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Revisar envio do teste: AVALIAÇÃO I
ESTUDOS DISCIPLINARES XIII 6676-10_SEI_CT_0122_R_20251 CONTEÚDO
Usuário TAMIRES ESPINDOLA DA COSTA
Curso ESTUDOS DISCIPLINARES XIII
Teste AVALIAÇÃO I
Iniciado 31/03/25 18:35
Enviado 31/03/25 18:52
Status Completada
Resultado da tentativa 10 em 10 pontos  
Tempo decorrido 17 minutos
Resultados exibidos Respostas enviadas, Perguntas respondidas incorretamente
Pergunta 1
Leia os quadrinhos e o trecho a seguir, que expõe o pensamento do professor e jornalista
Ciro Marcondes Filho.
                     
Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/03/10/noticia_saudeple
na,147743/pesquisa-usa-personagens-de-tirinhas-para-explicar-funcao-de-estereoti.shtml.
Acesso em: 08 nov. 2014. 
Marcondes Filho (1986) descreve a prática sensacionalista como nutriente psíquico,
desviante ideológico e descarga de pulsões instintivas. Caracteriza sensacionalismo como
“o grau mais radical da mercantilização da informação: tudo o que se vende é aparência e,
na verdade, vende-se aquilo que a informação interna não irá desenvolver melhor do que a
manchete. Esta está carregada de apelos às carências psíquicas das pessoas e explora-as
de forma sádica, caluniadora e ridicularizadora. (...) No jornalismo sensacionalista, as
notícias funcionam como pseudoalimentos às carências do espírito. (...) O jornalismo
sensacionalista extrai do fato, da notícia, a sua carga emotiva e apelativa e a enaltece.
Fabrica uma nova notícia que a partir daí passa a se vender por si mesma”. 
Disponível em: http://www.wejconsultoria.com.br/site/wp-content/uploads/2013/04/Danilo-
Angrimani-Sobrinho-Espreme-que-sai-sangue.pdf. Acesso em: 8 nov. 2014. 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as asserções e assinale a alternativa
correta.
UNIP EAD BIBLIOTECAS MURAL DO ALUNO TUTORIAISCONTEÚDOS ACADÊMICOS
1 em 1 pontos
31/03/2025, 18:52 Revisar envio do teste: AVALIAÇÃO I – ESTUDOS ...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_111912455_1&course_id=_400458_1&content_id=_4512962_1&ret… 1/11
http://company.blackboard.com/
https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/execute/courseMain?course_id=_400458_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/content/listContent.jsp?course_id=_400458_1&content_id=_4508857_1&mode=reset
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_10_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_27_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_47_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_29_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_25_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/login/?action=logout
Resposta Selecionada: e. 
 
I. A reação do personagem diante da televisão revela uma visão antagônica àquela
apresentada por Marcondes Filho sobre o sensacionalismo.
                                                                      PORQUE
II. De acordo com Marcondes Filho, as notícias sensacionalistas suprem as carências de
informação dos receptores, uma vez que são comprometidas com os elementos factuais
essenciais.
As duas asserções são falsas.
Pergunta 2
Resposta Selecionada: b. 
Leia o texto a seguir.
 
Criminologia
Eduardo Galeano
 
A cada ano, os pesticidas químicos matam pelo menos três milhões de camponeses.
A cada dia, os acidentes de trabalho matam pelo menos dez mil trabalhadores.
A cada minuto, a miséria mata pelo menos dez crianças.
Esses crimes não aparecem nos noticiários. São, como as guerras, atos normais de
canibalismo.
Os criminosos andam soltos. As prisões não foram feitas para os que estripam multidões. A
construção de prisões é o plano de habitação que os pobres merecem.
 
Disponível em: https://dissencialistas.wordpress.com/2012/10/11/eduardo-galeano-criminol
ogia/.  Acesso em: 24 ago. 2016.
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
 
I. Do texto, apreende-se que práticas econômicas e sociais vigentes causam a morte de
milhões de cidadãos.
II. Quando o autor afirma que “os criminosos estão soltos”, quer dizer que o sistema
prisional tem vagas insuficientes para abrigar aqueles que são responsáveis por estripar
multidões.
III. Os pesticidas, os acidentes de trabalho e a miséria, por não serem indivíduos, não
podem ser presos. Portanto, quando alguém morre por uma dessas causas, não há
culpados.
IV. O autor considera que a justiça poupa grandes corporações e instituições e defende a
ideia de que as prisões sejam habitações destinadas aos mais pobres.
 
