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Universidade Federal de Uberlândia FECIV – Faculdade de Engenharia Civil Física Experimental II Potencial Elétrico e Campo Elétrico Prof. Cristiano Alves Guarany Nome 1 Nome 2 Uberlândia, setembro de 2015 Potencial Elétrico e Campo Elétrico Prof. Cristiano Alves Guarany Relatório realizado por alunos do Curso de Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Uberlândia, referente à disciplina de Física Experimental II. Assinaturas: Nome 1 Nome 2 Uberlândia, setembro de 2015 Sumario Resumo....................................................................................................................... 4 1 Introdução......................................................................................................... 5 1.1 Campo Elétrico........................................................................................... 5 1.2 Potencial Elétrico ..................................................................................... 5 2 Objetivos .......................................................................................................... 6 3 Processo Experimental ..................................................................................... 6 4 Resultados e Discussões.................................................................................... 7 4.1 Eletrodos em Forma de Barra..................................................................... 7 4.2 Eletrodos Circulares ................................................................................... 9 4.3 Eletrodos em Formato de Barra e em Formato Circular............................. 9 5 Conclusões........................................................................................................ 10 6 Referências Bibliograficas................................................................................ 12 Resumo O experimento tem como objetivo estudar campos elétricos e potencial elétrico. Para que se possa observar tais fins foram utilizados conceitos de linhas equipotenciais, linhas de campo e diferença de potencial. Na realização deste experimento foram medidos pontos com mesmo potencial, que unidos representam uma superfície equipotencial, traçando linhas perpendiculares a tais superfícies encontramos as linhas de campo elétrico. Por meio de relações entre distância das superfícies equipotenciais e da diferença de potencial entre elas foi possível encontrar o módulo do campo elétrico. Todo o procedimento foi realizado com objetivo de se obter dados precisos e a utilizar equações e cálculos propicias a esse estudo. Os resultados obtidos podem ser considerados satisfatórios, mesmo apresentando algum erro. Introdução Campo elétrico Um corpo eletricamente carregado está sujeito à atração ou repulsão de objetos nas mesmas condições ou até mesmo eletricamente neutros. Essa ação à distância ocorre devido a presença de um campo elétrico produzido pela carga capaz de exercer uma força sobre outro corpo. (HALLIDAY/RESNICK, 2009) Para definir o campo elétrico que uma carga carregada gera, é necessário que se use uma carga positiva, chamada de carga teste, medindo em sequência a força que atua entre elas. Pela definição, o campo pode ser expresso matematicamente pela Equação (1), onde q é o valor da carga teste e F a força entre as cargas: (1) A fórmula acima citada ainda pode ser escrita por: (2) Onde K é a constante eletrostática do meio e d a distância da carga geradora ao ponto e que se estuda. A introdução do conceito de campo elétrico foi feita por Michael Faraday, que imaginava que o espaço ao redor de um campo carregado estaria preenchido