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EN 2703 – Circuitos Elétricos I Laboratório 3 – 2014.3 1 Laboratório 3:Medidas de Impedâncias 1. Objetivo: Medição de impedâncias complexas 2. Impedânciasnos bipolos ideais: resistor, indutor e capacitor 2.1 Resistor (ideal) Figura 1: Tensão em regime permanente senoidal no resistor ideal Sendo: ( ) cos( )máxv t V t [V,s] → ˆ máxV V [V] Relação tensão-corrente no resistor: ( ) ( )v t Ri t → ( ) ( ) v t i t R Relação Fasorial: ˆ ˆ máx máx R V VV I Z R R Figura 2: Relação entre a tensão e a corrente no resistor ideal R (ideal) V(t) i(t) es(t) + V(t) i(t) -180o 0o 180o 360o 540o Vmáx -Vmáx Imáx -Imáx 0 V(t) i(t) -180o 0o 180o 360o 540o Vmáx -Vmáx Imáx -Imáx 0 v(t) v(t) EN 2703 – Circuitos Elétricos I Laboratório 3 – 2014.3 2 No resistor, a tensão v(t) e a corrente i(t) estão em fase, conforme mostrado na Figura 2. O ângulo da corrente deve ser o mesmo ângulo da tensão, ou seja: ˆ máxVI R → ( ) cos( )máx V i t t R [A,s] A impedância do resistor édada por: o0 RZR [] 2.2 Indutor (ideal) Figura 3: Tensão em regime permanente senoidal no indutor ideal Relação tensão-corrente no indutor: ( ) ( ) di t v t L dt → 1 ( ) ( )i t v t dt L Relação Fasorial: ˆ ˆ máx máx L L L L L V VV I Z X X , sendo e 2 L L LZ jX X L f L = reatância indutiva [], ou seja: = 90oL L L LZ X X f = frequência da tensão aplicada [Hz] Figura 4: Relação entre a tensão e a corrente no indutor ideal L (ideal) V(t) i(t) es(t) + V(t) i(t) -180o 0o 180o 360o 540o Vmáx -Vmáx Imáx -Imáx 0 V(t) i(t) -180o 0o 180o 360o 540o Vmáx -Vmáx Imáx -Imáx 0 v(t) v(t) EN 2703 – Circuitos Elétricos I Laboratório 3 – 2014.3 3 No indutor, a tensão v(t) está adiantada de 90 o em relação à corrente i(t), conforme mostrado na Figura 4. Como L = 90 o , tem-se: ˆ 90omáx L V I X → ( ) cos( 90 )omáx L V i t t X [A,s] A impedância do indutor é dada por: o90 LL XZ [] 2.3 Capacitor (ideal) Figura 4: Tensão em regime permanente senoidal no capacitor ideal Relação corrente-tensão no capacitor: ( ) ( ) dv t i t C dt Relação Fasorial: ˆ ˆ máx máx C C C C C V VV I Z X X , sendo 1 1 e 2 C C CZ jX X C f C = reatância capacitiva [], ou seja: = 90oC C C CZ X X Figura 5: Relação entre a tensão e a corrente no capacitor ideal C (ideal) V(t) i(t) es(t) + V(t) i(t) -180o 0o 180o 360o 540o Vmáx -Vmáx Imáx -Imáx 0 V(t) i(t) -180o 0o 180o 360o 540o Vmáx -Vmáx Imáx -Imáx 0 v(t) v(t) EN 2703 – Circuitos Elétricos I Laboratório 3 – 2014.3 4 No capacitor, a corrente i(t) está adiantada 90 o em relação à tensão v(t), conforme mostrado na Figura 6 para 0o .Como C = –90 o , tem-se: ˆ 90 90o omáx máx C C V V I X X → ( ) cos( 90 )omáx C V i t t X [A,s] A impedância do capacitor dada por: o90 CC XZ [] 2.4 Associação de elementos em série Figura 6: Associação de impedâncias em série Lei de Kirchhoff para as tensões (LKT): a soma das tensões instantâneas numa malha fechada é igual a zero (válida também para os fasores de tensão). Para o circuito da Figura 7, pode- se escrever: 1 2 3 1 2 3 1 2 3ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆeqV V V V Z I Z I Z I Z Z Z I Z I . Portanto ˆ ˆ eq V I Z , sendo 321 ZZZZeq = impedância equivalente []. 