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ECONOMIA – P2 CAPÍTULO 2: contabilidade nacional e agregados macroeconômicos 2.1 Definição de Produto Produção: atividade social que cria bens e serviços para satisfazer necessidades humanas, no ato de produção existe a combinação de fatores de produção que são os recursos utilizados na produção de bens e serviços. Produção é a principal atividade econômica, para medir o desempenho de um país é preciso mediar a produção que corresponde ao que foi produzido em um país durante um ano = FLUXO Produto= crescimento econômico de um país> aumento do produto em certo período é equivalente à elevação na produção de bens e serviços. Para chegar ao valor do produto (produto agregado) é necessário deduzir o valor bruto da produção ao valor do consumo intermediário (consumo de insumos utilizados na produção). Forma mais pratica de se chegar ao valor do produto da economia é considerar o valor de bens finais (apenas o valor final do produto, eliminando bens intermediários). Conceito final de produto= PIB que indica o desempenho da economia. Soma do valor dos bens finais ou soma do valor adicionado em cada etapa do processo produtivo será a mesma= forma de medir o valor de produto > ótica do produto 2.2 Produto, renda e dispêndio Existem duas outras formas de medir o produto Ótica do dispêndio: por meio do dispêndio ou demanda Ótica da renda: por meio da renda gerada no processo produtivo O que é dispêndio¿ o conceito refere-se ao destino dos produtos, ou seja, por quem e para que são adquiridos (principais destinos do produto são o consumo e o investimento) Consumo: bens e serviços adquiridos por indivíduos para a satisfação de suas necessidades. Pode ser dividido em: Consumo pessoal (famílias): bens e serviços adquiridos voluntariamente no mercado. Consumo público (governo): bens e serviços que são colocados pelo governo para consumo de forma coletiva. EX: iluminação das ruas, educação e saúde pública. Investimento: aquisição de mercadoria para ampliar a produção futura (maquinas edifícios e etc.). Para medir o produto pela ótica de dispêndio considera-se a soma de todos os elementos de dispêndio (consumo, investimento e exportações) – a parcela de dispêndio feita com produtos vindo do exterior( importações). O que é o conceito de renda¿ refere-se a remuneração dos fatores de produção envolvidos no processo produtivo. Tipos de remuneração: salários, jutos, aluguéis pagos, lucros que remuneram o capital produtivo e impostos. Produto: renda> valor adicionado em cada etapa produtiva corresponde a diferença entre o valor de uma mercadoria – o valor das matérias primas, com o que esta diferença corresponde a remuneração dos agentes envolvidos nesta etapa. PRODUTO= RENDA Para verificar e entender esses conceitos é necessário ilustrar o funcionamento do sistema econômico em diversas situações. Economia simples: não se relacionam com o exterior, ou seja, há apenas dois agentes: famílias e empresas (famílias proprietárias dos fatores de produção- trabalho, capital e terra- e que consomem bens e serviços, e empresas, que adquirem fatores de produção das famílias). Existência de dois mercados na economia: Mercado de bens finais Mercado de fatores de produção A venda dos fatores de produção permitem a família a adquirir uma renda para poderem comprar os produtos gerados pela empresa: 2.3 Investimento e depreciação Por investimento, entende-se a aquisição de bens de produção, capital ou intermediários que visam aumentar a oferta de produtos no futuro Famílias vendem fatores de produção, obtendo renda das empresas (setor I que produz bens de consumo para investimento e setor II que produz bens de capital), porem adquirem só bens de consumo, sendo a oferta de bens de capital do setor I adquirida pelas empresas do setor II. Para ocorrer o investimento, nem toda a renda da economia pode ser consumida, se não, não haveria recursos para investir. Surge devido ao caso citado acima a poupança(S) que é uma parcela de renda das famílias que é poupada. Essa parcela deve ser transferida para empresas do setor II para assim, adquirir bens de capital do setor I. Sistema financeiro: capta recursos dos poupadores para transferi-los aos investidores. Com a existência do investimento, surge a depreciação. Depreciação: bens capitais atingem um limite de uso, e devem ser repostos. A depreciação corresponde a parcela dos bens de capital que é consumida a cada período produtivo Nem toda nova produção de bens corresponde a investimento, pois uma parcela deve repor aqui o que foi depreciado. A partir do uso disso deve-se diferenciar o investimento bruto (IB) e o investimento liquido (IL) IL=IB- depreciação. 