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Discentes: Cibelle Tavares, Evandson dos Anjos, Igor Miranda Patologia Oral Prof ª: Fabiana Gomes O papilomavírus humano (HPV) é um vírus epiteliotrófico, capaz de infectar pele e mucosa em vários sítios corporais e a sua contaminação é eminentemente sexual (oral, vaginal, anal). Na presença na mucosa oral dos tipos anogenitais, HPV 6/11 e 16/18, poderiam significar transmissão oro genital o que tornaria este vírus um importante cofator no desenvolvimento do câncer oral assim como é considerado no colo uterino. O HPV é vírus que está relacionado com a patogênese de lesões verrucosas benignas (papiloma escamoso oral, verruga vulgar, condiloma acuminado e hiperplasia epitelial focal) de crescimento lento e progressivo, de aspecto exofítico, papilar ou verrucoso. É uma proliferação benigna do epitélio escamoso estratificado que resulta em um aumento de volume papilar ou verruciforme é um vírus capaz de tornar-se totalmente integrado ao DNA da célula hospedeira e pelo menos 24 tipos estão associadas às lesões da cabeça e pescoço. O HPV pode ser identificado pelas técnicas de hibridização in situ, análise imuno-histoquímica e reação em cadeia de polimerase (PCR). O seu meio de transmissão interpessoal através de contato sexual, não-sexual por objetos contaminados, saliva e pelo leite materno e o seu período de incubação ou latência é de 3 a 12 meses. Esse papiloma acomete 1 em cada 250 adultos e constitui 3% de todas as lesões orais submetidas a biopsia representando assim de 7% a 8% de todos os aumentos de volumes ou lesões orais em crianças. O papiloma escamoso ocorre com freqüência em homens e mulheres em qualquer idade mais comum em pessoas com idade entre os 30 e 50 anos. Os sítios mais acometidos incluem a língua, lábios e palato mole. O papiloma escamoso é um nódulo macio, indolor, geralmente pediculado, com numerosas projeções superficiais digitiformes (aparência de couve-flor). O papiloma escamoso é uma lesão branca, levemente avermelhada, o seu crescimento é rápido e chega até 0,5cm. O papiloma é caracterizado por uma proliferação do epitélio escamoso estratificado ceratinizado, disposto em projeções digitiformes com centros de tecidos conjuntivo fibrovascular O tratamento é realizado através da excisão cirúrgico conservadora, incluindo a base da lesão e a recidiva é improvável. A verruga vulga é uma hiperplasia focal, benigna e introduzida por vírus do epitélio escamoso estratificado. O papilomavírus humano (HPV) tipos 2, 4, 6 e 40 são contagiosas e pode disseminar- se para outras partes da pele ou das membranas mucosas de um indivíduo por meio de autoinoculação e raro no desenvolvimento na mucosa oral sendo mais comum na pele. A verruga vulgar é freqüentemente descoberta em crianças podendo surgir em pacientes de meia idade. A pele das mãos é geralmente o sítio da infecção. Quando a mucosa oral está envolvida, as lesões são encontradas na borda vermelhão do lábio, mucosa labial e região anterior da língua. Ela apresenta-se como uma pápula ou nódulo indolor exibindo projeções papilares ou uma superfície áspera e semelhantes a seixos. A verruga vulgar é caracterizada pela proliferação de um epitélio estratificado escamoso hiperceratótico disposto em projeções digitiformes ou pontudas com centros de tecido conjuntivos e células da inflamação crônica infiltram o tecido conjuntivo de suporte As verrugas de pele são tratadas pela aplicação tópica de ácido salicílico, aplicação tópica de ácido lático ou pela crioterapia por nitrogênio líquido e a excisão cirúrgica apenas para casos clínicos atípica onde o diagnóstico é incerto. Já nas lesões orais podem ser através da excisão cirúrgica ou através de laser, crioterapia (formação de uma bolha epitelial que eleva o epitélio infectado do seu tecido conjuntivo subjacente, permitindo a descamação do tecido morto) ou eletrocirurgia. É uma proliferação induzida por vírus do epitélio escamoso estratificado da genitália, região perianal, boca e laringe e os tipos de papilomavírus humano (HPV) de alto risco 16, 18 e 31 estão presente no condiloma acuminado principalmente nas lesões anogenitais. O condiloma é considerado uma doença sexualmente transmissível (DST), com lesões desenvolvendo-se no sítio de contato sexual ou do trauma, que através de estudos a infecções orais e faríngeas pelo HPV em bebês ocorrem em mães com infecção genital durante o nascimento. É uma lesão oral que ocorrem com freqüência na mucosa labial, palato mole e freio lingual diagnosticada em adolescentes e adultos jovens, porém pessoas de todas as idades apresentando assim como um aumento de volume exofítico, séssil, cor-de-rosa, bem delimitado e indolor, com projeções curtas, embotadas e o seu tamanho lesionado médio é de 1 a 1,5 cm. O condiloma acuminado surge como uma proliferação benigna do epitélio escamoso estratificado acantótico com projeções superficiais papilares levemente ceratótico possuindo tecido conjutivo que sustentam as projeções capilares epiteliais. O condiloma acuminado é tratado por excisão cirúrgica conservadora. O tratamento não cirúrgico é realizado por meio de agentes tópicos aplicados pelo paciente, tais como IMIQUIMOD ou a PODOFILOTOXINA para pacientes com condiloma ANOGENITAIS. NEVILLE, B.W.;ALLEN,C.M.; DAMM,D.D.;et al. Patologia: Oral & Maxilofacial. 2ª Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004 PARISE Jr., O. 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