Buscar

Sociologia da educação aula 5

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Sociologia da educação aula 5
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Identificar as principais teorias sociológicas de Max Weber;
2. reconhecer os diversos enfoques sobre ética e sociedade;
3. relacionar a ética capitalista e a educação;
4. analisar o método de análise de Max Weber e desvendar sua importância para a Sociologia da Educação.
Como havíamos dito nas aulas anteriores, um dos pilares modernos das Ciências Sociais e da Sociologia é, sem dúvida, o trabalho de Max Weber. Um dos objetos dos seus estudos é a ação social, ou seja, a compreensão da conduta humana dotada de sentido. Weber acredita que os seres humanos produzem, como indivíduos, significados e especificidades nas suas ações e dão sentido às sociais. Weber busca, então, estabelecer a conexão entre o motivo das ações, a ação propriamente dita e seus efeitos na sociedade.
"Se finalmente me tornei sociólogo (como indica o decreto de minha nomeação), o motivo principal é pôr fim a esses exercícios com base em conceitos coletivos cujo espectro está sempre rondando. Em outras palavras: a sociologia também só pode ter origem nas ações de um, de alguns, ou de numerosos indivíduos distintos. É por isso que ela é obrigada a adotar métodos estritamente individualistas".
Com essa "confissão“, Weber pretendia distanciar-se das visões marxistas e totalizantes da pesquisa social. Segundo ele, explicar um fenômeno social consiste em examinar as ações individuais que o compõem. Uma mudança institucional na sociedade, por exemplo, pode, em tese, modificar o campo de ação e de racionalidade dos indivíduos envolvidos nessa ação e, portanto, seus comportamentos em sociedade. A união desses comportamentos pode provocar um acontecimento mais amplo, podendo até envolver grande parcela da sociedade.
Nesse sentido, alguns acontecimentos que produzem fenômenos sociais podem resultar de ações individuais. Esse princípio metodológico weberiano não implica, de modo algum, que as ações elementares dos indivíduos sejam capazes de explicar os fenômenos por si e que esses fenômenos sejam produto do "livre arbítrio" ou da vontade de apenas um indivíduo.
A ação dos indivíduos, numa sala de aula, por exemplo, desenvolve-se sempre em relação a um sistema de coerções sociais, condicionada por relações mais amplas. Weber nos ensina que, para compreendermos ações desses indivíduos, é necessário dispor de informações sobre as suas socializações.
Se, em sala, nós observamos um aluno sendo deselegante com outro, para explicar esse ato deveríamos, em primeiro lugar, conhecer os princípios da educação e sociabilidade interiorizados na família do aluno deselegante para daí tentar compreender o princípio de um conflito em sala de aula. Porém, os dados sobre socialização de cada aluno serão insuficientes para a compreensão da ação.
A concepção sociológica da ação em Weber nos ensina que os fenômenos sociais são sempre compostos de ações. Devemos buscar a compreensão e o papel dessas ações individuais que compõem, mas sem simplificações no estudo desses fenômenos que procuramos compreender. 
A simplificação é um erro comum quando tentamos estudar a sociedade e um risco que até o sociólogo mais experiente pode incorrer.
Weber, para fugir de simplificações, define quatro tipos puros de ação,  para melhor compreendê-la, e também distingue a ação da relação social. Para que se estabeleça uma relação social, é preciso que o seu sentido seja compartilhado. 
Em resumo, podemos afirmar que a <<Ação Social>> é aquela que possui sentido subjetivamente visado por aquele que age. Ela pode ser observada quando o comportamento do indivíduo está referido ao comportamento dos outros indivíduos na interação.
O primeiro tipo, a ação racional relativa a fins, define que, em toda ação considerada racional, os sujeitos que a executam têm em mente um fim racionalmente definido e buscam alcançá-lo por meios racionalmente elaborados ou calculados. Por exemplo, estudar para passar de ano usando métodos racionais.
O segundo tipo, a ação racional relativa a valores, é todo tipo de ação na qual os sujeitos têm em mente diferentes tipos de conduta, individual ou coletiva, mas que agem como que por meio de regras ou valores que os orientam na obtenção dos seus resultados. Essas regras ou valores podem ser elaborados por condutas formais ou informais e também por preceitos religiosos. Seria o caso de fazer ou deixar de fazer algo em nome da religião ou de algum tipo de crença. Pode ser exemplificado também pelos códigos de conduta de seitas secretas, que obrigam seus membros à obediência a códigos rígidos de ética particular.