É correto o que se afirma em:
I, apenas.
Pergunta 3
1 em 1 pontos
1 em 1 pontos
31/03/2025, 18:52 Revisar envio do teste: AVALIAÇÃO I – ESTUDOS ...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_111912455_1&course_id=_400458_1&content_id=_4512962_1&ret… 2/11
Resposta Selecionada: c. 
Leia a charge de autoria de Quino e o texto de autoria de Rubem Alves.
                                                 
    Fonte: http://blogs.sapo.pt/noauth?blog=perguntasparvas. Acesso em: 13 fev. 2015.
 
Minha estrela é a educação. Educar não é ensinar matemática, física, química, geografia e
português. Essas coisas podem ser aprendidas nos livros e nos computadores. Dispensam
a presença do educador. Educar é outra coisa. De um educador pode-se dizer o que Cecília
Meireles disse de sua avó – que foi quem a educou: “O seu corpo era um espelho pensante
do universo”. O educador é um corpo cheio de mundos.... A primeira tarefa da educação é
ensinar a ver. O mundo é maravilhoso, está cheio de coisas assombrosas. Zaratustra ria
vendo borboletas e bolhas de sabão. A Adélia ria vendo tanajuras em voo e um pé de mato
que dava flor amarela. Eu rio vendo conchas, teias de aranha e pipocas estourando. Quem
vê bem nunca fica entediado com a vida. O educador aponta e sorri – e contempla os olhos
do discípulo. Quando seus olhos sorriem, ele se sente feliz. Estão vendo a mesma coisa.
Quando digo que minha paixão é a educação estou dizendo que desejo ter a alegria de ver
os olhos dos meus discípulos, especialmente os olhos das crianças.
 
Disponível em: http://rubemalves.com.br/site/educador.php. Acesso em: 10 dez. 2014.
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
 
I. A charge e o texto apresentam visões semelhantes sobre o ato de ensinar e o de educar.
II. De acordo com Rubem Alves, o educador deve espelhar o mundo para os alunos,
transmitindo os conhecimentos escolares necessários ao seu desenvolvimento pessoal e
profissional.
III. Os olhos dos discípulos sorrindo simbolizam a compreensão dos alunos em relação ao
que o educador apontou.
IV. De acordo com a charge e o texto, o saber do educador não é importante; o
conhecimento só é essencial no ato de ensinar.
 
É correto o que se afirma em:
I e III, apenas.
Pergunta 4
Leia os quadrinhos e o texto a seguir.
                         
1 em 1 pontos
31/03/2025, 18:52 Revisar envio do teste: AVALIAÇÃO I – ESTUDOS ...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_111912455_1&course_id=_400458_1&content_id=_4512962_1&ret… 3/11
Resposta Selecionada: d. 
    Fonte: https://questoes.grancursosonline.com.br/questoes-de-concursos/lingua-portugu
esa/2366417. Acesso em: 11 dez. 2014.
 
O Mito da Caverna, ou Alegoria da Caverna, foi escrito pelo filósofo Platão e está contido
em “A República”, no livro VII. Na alegoria, narra-se o diálogo de Sócrates com Glauco e
Adimato. É um dos textos mais lidos no mundo filosófico. A história narra a vida de alguns
homens que nasceram e cresceram dentro de uma caverna e ficavam voltados para o
fundo dela. Ali contemplavam uma réstia de luz que refletia sombras no fundo da parede.
Esse era o seu mundo. Certo dia, um dos habitantes resolveu voltar-se para o lado de fora
da caverna e logo ficou cego devido à claridade da luz. E, aos poucos, vislumbrou outro
mundo com natureza, cores, “imagens” diferentes do que estava acostumadoa “ver”.
Voltou para a caverna para narrar o fato aos seus amigos, mas eles não acreditaram nele e,
revoltados com a “mentira”, mataram-no. Com essa alegoria, Platão divide o mundo em
duas realidades: a sensível, que se percebe pelos sentidos, e a inteligível (o mundo das
ideias). O primeiro é o mundo da imperfeição, e o segundo encontraria toda a verdade
possível para o homem. Assim, o ser humano deveria procurar o mundo da verdade para
que conseguisse atingir o bem maior para sua vida. Em nossos dias, muitas são as cavernas
em que nos envolvemos e pensamos ser a realidade absoluta.
 
