102,4 92,4 77,2 59,4 41,9 A distância do trecho total é de 18 km, adotando 3 subtrechos de ( Os parâmetros ficam K ::: 6.000/1,86 :: 3.226 s X ::0,31 que a precisão é muito boa. Com base nos valores de X e K e na foram obtidos os valores de vazão na tabela anterior. Na slrnul subtrechos a vazão de saída do primeiro subtrecho é a cntrnd assim sucessivamente. Quando o roteiro 1 é utilizado pela equação 12. primeira tentativa, .1.xo = 5.568 m. Utilizando este valor JlIIII\ tentativas da equação 12.52 resulta, após algumas tcnuulvus, A Este valor pode ser aproximado para 6.000 m como no CMO 1\1I11'11111 Com dados Observados: o âx podo /' 11 IIHlmento em Rios e Reservatórios 473 tapas são iguais ao cálculo anterior. busca do ajuste dos parâmetros pode ser realizada pelo processo de hlllllilvlI c erro. Este processo utiliza a seguinte seqüência: a) arbitre um 111111 pura o parâmetro; b) simule o escoamento e compare com os dados 111M VIIUOS; c) altere o parâmetro procurando obter a aproximação dos Illdllllll'lIll1nS observado e calculado e retome ao item 1. O processo de "'lllIlIlvl\ finaliza com o parâmetro que melhor aproximar os hidrogramas. Para \I 111111' este procedimento pode-se utilizar as seguinte estatísticas: R2 = 2L (Qot-Qct) ------- 2L (Qo I-Qom) (12.54) 2L (QOI-QCI) 1/2 ---Jcr=(--N_l (12.55) 11111 0111 c QCI = são as vazões observadas e calculadas do intervalo t, It1LJit'l tlvnmcnte, Qom = vazão média observada; N = número de intervalos de resultados tendem a apresentar boa qualidade quando R2 tende para 1 Icnlemente pequeno, quando comparado com as vazões do hidrograma unge Não-Linear II 1110<1010 não-linear é caracterizado pela variação dos parâmetros K e X ti 11Il1\lnO <lu vazão ao longo da simulação. A vazão de referência é substituída 11 1 \ ~,"n(J conhecida no intervalo de tempo de cálculo. Ponce e Yevjevich'"1 I.utudnrum três alternativas para estimar a vazão: a) média dos valores h'lIll'iI I 111\entrada c na sarda do trecho; b) média dos valores conhecidos, I" 11,1111 o Ql; c) média de todas as vazões 11, 11+1, Qt e Qt+l. Esta 11 11111'1100 um processo iterativo. Os referidos autores concluíram que 1111 /llll\ tlN simulações foram obtidas pela discretização b e c, com resultados 111 111, 111011. Como o processo pejo critério c é mais trabalhoso a opção mais 1111' 11111\(111 é LI b, VII/~() OU 6 culculnda por IJII O,~ I1 I~.~() ,4 .4 11II I / " I '1111111 11114lldl' 111 \:lIdl\ 11I1l'l1l1l10 til' 1111I1IHI I1 IIIIIIlr1111 "\lIi\hl/lH~nn" ,leI 1</1\1 " X, 1lllI'ltllII)q 474 Hidrologiu numérica. As seguintes opções podem ser usadas: iil I~I a) estabelecer a discretização com os valores extremos possíveis de vazão qn o modelo pode assumir durante a simulação; b) modificar o intervalo de tempo durante a simulação para se adequar precisão desejada; c) desprezar a variação dos parâmetros fora dos limites de precisão. Esta silo" ção pode apresentar resultados finais aceitáveis. Zamanillo e Tucci (1987) utilizaram este modelo para simular um tr(.lotllI do rio Jacuí entre Itauba e Volta Grande onde existem quatro CVCIIIII discretizados com intervalos horários. O trecho tem 36 km de comprirncntu, declividade média de lm/km e para os eventos estudados a contribuição \I\WIIII é desprezível. Para os quatro eventos foram ajustados os modelos Muskingtu Cunge .Linear e não-linear com base naceleridade calculada pela equnçüu 111 Manning. O coeficiente de rugosidade obtido para as duas situações CI l"u 11 todos os eventos foi de 0,033, o espaçamento foi fixado em 1800 01. 