O terceiro tipo, a ação social afetiva, é aquela que é motivada por estados emocionais ou geralmente por emoções como a raiva, a angústia, a ambição, a inveja, o medo, o ciúme, o amor, o ódio, o orgulho, a vingança, a tristeza, a piedade, a depressão ou qualquer outro tipo de sentimento ou impulso emocional ou racionalmente inexplicável. Como exemplos, podemos citar os casos em que a ação é consideração irracional, mas depois de uma observação mais apurada nota-se que algum sentimento foi o real causador da ação. Alguns tipos de crime também podem ser citados como exemplos de ações afetivas.
O quarto e último tipo, a ação social tradicional, é toda ação na qual o sentido está no hábito ou nos costumes arraigados, isto é, naqueles costumes mais "fortes", mais comuns na nossa vida. Na maioria dos casos, podemos até desconhecer suas origens, mas continuamos seguindo certos costumes ou hábitos por décadas. As festas populares como o carnaval e as festas juninas, os hábitos alimentares ou sociais são exemplos mais comuns em nossa sociedade. A tradição também pode influenciar a escolha dos governantes. Muitos países, por exemplo, são governados por reis, rainhas, príncipes ou autoridades legitimadas pela tradição. Ainda hoje, no Brasil, podemos encontrar portadores de "títulos de nobreza", como o príncipe Dom João Henrique de Orleans e Bragança, fotógrafo e produtor de cachaça em Paraty, sul do Estado do Rio de Janeiro, ou o príncipe Dom Francisco de Orleans e Bragança, que fabrica a cerveja Imperial em Petrópolis. Além desses mais "nobres", ainda é possível encontrar no Brasil portadores de títulos de nobreza como condes, viscondes e barões. 
Os quatro tipos de ações sociais podem atribuir diferentes sentidos, mas, em resumo, seus sentidos podem ser racionais ou emotivos. Racionais orientados para determinados fins e racionais relativos a determinados valores, afetivos ou tradicionais. A ação social seria uma modalidade específica à qual o agente associa um sentido. Não é um processo isolado, mas que percorre uma sequência definida de elos significativos. O exemplo mais comentado para explicar esse aporte teórico de Weber é o de despachar uma carta pelo correio. O agente ou indivíduo que coloca uma carta faz parte de uma "cadeia motivacional" ou de uma sequência de interesses e de atos isolados em sequência que geram um processo.
O sentido da ação de colocar uma carta no correio é o motivo sustentado pelo agente como fundamento da sua ação. Sentido é o que se compreende, e compreensão é a captação do sentido. Sendo assim, o sentido ou interesse é o fator responsável pela unidade dos processos da ação, tornando-a compreensível. Mas, é bom ressaltar que o sentido, na visão weberiana, não se trata de aspectos psicológicos, pois o que se compreende não é o agente, mas o sentido de sua ação.
O TIPO IDEAL
O tipo ideal é uma construção teórica abstrata criada a partir de alguns casos particulares analisados por Weber para compor um modelo de análise social. Nesse modelo, o cientista social acentua o que lhe parece característico ou fundamental, mas deve manter uma grande semelhança e afinidade com a realidade para permitir comparações por semelhanças ou diferenças. É um trabalho teórico que pode, em tese, sintetizar aquilo que é essencial nas diversas manifestações da vida social e permitir a identificação da realidade observável, mas sem a pretensão de ser um fax, ou cópia fiel, da realidade.Em resumo, é mais um instrumento de análise científica, uma construção do pensamento, do que a realidade. Entretanto, permite ao cientista social conceituar fenômenos, formações sociais e identificar diferentes formas de manifestação social.
"O tipo ideal não é construído como reflexo do real, muito pelo contrário: é pelo seu afastamento do real concreto e através da acentuação unilateral das características de determinados fenômenos que ele chega a uma explicação mais rigorosa do caos existente no social”.
Esse método weberiano pode ser normalmente aplicado para lidar com fenômenos sociais e investigações ligadas à compreensão do comportamento humano, mas não é pura ficção subjetiva. O método precisa ser confrontado com o real, com os acontecimentos e com a história, mesmo que para Weber esta sempre seja parcial e estritamente delimitada.
"Trata-se (tipo ideal) de um quadro de pensamento, não da realidade histórica, e muito menos da realidade "autêntica"; não serve de esquema em que se possa incluir a realidade à maneira de exemplar. Tem, antes, o significado de um conceito - limite, puramente ideal, em relação ao qual se MEDE A REALIDADE a fim de esclarecer o conteúdo empírico de alguns de seus elementos importantes, e com o qual é comparada [...]. "
A construção do tipo ideal depende de pontos de vista escolhidos livremente pelo cientista social, mas existem limites para a criação de pontos de vista subjetivos. Para Weber, o objeto do conhecimento do cientista social não se limita à análise dos tipos ideais, mas, ao isolar fragmentos da realidade que se deseja compreender em tipos, podemos constituir um ponto de partida às pesquisas.