2.5 Associação de elementos em paralelo Figura 7: Associação de impedâncias em paralelo 1V 2V 3V V I 1Z 2Z 3Z I V 1I 2I 3I 1Z 2Z 3Z Vˆ 1Vˆ 2Vˆ 3Vˆ Vˆ Iˆ 1Iˆ 2Iˆ 3Iˆ Iˆ EN 2703 – Circuitos Elétricos I Laboratório 3 – 2014.3 5 Lei de Kirchhoff para as correntes (LKC): a soma das correntes instantâneas que chegam a um nó é igual à soma das correntes instantâneas que saem deste mesmo nó (vale também para os fasores de corrente). Para o circuito da Figura 8, pode-se escrever: 1 2 3 1 2 3 1 2 3 ˆ ˆ ˆ ˆ1 1 1ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ eq eq V V V V I I I I V VY Z Z Z Z Z Z Z . Portanto ˆ ˆ ˆ eq eq I V Z I Y , sendo 321 1111 ZZZZ Y eq eq = admitância equivalente [S]. Cuidado: As duas Leis de Kirchhoffnão podem ser aplicadas diretamente aos módulos das tensões e correntes! Lembrar que estas grandezas são fasoriais! 3. Parte Prática 3.1 Impedância Capacitiva 3.1.1Medir a resistência do resistor R, a capacitância e resistência parasita em paralelo do capacitor C, utilizando o medidor RLC, nas frequências de 120Hz e 1kHz. Há variação significativa dos valores dos elementos nestas duas frequências? frequência R () C (nF) Rp () 120Hz 1kHz Figura 9 + REmáx gerador de sinais I CV RV E V C Iˆ ˆ gE ˆ CV ˆ RV Vˆ 50 EN 2703 – Circuitos Elétricos I Laboratório 3 – 2014.3 6 3.1.2 Montar o circuito mostrado esquematicamente na Figura 9, com os componentes de valores nominais: R = 1k ,C = 150 nF,sendoEmáx = 2,5 V e f = 1 kHz. 3.1.3 Medir os módulos das tensões Vˆ , ˆ RV , ˆ CV com os equipamentos indicados e preencher a Tabela 1 com as leituras fornecidas pelos equipamentos. 3.1.4 Medir a defasagem entre a corrente Iˆ e a tensão Vˆ e utilizando os cursores temporais no osciloscópio (ou a medida automática de Fase). Converter o resultado para graus, assumindo a fase da tensão igual a 0°, e inserir na Tabela 1. Nota: Lembrar que a corrente Iˆ está relacionada com a tensão sobre o resistor, através da relação ˆ ˆ /RI V R . Tabela 1- Impedância capacitiva – Medidas experimentais | Vˆ | | ˆ RV | | ˆ CV | (defasagem entre Iˆ e Vˆ [ o ] Osciloscópio (Vpp) multímetro de bancada (Vef) multímetro portátil (Vef) 3.1.5 Preencher a Tabela 2 com os valores das amplitudes dos fasores(valor de pico) e da defasagem entre corrente e tensão, obtidos a partir das medidas realizadas. Comparar os resultados obtidos experimentalmente com aqueles calculados no pré-relatório. Tabela 2- Impedância capacitiva – Módulos dos fasores | Vˆ | [V] | ˆ RV | [V] | ˆ CV | [V] (defasagem entre Iˆ e Vˆ [ o ] calculados (valores nominais) osciloscópio multímetro de bancada multímetro portátil 3.2 Impedância Indutiva 3.2.1 Medir a resistência do resistor R, a resistência série do indutor (RL) e a indutância do indutor L, utilizando o medidor de impedâncias portátil, nas frequências de 120Hz e 1kHz. Há variação significativa dos valores dos elementos nestas duas frequências? frequência R () L (mH) RL () 120Hz 1kHzEN 2703 – Circuitos Elétricos I Laboratório 3 – 2014.3 7 3.2.1 Montar o circuito mostrado esquematicamente na Figura 10, com os componentes de valores nominais: R = 1k,L = 1 mH,sendoEmáx = 2,5 V e f = 200 kHz. Figura 10 3.2.3 Medir os módulos das tensões Vˆ , ˆ RV , ˆ indutorV com os equipamentos indicados e preencher a Tabela 3 com as leituras fornecidas pelos equipamentos. 