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Direito tributario

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30/05/2015
Fato gerador: É um dos principais conceito do Direito Tributário. O conceito de fato gerador encontra-se estabelecido nos artigos 114 e 115 do CTN.
 Denomina-se fato gerador a concretização da hipótese de incidência tributária, prevista de maneira genérica na lei. A pratica do fato gerador é que faz nascer a obrigação tributária.
Espécies de fato gerador:
- Fato Gerador Instantâneo: É aquele que se concretiza por meio da pratica de um único ato. Exemplo ITBI o imposto pago para município, a compra e venda de um imóvel é realizada por meio de um único ato, o qual gera a obrigação de pagar imposto.
- Fato Gerador Periódico: É aquele que embora possa ocorrer diariamente a lei determina que seja apurado dentro do período. Exemplo ICMS é apurado mensalmente; IPI ocorre diariamente mais apuração é de 10 em 10 dias; PIS/COFINS ocorre diariamente e a apuração é mensal.
- Fato Gerador Complexivo: É aquele que depende de uma serie de operações para se apurar a base de calculo e o montante do tributo devido. Exemplo IR, para apurar, se o contribuinte praticou o fato gerador relativo a esse tributo, ou seja, verificar se o contribuinte recebeu renda faz-se necessário apurar a alíquota, aplicar a tabela prevista em lei, efetuar cálculos deduzindo o valor já pago e apurar o montante do tributo devido elaborando a seguir a declaração do IR.
- Fato Gerador Persistente: É aquele que persiste, ou seja, é o constante é aquele que não tem prazo certo para sua conclusão. Exemplos: O IPTR imposto federal, imposto territorial rural, O IPTU e o IPVA (estaduais) são constantes, posto que o Direito de propriedade é permanente, isto é, exercido todos os dias. Para esses impostos, a lei criou um critério artificial, fixando um período para pagamento do tributo. Assim, a lei estabeleceu o dia 1 de janeiro de todo ano para apuração e cálculo do tributo.
08/08/2015
Base de Calculo 
Trata-se do valor sobre o qual é aplicado alíquota (percentual) para apurar o valor do tributo a ser pago. 
Alíquota somente pode ser estabelecida por meio de lei complementar. A alteração da alíquota somente pode ocorrer desde obedecidos os princípios: Legalidade Anterioridade, Irretroatividade. É importante que a lei complementar defina com clareza os critérios que determinam o aumento da alíquota. Exemplo O COFINS somente pode ser exigido desde que a alíquota considere o faturamento mensal da empresa. O IRPJ considera a alíquota baseada no lucro real obtido pela empresa durante 1 ano.
Alíquota: É o percentual definido em lei ( legalidade) que, aplicado sobre a base de cálculo determina o valor do tributo a ser pago. A alíquota encontra-se sujeita também aos princípios da legalidade, anterioridade, irretroatividade. Exemplo: as alíquotas que devem ser consideradas para o pagamento do IR encontram-se registradas na tabela do IR.
 A alíquota subdivide-se da seguinte forma:
 - Especifica: Consiste em um valor expresso em moeda, estabelecido por meio de lei, aplicável sobre determinada unidade. Exemplo: a água é cobrada considerando os m³ consumidos; a madeira também considera m³, quilos, toneladas; litros.
 - “Ad Valorem”: É aquela onde a base de calculo em valor monetário sobre o qual se aplica um percentual fixado em lei para determinar o valor do tributo devido. Exemplo: O IRPJ considera a alíquota de 15% sobre o lucro real obtido pela pessoa jurídica. O COFINS leva em consideração a alíquota de 3% sobre o faturamento.
 - Progressiva: É aquela que consiste na fixação de percentuais crescentes calculados sobre cada faixa de valor. Exemplo: Imposto de renda é cobrado de acordo com os rendimentos obtidos pela pessoa física. 
Adicional: Em algumas situações a lei pode determinar o pagamento de um imposto adicional o qual será aplicado sobre determinado valor que a lei fixar. Exemplo: O IRPJ deve considerar um adicional de 10% calculado sobre o lucro real que exceder a 120.000,00.
Montante do Tributo: Trata-se do resultado obtido pela aplicação da alíquota sobre a base de cálculo. Base de cálculo X alíquota = montante do tributo. Exemplo: No caso de IR, o contribuinte deve considerar o valor recebido durante 1 ano ( base de cálculo) sobre esse valor deve ser aplicado a alíquota fixada em lei. Efetuando o cálculo obtém-se o montante do tributo.
Obrigação Tributária
Obrigação é a relação jurídica que se estabelece entre um sujeito ativo (credor) que pode exigir de um sujeito passivo (devedor) uma prestação de caráter patrimonial. A mais comum das obrigações é estabelecida por meio de contrato (estabelecidos entre pessoas físicas ou entre pessoas jurídicas). As obrigações podem se estabelecer entre os particulares entre si, e entre os particulares e o poder público.
 - Obrigação Principal e Obrigação Acessória 
A obrigação principal tem por objetivo o pagamento do tributo e a obrigação acessória é aquela que refere-se a deveres administrativos. 