por linhas de campo elétrico, o que mesmo não tendo significado físico real, facilita a visualização da configuração do campo elétrico. Por convenção, sempre em cargas positivas as linhas de campo elétrico apontam para fora, e quando se trata de uma carga negativa, elas apontam para dentro. As linhas de campo nunca se cruzam, e quanto mais próxima da carga, maior a concentração delas. (HALLIDAY/RESNICK, 2009) Potencial elétrico Uma carga elétrica, quando submetida a um campo elétrico, tem energia potencial devido a sua interação com o campo. O potencial elétrico em um ponto é definido como a energia potencial por unidade de carga, e a variação da energia potencial por unidade de carga é chamada de diferença de potencial (d.d.p.). (HALLIDAY/RESNICK,2009) Para um deslocamento finito entre dois pontos a e b, utilizamos a Equação (3) para expressar a diferença de potencial entre eles. Onde Va é o potencial no ponto a Vb o potencial no ponto b, e E o campo elétrico. A unidade no S.I. para potencial elétrico é o Joule/Coulomb (J/C), que é o chamado Volt (V). (3) Uma regra é válida para qualquer campo elétrico: "Ao se mover no mesmo sentido de E, você se desloca para valores decrescentes de V e, movendo-se em sentido oposto ao de E, você se desloca para valores crescentes de V". (YOUNG & FREEDMAN,2009) Em casos em que o campo elétrico é constante, assumindo o deslocamento de a para b, podemos admitir a diferença de potencial como a relação estabelecida pela Equação (4), onde d representa a distância entre os dois pontos. (4) As superfícies em que o potencial elétrico permanece constante em todos os seus pontos são chamadas superfícies equipotenciais. Quando dois pontos estão na mesma superfície equipotencial a d.d.p. é nula, e o campo elétrico é constante e sempre perpendicular à superfície equipotencial. Objetivos Este experimento tem como objetivos: Comprovar a existência de campos elétricos entre superfícies carregadas com cargas diferentes; Determinar com multímetro superfícies equipotenciais; Traçar, com o auxílio de papel milimetrado, as linhas de campo; Calcular o valor do campo elétrico. Procedimento Experimental Para este experimento foram utilizados os seguintes materiais, uma cuba de acrílico com 500ml de agua mineral, quatro eletrodos (dois em formato de cilindro e dois em formato de barras), uma fonte de alimentação de tensão ajustável, multímetro digital e pontas de prova para ligar a fonte na cuba e ao multímetro. É importante ressaltar que no fundo da cuba havia marcações em formato de quadrados de 1cm de lado, o que auxiliou o transporte dos dados coletados para o papel milimetrado, visto que é possível determinar um sistema de coordenadas onde facilita a localização da leitura feita pelo multímetro. O experimento foi dividido em três situações distintas: A fonte de alimentação foi ajustada para uma tensão de 10 V e com o auxílio de dois cabos foram ligados os terminais positivos e negativos da fonte a cada um dos eletrodos em forma de barra, que foram imersos na água que havia na cuba, as barras foram colocadas a uma distância de 27cm. A fonte de alimentação foi ajustada para uma tensão de 10 V e com o auxílio de dois cabos foram ligados os terminais positivos e negativos da fonte a cada um dos eletrodos em forma de cilindro, que foram imersos na água que havia na cuba, os cilindros foram colocados a uma distância de 26cm. A fonte de alimentação foi ajustada para uma tensão de 10 V e com o auxílio de dois cabos foram ligados os terminais positivos e negativos da fonte a cada um dos eletrodos um em forma de barra e outro em forma de cilindro,que foram imersos na água que havia na cuba, os