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ATPS SS ao contexto urbano e rural

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1
UNIVERSIDADE ANHANGUERA –UNIDERP
POLO DE OSASCO
Curso Serviço Social – 8º Semestre
Disciplina :Serviço Social ao Contexto Urbano e Rural
ATPS Serviço Social ao Contexto Urbano e Rural
Prof.ª. EAD:Ma. Laura Santos
Prof.ª. Tutora Presencial: Miriam Meneghini Rodrigues
	Nome
	RA
	Cleide de Oliveira
	3808615000
	José Airton de Oliveira
	2324418977
	Simone Aparecida P. da Silva Oliveira
	4322804190
	Viviane Oliveira Barbosa
	3815675709
 Osasco/ SP
 09/2015
UNIVERSIDADE ANHANGUERA –UNIDERP
POLO DE OSASCO
Curso Serviço Social – Oitavo Semestre
Disciplina: Serviço Social ao Contexto Urbano e Rural
ATPS Serviço Social ao Contexto Urbano e Rural
Sumário
Introdução ...................................................................................................................3
A Realidade dos Movimentos Sociais no Contexto Rural na Atualidade:..............3
Conhecimento Especificamente do Movimento Sem Terra: ...................................9
Principais Causas e Consequências dos Movimentos Sociais nos Contextos Rural e Urbano:..........................................................................................................12
Realidade Social no Contexto Urbano......................................................................16
 Conclusão....................................................................................................................21
Referências Bibliográficas:.........................................................................................22
Osasco/ SP
09/2015
1 – Introdução
A questão agrária pela ótica da questão social nos possibilita vislumbrar um espaço social bastante contraditório e complexo nos assentamentos rurais de nosso país, o que é um campo amplo de estudo para o Serviço Social.
Abrangendo desde a intensificação da concentração fundiária, até a resistência dos trabalhadores na luta por suas terras, a análise das relações de produção no campo é bastante complexa de ser realizada.
Sabemos que a formação do território brasileiro é caracterizada por concentrações de terras, negadas pelos órgãos governamentais e pelos grupos de poderosos, o que leva a exclusão social de parte significativa da população.
Tentar compreender a luta destas pessoas, que lutam de maneira sofrida por um pedaço de terra para o seu próprio sustento, tendo em mente um futuro mais digno, é o que iremos fazer neste trabalho.
2 – A Realidade dos Movimentos Sociais no Contexto Rural na Atualidade:
Conceito:A Reforma agrária é o conjunto de medidas para promover a melhor distribuição da terra mediante modificações no regime de posse e uso, a fim de atender aos princípios da Justiça Social, Desenvolvimento Rural Sustentável e Aumento de Produção (Estatuto da Terra - Lei nº 4504/64).
Na prática a Reforma Agrária tem como principal objetivo proporcionar: Desconcentração e democratização da estrutura fundiária, Produção de alimentos básicos, Redução de Migração Campo-Cidade, Combate a fome e à Miséria, entre outros.
A reforma Agrária como conceito geral, é o sistema que regula e promove a “Justa” divisão de terras em todo o estado. 
Atualmente no Brasil a Reforma Agrária se da basicamente da seguinte forma: a União realiza a compra ou a desapropriação de latifúndios particulares considerados improdutivos em diversas áreas da federação, e sob a figura do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) distribui e loteia essas terras às famílias que recebem esses lotes, prestando assistência financeira, consultoria para que possam produzir suas terras. 
	 “Aquele que desrespeita uma lei injusta deve fazê-lo abertamente, com amor, e com vontade de aceitar a punição. Considero que, aquele que desrespeita uma lei que sua consciência lhe diz ser injusta e que aceita de bom grado a pena de prisão com a intenção de despertar a consciência da comunidade para a injustiça dessa lei exprime, na realidade, o mais alto respeito pela lei.” 
Martin Luther King
Atualmente, manifestações, paralisações, ocupações de terras e prédios públicos, travam avenidas e rodovias de todo país, em defesa dos direitos sociais e da democracia. 
A Reforma Agrária em si envolve uma série de interesses, o mais gritante é a questão da desigualdade social firmada nos grandes latifúndios, no direito à propriedade em contra partida do direito do uso da terra.
Latifúndio: Nome dado a grandes extensões de terras, normalmente não produtivas ou pouco utilizado por seus proprietários. 
Segundo dados do IBGE cerca de 330 milhões de hectares de terras no Brasil são considerados latifúndios. 
Dados levantados pelo portal Carta Capital / Política, diferente do que diz a ministra da Agricultura Kátia Abreu, os latifúndios não só existem como cresceram. Apenas no governo Lula (2003-2010), os latifúndios ganharam 10 milhões de hectares. 
Em 2010 as terras improdutivas representavam cerca de 40% de grades propriedades brasileiras, dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
	O Estatuto da Terra criado em 1964, diz que o Estado tem a obrigatoriedade de conceder o direito a terra para quem nela mora e trabalha, todavia, essa não é a realidade em nosso país. A Constituição de 88 no Título II Dos Direitos e Garantias Fundamentais no artigo 5° diz:
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III – ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante...
	Ao se falar de direito à propriedade, a Reforma Agrária é possível devido à lei de desapropriação n° 8.629/93 que afirma em seu texto que a terra deve cumprir sua função social e em caso contrário pode o Estado à desapropriação, cabe ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) a responsabilidade sobre esta análise.
