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Nome: Jaiane Rodrigues de Freitas Borges Matrícula: 23216080086 Polo: Volta Redonda AD1 – Primeira Avaliação a Distância Disciplina: Teatro e Educação Coordenação: Profª Carmela Soares 2025.1 1- Me sentei numa cadeira e comecei a observar meu corpo. Aos poucos, percebi cada parte: pés, pernas, mãos, coluna. Relaxei devagar e trouxe minha atenção para a respiração, sentindo o ar entrar e sair, sem pressa. Quando a música "Sakédu" começou, deixei que ela preenchesse meus sentidos, fechei os olhos e senti a melodia me envolver, então eu levantei e comecei a dançar. Sem pensar, sem julgar, apenas deixei meu corpo se movimentar livremente ao ritmo da música. Foi uma experiência leve e diferente! Notei como é bom se desconectar das preocupações e apenas estar presente e percebi também como a música pode nos tocar de maneira profunda, ajudando a soltar o corpo e a mente. 2- A) O que compreendo sobre educação estética e saber sensível A educação estética é um processo que vai além do aprendizado teórico sobre arte e cultura. Baseia-se em desenvolver uma conexão profunda com o mundo ao nosso redor, utilizando o corpo e os sentidos como ferramentas essenciais para compreender e sentir. O saber sensível envolve uma percepção mais atenta, consciente e presente, permitindo que experiências físicas e emocionais sejam a base para o conhecimento. Essa abordagem valoriza o sentir antes do pensar, reconhecendo que o corpo e os sentidos têm um papel fundamental no aprendizado humano, como destacado por Duarte no texto. B) O saber sensível é essencial na vida cotidiana e especialmente significativo na prática docente. Ele nos ajuda a estar atentos aos sentimentos e às necessidades dos outros, promovendo uma relação mais empática e humana com os alunos. Por exemplo, quando eu estava dando uma aula para uma turma de Pré 1 e percebi que meus alunos estavam dispersos e um pouco desmotivados. Em vez de seguir o cronograma habitual, propus uma atividade lúdica que envolvia música e dança. O ambiente se transformou, e aquele momento de conexão sensível permitiu que tanto eles quanto eu nos sentíssemos mais engajados e presentes. 3- A) O teatro como linguagem é uma forma de expressão artística com valor estético único. Ele envolve códigos, signos e elementos próprios que, quando compreendidos, permitem a criação de experiências ricas em teatralidade e expressão. Essa abordagem ressalta o caráter transgressor e transformador do teatro, capaz de despertar nos alunos uma compreensão mais profunda de si mesmos e do mundo ao seu redor. Já o teatro como ferramenta muitas vezes é limitado a um papel funcional, onde sua riqueza artística é deixada de lado em prol de objetivos práticos. Essa visão pode empobrecer o potencial do teatro, reduzindo-o a um instrumento que serve apenas para complementar outras áreas ou para alcançar metas externas, como ensinar um conteúdo específico. Esse uso não valoriza o prazer do ato criativo nem o poder estético do teatro, o que pode restringir sua capacidade de tocar os alunos de forma mais profunda e significativa. Um exemplo seria imaginar uma aula onde os alunos participam de uma atividade teatral. No primeiro cenário, o teatro é tratado como linguagem: os alunos exploram a criação de personagens e improvisam cenas, valorizando os aspectos estéticos e expressivos do teatro. Eles focam na criatividade, na experimentação e no prazer artístico que o processo proporciona. Aqui, o objetivo é a vivência do teatro como arte, independente de qualquer funcionalidade. No segundo cenário, o mesmo exercício teatral é usado como ferramenta para ensinar um conteúdo de Geografia, por exemplo. Apesar de envolver o teatro, o foco está em reforçar o aprendizado de Geografia, e o valor artístico do teatro pode ser deixado em segundo plano. Logo, enquanto o teatro como linguagem celebra o poder artístico e transformador da prática teatral, o teatro como ferramenta frequentemente subordina o potencial estético do teatro a outros objetivos. B) Corpo, palavra, som, figurino, cenário, objetos, luz, música e espaço na criação de signos artísticos. C) O signo teatral, enquanto ferramenta de representação, surge como resultado de uma construção simbólica que remonta à capacidade humana de abstração e representação. Tal habilidade é observada desde a infância, no faz-de-conta, em que a criança atribui novos significados a objetos do cotidiano, diferenciando o significante (os elementos materiais) do significado (o conceito ou ideia associada). No contexto teatral, o mesmo processo simbólico é ampliado e se manifesta em múltiplas formas e materialidades. Por exemplo, em uma peça teatral, a ideia de uma ponte (significado) pode ser representada de diferentes formas (significantes): um cenário pintado, uma estrutura prática no palco, a posição corporal de um ator ou até mesmo por meio de efeitos sonoros. Essa diversidade de possibilidades ressalta a dimensão lúdica e criativa do teatro, que explora diferentes códigos de comunicação para transmitir sua mensagem. Dessa forma, o signo teatral reflete não apenas a riqueza de sua construção simbólica, mas também a capacidade do teatro de provocar a imaginação do espectador, tornando presente algo ausente por meio de múltiplas interpretações e ressignificações. D) O jogo teatral tem um papel fundamental no aprendizado do teatro nas escolas, pois vai além do simples aprendizado técnico e cênico, promovendo uma conexão mais profunda com os aspectos humanos, sociais e existenciais dos alunos. Ele permite explorar os elementos expressivos e estéticos do teatro, além de facilitar a articulação, ressignificação e comunicação dos códigos e signos específicos dessa linguagem. Na prática, o jogo teatral estimula a reflexão sobre nosso modo de ser no mundo, criando um ambiente propício para que os alunos expressem seus sentimentos, pensamentos e ideias. Esse processo colabora para a construção da empatia, do trabalho em equipe, do autoconhecimento e da criatividade. Por meio dessa vivência lúdica, os alunos podem reconhecer e elaborar questões sobre a vida e a sociedade, enriquecendo sua formação integral e desenvolvendo uma visão crítica e sensível. 4- 5- A) Fisicalização é a habilidade do ator de dar vida a objetos, sentimentos ou conceitos abstratos, utilizando o corpo como principal instrumento de expressão. Trata-se de uma forma de tornar visível e palpável algo que não é concreto, criando uma comunicação física e subjetiva. Essa prática é fundamental no teatro porque permite a criação de uma realidade cênica em um espaço vazio, envolvendo a imaginação tanto do ator quanto do público. A fisicalização transforma a narrativa em uma experiência visual e sensorial, essencial para estabelecer a magia e a credibilidade da cena. B) Imagine uma cena em que o ator precisa representar a ação de remar em um barco, mas não há nenhum objeto físico no palco. Por meio da fisicalização, o ator pode simular os movimentos de remar, utilizando gestos, posturas e expressões faciais que comuniquem esforço e determinação. Assim, o público "vê" o barco e a cena se torna viva, apesar da ausência do objeto real. Essa capacidade de transformação é o que torna o teatro uma arte única e envolvente.