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24_Sistema_Digestório

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Sistema Digestório
Guyton – caps. 62-64
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Sistema Digestório - Digestivo
O Sistema Digestório nos animais, é responsável por obter dos alimentos ingeridos os nutrientes necessários as diferentes funções do organismo, como crescimento, energia para reprodução, locomoção, etc. É composto por um conjunto de órgãos que têm por função a realização da digestão.
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 Porque a Digestão é Importante?
Os alimentos como são ingeridos não estão no formato que o corpo possa aproveitá-los. Devem ser transformados em pequenas moléculas de nutrientes antes de serem absorvidos no sangue e levados às células para sua nutrição e reprodução. Este processo chama-se de digestão.
O sistema digestório é composto por um conjunto de órgãos que têm por função a realização da digestão.
É composto pelo tubo digestivo:
 Boca
 Faringe
 Esófago
 Estômago
 Intestino Delgado Duodeno
 Jejuno
 íleo
 
Intestino Grosso Ceco
 Cólon 
 Sigmóide
 Reto
 Ânus 
 
O alimento após passar pela boca é propelido, por meio do esôfago, para o estômago e, em seguida pelos intestinos delgado e grosso, antes de ser esvaziado pelo ânus.
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 Como o Alimento é Digerido?
A digestão ocorre através da mistura dos alimentos, movimento destes através do tubo digestivo e decomposição química de grandes moléculas de alimento para pequenas moléculas. 
Inicia-se na cavidade oral através da mastigação e se completa no intestino delgado. O processo químico se diferencia para cada tipo de alimento.
 As funções gerais desempenhadas pelo Tubo Gastrintestinal podem ser classificadas em: 
 propulsão e mistura do conteúdo gastrintestinal
 secreção de sucos digestivos
 digestão dos alimentos
 absorção dos alimentos
 Anatomia Fisiológica do Tubo Gastrintestinal
O tubo digestivo é um longo tubo muscular [liso] com revestimento interno que secreta sucos digestivos e absorve nutrientes.
O músculo liso está disposto em camadas: 
 uma capa longitudinal - sua contração encurta a víscera
 uma capa circular - a sua contração induz a constrição 
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O revestimento interno desse tubo é a mucosa, que em sua parte interna é recoberta por epitélio. Na mucosa localiza-se as glândulas mucosas - secretam os sucos digestivos.
 Controle da Função Gastrintestinal
 Sistema Nervoso Intrínseco  situa-se na parede da víscera, estendendo-se desde o esôfago até o ânus. Formando uma rede intercomunicante de fibras e de corpos celulares neurais. Esse sistema é dividido em 2 plexos neurais distintos:
 Plexo Mioentérico  localiza-se entre as capas musculares circular e longitudinal. È responsável pelo controle dos movimentos do tubo gastrintestinal.
2. Plexo Submucoso  localiza-se na submucosa, que é uma camada de tecido conjuntivo frouxo, situado logo abaixo da mucosa. É responsável pelo controle da secreção da maior parte das glândulas.
 Sistema Nervoso Autônomo 
 As fibras nervosas parassimpáticas inervam em sua maior parte o plexo mioentérico. Quando estimuladas aumentam a atividade da víscera.
 As fibras nervosa simpáticas quando estimuladas elas exercem o efeito oposto ao efeito induzido pelas fibras parassimpáticas, isto é, diminuem a atividade da víscera. 
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 Movimentos Gastrintestinais
 Movimentos Propulsivos - Peristaltismo  mantêm os alimentos movendo-se ao longo do tubo gastrintestinal.
 Movimentos de Mistura  misturam o conteúdo alimentar com as secreções digestivas.
Importância dos movimentos gastrintestinais:
 manter o deslocamento do alimento ao longo da víscera, com velocidade compatível com sua digestão e absorção,
 manter o alimento misturado com as secreções gastrintestinais, digerindo-os e mantendo-os em contato com a parede intestinal para que ocorra a absorção máxima.
Mecanismo do Peristaltismo
Peristaltismo é causado por impulsos nervosos que passam pelo plexo mioentérico. A estimulação desse plexo faz com que ocorra um sinal que se propaga pela víscera, tanto na extensão quanto na circunferência da víscera.
O movimento que desencadeia o peristáltismo é a distensão da víscera. 
