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481 FACILITANDO O ENSINO DE NEUROCIÊNCIAS NA SALA DE AULA POR MEIO DE MODELOS Lourival Pascucci CAMPAGNA Danielle Fernandes da SILVA Felipe Augusto K. de OLIVEIRA Renato Eugenio da Silva DINIZ Silvia Mitiko NISHIDA1 Resumo: Á medida que as pesquisas neurocientíficas avançam o seu conteúdo vai se popularizando em nosso dia-a-dia através dos meios de comunicação. Visando facilitar o processo de ensino-aprendizagem sobre os conteúdos que tratam do Sistema Nervoso, os objetivos do presente trabalho foram os de produzir três conjuntos de materiais didáticos: uma coleção de encéfalos de vertebrados e dois modelos que exemplificam, respectivamente, a ação dos neurotransmissores e a fisiologia da audição. Ao mesmo tempo, foram produzidos Textos de Apoio e sugestões de uso em sala de aula. Palavras-chave: Material didático; Neurociências; Biologia. INTRODUÇÃO Em 1990 houve uma grande mobilização de recursos financeiros a grupos americanos de pesquisa com a finalidade impulsionar a aquisição de conhecimento significativo na área das Neurociências. Vivemos um período batizado de “Século do Cérebro” período onde se crê, haverá conquistas revolucionárias na área. A longevidade da população humana mundial está aumentado a cada década e junto, a freqüência de doenças neurodegenetativas como as de Parkinson, Alzheimer, esclerose múltipla, acidentes vasculares cerebrais, etc. cujos custos hospitalares são extremamente elevados. Além disso, o nosso estilo de vida moderno proporciona um grande número de acidentes traumáticos do sistema nervoso central e periférico com os veículos de transporte cuja frota aumenta cada vez mais e tem como conseqüência, tratamentos onerosos durante a recuperação fisioterápica. Com a aquisição de várias ferramentas de procedimentos diagnósticos não-invasivos como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética que possibilitam o estudo do cérebro em pessoas acordadas, os avanços do conhecimento neurocientifico estão começando a fazer parte do nosso dia-a-dia nos grandes meios de comunicação. Além disso, os problemas relacionados com o abuso de drogas de efeito psicotrópico, especialmente nos adolescentes, é um tema de preocupação relevante e um grande problema social. Como o Ensino Médio está tratando desses assuntos na sala de aula? A disciplina de Biologia no Ensino Médio tem como um dos objetivos o enfoque sobre a forma de organização e do funcionamento dos sistemas de órgãos do corpo (Brasil, 1998). Vários conteúdos, no entanto, constituem verdadeiros desafios na hora de se ensinar, pois apresentam altos níveis de complexidade, seja porque muitas estruturas do corpo não são 1 Departamento de Fisiologia – UNESP/ Instituto de Biociências/Botucatu. Correspondência: nishida@ibb.unesp.br. 482 diretamente visíveis e nem palpáveis para a exploração. Assim, quando tratamos de assuntos sobre as estruturas cerebrais, as macromoléculas biológicas ou outros órgãos internos do corpo, o processo de ensino-aprendizagem exige a imaginação conceitual de objetos e de eventos. Na Proposta Curricular para o Ensino de Biologia do Estado de São Paulo (São Paulo,1992) o conteúdo sobre o Sistema Nervoso é sugerido na Unidade V e vários livros didáticos o abordam, seja comparativamente ou especificamente ao tratar da fisiologia dos sistemas de órgãos do corpo humano (AMABIS & MARTHO,1997; MARCONDES & LAMMOGLIA,1983; PAULINO, 2000; FROTA-PESSOA, 2000; LINHARES & GEWANDSZNAJDER, 1999; LOPES, 1999). O ensino de Neurobiologia nos cursos de nível superior como Ciências Biológicas é motivo de “fobia” em função da grande quantidade de estruturas anatômicas, a necessidade de uma formação integrada aos conteúdos de outras disciplinas (Física, Bioquímica e Morfologia) quando são estudados os mecanismos de geração e propagação dos impulsos nervosos, transdução sensorial e processamentos neurais. Como conseqüência, em muitos casos, aqueles que vão ensinar nos cursos de Biologia do Ensino Médio acabam não despertando o devido interesse nos alunos seja pela própria insegurança ou pela