Disponível em: http://filosofia.uol.com.br. Acesso em: 30 nov. 2014 (com adaptações).
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
 
I. O personagem da charge afirma que vivemos na caverna de Platão porque ele não tem
acesso às modernas tecnologias.
II. A referência ao mito da caverna de Platão alude ao fato de que a vida virtual, por meio
dos modernos aparelhos, é intensa hoje.
III. Os quadrinhos enaltecem os modernos aparelhos como forma de ter acesso a
informações, uma vez que o personagem pôde aprender filosofia por meio da internet.
IV. A expressão “caverna de Platão” na tirinha tem sentido positivo e enaltece a sociedade
tecnológica contemporânea.
 
É correto o que se afirma em:
II, apenas
Pergunta 5
(Enade 2015 – com adaptações) Com base na leitura da letra da canção Guerra Santa, de
Gilberto Gil, avalie as afirmativas.
 
1 em 1 pontos
31/03/2025, 18:52 Revisar envio do teste: AVALIAÇÃO I – ESTUDOS ...
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Resposta Selecionada:
e. 
 
I. Com as metáforas “barraqueiro” (v. 3) e “limões”, o autor procura situar, respectivamente,
religiosos e produtos religiosos, em contexto de pluralidade, tolerância e cidadania.
II. Infere-se do trecho “só que o bom barraqueiro que quer vender seu peixe em paz/deixa
o outro vender limões” (v. 3-4) que a paz entre as religiões depende da não concorrência
econômica pela venda de produtos religiosos.
III. A despeito de o autor da canção utilizar nomes de divindades e personagens divinizadas
mais conhecidas, a expressão “e tantos mais” (v. 10) evidencia a referência a qualquer
representação do divino em qualquer religião.
 
É correto o que se afirma em:
I e III, apenas.
Pergunta 6
Leia os quadrinhos e as afirmativas a seguir.
               
1 em 1 pontos
31/03/2025, 18:52 Revisar envio do teste: AVALIAÇÃO I – ESTUDOS ...
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Resposta Selecionada: b. 
          Disponível em: http://www.quadrinhosacidos.com.br/2015/05/86-racismo-sem-quere
r.html. Acesso em: 14 jun. 2016.
 
I. O objetivo dos quadrinhos é mostrar que os preconceitos estão enraizados no nosso
cotidiano e não incomodam ninguém.
II. Os quadrinhos denunciam estereótipos sociais que se baseiam em uma visão racista.
III. Os quadrinhos mostram que há pessoas que, no cotidiano, não percebem o teor racista
de seus discursos.
 
É correto o que se afirma em:
II e III, apenas.
Pergunta 7 1 em 1 pontos
31/03/2025, 18:52 Revisar envio do teste: AVALIAÇÃO I – ESTUDOS ...
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Resposta Selecionada: a. 
Leia a charge a seguir.
                                    
                                                 Fonte: http://sorisomail.com/img/1304789819776.jpg.
                                                                       Acesso em: 18 jun. 2016.
 
Assinale a alternativa que indica um ditado popular que tenha relação com a charge.
“O maior cego é aquele que se recusa a ver”.
Pergunta 8
Leia o texto e a charge a seguir.
 
Podemos modificar a forma de ensinar – José Manoel Moran
 
Ensinar e aprender exigem, hoje, muito mais flexibilidade espaçotemporal, pessoal e de
grupo, menos conteúdos fixos e processos mais abertos de pesquisa e de comunicação.
Uma das dificuldades atuais é conciliar a extensão da informação, a variedade das fontes
de acesso, com o aprofundamento da sua compreensão, em espaços menos rígidos, menos
engessados. Temos informações demais e dificuldade em escolher quais são significativas
para nós e conseguir integrá-las dentro da nossa mente e da nossa vida. A aquisição da
informação dependerá cada vez menos do professor. As tecnologias podem trazer hoje
dados, imagens, resumos de forma rápida e atraente. O papel do professor - o papel
principal - é ajudar o aluno a interpretar esses dados, a relacioná-los, a contextualizá-los.
Aprender depende também do aluno, de que ele esteja pronto, maduro, para incorporar a
real significação que essa informação tem para ele, para incorporá-la vivencialmente,
emocionalmente. Enquanto a informação não fizer parte do contexto pessoal - intelectual e
emocional - não se tornará verdadeiramente significativa, não será aprendida
verdadeiramente. Ensinar com as novas mídias será uma revolução, se mudarmos
simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes
professores e alunos. Caso contrário, conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem
mexer no essencial. A internet é um novo meio de comunicação, ainda incipiente, mas que
pode ajudar-nos a rever, a ampliar e a modificar muitas das formas atuais de ensinar e de
aprender.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/T6%20TextoMoran.pdf.
Acesso em: 18 dez. 2014 (com adaptações).
1 em 1 pontos
31/03/2025, 18:52 Revisar envio do teste: AVALIAÇÃO I – ESTUDOS ...
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Resposta Selecionada: a. 
                                                                          