1\ 11 intervalo de tempo em 1 hora. Para a solução linear foi utilizada a vu",no ,I referência de 170 m3/s. Os resultados dos eventos são apresentados na nUIII •• 12.18 (dois eventos) e na tabela 12.7 as estatísticas de todos os cVtllllll./ Pode-se observar dos resultados que o modelo não-linear melhora o Idll"l acompanhando melhor as variações de vazão. Tabela 12.7. Estatísticas da simulação Evento R2 Linear não-linear 1 0,91 0,97 2 0,83 0,94 3 0,92 0,96 4 0,88 0,98 Verificação e utilização dos resultados As fases de utilização de um modelo compreendem aplicação. Para o modelo Muskingun foram apresentou ajuste. A escolha do melhor procedimento depende do disponfveis. SOIl1 cJôdoll hl/ltÓI'lcoN: o método d deflnlr OA Il!Unmc Iroll 1\ pnnlr ter iI oukludo de 1\111111~H\I' I' lutU\[lI\to em Rios e Reservatórios 475 1IIIIIIIlhllldade física. Quando um rio sofre extravasamento de calha é IVI'\ usar o método não-linear, já que as condições de escoamento podem 1I1111lill Hlgnlficativamente. O método linear é útil quando a celeridade varia " 1\11111 onm a magnitude da vazão. o Q (m3/s) Hidrograma observado Modelo linear Modelo não-linear 1\00 00 o o 10 20 30 40 50 t íhorca) Resultados da simulação do evento 1 Q (m3/s) __ Hidrograma observado ---- Modelo linear ....... Modelonõo-linear 30 40 t (horas) H!lt>1l1 to do (i li ~ 1"1 \11 cl von1o 11L'11l 11 I ~ I H. 1(""IIII",IU/4I1 IUlIlIII~~CI1111 \lu J IU1111 (~I\ 11111111110 ) '1\1\",1, tOW/) 476 Hidrologia .1 ~\ .111 Com dados históricos: inicialmente é necessário verificar se os dado históricos são representativos do período no qual se deseja utilizar o model (projeto, extensão de série, previsão de cheia, etc). Por exemplo, se dados históricos escolhidos para ajuste estiverem entre os níveis hi e h2 for utilizado para estimar cheias entre os níveis ns e h4 da figura 12.19, U hidrograma provavelmente superestimará a cheia, já que na calha natural 11 tempo de deslocamento será menor. Quando a cheia ocorre dentro da calha, 11 modelo tende a subestimar cheias maiores que as utilizadas no ajusto ' superestimar as cheias menores. A avaliação dos resultados para outra cheia ou período diferente daquel utilizado no ajuste é importante para verificar a qualidade do ajuste c 1111 capacidade do modelo em representar o escoamento. Quando o objetivo é o ti ajustar um modelo para extensão de séries, o modelo deverá representar ht1111, em média, vários anos de simulação. O ajuste e verificação é realizado t'HIII séries de períodos contínuos, o que pode levar a parâmetros dífcrcní daqueles obtidos em períodos isolados de cheia. Quando o objetivo do UH(l 1111 modelo é para estimativa de cheias, deve-se selecionar os eventos IIUI representativos. ___ liZ.~h4- an;,.z:;;: - =~-_.