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3B Cidades mesopotâmicas

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História Antiga I
Prof. Dr. Julio Cesar Magalhães de Oliveira
O mundo das cidades-Estado mesopotâmicas (3000-1600 a.C.)
Mapa
Cronologia
3000-2340 a.C.: Época das Dinastias Arcaicas.
Protodinástico I: 3000-2750 a.C.
Protodinástico II: 2750-2600 a.C.
Protodinástico III: 2600-2350 a.C.
2340-2200 a.C.: Império de Acad.
2150-2000 a.C.: Últimas Dinastias Sumérias
Dinastia de Lagache 
Dinastia de Ur III.
2000-1600 a.C.: Período Babilônio Antigo
Dinstias de Isin-Larsa: 2000-1600 a.C.
Primeira dinastia babilônia: 1800-1600 a.C.
1. A cidade e o campo
Áreas cultivadas no Período Protodinástico I, segundo R. McC. Adams (1966), à esquerda, e S. Richardson (2012), à direita.
Reconstituição hipotética de uma cidade mesopotâmia do III milênio.
Reconstituição artística da cidade de Ur no final do III milênio.
Habitações da cidade de Ur no final do III milênio 
(Museu Americano de História Natural).
Irrigar os campos
Canais de irrigação perto de Nippur, em um mapa datado de 1300 a.C. O canal tronco descreve uma curva em forma de U ao redor do campo real que está na parte interior do desenho, e é marginado pelas terras pertencentes aos templos ou concedidas às aldeias da redondeza (marcadas pelos círculos) e aos cidadãos de Nippur.
2. Guerra e competição
Descoberta nas escavações da cidade suméria de Girsu, a “estela dos abutres” é uma das mais antigas crônicas mesopotâmicas. A inscrição narra os conflitos recorrentes entre as cidades-Estado de Lagache e de Umma e, em seguida, a vitória obtida pelo rei de Lagache Eannatum, que reinou por volta de 2450 a.C. Os relevos mostram o rei à frente de suas tropas e depois vitorioso em um banquete. A figura majestosa de Ningirsu, deus protetor de Lagache, representa a face “mitológica” dessa vitória.
Cidades em conflito
A queda de Ur III, por volta de 2000 a.C., é lamentada nessa inscrição em onze cantos que narra esse drama tanto celeste quanto terrestre. Ningal, a deusa de Ur, se apresenta suplicante diante dos grandes deuses, obrigados a cumprir as ordens do Destino. Finalmente, esse desastre será anulado.
Lamentação pela ruína do “império” de Ur
3. A ascensão da realeza
Relevo perfurado do rei Ur-Nanshe, fundador da primeira dinastia de Lagache (2600-2330 a.C.). A inscrição desse relevo evoca a construção do templo de Ningirsu, deus tutelar da cidade. As duas cenas mostram o rei presidindo às cerimônias de fundação e de dedicação do templo. Paris, Museu do Louvre. 
O rei construtor
O rei guerreiro
Estela da vitória de Eannatum, rei de Lagache, dita “dos abutres” (detalhe). Época das Dinastias Arcaicas, c. 2450 a.C. Designado pelos deuses para governar em seu nome a cidade-Estado, o rei é também um chefe militar que, fortalecido por esse apoi divino, conduz suas tropas à vitória. Paris, Museu do Louvre.
Estela da vitória de Naram-Sin, rei de Acad, por volta de 2250 a.C. Testemunho da arte “imperial” de Acad, a estela celebra o triunfo de Naram-Sin sobre um povo de montanheses, os Lullubi. A marcha vitoriosa do conquistador representa ao mesmo tempo a ascensão pessoal de um monarca que se vê agora como um igual dos deuses. Naram-Sin se autoproclama “rei das quatro regiões”, mas também “deus de Acad”.
O rei divinizado
Gudea, príncipe de Lagash, por volta de 2125 a.C. Após a queda do “império” de Acad, a cultura suméria conhece uma renovação e os reis sublinham, sobretudo, sua relação pessoal com os deuses como fonte de sua legitimidade. Essa estátua votiva, dedicada a Geshtinana, uma deusa da fertilidade, representa Gudea segurando um vaso do qual jorra um fluxo de peixes. A imagem evoca o papel de protetor e alimentador de seu povo que o rei pretende assumir. Daí a inscrição que o apresenta como “pastor eleito no coração do deus Ningirsu” para conduzir o rebanho dos homens.
O rei pastor
Código de Hamurábi, rei da Babilônia, 1792-1750 a.C. No segundo milênio, Hamurábi também reivindica o título de “pastor”: “Eu sou Hamurábi, o pastor de Enlil, aquele que conquista riqueza e prosperidade”. É baseado nessa função que ele se faz também o garante dos direitos individuais de seus súditos. Paris, Museu do Louvre.
O rei da justiça
4. A influência dos templos
Zigurate de Ur, época da III Dinastia de Ur. Os templos estiveram desde o início associados à vida urbana mesopotâmica, uma vez que cada cidade possuía seu deus patrono. Durante Ur III, porém, a construção dos primeiros zigurates revela a importância dos rituais religiosos coletivos para a política da dinastia. Foi pensado como o símbolo de uma sociedade hierarquizada, cujo topo beirava a divindade.
Templo e sociedade
Época das Dinastias Arcaicas III (c. 2450 a.C.). Uma inscrição em sumério designa o personagem representado como Dudu, sumo sacerdote do deus Ningirsu, durante o reinado de Entemena, rei de Lagash. Em torno do sacerdote, elementos simbólicos relacionados à sua atividade. No alto, o deus Ningirsu representado por seu emblema, a águia com cabeça de leão.
Relevo perfurado de Dudu
Época das Dinastias Arcaicas III (c. 2400 a.C.). Estátua votiva de um fiel em prece depositado em um templo de Mari, cidade situada a meio caminho entre as regiões urbanizadas da Mesopotâmia e da Síria. Representa um alto funcionário, identificado por uma curta inscrição cuneiforme como Ebih-il. 
Paris, Museu do Louvre. 
Estátua do intendente Ebih-il
5. Uma economia dual
As organizações centrais e a unidade doméstica 
As organizações centrais
O “Estandarte de Ur”, c. 2800 a.C. No alto, um banquete real; no centro e em baixo, trabalhadores apresentam seus tributos em animais e produtos. Os palácios representam a face centralizada da economia mesopotâmica. Controlavam parte da produção, arrecadavam impostos e distribuíam benefícios, como o testemunham inúmeros tabletes de argila. Londres, Museu Britânico.
Maquete do palácio de Mari.
O palácio e a produção
Tell Madhhur, centro-leste do Iraque. Distribuição de pequenos artefatos na casa escavada. 
A economia doméstica
Maškan-šapir, sul do Iraque. Plano da cidade no século XIX a.C. Uma sociedade descentralizada, mas organizada, com áreas demarcadas para atividades como culto, comércio e enterramentos, mas também com uma mistura de atividades artesanais e sociais nos mesmos bairros residenciais.
A estrutura social de uma cidade

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