                                               Fonte: http://www.cartuns.com.br/page1.html. Acesso em: 18
dez. 2014.
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas e assinale a alternativa correta.
 
I. Segundo o texto, no futuro, os professores não serão mais necessários no processo de
ensino e aprendizagem.
II. A charge enaltece o fato de que já dispomos, hoje em dia, de profissionais autodidatas,
que aprenderam suas profissões consultando a internet, o que corrobora o texto.
III. A charge e o texto destacam a internet como forma de aprendizagem e consideram
ultrapassadas as formas tradicionais de ensino.
IV. Segundo o texto, é importante que o conteúdo a ser aprendido faça parte da realidade
do aluno; se não o fizer, não há a necessidade de se ensinar tal conteúdo.
Nenhuma afirmativa é correta.
Pergunta 9
Leia o texto a seguir. 
                                        O que Portugal tem a ver com o Brasil – Alexandra Lucas Coelho
 
Os portugueses não parecem ter uma boa relação com os brasileiros, disse-me uma alemã,
conhecedora profissional de Portugal e Brasil. Estávamos na Alemanha, o Brasil temia uma
guerra civil, foi há dez dias. Agora, de volta à casa, continuo a pensar na observação dessa
veterana, que nada tinha de provocadora, era só vontade de entender. Mas é impossível
ignorar o que se tem manifestado em Portugal de equívoco face ao Brasil ao longo destes
dias. Segundo um desses equívocos, provável pai dos outros, o tema da colonização
encerrou-se, chega de falar dele, é passado. Penso o contrário, que mal começamos, que é
presente, e a atual crise brasileira acentua isso. Não só pelo que expõe das estruturas
brasileiras, como pelo que revelou do olhar de Portugal sobre o Brasil, e sobre si mesmo.
Com esse nome, o Brasil viveu 322 anos de ocupação portuguesa e 194 de independência.
Se alguém acredita que o tempo da independência poderia já ter curado o tempo da
ocupação, precisa de voltar à história luso-brasileira, porque o alcance da violência vai
longe, e em muitas direções. Esses 322 anos atuam diariamente naquilo que é hoje o Brasil,
na clivagementre São Paulo e o Nordeste, nos milhões que ainda moram em favelas, na
relação Casa-Grande & Senzala das elites com os empregados, na violência da polícia que
continua a ser militar, no desmando oligárquico dos que controlam aparelhos e estados, no
saque catastrófico da natureza, na traição aos grupos indígenas, na evangelização dos
pobres, radicalizando o conservadorismo num país onde se morre de aborto. Não é elenco
para uma crônica, tem sido e será para muitas, livros, bibliotecas. O lulismo fez coisas
importantes contra parte dessa herança (nas desigualdades mais urgentes, na cultura), não
fez o suficiente contra boa parte disto (na educação, na saúde, na polícia), fez coisas que
pioraram isto (um capitalismo com consequências devastadoras no ambiente e nas
questões indígenas) e historicamente produziu uma geração que o critica e supera pela
1 em 1 pontos
31/03/2025, 18:52 Revisar envio do teste: AVALIAÇÃO I – ESTUDOS ...
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Resposta
Selecionada:
b.
esquerda, num caldo inédito de periferias politicamente empoderadas e uma nova faixa
politizada vinda da elite. A violência sistêmica brasileira tem raízes nas duas violências
fundadoras da colonização portuguesa, extermínio indígena e escravatura africana. Os
portugueses não inventaram a escravatura, mas inauguraram o tráfico em grande escala.
Dos 12 milhões de indivíduos que as potências europeias deportaram de África até ao
século XVIII, 5,8 milhões foram traficados por Portugal. Isto significa 47 por cento, ou seja,
quase metade do tráfico foi assegurado por Portugal, e a maioria destinava-se a sustentar a
colonização do Brasil. A escravatura é um horror antiquíssimo, sim, e entre os séculos XV e
XVIII a forma portuguesa de a praticar foi secundada por ingleses, espanhóis, franceses,
holandeses, sim. Mas a Portugal coube esta iniciativa: deportação em massa, para nela
assentar a exploração brutal de um território gigante, à custa do qual um território
minúsculo viveu, como toda uma bibliografia tem mostrado de forma cada vez mais
desassombrada.  Não aprendi isto na escola, e tenho sérias dúvidas de que a maior parte
dos portugueses faça ideia de que Portugal, sozinho, deportou tantos africanos como os
judeus mortos no Holocausto, com a ajuda teológica e logística da Igreja Católica, depois de
ter levado ao extermínio de ninguém sabe quantos índios, provavelmente não menos de
um milhão.
 