Em Junho de 1996, uma produção historia da Rede Globo, O REI DO GADO foi ao ar pela primeira vez, notícias sobre o movimento dos sem-terra estampavam as páginas dos jornais. Antes da estréiia, um conflito com a polícia causou a morte de 19 trabalhadores rurais sem terra, em Eldorado dos Carajás, no Pará. 
Conflitos e assassinatos de trabalhadores rurais sem-terra acontecem até hoje, por todo o país. Na maioria das vezes, a vítimas são líderes de assentamentos rurais. 
De acordo com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, no dia 6 de novembro deste ano, mais uma liderança de assentamento foi assassinada no Maranhão. E os familiares do casal José Cláudio e Maria do Espírito Santo, que foram executados há seis meses no Pará, num caso de grande repercussão na mídia, também sofrem ameaças.
Pode-se afirmar que em todas as suas histórias encontraremos temas sociais, com destaque, sobretudo à questão da terra, da política agrária e Reforma Agrária: 
“A agricultura brasileira sempre viveu em crise”. É muito difícil encontrar um agricultor satisfeito com a vida. Eles estão sempre se queixando, mas nunca desanimam. (...) 
A Reforma Agrária não é o assunto mais importante da minha novela, mas o assunto mais importante do meu país.”³
Estes conflitos sociais, tanto podem ser constatados na novela O REI DO GADO, como nos filmes:Fruto da Terra: O Filme retrata a história de uma jovem, que foi morta, levando um sonho de vida digna e justa para seus filhos. O filme retrata o processo de superação, conquista por cidadania e direitos humanos. 
Segundo relato de Marcos Tiarajú , a vida em Cuba é marcada pela solidariedade, ao contrario do que se apregoa no modelo capitalista,no sistema socialista tem se acesso a cutura, educação, saúde, trabalho, os bens produzidos são acessados por todos, enfim a vida é simples e as pessoas proporcionam alegrias umas as outras, que é possível sonhar com uma sociedade diferente, mais justa e igualitária, com oportunidade e desenvolvimento para todos. 
“Justiça nós a temos, e não nos atende”. “Direito já nós o temos, e não nos conhece”. “Não necessitamos Caridade”. “O que queremos é uma Justiça que se cumpra e um Direito que nos respeite.”
Agora o Filme Por longos Dias: Retrata uma visão poética do movimento Sem terra e da Marcha pela Reforma Agrária. 
Este filme retrata a Chacina de Eldorado do Carajás. O caminho percorrido desde a percepção do direito da terra até a luta. Envolve um jogo de poder, relação de servos e senhoras que demonstra que qualquer coisa ao contrario será considerada subversão sendo reprimidos com violência, alguns são condenados a mais completa miséria, enquanto outros levam proveito de toda mordomia, há uma demonstração clara de desigualdade social, de justiça, tendo como o grito de direito a vida, moradia, cidadania perdido no tempo. 
É difícil defender só com palavras a vida (ainda mais quando ela é que esta que vê, Severina)João Cabral de Melo Neto 
Um direito que Respeite uma Justiça que CUMRA!
Operação desmantela esquema de exploração ilegal de madeira no Pará - 30/08/2015 23h50 
Não é de hoje que ouvimos sobre o desmatamento na floresta Amazônica. 
Esta semana uma quadrilha, chegou ao fim, graças a denuncias de assentados da região. Umesquema que movimentava bilhões de reais, desmatava, corrompia funcionários públicos e ameaçava de morte quem ficava no caminho. 
Esquema esse que começou a ser desmontado 24 de Agosto, numa segunda-feira, devido a uma operação da Polícia e do Ministro Publico Federal, estima-se que foram presos 21 pessoas envolvidas no esquema. 
A investigação de cortes de árvores na floresta amazônica pôde-se chegar aos projetos de reforma Agrária. 
A superintendência Regional do INCRA estaria deixando os assentados desassistidos de propósito. Sem poder tirar sustendo da terra, os assentados vendem a madeira ou a terra, por que os projetos de plantio e apoio nunca chegaram. A omissão do INCRA, não era por falta de recursos, mais deliberada, proposital, para facilitar cada vez mais o trabalho da quadrilha. 
É essa a acusação que o Ministério Público faz contra o superintendente do Incra em Santarém, Luiz Bacelar, e mais três funcionários do instituto.
Segundo alguns depoimentos de lideres do movimento Sem-terra, os mesmo foram ameaçados de mortes. 
Comentário de Paulo- Líder do Movimento: Quando iam reclamar no Incra, os assentados sempre recebiam a mesma resposta. “Não veio o dinheiro, não tem. Aí fica naquele empurra. Enquanto fica nesse empurra, os grileiros e o madeireiro invadem e aí as lideranças ficam na risca de sofrer atentados, de ser humilhado, de não poder falar nada, porque, se falar, os caras punem com a mão de ferro”.
Há dois anos Paulo, sofreu seu primeiro atentado, ele fotografou buracos nas paredes de sua casa, e neste ano aconteceu novo atentado, so que desta vez, como o mesmo estava armado, reagiu ao novo atentado. 