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Movimentos de Mistura no Tubo gastrintestinal
Os movimentos de mistura são de 2 tipos:
 Movimentos Peristálticos Fracos  que não conseguem propelir os alimentos 
 Movimentos Segmentares  são constrições isoladas que ocorrem em diferentes pontos do intestino ao mesmo tempo. Ocorrem muito rapidamente e dividem o alimento em pedaços. 
 Deglutição
Inicialmente o alimento é mastigado formando o bolo alimentar. 
O contato desse bolo alimentar com as superfícies posteriores da boca e com a garganta produzem sinais nervosos que passam pelo bulbo raquidiano desencadeando eventos neurogênicos chamados Reflexo de Deglutição. 
O esôfago é o órgão ao qual os alimentos são impulsionados após a deglutição. Ele comunica a cavidade oral ao estômago. Sua única função é transportar o alimento ao estômago. 
Na junção do esôfago com o estômago, há uma estrutura valvular que permanece fechada entre os dois órgãos - constritor esofagiano inferior. Com a aproximação do alimento esta válvula se abre permitindo a passagem do alimento ao estômago. 
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O alimento então entra no estômago, que tem três funções mecânicas básicas:
 Função de Armazenamento do Estômago  realizada pela parte superior do estômago - o corpo - que relaxa sua musculatura e aumenta sua capacidade.
 Mistura no estômago  é realizada pela parte inferior do estômago - o antro -que mistura os alimentos com o suco digestivo produzido pelo estômago. 
 Formação do Quimo  A medida que o alimento fica completamente misturado com as secreções gástricas, a mistura toma a aparência de massa branca leitosa, que é chamada de quimo.
 Propulsão do Quimo pelo Piloro e o Esvaziamento do Estômago  A abertura do estômago para o duodeno é o piloro, presença do esfíncter pilórico. Ocorre então, a liberação dos alimentos (esvaziamento gástrico), já parcialmente digeridos para o intestino delgado. Este processo ocorre lentamente. 
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 Regulação do esvaziamento gástrico: 
Vários fatores afetam o esvaziamento gástrico como:
 o tipo de alimento, 
 ação da musculatura do estômago e 
 a capacidade do intestino delgado de receber mais alimentos parcialmente digeridos. 
 Intestino Delgado
Quando o bolo alimentar chega ao intestino delgado ele sofre a ação do suco digestivo produzido pelo pâncreas, fígado e intestino e é impulsionado - peristaltismo - para frente para dar espaço a mais alimento vindo do estômago. 
 Esvaziamento do Conteúdo Intestinal na Válvula Ileocecal
A Válvula ileocecal é uma estrutura anatômica situada na transição entre a porção final do intestino delgado, chamada de íleo, e a parte inicial do intestino grosso, chamada de ceco. 
Tem função de evitar o refluxo do conteúdo do intestino grosso para o intestino delgado.
O esvaziamento do intestino delgado pela válvula ileocecal ocorre por peristaltismo.
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 Secreções Gastrintestinais 
As glândulas estão presentes ao longo de todo o tubo digestivo, secretando substâncias químicas que são misturadas aos alimentos para digeri-lo. Essas secreções são de 2 tipos:
 MUCO:
secretado em todo o tubo digestivo tem a função de proteger as paredes do tubo digestivo,
 lubrifica a passagem do alimento ao longo do tubo digestivo,
 protege a mucosa pelo conteúdo digestivo. É capaz de neutralizar tanto ácidos quanto as bases.
 ENZIMAS e substâncias afins:
 Decompõem as grandes moléculas do alimento em substâncias mais simples
 Secreção Salivar 
A saliva contém:
 uma enzima digestiva chamada Ptialina que atua na digestão do amido e; 
 Mucina que é uma glicoproteína com função de lubrificação. 
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Regulação da Secreção Salivar
As glândulas salivares são controladas pelos estímulos nervosos parassimpáticos, procedentes
dos Núcleos Salivares. 
Os Núcleos Salivares estão localizados entre o bulbo e a ponte e podem ser excitados pelos estímulos do paladar táteis, procedentes da língua ou de outras áreas da boca. 
Alimentos com paladar agradável induzem a produção de mais saliva.
Alimentos desagradáveis podem reduzir de modo acentuado a produção de saliva, e levar a ocorrência de dificuldades para degluti-lo.
 