 Principal: pagar tributos
 Acessórias: obter CNPJ; emitir documentos fiscais; escrituração contábil e fiscal; emissão de guias de recolhimento. 
 A obrigação acessória não importa no pagamento do tributo. Trata-se apenas de um meio para que a autoridade administrativa (fisco) possa controlar a forma por meio da qual foi calculado o montante do tributo.
Sujeito Ativo: Trata-se do credor do tributo. O credor do tributo é sempre uma pessoa jurídica de direito público. (União, Estados- Membros e Municípios o DP e as Autarquias INSS).
15/08
Sujeito Passivo: O sujeito passivo é sempre um particular, seja pessoa física ou pessoa jurídica, de acordo com o art 121 do CTN, sujeito passivo é pessoa física ou pessoa jurídica, obrigada ao pagamento do tributo. 
 Conforme o parágrafo único do art 121 do CTN, o sujeito passivo da obrigação tributária pode ser: Contribuinte ou Responsável.
Contribuinte: É a pessoa física ou jurídica que tem relação pessoal e direta com o fato gerador. Exemplo: O proprietário do veículo automotor é aquele obrigado ao pagamento do IPVA, o proprietário de imóvel urbano é que deve pagar o IPTU, quem recebe renda deve pagar IR.
Responsável: Trata-se da pessoa que a lei escolheu para responder pela obrigação tributária, em substituição ao contribuinte de fato gerador, posto que este contribuinte de algumas situações pode ser difícil de ser alcançado. Exemplo: O empregador é responsável pelo recolhimento na fonte de IR, o valor descontado do empregado, do respectivo salário, deve ser depositado pelo empregador junto a “fazenda federal”, o empregador é responsável por descontar o valor referente a contribuição previdenciária e deposita-la junto ao INSS (Autarquia Federal).
O responsável não suporta o valor do tributo, o qual é suportado pelo contribuinte.
Substituto Tributário: A emenda constitucional nº3 de 1993, introduziu no sistema constitucional tributário brasileiro a chamada Susbstituição Tributária para a frente, ou seja, a lei pode atribuir ao sujeito passivo da obrigação tributária a condição de substituto e responsável pelo pagamento do imposto ou contribuição, cujo fato gerador vai ocorrer posteriormente. Observe-se que o fato gerador será futuro presumido. Assim a lei pode estabelecer que os produtores de determinados bens fixem o preço final do produto, o qual será pago pelo consumidor final. Exemplo: Combustível, automóveis, tintas, produtos farmacêuticos, cigarro, bebidas alcoólicas.
 Em face do exposto, percebe-se que o tributo incidente no preço final de revenda do produto ao consumidor final já deve ser pago pelo comerciante, lembrando-se que o fato gerador não ocorreu sendo presumido e incerto.
 A substituição tributária para a frente, tem por finalidade o seguinte:
Simplificar a fiscalização que se concentra no produtor.
Antecipar o recolhimento do imposto ou contribuição quando da venda ao comerciante.
 Evitar a sonegação fiscal, a qual pode ocorrer nas diversas etapas da comercialização. 
22/08
Sujeição Passiva Indireta: Está ligada a solidariedade. Após ocorrido o fato gerador verificando-se determinadasituação prevista em lei, a obrigação pelo pagamento do tributo transfere-se para outra pessoa.
 O artigo 124 do CTN trata-se da solidariedade pelo pagamento do tributo. 
 De acordo com o artigo 264 do código civil caracteriza-se a solidariedade quando na mesma obrigação existe mais de um credor ou mais de um devedor, sendo que cada credor pode cobrar a divida total e cada devedor é responsável pelo pagamento da divida toda. 
Em matéria tributária são solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitui o fato gerador da obrigação principal, bem como as pessoas designadas por lei.
Responsabilidade Tributária: Somente a lei pode de valor maior atribuir responsabilidade pelo pagamento do credito tributário a terceira pessoa, que não é o contribuinte, mas que de alguma maneira está vinculado ao fato gerador da obrigação. Exemplo: Todo aquele que contrata serviços com ou sem vinculo empregatício fica responsável pelo pagamento de tributos, aquele que contrata a feitura de uma construção ou mesmo uma reforma fica obrigado pelo pagamento do tributo devido ISS imposto sobre serviços.
Existem alguns tipos de responsabilidade quais sejam:
Responsabilidade Sucessores: A sucessão tributária corresponde a transferência da responsabilidade tributária do obrigado principal para outra pessoa. Assim, sucessor é aquele para quem transferem direitos ou obrigações que era do sucedido. Exemplo: O adquirente de todo e qualquer bem em um leilão fica responsável pelo pagamento de qualquer tributo incidente sobre o bem. Nas compras e vendas concretizadas entre pessoas físicas ou jurídicas o adquirente do bem fica responsável pelo pagamento dos tributos existentes. 
No caso de inventário, o herdeiro responde pelo pagamento de todo o tributo existentes pelos bens. 
No caso de fusão incorporação ou transformação a pessoa jurídica resultante desses atos torna-se responsável pelo pagamento dos tributos devidos pelas empresas fusionadas, incorporadas ou transformadas, cujo os fatos geradores tenham ocorrido até a data desses fatos.
29/08

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