2.4 Governo Governo= Funções típicas (administração direta, judiciaria, legislativo, provisão de segurança nacional). Governo tem função de prover bens públicos que é feito por meio de arrecadação e impostos. Bens públicos: bens que não podem ser providos pelo mecanismo do mercado (justiça, segurança nacional). Impostos arrecadados pelo governo são de dois tipos: Impostos diretos que incidem diretamente sobre o agente que recolhe (impostos de renda, IPTU) Impostos indiretos que incidem sobre a mercadoria vendida (ICMS, IPI). Subsidio: pagamento pelo governo de parte dos custos de produção, fazendo com que o bem vendido seja menor que o custo de produção > apenas impostos indiretos. Com o governo há outro destino para a renda que é: Pagamento de impostos (T) Gastos públicos (G) (T) = deve-se notar que, em relação aos impostos, o valor do imposto indireto esta junto nos elementos de dispêndio (consumo e investimento) porque compõe preço do produto final. Valor recebido pelas empresas na hora da venda de mercadorias não é repassado as famílias, sendo pago ao governo Impostos diretos= agentes recebem uma renda bruta (salários, juros, lucros e alugueis), mas uma parcela é transferida para o governo por impostos diretos. 2.5 Resto do mundo Agentes= famílias, governos e empresas Transações para o resto do mundo= importações e exportações. CAPÍTULO 6: Consumo Corresponde a parcela da renda destinada a aquisição de bens e serviços para a satisfação das necessidades dos indivíduos, podem ser classificados em três categorias: Bens de consumo leves: de consumo rápido (comida, vestuário). Bens de consumo duráveis: são consumidos por um longo período (geladeira: oferece serviço de refrigeração, por exemplo). Serviços: corte de cabelo, educação, seguro. Dispêndio total de recursos na aquisição dessas mercadorias = consumo agregado Maior componente da demanda agregada Consumo agregado: Consumo pessoal corresponde a aquisições voluntarias de bens e serviços pelos indivíduos Consumo do governo corresponde a bens de consumidos coletivamente ou bens públicos. Poupança agregada: renda não consumida. 6.1 Consumo e nível de renda Nível de consumo depende da renda e poupança. Quando maior fora renda, maior tende a ser o consumo > Keynes chama a atenção disso na teoria geral da lei psicológica de consumo. Parcela do aumento de renda destinada ao consumo é denominada propensão marginal a consumir e a propensão marginal a poupar é destinada a poupança. Valor das propensões marginais dependem dos fatores objetivos: custo da subsistência, distribuição de renda, inflação e etc. Relação positiva entre nível de renda e consumo Quando o nível de consumo está causando pressões inflacionarias (alto consumo), podem-se reduzir essas pressões por meio de aumento de impostos ou ao contrario. Propensão media a consumir tende a decrescer conforme aumenta a renda 6.2 Consumo e riqueza Dado um igual nível de renda, tende a consumir mais quem possui maior riqueza A riqueza de um individuo pode ser decomposta em ativos reais, ativos financeiros e capital humano Ativos reais: imóveis, terras e maquinas. Ativos financeiros: ações e títulos. Capital humano: em certo momento, o individuo possui uma expectativa de renda futura decorrente de seu trabalho. Efeitoriqueza: queda da demanda do consumo, em função da queda nos preços dos ativos e da perda de confiança dos consumidores. 6.3 Consumo e taxa de juros A taxa de juros reflete o preço do consumo hoje em termos de consumo futuro Quanto maior for à taxa de juros, mais ira se poupar o que reduzirá o consumo presente. Efeito substituição: consumo presente ficou mais caro que o consumo futuro (poupança), os indivíduos vão poupar mais e consumir menos. Variação na taxa de juros(aumento)gera dois efeitos sobre o consumo: Efeito-substituição: diminui o consumo e estimula a poupança. Efeito renda: aumento da taxa de juros pode elevar a renda de alguns indivíduos (detentores de ativos financeiros) e aumentar o consumo destes agentes. Mesmo resultado pode ser avaliado no caso de empréstimo aos consumidores. Quando o individuo tem uma renda menor ao que quer consumir, ele toma emprestado, no futuro ele devera pagar esse empréstimo, ou seja, ele devera pagar parcela de sua renda para poupar e logo pagar empréstimos + juros. Quanto maior for à taxa de juros, maior será o sacrifício de renda futura, portanto, menor será o estimo a tomar emprestado. Mudanças nas taxas de juros tendem a ter impactos diferentes sobre agentes econômicos, dependendo de estes estarem endividados ou serem aplicadores líquidos do sistema financeiro. 