“Hoje, vive escondido, protegido pela polícia. Não é fácil lá dentro, porque, aonde tem madeira, gera ambição, porque gera dinheiro. Eles querem comprar o meu pedaço de terra lá. Não vendo. Não vendo. Eu quero voltar pra lá. E vou voltar. É lá que eu sei criar a minha família”, afirma Paulo. 
Abandonados pelo poder público, muitos assentados venderam suas terras aos fazendeiros. Em uma delas, o INCRA, através de Bacelar, entregaram 10 mil hectares ao homem que se apresenta como o maior produtor de açaí do mundo. Parte da plantação está dentro da terra dos assentados.
Eloy Vaccaro foi preso em casa, em Florianópolis, e levado para o presídio. O advogado dele chamou a prisão de equívoco e disse que Vaccaro é um empresário respeitado, já tendo sido homenageado por autoridades no Acre e no Pará. No assentamento, Vaccaro teve até um plano de manejo aprovado.
A derrubada é um drama para quem vive do extrativismo. “Uma árvore de cumaru dá na faixa de 40 quilos...”, diz Iranildo da Silva Pereira. No mercado, isso dá R$ 600.
“Então, se ele cortar essa árvore hoje, é um dinheiro que não volta mais para nossa região. Desaparece e você, no ano que vem, você acabou o cumaru nem a safra tem mais numa região dessa’, diz Iranildo.
Assim como Paulo, Iranildo acredita que denunciar as ameaças é uma forma de proteção. “Eu quero mostrar o meu rosto, porque, se um dia acontecer o que aconteceu com Chico Mendes, com Dorothy Stang, eu quero saber com quem eles fizeram. Para dizer: Iranildo morreu, mas foi por uma luta justa, a causa ele defendeu. A gente vê lá as pessoas que vem nos representar e vai representar madeireiro. Essa é a nossa luta”, afirma.
3 – CONHECIMENTOS ESPECIFICAMENTE DO MOVIMENTO SEM TERRA:
Sobre a Charge de Jeans- 2008. 
ONG´s do MST receberam do governo Lula, no primeiro mandato, 39 milhões de reais, quatro vezes mais que na gestão de FHC (charge acima de Jean).
Estatais do Protesto
Abril já entrou para o calendário nacional como o mês em que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e grupos correlatos lançou sua onda de invasões. O pretexto de protestar contra a política de reforma agrária e contra a impunidade no massacre de Eldorado dos Carajás, a morte de 19 pessoas pela PM do Pará, em 17 de abril de 1996-, grupos de sem-terra dão-se o direito de tomar fazendas, prédios públicos, fechar estradas e depredar propriedade alheia. Que militantes raivosos, dispostos a derrubar o capitalismo, perpetrem atos desse calibre, embora lamentável, é até esperado. O que não se pode admitir é que o governo federal não apenas tolere esse comportamento como ainda ajude a financiá-lo. Líderes do MST e congêneres se tornaram verdadeiros profissionais do protesto, a expensas públicas. Três das maiores entidades ligadas ao movimento sem terra, calcula a ONG Contas Abertas, foram agraciadas com R$ 39 milhões em dinheiro do contribuinte no primeiro mandato petista, quatro vezes mais que na segunda gestão de FHC. Isso sem mencionar os empréstimos subsidiados que o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) faz a assentados, e com os quais eles pagam o seu "dízimo" ao movimento. Os mecanismos de financiamento são azeitados pelos vários dirigentes dos sem-terra que assumiram postos na burocracia de ministérios e órgãos como o INCRA. Essa espiral de aparelhamento tem como contrapartida uma escalada nos protestos. Centros de pesquisa de empresas e até o Congresso Nacional tornaram-se alvos de depredação. O pretexto de anular a privatização da Vale, grupelhos agora ameaçam sabotar a companhia. Toda essa truculência é custeada pelo erário, com o beneplácito ostensivo do governo Lula.
O tema da agroindústria familiar e da agregação de valor no meio rural, tendo por base publicações que retratem essa realidade em escala latino-americana. O meio rural brasileiro, em decorrência da reestruturação econômica, produtiva e institucional, tem presenciado uma série de mudanças em seus espaços, podendo ser observado um acréscimo das ocupações não exclusivamente agrícolas. Com as transformações mundiais (modernidade) a agricultura familiar modificou-se. Surgiram novos parâmetros e subdivisões que mudaram o estilo de vida social, econômico, político e ambiental do pequeno produtor, com mudanças nos interesses voltados a terra, família e propriedade.
Atualmente o Brasil conta com, aproximadamente, 4,1 milhões de estabelecimentos rurais que desenvolvem agricultura familiar, envolvendo diretamente em torno de 25 milhões de pessoas. O setor é responsável pela oferta de 70% dos produtos que compõe a cesta básica, ocupa 80% da mão-de-obra rural, responde por 40% do valor bruto da produção agropecuária nacional e obtém em média três vezes mais renda por hectare cultivado. Com esse desempenho torna-se indispensável para o segmentoeconômico e social do Brasil.
O conceito de agricultura familiar começou a formular-se após a Segunda Guerra Mundial. Pois, foi nesse período que surgiu os dois regimes antagônicos: capitalismo e o socialismo, sendo liderados por Estados Unidos e União Soviética, respectivamente. Com a divisão o mundo em dois blocos de poder, influenciando o desenvolvimento da agricultura separadamente. O confronto do capitalismo com o socialismo ocorreu durante décadas, denominado Guerra Fria, “terminando” após a queda do muro de Berlim, em 1989.
O movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra- MST está organizado em 24 estados nas cinco regiões do país, são cerca de 350 mil famílias que conquistaram terra por meio da luta e da organização dos trabalhadores rurais. 
Atualmente o MTS, visa não só conquistar terras não produtivas, mais sim áreas para construção de moradias dignas. Para o MST, a conquista de terras é apenas o primeiro passo para realização da reforma Agrária.
O MST teve sua gestação no período de 1979 a 1984, e foi criado formalmente no Primeiro Encontro Nacional de Trabalhadores Sem Terra, que se realizou de 21 a 24 de janeiro de 1984, em Cascavel, no estado do Paraná lutar pela terra, pela Reforma Agrária e pela construção de uma sociedade mais justa, sem explorados nem exploradores.
Segundo a Legislação de nosso país, todo cidadão, independente da cor, etnia, ou religião, possuem deveres e direitos perante a sociedade. 
Os direitos e deveres do cidadão estão previstos na Constituição do Brasil, principalmente no Título II, Capítulo I (Dos direitos e deveres individuais e coletivos). 
Principais direitos e deveres do cidadão brasileiro:
 
DEVERES
 
Respeitar e cumprir a legislação (leis) do país;
 Escolher, através do voto, os governantes do país (presidente da República, deputados federais e estaduais; senadores, prefeitos, governadores de estados e vereadores);
Respeitar os direitos dos outros cidadãos seja eles brasileiros ou estrangeiros;
 Tratar com respeito e solidariedade todos os cidadãos, principalmente os idosos, as crianças e as pessoas com deficiências físicas;
Proteger e educar, da melhor forma possível, os filhos e outras pessoas que dependem de nós; etc. 
 DIREITOS
Direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade;
Direito à educação, saúde, moradia, trabalho e lazer;
Proteção à maternidade e à infância;
Liberdade de manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato;
 Seguir a crença religiosa que desejar;
Exercer a profissão que quiser, respeitando as exigências relacionadas às qualificações profissionais; e etc.
Se formos colocar na balança nossos deveres e direitos, há uma divergência. Que leis são essas que diz que temos direito a propriedade, a moradia digna, se temos que lutar para conquista-la? Que leis são essas que há derramamento de sangue para uma vida digna?
Devemos nós como povo brasileiro, sempre viver com as migalhas que recebemos do governo?
Esse movimento traduz uma herança historia e mutua, é uma luta de contestação social. 
Fotógrafo Sebastião Salgado. 
Trabalho realizado em obra intitulada Terra, ano de publicação 1997. 
Sebastião Salgado, origem mineira, ganhou reconhecimento internacional ao fazer relatos, imagens sobre as famílias comuns. 
Entre todas suas publicações as mais conhecidas são: Outras Américas, 1986, obra que retrata a vida dos camponeses latino-americanos; Trabalhadores, 1993, homenagem ao trabalho realizado com o corpo, e Terra 1997, que retrata a triste realidade dos assentamentos e dos trabalhadores rurais no Brasil. Em 2000 criou o projeto Êxodo, que percorre 47 países para contar a migração do campo para as cidades. Ano de 2004, criou o projeto “Gêneses”, no qual se dedica a clicar partes do planeta ainda intactas com a intenção de chamar a atenção para conceitos como biodiversidade e sócio biodiversidade. Em 2013, o Museu de História Natural de Londres irá receber a exposição que resultou desse projeto. Ainda este ano, estão previstos dois lançamentos: um catálogo dividido em dois volumes, com os registros fotográficos do projeto “Gênesis”, e ainda o documentário sobre a vida do fotógrafo, “A Sombra e a Luz”, produzido pelo alemão Wim Wenders com a colaboração de Juliano Salgado, filho do fotógrafo.
Ao realizar o trabalho Terra 1997, que retrata a realidade dos sem terras, podemos observar olhares tristes, olhares de esperança de uma vida justa e digna. 
HTTP://jornalutopia.files.wordpress.com/2008/10/sebastiao_salgado_pes590.jpg
O que está imagem retrata a respeito do Movimento dos trabalhadores sem-terra?
 Retrata a dura realidade de trabalhadores que querem apenas ter uma vida digna. Uma vida mais justa, com direito a moradia, educação, saneamento básico, e saúde. 
Assim como diz a música de Zé Ramalho:
Vocês que fazem parte dessa massa; Que passa nos projetos, do futuro; é duro tanto ter que caminhar... E dar muito mais, do que receber... E ter que demonstrar sua coragem... A margem do que possa aparecer... E ver que toda essa engrenagem... Já sente a ferrugem, lhe comer...
Povo Marcado, povo Feliz!
A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita.
Mahatma Gandhi
4–Principais Causas e Consequências dos Movimentos Sociais nos Contextos Rural e Urbano:
Êxodo Rural, ou seja, movimento migratório da população das zonas rurais(campo) para as zonas urbanas (cidades). Processo esse que acompanha a historia do Brasil desde o século XIX. 