falta de material didático disponível. Entre as diretrizes dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino médio (Brasil, 1988, 2002) está a busca por uma prática de ensino contextualizada que valorize os conhecimentos previamente vivenciados, somando a estes conteúdos novos e integrando ambos de maneira crítica e reflexiva, uma vez que “...aflorar o conhecimento do aluno não seria apenas uma forma de despertar seu interesse pelo assunto, mas mobilizá-lo para a mudança” (BIZZO & KAWASAKI, 1999). Além disso, almeja-se a partir da sala de aula o estímulo à consciência crítica e reflexiva do contexto sócio-cultural e histórico do aluno, fazendo que ele sinta-se agente da construção do seu próprio conhecimento e tornando o aprendizado útil à vida e ao trabalho. Além disso, ao dominar os conhecimentos biológicos possibilita ao aluno compreender os debates contemporâneos da sociedade e deles, participar (KRASILCHIK & TRIVELATO, 1998). Mas como colocar claramente a importância sobre o aprofundamento do conhecimento até os níveis microscópicos e complexos, facilitando a compreensão de eventos ou conceitos muito abstratos dentro da Biologia, como alguns conteúdos das Neurociências? 483 OBJETIVOS Em face do exposto, os objetivos do presente trabalho foram os de facilitar o ensino de Neurociências produzindo: 1) Uma coleção de encéfalos com os respectivos crânios de espécies representativas da classe dos vertebrados com a finalidade de ilustrar a tendência evolutiva no grupo em relação ao aumento do cérebro. 2) Uma coleção de canais iônicos com referência às sinapses nervosas químicas para ilustrar o funcionamento normal e o mecanismo de ação de algumas drogas de ação psicotrópica. 3) Um modelo do sistema de alavancas ósseas do ouvido para ilustrar como funciona o mecanismo de condução do som no sistema auditivo. A) COLEÇÃO DE ENCÉFALOS DE VERTEBRADOS Uma forma de visualizar a tendência evolutiva do sistema nervoso dentro do grupo de vertebrados seria a de comparar os encéfalos de diferentes espécimes representativas das classes. Material e Métodos A metodologia de preparação é pratica rotineira do Departamento de Anatomia do Instituto de Biociências do Campus da Unesp de Botucatu e foi executada sob orientação da Prof. Dra. Selma Maria Michelin Matheus. Foram utilizados cadáveres frescos de animais provenientes de outros experimentos, ou então cadáveres já fixados (cães e gambás) do acervo do Departamento de Anatomia. No caso de animais da fauna silvestre (como serpentes, por exemplo), o material foi obtido de instituições possuidoras da devida autorização do IBAMA para a criação em cativeiro ou a captura dos mesmos. Quando foi necessária a obtenção de material a partir de animais de laboratório (ratos, codornas, rãs, peixes), procedeu-se o sacrifício por anestesia, conforme protocolo autorizado pelo CEEA (Conselho de Ética na Experimentação Animal do IBB protocolo � 26/05). 484 Descrição sucinta dos procedimentos (veja detalhes em Silva, 2005) Perfusão: nesse processo, o sangue do cadáver fresco é substituído por soro fisiológico e, posteriormente, por uma solução de formol a 10%, preparando-o para uma rigidez generalizada e possibilitar a próxima etapa. Dissecção: usando-se material cirúrgico adequado para cada tamanho de animal, o encéfalo foi exposto e retirado com muito cuidado procurando preservar os nervos cranianos. Conservação: uma vez dissecado, o encéfalo foi congelado por 12 horas, e em seguida, retirado e deixado em local arejado por igual período. Repetia-se a operação até que apresentasse aspecto de uma massa firme e dura. Em seguida recebia o acabamentofinal, a impermeabilização com uma camada de verniz. Para cada encéfalo preparou-se o respectivo crânio um outro cadáver da espécie de tamanho correspondente. Cada crânio foi dissecado cuidadosamente, evitando-se quebrar a mandíbula ou ferir a calota do crânio com o bisturi ou a tesoura. O crânio foi desconectado ao nível do forame magno, junto à articulação com o atlas (1º vértebra cervical) e a massa encefálica foi totalmente removida assim como as meninges. Em