6.4 Consumo e sistema financeiro O grau de desenvolvimento do sistema financeiro, sua organização e suas regras também tende, a afetar o nível de consumo e de poupança. Hipótese básica do modelo: supõe-se a existência de um sistema financeiro em que, dada a taxa de juros vigente, os indivíduos podem aplicar (não há repressão financeira) e tomar emprestado quanto quiserem (não há restrição ao credito- liquidez). CAPÍTULO 7: Investimento Corresponde a aquisição de bens de capital, maquinas, equipamentos, edifícios e estoque como objetivo de gerar maior produção futura Constituir-se um vinculo entre curto e longo prazo, uma vez que, por um lado, é um elemento de demanda corrente, mas, por outro lado, amplia a capacidade produtiva futura da economia ao ampliar o estoque de capital. Investimento ≠ aplicações financeiras Parte das flutuações econômicas decorre do comportamento do investimento > decorre da decisão de investimento basear-se na expectativa dos agentes sobre o comportamento futuro da economia. 7.1 Decisão de investir: expectativa e taxas de juros O principal motivo para investir é o retorno esperado no futuro. O retorno esperado depende do fluxo da receita futura que o individuo espera do investimento comparado com os gastos incorridos em sua execução. Fluxo de receitas futuras dependem das condições do mercado no momento em que se iniciara a venda, ou seja, depende do preço futuro da mercadoria e da quantidade que se quer vender. O montante a ser gasto para o investimento será chamado de preço de oferta do investimento (POi) > pode ser entendido como custo de produção de uma nova maquina, por exemplo. O valor presente do fluxo de receita esperada é chamado de preço de demanda do investimento (PD)i. Emgk: eficiência marginal do capital como taxa de desconto que iguala PDI e PDa. Investimento se realiza sempre que Emgk for maior que a taxa de juros, ou seja, tem-se investimento ate o ponto em que as duas taxas se igualam. Com o aumento do investimento, a Emgk tende a diminuir por que: Diminui a receita esperada, elevam-se as ofertas futuras e o preço baixa. Aumento do investimento pressiona demanda por maquinas, elevando-se o POi. > aumento de investimento pressiona o PDi para baixo tanto como o POi para cima, reduzindo o Emgk. Identificam-se duas variáveis que afetam o investimento: Taxa de juros: quanto maior a taxa de juros, menor será o investimento. Expectativas: se houver otimismo em relação ao futuro (crescimento econômico), o fluxo de receita esperado será alto, logo, o investimento será alto. Se houver pessimismo, a situação inverte-se. Para se fazer inversão é necessário um calculo do investimento no futuro. 7.2 Investimento e poupança Dividem-se os modelos econômicos em: Modelos em longo prazo: pleno emprego dos fatores. Modelos de curto prazo: possibilidades de desemprego Modelos em longo prazo: Neste modelo, o investimento é financiado pela poupança da sociedade > tudo que é poupado é investido Ideia pressupõe que a economia esteja em uma situação de pleno emprego, ou seja, todos os fatores de produção estão sendo utilizados nos processos produtivos. Modelos de curto prazo: Existência de desemprego de fatores de produção, o empresário não necessitara de poupança para realizar o investimento. O que o empresário necessita é de poder de compra para colocar em uso os fatores de produção que se encontram desempregados. Financiamento e investimento Investimento pode ser financiado com recursos próprios (lucros) ou de terceiros (empréstimos, ações, etc); Aumento do valor dos investimentos faz com que os recursos de terceiros sejam cada vez mais necessários; Restrições de Crédito ampliam a importância do Lucro. Mais dinheiro para a realização dos investimentos faz com que seja necessária a utilização de recursos