Fases da salivação
Psíquica: antes do alimento chegar a boca, estímulos como o olfato, a visão, aumentam a produção de saliva.
Oral ou bucal: ocorre por estímulo dos alimentos na cavidade oral. Estímulos gustativos ou táteis com a língua e outras partes da boca estimulam a salivação.
Gastrintestinal: ocorre após o alimento ter atingido o estômago e o intestino se este for de difícil digestão ou irritante, aumenta a produção de saliva que deglutida diluirá ou neutralizará a substância irritante.
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 Secreções Esofagianas
O esôfago só secreta MUCO, que terá a função de proteger sua mucosa de escoriações causadas pelos alimentos.
 Secreções gástricas
Toda a superfície gástrica é coberta as glândulas gástricas. 
 
 A glândula gástrica possui 3 tipos diferentes de células secretoras:
 Células mucosas do colo 
 Células pépticas ou principais 
 Células oxínticas ou parietais
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Células mucosas: produzem o muco , que tem por principal função a proteção da parede gástrica.
Células pépticas ou principais: produzem pepsinogênio, precursor de pepsina que é uma enzima digestiva. 
Células oxínticas ou parietais: produzem o ácido clorídrico - HCl.
Substâncias Digestivas 
O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente, altamente ácido, que contêm ácido clorídrico, muco e várias enzimas, como a pepsina, a renina e a lipase
 O HCl ativa o pepsinogênio para formar pepsina, que é a enzima que inicia a digestão das proteínas.
 A renina participa da coagulação da caseína, uma das proteínas do leite. 
 Lipase gástrica age sobre alguns tipos de gordura. 
 A mucosa gástrica produz também o fator intrínseco, necessário à absorção da vitamina B12.
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Regulação da Secreção Gástrica 
A secreção do estômago é controlada por:
 Mecanismos Neurogênicos: semelhante àqueles que regulam a secreção salivar. 
O alimento no estômago pode produzir reflexos neurais que produzem uma ação na parede do estômago resultando em uma secreção localizada.
 Mecanismos Hormonal - Gastrina: 
Na região Antro-Piloro localiza-se as células responsáveis pela liberação de hormônios. 
Produzem o primeiro hormônio da digestão, a Gastrina, que tem por função:
 Atuação sobre a célula das glândulas gástricas aumentando a secreção de suco gástrico. 
 Estimulação dos movimentos peristálticos que se tornam rápidos e potentes, capazes de vencer a resistência do piloro e esvaziar o estômago no duodeno.
 O alimento na região Antral do estômago excita o mecanismo da Gastrina que causa a secreção de suco gástrico.
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Fases da Secreção Gástrica
A secreção gástrica ocorra em três fases separadas:
1ª fase - Cefálica ou Psíquica: ocorre mesmo antes que o alimento entre no estômago. Estímulos como a visão, olfato são transmitidos ao cérebro que envia ordens através do nervo vago para aumentar a secreção e a motilidade gástrica.
2ª Fase – Gástrica: o alimento no estômago excita o mecanismo da gastrina que causa a secreção de suco gástrico, que continua ser produzida durante as várias horas em que o alimento permanece no estômago.
3ª Fase – Fase Intestinal: a presença do alimento do duodeno faz com que o estômago secrete pequenas quantidades de suco gástrico. 
suco gástrico
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 Secreções Pancreáticas
O Pâncreas é uma grande glândula localizada abaixo do estomago.
Produz e lança, por dia, 1200 mL de secreções na parte superior do intestino, poucos centímetros abaixo do piloro. 
Essas secreções contêm, principalmente, grandes quantidades de:
 - Amilase  digestão de carboidratos
Tripsina e Quimotripsina  digestão de proteínas
 Lipase Pancreática  digestão de gorduras
 Bicarbonato de sódio reage com o HCl levado para o duodeno pelo quimo que sai do estômago formando cloreto de sódio - NaCl- e ácido carbônico - H2CO3 . 
As secreções pancreáticas têm por função principal neutralizar a acidez do quimo que sai do estômago.
 