As principais causas para o deslocamento é devido a buscar de condições melhores, oportunidades melhores de emprego (com boa remuneração), qualidade de ensino, saúde, saneamento básico, um necessidade de infraestrutura melhor, e qualidade de serviços. 
Ao refletir e pensar as grandes cidades você, provavelmente, estará conhecendo as questões mais importantes da realidade social, política, econômica e cultural brasileira. Somente a sociedade humana “habita” o planeta, no sentido de transformá-lo segundo um objetivo pré-determinado.
 As metamorfoses do espaço habitado acompanham a maneira como a sociedade humana se expande e se distribui, acarretando sucessivas mudanças demográficas e sociais em cada continente (mas também em cada país, em cada região e em cada lugar). O fenômeno humano é dinâmico e uma das formas de revelação desse dinamismo está, exatamente, na transformação qualitativa do espaço habitado.
O êxodo rural, na maioria das vezes provoca problemas sociais. Nem sempre as cidades que recebem grande quantidade de migrantes estão preparadas para tal fenômeno. 
Os empregos na maioria das vezes não são suficientes, e assim com essas dificuldades os migrantes, partem para o mercado de trabalho informal, assim não podendo garantir seus direitos, e passam a residir em más condições (favelas, cortiços, etc).
Além do desemprego, o êxodo rural descontrolado causa outros problemas nas grandes cidades. Ele aumenta em grandes proporções a população nos bairros de periferia das grandes cidades. Como são bairros carentes em hospitais e escolas, a população destes locais acaba sofrendo com o atendimento destes serviços. Escolas com excesso de alunos por sala de aula e hospitais superlotados são as consequências deste fato.
Os municípios rurais também acabam sendo afetados pelo êxodo rural. Com a diminuição da população local, diminui a arrecadação de impostos, a produção agrícola decresce e muitos municípios acabam entrando em crise. Há casos de municípios que deixam de existir quando todos os habitantes deixam a região
No decorrer dos séculos, tanto o crescimento econômico como o crescimento demográfico foram muito lentos em todos os países. Até o século XIX, os homens eram essencialmente agricultores. Mas, a partir desse século, ocorreu uma transformação demográfica cujos múltiplos efeitos passaram a ter importância cada vez maior, como consequência das mudanças econômicas, sociais, políticas e culturais que se produziram desde o início do século XIX, a cujo conjunto se denominouRevolução Industrial. A partir de então, a agricultura se transformou; o comércio e os meios de transporte sofreram grande impulso. As cidades se multiplicaram e passaram a ser cada vez mais importantes.
A divisão entre os setores primário (agricultura e pecuária), secundário (indústria) e terciário (comércio e serviços) aprofundou-se em escala mundial, e a população economicamente ativa (aquela efetivamente engajada na economia) empregada no setor secundário passou a assumir importância cada vez maior na força de trabalho mundial.
Cerca de 2,5 bilhões de homens e mulheres vivem nas zonas rurais de todo o mundo, e 02 bilhões deles são camponeses que cultivam cerca de 1,5 bilhões de hectares, ou seja, aproximadamente 10% das terras emersas. Mas a distribuição das riquezas de que dispõem esses diferentes grupos não correspondem à distribuição da população.
Boa parte dos meios de produção está concentrada em países que contam com uma agricultura muito produtiva, concentrando também a produção industrial. Esses países possuem ainda potenciais científicos e tecnologia avançada.
A agricultura, hoje, não é mais a atividade principal dos países desenvolvidos. No entanto, continua sendo o meio de vida da maioria dos habitantes dos países subdesenvolvidos.
No entanto, foi após os anos 1930 que a presença das indústrias tornou-se mais intensiva e a urbanização começou a intensificar-se. A segunda metade do século XX serviu de incremento graças ao intenso êxodo rural ocasionado pela mecanização das atividades produtivas no meio rural, o que gerou um maior desemprego no campo e a grande leva de migrantes em direção às principais cidades do Brasil.
A década de 1960 foi o período em que o Brasil, pela primeira vez, passou a ter uma população predominantemente urbana, ou seja, a maior parte dos habitantes concentrava-se nas cidades. Atualmente, mais de 80% dos habitantes do Brasil residem em cidades, sendo a maioria desses em grandes centros urbanos e capitais, tais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e outras. Afinal, além de um acelerado êxodo rural, a urbanização brasileira contou com um intensivo processo de metropolização — a concentração das populações nas grandes metrópoles.
Hoje, os sistemas agrícolas dos países desenvolvidos são, geralmente, intensivos e de produtividade alta, pois os meios técnicos aplicados na produção são consideráveis e apresentam grandes investimentos de capitais. A aplicação desses capitais tem como objetivo prover determinado produto; e a busca dos lucros é o que determina a combinação de cultivos escolhida, sem perder de vista as demandas do mercado. A instalação da agricultura comercial nos países tropicais, destinada a abastecer os países industrializados, adquiriu a forma de grandes plantações coloniais. As maiores plantações se encontram na América Latina, que oferece produtos de grande valor no mercado internacional. No entanto, as populações que nelas trabalham são muito pobres, já que a colheita pertence a grandes proprietários.
O aumento populacional e o desenvolvimento têm vínculos complexos. No passado, por meio da intensificação da agricultura e do aumento da produtividade, as nações puderam enfrentar as crescentes pressões populacionais sobre a terra disponível.