de terceiros: Intermediação de recursos= mercado financeiro Prazo: mercado monetário (operações de curto prazo); mercado de capitais (operações de longo prazo). Forma de repasse: financiamento direto (aplicador repassa os recursos diretamente ao investidor); financiamento indireto (se utiliza um intermediário, que adquire o recurso do poupador emitindo um titulo próprio e os repassa ao investidor). Resto no livro 7.4 Crescimento econômico e investimento Quando as vendas ampliam, as empresas tendem a produzir mais (não só para atender maior demanda, como para ampliar estoques). Aumento das vendas faz com que o lucro das empresas se eleve ampliando a possibilidade de investir com recursos próprios. CAPÍTULO 8: Política fiscal Política econômica: intervenção do governo com o objetivo de manter níveis de emprego e taxas de crescimento econômico elevado Politica fiscal: atuação do governo na arrecadação de impostos e gastos. 8.1 Funções do governo Três funções principais para o setor público: Função locativa: ação do governo complementando a ação do mercado na alocação de recursos na economia Função estabilizadora: manejo da politica para tentar garantir o máximo de emprego, crescimento econômico, com estabilidade de preços. Funções distributivas: função do governo em arrecadar impostos de determinadas classes sociais ou regiões para transferi-las a outras. 8.2 Gastos e arrecadação Gastos do governo podem ser divididos em: despesas correntes ou gastos de custeio e transferências A arrecadação pode dar-se por dois tipos principais de impostos: diretos e indiretos Impostos diretos: são aqueles que incidem diretamente sobre o agente pagador de impostos (impostos sobre renda, riqueza). Impostos indiretos: são aqueles que incidem sobre o preço das mercadorias (impostos sobre circulação de mercadoria, produtos industrializados). Sistema tributário: determina o impacto dos impostos Envolve diversos aspectos: gerar recursos necessários para financiar gastos públicos, afetar a distribuição de renda, definir quem deve pagar impostos. Pode classificar-se sistema tributário em progressivo, regressivo ou neutro. Progressivo: participação dos impostos na renda dos indivíduos aumenta conforme a renda aumenta (paga mais quem ganha mais) Regressivo: participação dos impostos na renda dos agentes diminui conforme a renda aumenta (paga menos quem ganha mais) Neutro: quando a participação dos impostos na renda dos indivíduos é a mesma Sistema tributário: facilita as transformações da estrutura econômica e adaptada aos objetivos sociais Imposto de renda no Brasil: IR sobre pessoas físicas (renda dos indivíduos). IR sobre pessoas jurídicas ( lucros da empresa, imposto pago na fonte – descontado do salário). 8.3 Deficit público e divida pública O governo pode financiar o déficit: Vendendotítulos públicos ao setor privado Vendendo títulos públicos ao Banco Central (emissão de moeda) Total de impostos arrecadados no Brasil corresponde a chamada carga tributaria bruta A diferença entre receita liquida e consumo do governo determina a poupança do governo em conta corrente Déficit público= investimentos governamentais (escolas, hospitais) – poupança do governo em conta corrente. Consideram-se como governo apenas a administração direta (união, estados, municípios) e órgãos que realizam funções típicas de governo. 8.4 Impacto na política fiscal Keynes: principal defensor da intervenção publica para evitar flutuações econômicas Politica keynesiana: de acordo com Keynes, para eliminar o desemprego e estimular o crescimento de renda, o governo deveria incidir déficit públicos, aumentando gastos ou diminuindo impostos, como forma de aumentar a demanda agregada, que para Keynes, era determinante do produto. Critica contra intervenção publica Defasagem temporal: ocorrência entre a flutuação e o momento em que o governo consegue intervir= intervenção publica desabilita ainda mais a economia. Politica fiscal compensatória: pode diminuir as defasagens e aumentar a eficácia da politica fiscal = sistema de impostos progressivos (arrecadações tendem a aumentar com o aumento de renda) Impacto da politica fiscal sobre a economia depende da capacidade de a produção responder a variação da demanda Ampliação do déficit publico rende tanto a elevar produtos como taxa de juros.
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