seguida, o crânio foi mergulhado em um recipiente com uma solução de água oxigenada e deixado de molho por tempo suficiente para se obter o seu clareamento. Depois de totalmente seco, cada peça recebeu uma camada de verniz para ser impermeabilizado. Acabamento e armazenamento: O encéfalo e o seu respectivo crânio foram guardados dentro de uma caixa de acrílico transparente com tampa removível. Cada caixa foi especialmente construído sob medida. Para o assoalho da caixa foi desenvolvida uma placa de resina onde as duas peças ficavam em repouso. Elaboramos uma etiqueta de identificação taxonômica, (filo, subfilo, classe, ordem, família, gênero e espécie), nome popular e a foto do exemplar. Finalmente visando uma conservação a longo prazo, cada caixa foi suprida com naftalina para evitar o ataque de traças. 485 Resultados e Discussão A Figura 1 exemplifica como cada exemplar era identificada e a Figura 2 mostra a coleção pronta. Figura 1 – Etiqueta de identificação para o encéfalo do rato e a vista superior do encéfalo já preparado. A grande vantagem da técnica utilizada é o fato de o produto ficar conservado sem o formol e proporcionar facilidade no transporte da coleção de um lugar para outro. A coleção encontra-se disponível para empréstimo e já vem sendo utilizada nas aulas e Anatomia Comparada e de Fisiologia Comparada dos Cursos de Ciências Biológicas do próprio Instituto. À medida que outros exemplares de vertebrados nos ficam disponíveis temos a intenção de aumentar a coleção, enriquecendo-a em diversidade. Alem de estar a disposição para empréstimo a coleção é divulgada para as escolas públicas em eventos anuais de extensão universitária como “Venha Conhecer o IB”. Subfilo: Vertebrata Classe: Mammalia Ordem: Rodentia Espécie: Rattus norvegicus Nome popular: Rato branco Figura 2 Visão geral da coleção de encéfalos de vertebrados. Da esquerda para a direita são mostrados exemplares de cão, serpente, rã, gambá, codorna e rato. 486 B) COLEÇÃO DE CANAIS IÔNICOS A produção de modelos baseia-se no pressuposto de que eles possibilitam a transcendência das limitações sensoriais humanas e concretizando os conceitos abstratos. Transformam-se então em excelentes ferramentas para instrumentalização do estudante, facilitando sua compreensão dos conceitos desejados. O próprio PCNEM (1999) enfatiza a importância da construção de modelos representativos e explicativos, essenciais para a compreensão de leis naturais, mecanismos e de sínteses teóricas. O uso do modelo, no entanto, deve preceder de uma sólida explicação teórica de modo que o aluno perceba que o modelo não é o evento em si, mas apenas uma representação didática, apenas como agente facilitador da aquisição do conceito. Outro aspecto que motivou a produção de modelos sobre o funcionamento dos mecanismos de neurotransmissão foi a Proposta Curricular de Biologia - Estado de São Paulo para o ensino médio onde é enfatizada a importância de se trabalhar o conteúdo sobre “ A saúde e o consumo de drogas”. São colocados como conteúdos principais: a diferença de visão em relação ao uso de drogas em diferentes culturas, os problemas decorrentes do uso indevido de medicamentos, o conceito de dependência (e seus) tipos e os motivos que levam ao consumo de drogas. Traz ainda uma preocupação com a não utilização do maniqueísmo em relação ao tratamento do tema, “pois há efeitos nocivos e benéficos na área da farmacologia.” (SÃO PAULO, 1992). Material e Métodos Com a finalidade de se construir modelos tridimensionais, baseados nos modelos cientificamente propostos, optou-se por materiais flexíveis durante a modelagem e, ao mesmo tempo, resistente à manipulação depois de pronto. Após pesquisar várias alternativas optou-se pela porcelana fria ou biscuit, cujo custo de produção é baixo, portanto, bastante indicado. A receita é facilmente encontrada em revistas de artesanato impressas ou na Internet. Além da modelar os canais iônicos, os mesmos foram planejados com efeitos dinâmicos, isto é, dotados de mecanismos de abrir e fechar comportas (veja em CAMPAGNA, 2005 detalhes sobre a produção dos modelos, onde consta a lista de materiais e o método de modelagem). 