A pressão populacional já está forçando os agricultores tradicionais a trabalharem mais, quase sempre em fazendas cada vez menores, situadas em terras marginais, apenas para manter a renda familiar. Na África e na Ásia, a população rural praticamente dobrou entre 1950 e 1985, com um correspondente declínio na disponibilidade de terra. O rápido aumento populacional também cria problemas urbanos de cunho econômico e social, que ameaçam impossibilitar a administração das cidades.
O aperfeiçoamento das comunicações possibilitou grandes deslocamentos de pessoas, às vezes como uma reação natural ao aumento das oportunidades econômicas em determinadas áreas. Isso aumentou rapidamente a mobilidade da população, acelerando as migrações internas e externas.
Grande parte dos deslocamentos dá-se do campo para a cidade. Em 1985, cerca de 40% da população mundial vivia em cidades. A magnitude da migração para as cidades é comprovada pelo fato de que, a partir de 1950, o aumento população urbana foi maior que o aumento da população, tanto em termos percentuais como absolutos.
A obra de Portinari 1944-1945 , quer mostrar a realidade social, pois maioria das vezes não queremos enxergar, esta obra tem a intenção clara de denúncia social, problemas de miséria, ignorância, opressão nas relações de trabalho, e apresentando a força da natureza sobre um homem completamente desprotegido. A natureza é evidente na tela, um ambiente semiativo semelhante a uma paisagem desértica, cheia de pedras e restos de ossos, que parecem conspirar contra a família de migrantes, expulsando-a, não se sabe para onde. 
A obra de Portinari retrata a dura realidade dos que procuram por uma vida melhor. Retrata a vida daqueles que não tem onde morar e muito menos o que comer. Muitos morrem no caminho, pela busca de dignidade, respeito, e direitos, assim como todo cidadão. 
5–Realidade Social no Contexto Urbano.
Vimos na charge de Ivan Cabral que faz ilusão ao Brasil sem Miséria que é um programa social do governo federal brasileiro criado na gestão da presidente Dilma Roussef Lançado em junho de 2011, o programa tem como objetivo retirar da situação de pobreza extrema 16,2 milhões de pessoas que vivem com menos de R$ 70 por mês. O Brasil sem Miséria consiste na ampliação do programa anterior de combate à pobreza do Governo Lula (conhecido por Bolsa Família).
 Projetado como programa social de larga escala em fase de pré-implantação, o Brasil sem Miséria pretende promover a inclusão social e produtiva da população extremamente pobre, tendo por meta reduzir drasticamente seus números.
Publico Alvo: A população mais pobre, que vive em condições de extrema pobreza.
O programa define como extremamente pobres as pessoas que vivem com até R$ 70 por mês, com base em indicadores utilizados pelas Nações Unidas e pelo programa Bolsa Família com base em dados do censo do IBGE e de estudos do IPEA, o Governo Federal estima que o programa atingirá mais de 16,2 milhões de brasileiros que vivem em condições de miséria. Esse número equivale a 8,6% da população.
Assim como todos nos, crianças têm sonhos, que tal sonhar viajar para Disney, seria perfeito, sonho de qualquer criança, mais assim como Ivan retratou na Charge, esquece Disney, hoje o foco é ter comida na mesa, ter uma educação com qualidade, saúde, uma moradia digna. 
Maioria das pessoas, principalmente na região do norte e nordeste, saíram de onde moravam, em busca de perspectiva de uma futuro melhor; assim como diz a música de Chico Buarque viviam de luz, alguns não chegavam a completar um ano de vida, por isso a maioria deixam o lugar onde nasceram para se aventurarem nas cidades grandes, onde acham que terão mais oportunidades e muitos acabam nem voltando mais, perdem as suas raízes.
Para entendermos como isso aconteceu e ainda acontece, falaremos sobre o assunto, segundo pesquisas a zona rural por vários séculos contextualizava-se como o modo de vida preponderante na sociedade. Desde a origem da humanidade, a agricultura foi uma das primeiras atividades de produção do homem em torno da qual se organizou a vida em sociedade. Sim, não se está esquecendo ou minorando a vida das civilizações antigas - Grega, Romana, Bizantina, Egípcia e outras mais - organizadas, poder-se-ia dizer, de forma já urbanizada. No entanto, fora dos centros de Estado, de comércio e de estudos destas, já em seus entornos, a vida rural predominava. 
Por vários séculos, experimentou-se a primeira crise do modo de vida rural, que foi o surgimento e desenvolvimento das manufaturas e, consequentemente, da industrialização. Aconteceu então, a passagem do feudalismo para o capitalismo pré-industrial e, logo após, industrial. Aos poucos os sujeitos rurais deslocavam-se para um espaço, enesta dinâmica deslocam-se também os olhares da sociedade principalmente da nova burguesia industrial, dos Estados e dos pensadores da época e, eis que, o rural fica entregue ao idílico, ao bucólico e ao saudosismo. Àquele urbano e capitalista, associava-se o desenvolvimento, a modernidade, a racionalidade e o cientificismo, os avanços da vida urbana e o desenvolvimento de tecnologias que permitiam a acumulação financeira em níveis impossíveis para o outro. Mais séculos se passaram, o rural tomou novas dimensões, construiu outras identidades e, então, nas últimas décadas percebeu-se nas sociedades capitalistas ocidentais a emergência de um novo mundo rural, fruto entre outros fatores, da reestruturação produtiva da sociedade capitalista que atingiu campo e cidade, embora de formas diferentes. 
