Prévia do material em texto
Biofísica da contração cardíaca Eletrocardiograma Biofísica Aplicada à Biomedicina - 2025 - Profa. Dra. Nayla de Souza Pitangui nayla.pitangui@docente.unip.br mailto:nayla.pitangui@docente.unip.br SISTEMA CARDIOVASCULAR FUNÇÃO: Conduzir e distribuir o volume sanguíneo aos diferentes tecidos do organismo; Promover a troca de gases, nutrientes e hormônios; Coletar o volume sanguíneo proveniente dos tecidos e remover os produtos do catabolismo; Participar de mecanismos homeostáticos (temperatura corpórea); COMPOSIÇÃO Bomba Sistema tubular de permuta Coração Sistema vascular arterial Sistema tubular condutor e distribuidor de alta pressão Sistema tubular coletor e de retorno de baixa pressão Sistema vascular venoso Microcirculação LOCALIZAÇÃO Base Ápice FACES: Esternocostal Diafragmática Pulmonar CORAÇÃO 4 câmaras: 2 átrios e 2 ventrículos Atrio Esquerdo Atrio Direito Ventrículo Direito Ventrículo Esquerdo CORAÇÃO Vertical: Inter-atrial / Inter-ventricular Horizontal: Atrio - Ventricular 4 câmaras: 2 átrios e 2 ventrículos Septos: CORAÇÃO Átrio-ventriculares (tricúspide e mitral) Semilunares (aórtica e pulmonar) Vertical: Inter-atrial / Inter-ventricular Horizontal: Átrio - Ventricular 4 câmaras: 2 átrios e 2 ventrículos Septos: Válvulas: AD AE VD VE Veia cava Artéria Pulmonar Veia Pulmonar Artéria aorta CORAÇÃO E SUAS SUBDIVISÕES CORAÇÃO A-V (tricúspide e mitral) Semilunares (aórtica e pulmonar) Vertical: Inter-atrial / Inter-ventricular Horizontal: Atrio - Ventricular 4 câmaras: 2 átrios e 2 ventrículos Septos: Válvulas: Músculo: Músculo Estriado cardíaco Músculo Excitatório/Condutor Coração MÚSCULO PAPILAR V. CAVA SUPERIOR AA. PULMONARES V. CAVA INFERIOR AA. BRAQUIOCEFÁLICA ÁTRIO DIREITO VÁLVULA TRICÚSPIDE V. PULMONARES AA. CARÓTIDA COMUM ESQUERDA AA. SUBCLÁVIA AA AORTA V. PULMONARES AA. PULMONARES TRONCO PULMONAR VENTRÍCULO DIREITO VENTRÍCULO ESQUERDO MIOCÁRDIO CORDAS TENDÍNEAS VALVULA BICÚSPIDE (MITRAL) VÁLVULA PULMONAR ÁTRIO ESQUERDO *AA. = Artéria V. = Veia MÚSCULO CARDÍACO • Células Estriadas Musculares: contração muscular e estão presentes nos átrios e nos ventrículos • Células de Condução: especializadas na condução rápida de impulso elétrico • Células Marcapasso: tem propriedade de automatismo e são capazes de gerar estímulo elétrico MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO MÚSCULO EXCITATÓRIO/CONDUTOR 1) CARACTERÍSTICAS GERAIS - Células alongadas (1 a 2 núcleos centrais) - Sarcômeros - Disposição em orientações variadas; - Contração involuntária, vigorosa e rítmica; - Músculo sem capacidade de regeneração. Músculo Estriado Cardíaco Contração semelhante ao músculo estriado esquelético, porém com > tempo de contração 2) CITOLOGIA - Maior quantidade de mitocôndrias - Mioglobina - Glicogênio - DISCOS INTERCALARES - linhas de junção entre células do músculo cardíaco. Zônula de adesão: ancorar os filamentos de actina dos sarcômeros terminais Desmossomos: unem as células impedindo que se separem durante a atividade contrátil Junções comunicantes: responsáveis pela continuidade iônica entre as células musculares vizinhas, garantindo que o sinal para contração passe como uma onda entre as células vizinhas Todo batimento cardíaco tem um começo… • Expressão referente aos eventos relacionados ao fluxo e pressão sanguínea que ocorrem desde o início de um batimento cardíaco até o final do batimento. • Diástole (Relaxamento) e Sístole (Contração) Ciclo Cardíaco • Excitação Rítmica do Coração Gerar Impulsos Ritmados Conduzir esses Impulsos Rapidamente SISTEMA ESPECIALIZADO DE CONDUÇÃO DO CORAÇÃO GERAÇÃO DE POTENCIAL DE AÇÃO Nodo sinusal Vias internodais Nodo A-V Feixe A-V (His) Ramos Direito e Esquerdo Sistema de Purkinje Sistema de Condução Sistema intrínseco de condução Músculo Excitatório/Condutor Células marcapasso Células musculares cardíacas especializadas na produção e propagação do impulso nervoso por toda parede das câmaras cardíacas SISTEMA ESPECIALIZADO DE CONDUÇÃO DO CORAÇÃO As Células Marcapasso • Presentes em menor número no coração, tamanho menor comparado aos cardiomiócitos e pouco contráteis; • Capacidade de auto-despolarização; • Responsáveis pela geração e condução dos estímulos elétricos; • São as células autoexcitáveis do nodo SA → capacidade de despolarização espontânea → início