Disponível em: https://www.publico.pt/mundo/noticia/o-que-portugal-tem-a-ver-com-o-bra
sil-1727252. Acesso em: 29 jun. 2016 (com adaptações).
 
Com base no texto, assinale a alternativa correta.
Os atuais problemas brasileiros, das mais diversas naturezas, tiveram
origem no sistema português de colonização do Brasil, cujos reflexos
são sentidos até hoje.
Pergunta 10
Com base no texto a seguir, avalie as afirmativas.
 
O vírus letal da xenofobia – Eliane Brum
 
Uma epidemia, como Albert Camus sabia tão bem, revela toda a doença de uma sociedade.
A doença que esteve sempre lá, respirando nas sombras (ou nem tão nas sombras assim),
manifesta sua face horrenda. Foi assim no Brasil na semana passada. Era uma suspeita de
ebola, fato suficiente, pela letalidade do vírus, para exigir o máximo de seriedade das
autoridades de saúde, como aconteceu. Descobrimos, porém, a deformação causada por
um vírus que nos consome há muito mais tempo, o da xenofobia. E, como o outro, o
“estrangeiro”, a “ameaça”, era africano da Guiné, exacerbada por uma herança escravocrata
jamais superada. O racismo no Brasil não é passado, mas vida cotidiana conjugada no
presente. A peste não está fora, mas dentro de nós. Foi ela, a peste dentro de nós, que
levou à violação dos direitos mais básicos do homem sobre o qual pesava uma suspeita de
ebola. Contrariando a lei e a ética, seu nome foi exposto. Seu rosto foi exposto. O
documento em que pedia refúgio foi exposto. Ele não foi tratado como um homem, mas
como o rato que traz a peste para essa Oran chamada Brasil. Deste crime, parte da
imprensa, se tiver vergonha, se envergonhará. Ainda existe a espera de um segundo teste
para o vírus do ebola. Não importa se der negativo ou positivo, devemos desculpas. Não sei
se há desamparo maior do que alcançar a fronteira de um país distante, nessa solidão
abissal. E pedir refúgio, essa palavra-conceito tão nobre, ao mesmo tempo tão delicada. E
então se sentir mal, e cada um há de saber como a fragilidade da carne nos escava. Corrói
mesmo aqueles que têm o melhor plano de saúde num país desigual. Ele, desabitado da
língua, era desterrado também do corpo. Para alcançar o que viveu o homem
desconhecido, porque o que se revelou dele não é ele, mas nós, é preciso vê-lo como um
1 em 1 pontos
31/03/2025, 18:52 Revisar envio do teste: AVALIAÇÃO I – ESTUDOS ...
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Resposta Selecionada: d. 
homem, não como um rato que carrega um vírus. Para alcançá-lo, é preciso vestir o
homem. Mas só um humano pode vestir um humano. E logo ouviu-se o clamor. Não é hora
de fechar as fronteiras?, cobrou-se das autoridades. Que os ratos fiquem do lado de fora,
onde sempre estiveram. Que os ratos apodreçam e morram. Para os ratos não há
solidariedade nem compaixão. Parece que nada se aprendeu com a Aids, com aquele
momento de vergonha eterna em que os gays foram escolhidos como culpados, o
preconceito mascarado como necessária medida sanitária. E quem são os ratos, segundo
parte dos brasileiros? Há sempre muitos, demais, nas redes sociais, dispostos a despejar
suas vísceras em praça pública. No Facebook, desde que a suspeita foi divulgada,
comprovou-se que uma das palavras mais associadas ao ebola era “preto”. “Ebola é coisa de
preto”, desmascarou-se um no Twitter. “Alguém me diz por que esses pretos da África têm
que vir para o Brasil com essa desgraça de bactéria (sic) de ebola”, vomitou outro. “Graças
ao ebola, agora eu taco fogo em qualquer preto que passa aqui na frente”, defecou um
terceiro. Acreditam falar, nem percebem que guincham. “Descrever uma epidemia é uma