487 Resultados e Discussão Os neurônios fazem comunicação através das sinapses nervosas. O neurônio pré-sinaptico sintetiza e libera mediadores químicos denominados neurotransmissores (NT) que agem no neurônio pós-sinaptico, causando mudanças no potencial elétrico da membrana. Esses eventos elétricos ocorrem porque os NT atuam regulando a abertura e o fechamento dos canais para o fluxo de cátions ou de anions. A relação do neurotransmissor com a molécula da membrana pós-sináptica é do tipo chave-fechadura e foi baseado nesse principio que os modelos foram criados. Nas Figuras 3 e 4 estão apresentados dois tipos de canais iônicos: a) ionotrópico: que se abre diretamente com a interação do neurotransmissor (Figura 3A), pois ele próprio tem um sitio de ligação e b) metabotrópico que se abre indiretamente, depois de uma reação bioquímica intermediária ocorre (Figura 3B). O fato de existir variação em torno do mecanismo de processamento da informação proporciona flexibilidade ou modulação na análise das mensagens nervosas. Por outro lado, as sinapses nervosas estão sujeitas à ação de drogas (psicotrópicas) podendo causar vários distúrbios de comportamento. Figura 3A. Á esquerda, o canal Iônico ionotópico fechado impedindo a entrada de ions (esferas amarelas). Á direita, a ligação do neurotransmissor (esfera vermelha com haste) com um sitio receptor faz com que o canal se abra e permita o fluxo de íons através do poro. Figura 3B. Á esquerda, o canal Iônico fechado (em rosa) acoplado a uma reação intermediaria. Á direita, quando o NT (esfera azul com haste) se liga a uma molécula receptora adjacente (em verde), o canal se abre indiretamente. 488 O material produzido já está à disposição para empréstimo nas escolas e tem sido utilizado em ações extensionistas do Instituto como o “Venha Conhecer o IB” e nas ações educativas do CEATOX, através de programas educativos (Projeto “Anjos da Guarda”) sobre combate e prevenção ao consumo de drogas em escolas ou nas comunidades do município. Mesmo nas salas de aulas do ensino superior de Neurofisiologia dos cursos de graduação o uso do material facilita bastante a comparação dos mecanismos de neurotranmissão e a ação de drogas agonistas e antagonistas. C) MODELO DO SISTEMA DE ALAVANCAS ÓSSEAS DO OUVIDO A audição é uma das formas de percepção mais relevantes no processo da comunicação humana e o seu ensino exige uma abordagem multidisciplinar. Temos constatado que a compreensão sobre os mecanismos de superação da impedância acústica apresenta alto grau de dificuldade, eventualmente por se tratar de um fenômeno não visível e exigir a integração de conteúdos de anatomia e de física. As ondas mecânicas propagam-se do ar (orelha externa) para dentro da cóclea cheia de liquido (orelha interna). Isso significa que haverá uma perda grande de energia mecânica (mais de 90%) por causada mudança do meio (reflexão). A orelha media, possui um mecanismo de superação de impedância acústica: um sistema de alavancas interfixas formado por três minúsculos ossículos: martelo, bigorna e estribo que amplificam o sinal mecânico. Alem disso, a diferença de superfície existente entre as membranas timpânica e da janela redonda soma mais ganhos e quando a onda mecânica penetra a cóclea, o sinal acústico chega praticamente sem atenuações. Material & Métodos Baseado no estudo anatômico detalhado das três orelhas, com ênfase aos três ossículos, obteve-se informações precisas sobre a forma e como eles estão articulados. Depois de consultar vários arquivos de figuras e fotos dos ossículos, os respectivos modelos ampliados foram esculpidos em madeira balsa. Com a colaboração do especialista (Prof. Dr. José Anchieta C. Horta Jr. do Departamento de Anatomia do Instituto de Biociências da Unesp do Campus de Botucatu) todos os detalhes anatômicos e os limites dos movimentos articulares foram determinados. A Figura 4 mostra o tamanho real dos três ossículos e a Figura 5, os mesmos ampliados depois de esculpidos em madeira balsa. 