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Regulação da Secreção Pancreática
Mecanismo da Secretina e neutralização do Quimo
Quando o Quimo atinge a parte superior do intestino, produz a liberação do hormônio Secretina, pela mucosa intestinal.
Essa secretina vai, pelo sangue, para as células glândulares do pâncreas, fazendo com que estas células secretem grandes quantidades de líquidos contendo elevada concentração de bicarbonato de sódio.
Esse bicarbonato reage com o ácido do quimo, neutralizando-o.
O mecanismo da secretina é um processo para impedir um excesso de ácido nas partes superiores do intestino delgado.
Mecanismo da Colecistocinina para a Secreção da Enzimas
Outro hormônio além da secretina é liberada pela mucosa intestinal a Colecistocinina.
A Colecistocinina é secretada em resposta a presença de gorduras e em menor grau em resposta ao teor de proteínas e carboidratos.
Também atinge o Pâncreas pelo sangue e faz com que esse libere grandes quantidades de enzimas digestivas.
Regulação vagal do Pâncreas 
A estimulação dos nervos vagos estimulam a secreção das células pancreáticas. 
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Secreção Hepática
A Bile é uma solução, secretada pelo fígado, que contém principalmente:
 grande quantidade de sais biliares,
 quantidade moderada de colesterol,
 pequena quantidade de Bilirrubina (um pigmento verde produto final do metabolismo de destruição dos glóbulos vermelhos). 
Ação dos sais biliares:
possuem ação detergente  diminuem a tensão superficial nas interfaces água-gordura, desintegrando grandes glóbulos de gorduras do alimento em glóbulos menores.
 a formação de glóbulos menores permite que as lipases do tubo digestivo, ataquem áreas maiores da superfície das gorduras e as digira.
Regulação da Secreção Biliar
A secreção da Bile ocorre continuamente por todo o tempo, sem sofrer influência com a presença de alimento no tubo digestivo. Somente o hormônio secretina parece  a secreção da bile. 
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Armazenamento da Bile na Vesícula Biliar
A vesícula biliar tem por função armazenar e concentrar a bile facilitando a sua ação sobre a gordura. 
São produzidas em torno de 700 ml por dia de bile rica em água. A vesícula pode armazenar aproximadamente 70 ml, à medida que a bile chega à vesícula, esta vai absorvendo a água, tornando-a mais concentrada com maior ação sobre as gorduras.
Secreção do Intestino Delgado
No intestino delgado ocorre a parte mais importante da digestão e é absorvida a maior parte dos nutrientes. 
A mucosa do intestino Delgado secreta as enzimas: 
 Sucrase, Maltase e Lactase  essas enzimas agem sofre os dissacarídeos em monossacarídeos (produto final da digestão dos carboidratos),
 Peptidases  são responsáveis pela realização das últimas etapas de digestão das proteínas, 
 pequena quantidades de Lipases  digestão das gorduras.
Regulação da Secreção do Intestino Delgado
O alimento distende o tubo digestivo, ou irrita a mucosa intestinal, desencadeando reflexos nos plexos neurais intrínsecos do intestino que promove a secreção pela mucosa intestinal.
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Secreção do Intestino Grosso
O intestino grosso tem um importante trabalho na absorção da água (o que determina a consistência do bolo fecal). 
Assim como o esôfago, o intestino groso não desempenha funções digestivas.
A mucosa intestinal libera grande quantidade de muco que tem finalidade de proteger as paredes contra escoriações e também serve como meio aderente para aglutinar o material fecal.
Defecção
Resumo:
Durante a digestão, ocorre a formação de certos hormônios. Veja na tabela abaixo, os principais hormônios relacionados à digestão:

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