Weber toma o termo "tipo ideal" emprestado das pesquisas de Adolf Jellinek sobre os "tipos empíricos", mas altera seu significado. Enquanto Jellinek estuda um conjunto de atributos que depende inteiramente da posição assumida pelo cientista e da sua abstração, Weber estuda os "tipos ideais" acentuando um ou mais pontos de vista e sintetizando um grande número de fenômenos individuais, difusos e discretos. Como construção mental, não pode ser encontrado na realidade em nenhuma parte.
"É conhecido que, para este [WEBER], a ciência se constitui na articulação conceitual entre problemas e não na articulação objetiva entre coisas. Neste sentido, o tipo ideal teria o papel de formular os problemas para a pesquisa, não perdendo de vista suas referências empíricas, sendo que um tipo é formulado para se relacionar com outros tipos: 'o importante é que, uma vez construído, o tipo passa a ser relacionado com outros conceitos e não lhe cabe 'retratar' o real e, por isso mesmo, ele não tem valor se tomado isoladamente na pesquisa”.
Como exemplos de tipos ideais, podemos apresentar a tipificação de Weber sobre a dominação. Segundo ele, temos três tipos "puros" de dominação: uma patrimonial, outra carismática e uma terceira burocrático-racional. O tipo ideal é um instrumento metodológico que possibilita ao cientista social construir passo a passo um esquema coerente que permita a produção de conceitos e o estudo da sociedade.
Atualmente, cientistas sociais de todo o mundo, para escapar das armadilhas do empirismo nas ciências sociais, trabalham seus objetos como tipos ideais e não como fatos empíricos. O tipo ideal com suas construções conceituais "puras" nos permite compreender e interpretar os fatos particulares de forma objetiva e despretensiosa ao mesmo tempo. Um bom exemplo é o estudo da dominação social que citamos acima. Cabe ao cientista social verificar sob qual tipo ideal encontra-se o caso particular investigado.
Para Max Weber, o tipo ideal de dominação do Estado teria a função, por meio das leis e do uso legal da violência da polícia, de garantir a propriedade, a economia e a ordem social. O Estado teria a função de arbitrar, por meio das leis e da força, os conflitos da sociedade civil. Enfim, dominar conflitos e disputas que possam pôr em risco a coletividade, a fim de garantir a liberdade como fim último. Os mecanismos de dominação vigentes hoje não são os mesmo da época de Weber, mas a simples possibilidade de aplicar conceitos e tipos ideais weberianos pode fornecer explicações para a difícil tarefa de compreensão da vida social.
O poder e os tipos de dominação
O poder é um dos elementos que caracterizam a sociabilidade humana e está presente em todas as relações sociais e não apenas naquelas que envolvem o governo e a economia.
As relações de poder são ações sociais dotadas de sentido subjetivo e dependem das interações entre os indivíduos para sua plena manifestação. Como tais, foram objetos de estudo da sociologia weberiana.
Mas, em uma relação de poder, o que importa saber? Os motivos de quem manda, ordena ou coordena ou as razões de quem obedece?
A perspectiva de Weber se orienta especialmente a compreender as razões da obediência, particularmente aquela que se dá em um contexto de "liberdade para a desobediência". Aquela desobediência livre de sanções, onde os que obedecem fazem-
-no livremente, por reconhecimento ou aceitação da legitimidade de quem exerce o poder. Quando a obediência é voluntária e não compulsória.
Cabe inicialmente um esclarecimento sobre os significados mais comuns para conceito de poder em seu sentido social. Poder é, antes de tudo, relacional, pois representa uma possibilidade e não a certeza de uma ação ou condição.
Poder Social pode ser entendido como a capacidade, a tentativa ou a realização do ato de fazer valer a própria vontade sobre outros. Dessa forma, poder é socialmente entendido como potencial ou efetivo. Uma outra possibilidade para definição do conceito de poder é a de encarar o fenômeno como uma "escala de influência“, que teria como polos opostos a influência nula e o controle.
Dessa maneira, por exemplo, numa roda de amigos em um bar, a conversa sobre os resultados da rodada de futebol da semana anterior é, a princípio, do interesse exclusivo daquele que a iniciou, mas este foi influenciando pela vontade dos outros e, de repente, todos estão debatendo o assunto.
Weber assume uma perspectiva um pouco diversa das descritas anteriormente, pois para ele poder é  "a possibilidade de um homem ou de um conjunto de homens ou de um grupo de homens realizar sua vontade numa ação comunal, mesmo contra a resistência de outros que participem da ação”.