~- h3 __~v_ I"ha\ --- Q ... •....•... '- ,1111' I }"I O, VU III~~II 111\111'lIlIdl,nl'l!l1 !lllIlIlt, 11 "1111\'I\ll'lI / unmcnto em Rios e Reservatórios 477 I'III\I.EMAS I'unsldcre um reservatório onde a vazão de saída por descarga de fundo é (2gllli)o,s; onde A = área da seção do descarregador; C = coeficiente l. ,III1L1I1rga; Illi = diferença de nível entre a superficie de água e o centro do ti/h 111, O armazenamento se relaciona com a cota de acordo com a função 1I 1/, A cota do oriffcio é zw, determine, analiticamente, o tempo que o 1 '111111110levará para se esvaziar. O armazenamento inicial é So e a vazão urrudn nula. Num reservatório existe um canal de irrigação que retira vazão a partir 11111Zo. O canal tem rugosidade n, seção retangular, largura B e 11'IldlluOS. A equação de armazenamento e do vertedor são respectivamente IIIHI~'~CS 12.17 e 12.18. Estabeleça as equações e o procedimento de cálculo 1;1111 11t\It'I;minara vazão do canal de irrigação e do vertedor com base em um IIllIIloIIIllIlUI (t) de entrada. l'IIII~ldcre um canal com seção trapezoidal de base 20 m e inclinação 1:1, 1I"lIvllll\(IOO,OOlm/m, rugosidade 0,025. Determine o hidrograma na seção 30 km 1"'111111) da seção de montante que recebe uma onda de cheia (tabela 12.8). 1'\\111310l2.8. Hidrograma do problema 3 30 70 120 90 80 50 35 I '1mll fI Inllll'll n~( !l0 111111\ 11 lI!v,,1 cio m."I',1I\!11dll dlwhllllt ,I., 1,11 Tabela 12.12. Dados do problema 5 IlIdrograma Reservatório tumpo I h S Q* Q+ li m3/s m 106m3 m3/s m3/s 1 319 O O O ./ 111 D 15 320 0,5 O O 30 321 0,8 O 2 70 322 2,0 O 4 50 323 2,5 5 13 (I 35 324 4,0 18 32 'l 25 325 7,0 32 60U 18 326 10,0 50 50 vIIzl10 do vertedor vazão do vertedor + descarga do fundo 478 Hidrologia m. até 2,0 m. considere que a entrada de montante é nula; b) no item a considere uma entrada constante de 3 m3/s; c) ainda no item a considere como entrada o hidrograma da tabela 12.11. Tabela 12.9. Relação entre S e Z, problema 4 ~I I h, Armazenamento Nível 106 m3 m O O 0,6 3,0 1,02 5,0 1,23 6,0 1,85 6,5 3,10 7,5 3,70 8,5 Tabela 12.10. Medições de níveis I1 11, Medições período variação início fim início fim m 1 8:00 15:00 7,5 7,0 2 8:00 14:35 6,0 5,5 3 9:00 16:10 4,5 4,0 Tabela 12.11. Hidrograma de entrada Tempo Vazão h m3/S 1 °2 2,3 3 4,8 4 10,0 5 8,0 6 6,5 7 4,0 abastecimento de água da eldude a. reservatório do amortecer hldrogrllnlll '1I01h6111 pllrll Il1oncll'lr n dOlllllíltlll 11 oarnento em Rios e Reservatórios 479 o volume inicial para simulação deve garantir 60 dias de abastecimento 111111\11cidade ( q= 0,2 m3/s). A demanda de irrigação é de 0,05 m3/s. A saída li" cnnal de irrigação foi construída antes do funcionamento do reservat6rio e IIfl1l\zmente está dentro do reservatório. A capacidade máxima deste canal 1!l10t rc no nível 325 m, quando começa a inundar o perímetro. Determine o hidrograma que sai do reservat6rio. O hidrograma de entrada 1111reservatório é apresentado na coluna 2 da tabela 12.12. Quando o 1i!.