No mundo industrializado, as cidades também são responsáveis por problemas de alcance global, tais como o consumo de energia e a poluição ambiental. Muitas delas obtêm seus recursos e sua energia de terras distantes, com fortes impactos coletivos sobre essas terras distantes. 
Os sistemas urbanos constituem redes, formadas por um conjunto hierarquizado de cidades com tamanhos diferentes, ou seja, onde se observa a influência exercida pelos centros maiores sobre os menores. A hierarquia urbana se estabelece a partir dos produtos e dos serviços que as cidades têm para oferecer. Quanto mais diversificada for a economia de uma cidade, maior será a sua capacidade de liderar e influenciar os outros centros urbanos com os quais mantém relações.
 As metrópoles correspondem a centros urbanos de grande porte: populosos, modernos e dotados de graves problemas de desigualdades sociais. Nelas predomina o trabalho assalariado, que, aliado ao tamanho da população, contribui para a formação de um significativo mercado consumidor. Para atender a esse mercado, os estabelecimentos comerciais se multiplicam e as redes de prestação de serviços de toda espécie se ampliam, o que configura um grande desenvolvimento do setor terciário da economia. 
A concentração populacional amplia a oferta de mão-de-obra e, desse modo, atrai investimentos produtivos que contribuem para o desenvolvimento da indústria, com a expansão do setor secundário não apenas na metrópole, mas também nas regiões circunvizinhas.
Os países subdesenvolvidos - O século XX se caracterizou pela urbanização dos países subdesenvolvidos. O ritmo se acelerou a partir de 1950, devido ao aumento das taxas de crescimento populacional e, em muitos desses países, à industrialização, propiciada pelos significativos investimentos das empresas multinacionais. Formaram-se grandes cidades, para as quais as populações da zona rural se deslocaram em busca de melhores condições de vida, pois era ali que a industrialização estava mais presente, com maior disponibilidade de emprego, conforto e ascensão social. 
Nessas cidades, contudo, a industrialização adotou um padrão tecnológico muito mais moderno do que o utilizado pelas indústrias do século XIX, o que resultou na criação de menos empregos. Por isso, muitas pessoas que se deslocaram para as cidades não encontraram trabalho e passaram a viver em situação de extrema pobreza, em locais insalubres, como favelas e cortiços sem luz, água, rede de esgotos, transportes coletivos e demais serviços urbanos. 
Por isso, nessas cidades o setor terciário informal - aquelas atividades não regulamentadas, como a dos camelôs e biscateiros - cresce mais que o formal. Essa situação é chamada de hipertrofia do terciário. América Latina - É a região mais urbanizada entre o conjunto dos países menos desenvolvidos e, desde o início da década de 1970, a população urbana é superior à população rural.
Essa região foi a primeira a conquistar a independência política, a constituir uma economia de mercado e a desenvolver atividades industriais, ainda durante o século XIX. Desde o início do século XX, e principalmente após 1940, outros fatores contribuíram para acelerar a urbanização. A concentração de terras herdadas do período colonial se perpetuou no latifúndio, o que agravou a pobreza rural e estimulou a população de origem camponesa a migrar para as cidades. Além disso, muitas propriedades rurais se modernizaram, adotando procedimentos administrativos característicos das grandes empresas urbanas e passando a utilizar máquinas agrícolas em grande escala, que reduziram a necessidade de mão-de-obra.
Em virtude da modernização do campo, verificada em diversas regiões agrícolas, assiste-se a uma verdadeira expulsão dos pobres, que encontram nas grandes cidades o seu único refúgio. Como as indústrias absorvem cada vez menos mão-de-obra e o setor terciário apresenta um lado moderno, que exige qualificação profissional, e outro marginal, que remunera mal e não garante estabilidade, a urbanização brasileira vem caminhando lado a lado com o aumento da pobreza e a deterioração crescente das possibilidades de vida digna aos novos cidadãos urbanos. 
Nos estudos sobre os movimentos populares urbanos, as análises têm oscilado entre as que enfatizam o seu potencial transformador, as que apontam as suas limitações políticas e, nas últimas décadas, as que salientam a sua crise quanto a mobilização e capacidade de intervir nas políticas públicas. Entendemos que os movimentos sociais em geral continuam a ter um papel imprescindível na democratização brasileira, e o movimento popular urbano em particular permanece provocando mudanças nas legislações e políticas urbanas em busca de melhores condições de vida e de acesso a direitos sociais básicos, abrindo espaços para a participação das classes populares na esfera pública. 
Os movimentos populares urbanos são entendidos aqui como as ações coletivas organizadas pelas classes populares em prol de melhores condições de vida urbana e de acesso à habitação, ao uso do solo, aos serviços e equipamentos de consumo coletivo, contendo, portanto, como diz Maria da Glória Gohn, “uma problemática urbana que tem a ver com o uso, a distribuição e apropriação do espaço urbano”. De acordo com Pedro Jacobi, esta problemática urbana é a manifestação da crise da cidade capitalista, decorrente da ação contraditória do Estado, que gera um processo de politização do cotidiano. 