eletrodos foram colocados a uma distância de 26cm. Após ter posicionado cada eletrodo partiu-se então para o processo da correta ligação do multímetro, seguindo os seguintes passos: conectou-se o terminal COM do multímetro no eletrodo ligado ao terminal negativo da fonte e ligou-se a outra ponta de prova no terminal VΩmA no multímetro, tendo feito isto partiu-se para as leituras, a ponta de prova ligada no terminal VΩmA foi mergulhada na cuba, em uma posição entre os eletrodos, e com o multímetro na função voltímetro foi feita a leitura da tensão neste ponto, após esta etapa a ponta de prova foi movimentada com o intuito de encontrar novos pontos com a mesma tensão encontrada anteriormente, assim foi traçadas as superfícies equipotenciais e traçado um esboço delas. A partir das superfícies equipotenciais foram traçadas as linhas dos campos elétricos que são perpendiculares as superfícies. (GUARANY, 2015) Resultados e discussões Eletrodos em forma de barras Os resultados da primeira etapa do experimento são apresentados na Tabela 1, que contém a distância entre uma das placas e o ponto selecionado (superfície equipotencial), a diferença de potencial que cada um apresenta, de acordo com o multímetro, e o valor do campo elétrico que cada ponto apresenta, calculado a partir da Equação 4. Tabela 1: Resultados obtidos para a primeira etapa do experimento. ∆V Ponto Dist(m) E(N/C) ∆V Ponto Dist(m) E(N/C) 1,65 ± 0,01 1 0,02±0,005 82,5 ±0,01 5,65 ± 0,01 1 0,14±0,005 40,36±0,02 2 0,02±0,005 82,5±0,01 2 0,14±0,005 40,36±0,02 3 0,02±0,005 82,5±0,01 3 0,14±0,005 40,36±0,02 4 0,02±0,005 82,5±0,01 4 0,14±0,005 40,36±0,02 5 0,02±0,005 82,5±0,01 5 0,14±0,005 40,36±0,02 6 0,02±0,005 82,5±0,01 6 0,14±0,005 40,36±0,02 3,05 ± 0,01 1 0,07±0,005 43,6±0,01 8 ± 0,01 1 0,18±0,005 44,45±0,03 2 0,07±0,005 43,6±0,01 2 0,18±0,005 44,45±0,03 3 0,07±0,005 43,6±0,01 3 0,18±0,005 44,45±0,03 4 0,07±0,005 43,6±0,01 4 0,18±0,005 44,45±0,03 5 0,07±0,005 43,6±0,01 5 0,18±0,005 44,45±0,03 6 0,07±0,005 43,6±0,01 6 0,18±0,005 44,45±0,03 4,15 ± 0,01 1 0,1±0,005 41,5±0,02 8,55 ± 0,01 1 0,22±0,005 38,9±0,03 2 0,1±0,005 41,5±0,02 2 0,22±0,005 38,9±0,03 3 0,1±0,005 41,5±0,02 3 0,22±0,005 38,9±0,03 4 0,1±0,005 41,5±0,02 4 0,22±0,005 38,9±0,03 5 0,1±0,005 41,5±0,02 5 0,22±0,005 38,9±0,03 6 0,1±0,005 41,5±0,02 6 0,22±0,005 38,9±0,03 O erro do campo elétrico presentes na Tabela 1 foi calculado através da Equação (5), que representa o desvio padrão S das medidas. (5) No que se refere ao erro associado a medição da diferença de potencial e das distâncias, foram considerados apenas o erro do equipamento (menor divisão apresentada). As linhas de campo traçadas a partir do experimento estão demostradas no Anexo A, juntamente com as superfícies equipotenciais encontradas. Percebeu-se então que o campo elétrico se conserva ao longo das superfícies equipotenciais. Eletrodos circulares Os resultados da segunda etapa do experimento são apresentados na Tabela 2, que contém a distância entre o centro de raio do eletrodo circular e o ponto selecionado (superfície equipotencial), a diferença de potencial que cada um apresenta, de acordo com o multímetro, e o valor do campo elétrico que cada ponto apresenta, calculado a partir da Equação 4. Tabela 2: Resultados obtidos para a segunda etapa do experimento. ∆V Ponto Dist(m) E(N/C) ∆V Ponto Dist(m) E(N/C) 3,8±0,01 1 0,060±0,05 63,4±0,0 5,8±0,01 1 0,180±0,05 32,22±0,03 2 0,060±0,05 63,4±0,0 2 0,170±0,05 34,12±0,03 3 0,060±0,05 63,4±0,0 3 0,150±0,05 38,67±0,03 4 0,060±0,05 63,4±0,0 4 0,140±0,05 41,24±0,03 5 0,060±0,05 63,4±0,0 5 0,160±0,05 36,25±0,03 6 0,060±0,05 63,4±0,0 6 0,180±0,05 32,22±0,03 4,8±0,01 1 0,126±0,05 