~lvat6rio atinge o nível de 324,8 m é aberta a descarga de fundo para uilulmizar a inundação no perímetro de irrigação. Uma onda de cheia dada peja senõide abaixo entra num reservatório com as I IH'1I0lcrísticas do problema 2. a) Determine o volume de espera para que a Illo no canal de jusantc não extravase. O canal de jusante é retangular com 1lIlIl'untlldl\dc máxima yo, largura B, declividade So e rugosidade n. I (I) • Q" scn (0,105t/2) t::S 60 1ft) • O t> 60 111I1111 t lÓlllpO Ululo elll hOI'II\ •• ,IHIIJ((), 1I11\1IVII 480 Hidrologia Q = 10 (h - ho)1.29 h = 0,067 A0.9 Tabela 12.13. Dados problema 7 I Tempo I Vazão I h m3/s 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 15 40 80 65 55 40 25 10 ./ 1~_IIIIII1\Cntoem Rios e Reservatórios IIlh jlll de S, = 2,25.106 m'. Quando o reservatório atingir a cota de 123,0 m é 1111'1111a primeira comporta (instantaneamente). Quando atingir a cota de 125,0 m ,,11IJr'tu a segunda. Uma vez abertas as comportas, as mesmas ficam nessa 1"I,.h;fio até concluir a cheia. Determine o hidrograma de saída. As caracte- 11111kns físicas do reservatório e as vazões afluentes ao mesmo estão na tabe- 11I1U5. 111 Ajuste o modelo Muskingun para o trecho do rio São Francisco entre São 1'lIl11nu c Manga. O rio Urucuia é um afluente importante que desemboca próximo til 1 posto São Romão. O restante da contribuição lateral é deprezível, A íll~lnllcia entre as seções é de 106 km, declividade 0.0001 m/m e largura média lt 11~O m. Tabela 12.14. Dados do problema 8 t mI/sh 1 15 2 60 3 100 4 80 5 65 6 50 Tabela 12.15. Dados do problema 9 hidrograma reservatório 'Iempo Vazão Cota Armazenamento Vazão Vazão 12h m3js m lcf'm3 Comporta] Comporta 1+2 m3js m3/s I 5 120 0,5 O OFigura 12.20. Problema 5 - 15 121 0,8 O °3 90 122 2,0 O O8 • Utilize o modelo Muskingun-Cunge não-linear e estabeleça as condições do ti 70 123 2,5 10 O&Iculo c equações para dois trechos de rio com 118 lJã8ulnlO. ~ tiO 124 4,0 28 Onrucrcrtstícas. Simule a cheia da tabela 12.14. 6 2:1 125 7,0 52 52 '! 20 126 10,0 80 80o a 0,001 mim; n- 0,045; Ax - 50 km: L a 20111, O - 0,0003 n!/Ill; 11' 0,03; r\x u ()()km: L u SOIll, !) 11111 '!lNQIVI\I~111I !1C111I dw,~ 1J11I1lJlIllIII~ "Nil( h\ll)ltlI111~l\ltll'cllllllltlll, ~llllll VIII\UIl 481 482 Hidroloaln Tabela 12.16. Dados do problema 10. I: II Tempo São Romão Barra do Escuro Manga dia São Francisco Urucuia São Francisco 1 2050 613 1916 2 2693 681 2134 3 3360 616 2823 4 3940 714 3488 5 3750 819 4101 6 4501 1038 4556 7 4804 1050 5086 8 4264 1032 5439 9 3840 969 5223 10 3410 919 5223 11 3220 919 4956 12 2943 876 4681 13 2999 930 4492 14 3260 977 4342 15 3280 989 4457 16 4315 1092 4741 17 5160 1152 5132 18 4804 1184 5725 19 4887 1170 5966 20 5118 1166 5966 21 4959 1206 6042 22 4543 1228 6102 I 23 4182 1224 6093 : 7.4 I 3772 1168 5979 25 3440 1066 5737 16 3270 989 5405 1.1 3370 961 5120 28 3066 887 4885 29 2510 771 4457 30 2002 719 4192 31 1970 777 3982 32 2172 642 3531 33 209 555 3291 I:, IH . 'I" ~; 1IIIIIIonto em Rios e Reservatórios 483 1'llOW, V.T. 1959. Open-channel Hydraulics. New York: McGraw-Hill. I'1INGE, J.A. 1969. On the subject of flood propagation computation method (Muskingun method). Journalof Hydraulics Research, Delft, v.7, n.2 p 5-30. 'I INES, S.B. 1981. 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