Como Pedro Jacobi, entendemos que as organizações populares devem ser analisadas não a partir de abordagens sobre o seu potencial transformador ou, ao contrário, suas limitações, mas a partir de seus momentos específicos, da sua dinâmica específica, procurando pensá-los como processos, abertos, sujeitos a contradições internas e pautados por uma composição heterogênea que potencializa a emergência de diferentes formas de ação coletiva e de interação e/ou negação em face do Estado. Neste sentido, os movimentos populares urbanos se traduzem por diferentes formas de organização popular de resistência da população às condições de vida a que está submetida. 
Por um lado, Gotz Ottman argumenta que prefere não desprezar o caráter cíclico dos movimentos sociais e que a adoção de um período de análise mais longo permitirá ver que as suas identidades são fluídas e dependentes do contexto, não podendo, portanto, ter sempre a mesma intensidade. 
Por outro lado, Francisco Oliveira (1994: 17) ressalta que não há crise nos movimentos sociais e sim mudança na sua forma de interlocução com o Estado, fruto do processo de democratização, no qual tiveram um papel indispensável.
Não considera como crise, mas um ganho do processo de organização, o fato de já não aparecerem na mídia ou no imaginário das pessoas como interlocutores diretos do Estado. 
	Neste sentido, Maria da Glória Gohn avalia que relação do Estado com os movimentos sociais modificou-se à medida que as formas de participação direta foram se institucionalizando. A participação social e os processos de descentralização passaram a se dar nos espaços construídos no interior da sociedade política, cujos interesses e regras têm sido estabelecidos pelos dirigentes dos órgãos públicos. 
As ações e as conquistasno âmbito do Estado pelos movimentos populares urbanos indicam que as organizações populares continuam interferindo nas políticas públicas por meio da formulação de propostas de programas e mecanismos de negociação e pressão, sendo elementos cruciais para a democratização das instâncias estatais e de acesso aos direitos urbanos. 
Muito embora o governo federal, desde 2003, tenha empreendido grandes esforços para o estabelecimento de políticas públicas, ampliado à oferta de recursos para a área e aumentado os números da produção habitacional, a questão da moradia segue ainda como um dos principais desafios para a inclusão social no país. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, o déficit habitacional urbano brasileiro atingiu 6,6 milhões de residências em 2006, estando fortemente concentrados, 89,7%, nas famílias com faixa de renda até 03 salários mínimos. 
Estes dados demonstram que os movimentos populares têm ainda um longo caminho a percorrer para a construção de cidades menos segregadas e mais justas, numa perspectiva de distribuição igualitária dos bens e serviços de consumo coletivo e de melhores condições de vida para os seus cidadãos.
6 - Conclusão
Assim podemos concluir que a situação rural tem uma predominância de relações de dominação e subordinação, com o controle de grandes latifúndios, que levam a um acesso desigual ao uso da terra, com grandes sofrimentos aos mais humildes.
Os padrões inadequados de desenvolvimento agrícola e urbano, sem bases sólidas de infra estrutura, de habitação e emprego, são os maiores geradores de problemas nestas áreas.
Uma mudança real, somente será conseguida quando houver uma distribuição de renda justa, com respeito aos direitos civis e políticos das classes menos favorecidas, sempre de modo intenso, para torna-los realmente efetivos e não simplesmente para reconhecer o problema e não resolve-lo.
Em um trabalho como este, que não é simples, sentimos uma verdadeira empatia pelos menos afortunados, nos levando a pensar sobre o que poderíamos fazer por eles, além de lutar para que todos os trabalhadores venham um dia a ter uma vida mais digna e justa.
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7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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http://www.brasilescola.com/geografia/exodo-rural.htm. Acesso em: 10 de set 2015.
http://www.chicobuarque.com.br>. Acesso em: 10 de set 2015.
FARIA, Caroline. Reforma Agrária Brasileira – Info Escola. Disponível em: http://www.infoescola.com/geografia/reforma-agraria-brasileira. Acesso em: 11 set 2015.
FRUTO da Terra. Direção: Tetê Moraes. Brasil, Rio de Janeiro: 2008. Disponível em: <http://portacurtas.org.br/filme/?name=fruto_da_terra>. Acesso em: 10 set 2015.
GOHN, Maria da Glória (Org.). Movimentos Sociais e Redes de Mobilização no Brasil
Contemporâneo. 3. ed. São Paulo: Vozes, 2012. PLT 591. Acesso em 10 de set 2015.
LOPES, Eliano Sérgio Azevedo. A Reforma Agrária no Brasil: um velho problema, esperando uma solução que nunca chega? Disponível em: <fundaj.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2724%3Aa-reforma-agraria-no-brasil-um-velho-problema-esperando-uma-solucao-que-nunca-chega&catid=58&Itemid=414> Acesso em: 11 set 2015.
POR LONGOS dias. Direção: Mauro Giuntini. Brasil, Distrito Federal: 1998. Disponível em: <http://portacurtas.org.br/filme/?name=por_longos_dias>. Acesso em: 10 set 2015.
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 http://jus.com.br/artigos/25323/a-ocupacao-das-propriedades-rurais-improdutivas#ixzz3kDfkXMtn
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HTTP://jornalutopia.files.wordpress.com/2008/10/sebastiao_salgado_pes590.jpg

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