3.2.4 Medir a defasagem entre a corrente Iˆ e a tensão Vˆ utilizando os cursores temporais no osciloscópio (ou a medida automática de Fase). Converter o resultado para graus, assumindo a fase da tensão igual a 0°. Nota: Lembrar que a corrente Iˆ está relacionada com a tensão sobre o resistor, através da relação ˆ ˆ /RI V R . Tabela 3- Impedância indutiva – Medidas experimentais | Vˆ | | ˆ RV | | ˆ indutorV | (defasagem entre Iˆ e Vˆ [ o ] Osciloscópio (Vpp) multímetro de bancada (Vef) multímetro portátil (Vef) 3.2.5 Preencher a Tabela 4 com os valores das amplitudes dos fasores (valor de pico) e da defasagem entre corrente e tensão, obtidos a partir das medidas realizadas. Comparar os resultados obtidos experimentalmente com aqueles calculados no pré-relatório. + RL R Emáx L gerador de sinais I indutorV RV E V Iˆ ˆ gE ˆ indutorV ˆ RV Vˆ 50 EN 2703 – Circuitos Elétricos I Laboratório 3 – 2014.3 8 Tabela 4- Impedância indutiva – Módulos dos fasores | Vˆ | [V] | ˆ RV | [V] | ˆ indutorV | [V] (defasagem entre Iˆ e Vˆ [ o ] calculados (valores nominais) osciloscópio multímetro de bancada multímetro portátil 4. Questões de preparação (Trazer no Pré-Relatório) 4.1 Utilizando os valores nominais dos componentes (R=1k e C=150nF), calcule as impedâncias resistiva e capacitiva do circuito da Figura 9 e os fasores Vˆ , Iˆ , ˆ RV e ˆ CV , assumindo ˆ 2,5 0ogE [V], na frequência de 1kHz. Insira os valores apropriados na Tabela 2. 4.2 Utilizando os valores nominais dos componentes (R=1k e L=1mH), calcule as impedâncias resistiva e indutiva do circuito da Figura 9 e os fasores Vˆ , Iˆ , ˆ RV , ˆ indutorV , assumindo ˆ 2,5 0ogE [V], na frequência de 200kHz. Considere RL = 0. Insira os valores apropriados na Tabela 4. 4.3 O osciloscópio mostra em sua tela apenas sinais de tensão. Como poderemos obter informações sobre a forma de onda da corrente nos circuitos mostrados nas Figuras 9 e 10? 4.4 Como é possível medir a defasagem, em graus, entre dois sinais de tensão visualizados no osciloscópio, se este instrumento mostra apenas a variação temporal das tensões? Entregar com o Relatório: 4.5 Os valores medidos para cada tensão das Tabelas 1 e 3 foramos mesmos para todos os instrumentos utilizados? Explique eventuais discrepâncias. 4.6 Explique as eventuais diferenças entre os valores calculados e medidos do fasores de tensões e da defasagem entre tensão e corrente nas impedâncias analisadas. 4.7 Compare os valores de capacitância e de indutância determinados: a partir dos valores de módulos e defasagens medidos entre tensão e corrente; a partir dosvalores medidos dos componentes. EN 2703 – Circuitos Elétricos I Laboratório 3 – 2014.3 9 5. Material utilizado Gerador de sinais Osciloscópio de dois canais e pontas de prova Multímetro portátil Multímetro digital Medidor de impedâncias portátil Resistor de 1 k, capacitor de 150nF, indutor de 1mH 6. Referências Bibliográficas Notas de aula da disciplina “EL-031(L): Laboratório de Circuitos Elétricos I”, Departamento de Engenharia Elétrica, Faculdade de Engenharia Industrial. Edminister, Joseph A., “Circuitos Elétricos”, Coleção Schaum, Reedição da Edição Clássica, Editora McGraw-Hill, 1991.
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