38,10±0,03 6,8±0,01 1 0,226±0,05 30,08±0,02 2 0,106±0,05 45,30±0,03 2 0,206±0,05 33,01±0,02 3 0,100±0,05 48±0,03 3 0,196±0,05 34,70±0,02 4 0,090±0,05 53,4±0,03 4 0,188±0,05 36,17±0,02 5 0,106±0,05 45,30±0,03 5 0,206±0,05 33,01±0,02 6 0,126±0,05 38,10±0,03 6 0,226±0,05 30,08±0,02 5,1±0,01 1 0,150±0,05 34,00±0,04 7,8±0,01 1 0,264±0,05 29,54±0,02 2 0,126±0,05 40,50±0,04 2 0,246±0,05 31,71±0,02 3 0,118±0,05 43,22±0,04 3 0,234±0,05 33,34±0,02 4 0,110±0,05 46,36±0,04 4 0,210±0,05 37,15±0,02 5 0,126±0,05 40,50±0,04 5 0,246±0,05 31,71±0,02 6 0,150±0,05 34,00±0,04 6 0,264±0,05 29,54±0,02 Todos os erros foram obtidos de maneira análoga a representada anteriormente. As linhas de campo traçadas a partir do experimento estão demostradas no Anexo B, juntamente com as superfícies equipotenciais encontradas. Eletrodos em formato de barra e em formato circular Os resultados da terceira etapa do experimento são apresentados na Tabela 3, que contém a distância entre o eletrodo em forma de barra e o ponto selecionado (superfície equipotencial), a diferença de potencial que cada um apresenta, de acordo com o multímetro, e o valor do campo elétrico que cada ponto apresenta, calculado a partir da Equação 4. Tabela 3: Resultados obtidos para a terceira etapa do experimento. ∆V Pontos Dist (m) E(N/C) ∆V Pontos Dist (m) E(N/C) 1,3±0,01 1 0,026±0,05 50±0,0 4,3±0,01 1 0,174±0,05 24,71±0,02 2 0,026±0,05 50±0,0 2 0,164±0,05 26,22±0,02 3 0026±0,05 50±0,0 3 0,154±0,05 27,92±0,02 4 0,026±0,05 50±0,0 4 0,164±0,05 26,22±0,02 5 0,026±0,05 50±0,0 5 0,174±0,05 24,71±0,02 6 0,026±0,05 50±0,0 6 0,180±0,05 23,89±0,02 2,3±0,01 1 0,066±0,05 34,85±0,0 6,3±0,01 1 0,220±0,05 28,63±0,03 2 0,066±0,05 34,85±0,0 2 0,203±0,05 31,04±0,03 3 0,066±0,05 34,85±0,0 3 0,196±0,05 32,14±0,03 4 0,066±0,05 34,85±0,0 4 0,204±0,05 30,88±0,03 5 0,066±0,05 34,85±0,0 5 0,214±0,05 29,44±0,03 6 0,066±0,05 34,85±0,0 6 0,221±0,05 28,50±0,03 3,3±0,01 1 0,098±0,05 33,97±0,01 8,3±0,01 1 0,270±0,05 30,74±0,04 2 0,096±0,05 34,38±0,01 2 0,252±0,05 32,94±0,04 3 0,096±0,05 34,38±0,01 3 0,246±0,05 33,74±0,04 4 0,096±0,05 34,38±0,01 4 0,250±0,05 33,20±0,04 5 0,096±0,05 34,38±0,01 5 0,256±0,05 32,42±0,04 6 0,098±0,05 33,97±0,01 6 0,266±0,05 31,20±0,04 Todos os erros foram obtidos de maneira análoga a representada anteriormente. As linhas de campo traçadas a partir do experimento estão demostradas no Anexo C, juntamente com as superfícies equipotenciais encontradas. Conclusões Com este experimento pode-se perceber alguns fatos: A relação diretamente proporcional do potencial elétrico com o campo elétrico (quanto maior a d.d.p. maior o campo elétrico) e a relação inversamente proporcional entre as distâncias dos eletrodos e o campo elétrico; As linhas de campo elétrico partem do eletrodo positivo e são direcionadas para o eletrodo negativo; A primeira etapa permitiu concluir sobre campo elétrico uniforme. Esse campo elétrico recebe o nome uniforme uma vez que em uma a superfície equipotencial o campo elétrico é constante,haja vista que as superfícies equipotenciais são paralelas as placas e todos os pontos da superfície equipotencial equidistam dos eletrodos A segunda e terceira etapas permitiram concluir acerca do comportamento radial do campo elétrico quando se trata de eletrodos esféricos. Referências Bibliográficas HALLIDAY/RESNICK. Fundamentos de Física Vol.3. 8ª ed. Ed. LTC: Rio de Janeiro, 2009. YOUNG & FREEDMAN. Física III: Eletromagnetismo. 12ª ed. Ed. PEARSON: São Paulo, 2009. GUARANY, Cristiano. Roteiro Potencial Elétrico e Campo Elétrico. Disponível em: < sites.google.com/site/caguarany/>. Acesso em: 08 set. 2015.
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