da onda de despolarização cardíaca → sinal para a contração do miocárdio. Composição do coração " " (Moyes, 2005) As Células Marcapasso Composição do coração Condução elétrica das células do miocárdio. As células autoexcitáveis disparam potenciais de ação espontaneamente. As despolarizações das células autoexcitáveis propagam-se rapidamente para as células contráteis vizinhas através das junções comunicantes. Meio extracelular Meio intracelular Potencial de ação cardíaco POTENCIAL DE AÇÃO CARDÍACO •Potássio: maior concentração meio intracelular •Sódio: maior concentração meio extracelular •Cálcio: maior concentração meio extracelular REPOUSO POLARIZADA Ca2+ Ca2+ Ca2+ POTENCIAL DE AÇÃO CARDÍACO INFLUXO EFLUXO Ca2+ Ca2+ Ca2+ FASES DO POTENCIAL DE AÇÃO NAS CÉLULAS CARDÍACAS 5 FASES: 0, 1, 2, 3 e 4 Fase 0: Despolarização da célula (abertura dos canais de sódio; canais de potássio permanecem fechados) FASES DO POTENCIAL DE AÇÃO NAS CÉLULAS CARDÍACAS 5 FASES: 0, 1, 2, 3 e 4 Fase 1: Rápida e incompleta repolarização (fechamento dos canais de sódio e abertura lenta dos canais de potássio) FASES DO POTENCIAL DE AÇÃO NAS CÉLULAS CARDÍACAS 5 FASES: 0, 1, 2, 3 e 4 Fase 2: Platô (extensão da despolarização) – abertura dos canais lentos de cálcio FASES DO POTENCIAL DE AÇÃO NAS CÉLULAS CARDÍACAS 5 FASES: 0, 1, 2, 3 e 4 Fase 3: Repolarização (recuperação do potencial de repouso) – abertura total dos canais de potássio FASES DO POTENCIAL DE AÇÃO NAS CÉLULAS CARDÍACAS 5 FASES: 0, 1, 2, 3 e 4 Fase 4: Fim da contração muscular (bomba de sódio e potássio) – potencial de repouso • Fase 0: entrada rápida de sódio (Na+) • Fase 1: saída de potássio (K+) • Fase 2: saída de potássio (K+) e entrada de cálcio (Ca2+) • Fase 3: saída de potássio (K+) • Fase 4: saída de potássio cessa quando membrana atinge o potencial de repouso FASES DO POTENCIAL DE AÇÃO NAS CÉLULAS CARDÍACAS 5 FASES: 0, 1, 2, 3 e 4 COMPARAÇÃO ENTRE MÚSCULO ESQUELÉTICO E CARDÍACO – Potencial de ação e Contração muscular Músculo esquelético Potencial de ação ContraçãoTensão Músculo cardíaco Potencial de ação Contração Tensão Tempo (ms)Tempo (ms) • Potencial Ação Músculo Esquelético X Potencial Ação Músculo Cardíaco • Abertura Canais Rápidos de Na+ • Pouco Tempo • Fechamento Abrupto • Abertura Canais Rápidos de Na+ • Abertura Canais Lentos de K+ e Ca2+ Abertura Lenta Permanecem Abertos • Influxo Excessivo de Ca2+ • Dificuldade do retorno da Voltagem para Repouso (extensa despolarização) COMPARAÇÃO ENTRE MÚSCULO ESQUELÉTICO E CARDÍACO • Imediatamente após início do potencial de ação músculo cardíaco Eletrocardiograma ELETROCARDIOGRAMA Eletrocardiograma ou eletrocardiografia (ECG) • Avaliação da atividade elétrica do coração Potencial para detecção: arritmias, aumento de cavidades cardíacas, patologias coronarianas, infarto do miocárdio, distúrbios na condução elétrica do órgão, problemas nas válvulas do coração Contribuição das áreas para a geração das áreas do ECG Nodo sinoatrial Músculo atrial Nodo AV Feixe de His Fibras de Purkinje Músculos ventriculares Despolarização atrial Despolarização ventricular Repolarização Nodo sinoatrial Músculo atrial Nodo AV Feixe de His Fibras de Purkinje Músculos ventriculares Contribuição das áreas para a geração das áreas do ECG DESPOLARIZAÇÃO ATRIAL Nó Sinusal dispara espontaneamente (onda P) onda de despolarização começa a se espalhar de dentro para fora do átrio despolarização dascélulas miocárdicas atriais resulta em contração atrial ONDA P DESPOLARIZAÇÃO VENTRICULAR Sistema especializado de condução ventricular: Feixe de His Ramos do feixe Fibras terminais de Purkinje Despolarização do miocárdio ventricular produz a contração ventricular ONDA R ONDA S COMPLEXO QRS 1) primeira deflexão para baixo (onda Q) 2) primeira deflexão para cima (onda R) 3) segunda deflexão para baixo, após uma deflexão para cima (onda S)ONDA Q REPOLARIZAÇÃO Após a despolarização dos ventrículos: células miocárdicas passam por um período refratário resistentes a outra estimulação Neste meio tempo REPOLARIZAÇÃO ELETROCARDIOGRAMA ECG normal ELETROCARDIOGRAMA Sinal de ECG normal de um coração saudável de um homem de 22 anos. Sinal de ECG anormal (alteração complexo QRS) ELETROCARDIOGRAMA ECG com duração de QRS normal (60 a 100 ms) ECG com duração de QRS anormal (aproximadamente 150 ms)