forma magistral de revelar as diversas formas de totalitarismo que maculam uma
sociedade. Neste quesito, os brasileiros não economizaram. A divulgação, por meios de
comunicação que atingem dezenas de milhões de pessoas, da foto de um homem negro,
vindo da África, como suspeito de ebola, foi a apoteose do fantasma do estrangeiro como
portador da doença”, afirmou a esta coluna Deisy Ventura, professora de direito
internacional da Universidade de São Paulo, pesquisadora das relações entre direito e
saúde, autora do livro Direito e Saúde Global – O caso da pandemia de gripe A (H1N1). “Veja
que este fantasma é mobilizado em relação aos pobres, sobretudo negros, nunca em
relação aos estrangeiros ricos e brancos. O escravagismo, terrível doença da sociedade
brasileira, associa-se ao desejo conjuntural de dizer: este governo não deveria ter deixado
essas pessoas entrarem. É uma espécie de lamento: tanto se esforçaram as elites para
branquear este país, e agora querem preteá-lo?” A África desponta, de novo e sempre,
como o grande outro. Todo um continente povoado por nuances e diversidades reduzido à
homogeneidade da ignorância – a um fora. Como disse um imigrante de Burkina Faso à
repórter Fabiana Cambricoli, do jornal O Estado de S. Paulo: “Os brasileiros não sabem que
Burkina Faso é longe dos países que têm ebola. Acham que é tudo a mesma coisa porque
somos negros”. Ele e dezenas de imigrantes de diversos países da África estão sendo
hostilizados e expulsos de lugares públicos na cidade de Cascavel, no Paraná, onde o
primeiro caso suspeito foi identificado. Tornaram-se “os caras com ebola”, apontados na
rua “como os negros que trouxeram o vírus para o Brasil”. O ebola não parece ser um
problema quando está na África, contido entre fronteiras. Lá é destino. O ebola só é
problema, como escreveuo pesquisador francês Bruno Canard, porque o vírus saiu do
lugar em que o Ocidente gostaria que ele ficasse. “A militarização da resposta ao ebola, que
com a anuência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em setembro último,
passou da Organização Mundial da Saúde a uma Missão da ONU, revela que a grande
preocupação da comunidade internacional não é a erradicação da doença, mas a sua
contenção geográfica”, reforça Deisy Ventura. Para o homem que alcançou o Brasil em
busca de refúgio e teve sua dignidade violada na exposição de seu nome, rosto e
documentos, ainda existe a espera de um segundo teste para o vírus do ebola. Não importa
se der negativo ou positivo, devemos desculpas. Devemos reparação, ainda que saibamos
que a reparação total é uma impossibilidade, e que essa marca pública já o assinala. Não é
uma oportunidade para ele, é para nós. É preciso reconhecer o rato que respira em nós
para termos alguma chance de nos tornarmos mais parecidos com um humano. 
Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2014/10/13/opinion/1413206886_964834.htm
l. Acesso em: 13 out. 2014.
I. Metaforicamente, a xenofobia é uma peste que se espalha na sociedade, alimentada por
postagens em redes sociais.
II. A xenofobia manifesta-se, no Brasil, contra o estrangeiro em geral, pois somos um povo
ainda culturalmente atrasado.
III. O ódio e o preconceito são geralmente dirigidos a grupos socialmente excluídos ou
desprivilegiados.
 
De acordo com o texto, é correto o que se afirma em:
I e III, apenas.
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https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_111912455_1&course_id=_400458_1&content_id=_4512962_1&r… 10/11
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