489 Além de tornar visível, foi possível proporcionar, fielmente, os movimentos articulares dos três ossículos durante a propagação mecânica. Além dos ossículos, foi projetado e esculpido em um bloco de gesso, parte das três orelhas para que o sistema de alavancas ficasse corretamente situado na orelha média (Figura 6). O protótipo de madeira serviu para produzir mais quatro réplicas de ossículos com poliuretano e resina e, dessa maneira, era possível atender um maior número de alunos em sala de aula. O material já está sendo utilizado em vários momentos dos cursos de graduação do Campus da Unesp e está a disposição para empréstimo para as escolas publicas do município. MarteloMartelo ORELHA MÉDIA ORELHA EXTERNA ORELHA INTERNA EstriboEstribo BigornaBigorna Tímpano MarteloMartelo ORELHA MÉDIA ORELHA EXTERNA ORELHA INTERNA EstriboEstribo BigornaBigorna Tímpano Figura 6 Os três ossículos inseridos na região da orelha media construído de gesso. Figura 5 Os três ossículos depois de esculpidos em madeira balsa corretamente articulados entre si Figura 4 A esquerda os três ossículos da orelha média (martelo, bigorna e estribo). Á direita, o estribo sobre o dedo indicador. 490 O material didático facilita a explanação sobre os mecanismos de captação e condução das ondas mecânicas para dentro da cóclea e as simulações sobre os processos de atenuação. DISCUSSÃO GERAL Os resultados dos três projetos apresentados compreendem, respectivamente, duas monografias de conclusão de curso em Ciências Biológicas modalidade Licenciatura e uma atividade de monitoria na disciplina de Neurofisiologia. Nas respectivas monografias de conclusão (CAMPAGNA, 2005; SILVA, 2005) há descrições detalhadas sobre como os materiais didáticos foram produzidos e também um Texto de Apoio ao Professor (de Ensino Médio) contendo o suporte teórico necessário, bem como, sugestões de uso do material em sala de aula. O texto “Evolução e Fisiologia do Sistema Nervoso dos Vertebrados” contém informações sobre a evolução do sistema nervoso dos vertebrados e os conceitos básicos sobre a anatomia topográfica e funcional. Já o texto “Sinapses nervosas e a sua relação com as drogas psicotrópicas” faz uma breve introdução sobre a organização estrutural do sistema nervoso humano e aborda o mecanismo da neurotranmissão sináptica, assim como o mecanismo de ação das drogas psicotrópicas de uso mais freqüente entre os adolescentes. Em relação ao sistema de alavancas ossiculares, o texto de apoio está em fase de elaboração, bem como, está sendo enriquecido com a produção complementar de um sistema de transducão sonora que ocorre ao nível da cóclea. A experiência de os próprios alunos de graduação, produzirem materiais didáticos reagindo construtivamente com soluções alternativas, criativas, e espírito empreendedor é bastante satisfatória e se tornam nossos parceiros facilitadores da prática pedagógica. Agradecimentos: Selma Maria Michelin Matheus e Prof Dr José Anchieta C. Horta Jr, ambos do Departamento de Anatomia do Instituto de Biociências, pelas inestimáveis sugestões e criticas para o desenvolvimento, respectivamente, produção da coleção de encéfalos de vertebrados e pela confecção anatomicamente correta do sistema de ossículos. Agrademos também ao “Núcleo de Ensino” da PROGRAD e ao Programa “Ciência na Unesp” pela concessão de bolsas e apoio financeiro. 491 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMABIS, J M & MARTHO, G R. Fundamentos de Biologia Moderna. 2º ed. revista. Unidade VI, Cap. 22, item 22.2, p. 445-454. Ed. Moderna. São Paulo, 1997. BIZZO, N. & KAWASAKI, C. S. Ciências: que temas eleger? Porto Alegre, v.1, n.1, pp 25-34, 1999. CAMPAGNA, L.P. Material Didático para o Ensino Básico: a relação entre os neurotransmissores e as drogas psicotrópicas no sistema nervoso central. Trabalho de conclusão (licenciatura – Ciências Biológicas) – Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Botucatu. 2005. BRASIL Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília, DF, 1998. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Média e Tecnológica. 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