O princípio básico para a conquista da obediência ou para o exercício do poder é a legitimidade, ou o reconhecimento da autoridade daquele que manda por aquele que obedece. Quando se conquista a obediência, houve dominação, ou seja, o poder se realizou.
Entretanto, nada impede que o poder seja exercido contra a vontade de quem obedece. Um exemplo é quando um grupo de criminosos armados invade um lugar e assalta as pessoas que ali estão: todas que estejam impedidas de oferecer resistência efetiva vão se submeter às ordens daqueles indivíduos. Em um caso desse tipo, apesar de ter havido dominação, apesar do poder ter sido efetivo, a obediência não foi voluntária. Esse seria um caso de dominação não legítima.
O que articula a obediência, nessa situação, é o medo, a coação ou qualquer outro mecanismo que limite a liberdade de escolha do indivíduo para não obedecer e, assim, torna a obediência compulsória.
Para Weber, o que se deve procurar compreender são as razões para a existência da obediência que acontece voluntariamente, pois esta é a mais duradoura forma de poder ao longo da história humana.
A título de exemplo, retome o exemplo  do assalto do qual falamos e suponha que, em dado momento, se descobrisse que as armas utilizadas eram falsas. No mesmo instante cessariam as razões para a obediência e seriam os assaltantes que passariam a ter de se submeter às vontades das suas antigas vítimas. A conquista da obediência não legítima pode ser muito eficaz, mas em geral, é pouco duradoura.
Para estudar as formas de dominação legítimas, Weber criou tipos ideais puros, segundo o princípio de autoridade que concede legitimidade a cada uma delas. Veja os três tipos puros de dominação legítima:Carismática
Na primeira forma de dominação, a autoridade deriva da crença compartilhada de que o líder é um sujeito dotado de qualidades excepcionais. São sujeitos percebidos como abençoados pela própria divindade.
Um melhor exemplo seriam os líderes e os fundadores das grandes religiões monoteísticas conhecidas: Moisés, Maomé e Jesus Cristo, que se confundem com a própria divindade. Outro exemplo pode ser retirado dos líderes políticos de partidos populares, sobre o que nos informa: “Dentre as diversas fontes de legitimidade profundamente estudadas por Weber, ou às 'razões internas que justificam a dominação', este estudo privilegia a carismática, ou seja, aquela que pressupõe que a obediência advenha de uma atitude íntima do dominado em função das características do líder. No Ocidente, o carisma encarna a figura do 'demagogo”.
Nesse tipo de dominação se obedece à pessoa do líder e o seu corpo administrativo é formado pelos seus seguidores mais próximos - o discipulado.
Dominação Tradicional
"Na segunda forma de dominação, a tradicional, o fundamento da legitimidade da autoridade desta dominação é o costume, a crença na "santidade das ordenações", ou seja, obedece-se por um hábito que se reproduz sem que haja lei ou norma, apenas a repetição de um comportamento de respeito aos valores tradicionais da honra e da lealdade. O exemplo mais característico é a obediência aos pais. Nesta forma de dominação, os corpos administrativos são, em primeiro lugar, o patriarcado e, em segundo lugar, o patrimonialismo (que se compõe do corpo de "funcionários" do rei).
O patrimonialismo difere da burocracia especialmente por não haver a separação entre o patrimônio do cargo e o patrimônio do agente no cargo. A cultura gerencial brasileira ainda é muito contaminada pelo patrimonialismo. Um exemplo pode ser visto no uso privado por alguns funcionários de carros que pertencem às empresas nas quais trabalham: não é difícil encontrar na praia carros com adesivo "USO EXCLUSIVO EM SERVIÇO".
Dominação Racional-legal
O terceiro tipo, o racional-legal, é aquele que caracteriza a maioria das relações de poder na modernidade. O fundamento da sua autoridade é a obediência às normas escritas e aos próprios interesses privados. Nesse tipo de dominação, não se obedece a pessoas, mas a códigos escritos e à razão.
Numa empresa, por exemplo, somente na aparência, as relações de obediência são entre pessoas, mas, na verdade, a subordinação acontece entre os cargos, seguindo a configuração do organograma da empresa: o cargo inferior é que obedece ao cargo superior, e não às pessoas que estão nesses cargos. Se a obediência fosse à pessoa do chefe, quando ele fosse demitido todos os seus subordinados perderiam os seus empregos também.
O corpo administrativo da dominação racional-legal é a burocracia. Weber percebe apropriadamente que, na vida moderna, o corpo de funcionários encarregados de elaborar os códigos escritos constitui um tipo histórico particular de poder.

Outros materiais