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ESTUDO DO MOVIMENTO: ANATOMIA NEUROMÚSCULOESQUELÉTICO Juliano Vieira da Silva Classificação óssea Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar as categorias de classificação óssea. Descrever a importância e a função de cada categoria óssea. Avaliar as caraterísticas das diferentes estruturas ósseas. Introdução Os ossos são estruturas fundamentais no corpo humano. Entre algumas de suas funções estão as de proteção, de sustentação e de locomoção do esqueleto. Os ossos que compõem o nosso corpo apresentam dife- renças em relação a sua forma e finalidade e são classificados em seis categorias: longos, curtos, planos ou laminares, irregulares, pneumáticos e sesamoides, estes dois últimos são classificados por outros critérios. Para classificar um osso em determinada categoria, os anatomistas fazem uma avaliação a partir da predominância de uma de suas dimen- sões, que pode ser de comprimento, de espessura ou de largura. Neste capítulo, você vai identificar as categorias de classificação óssea, bem como descrever a importância e a função de cada uma dessas cate- gorias e, ainda, conhecer as caraterísticas das diferentes estruturas ósseas. Categorias de classificação óssea O osso ou tecido ósseo é a estrutura mais sólida do nosso corpo e é formado por um rígido tecido conjuntivo que apresenta importantes funções, tais como: proteção aos órgãos e vísceras vulneráveis, incluindo o cérebro e o coração, armazenamento de minerais, alavanca para os músculos na locomoção e para a hematopoiese (renovação celular sanguínea a partir da medula óssea vermelha, essencial para o corpo humano pois essas células possuem vida curta). Mobile User Mobile User Mobile User O tecido ósseo é classificado em dois tipos de tecidos: compacto — apresenta alta resistência mecânica e é encontrado nas diáfises; esponjoso — apresenta alto grau de elasticidade e é encontrado nas epífises, nos ossos chatos e também nos curtos. O conjunto de ossos do corpo recebe o nome de esqueleto e é dividido da seguinte forma: esqueleto apendicular — compreende os ossos dos membros superiores e inferiores, é bastante responsável pelos movimentos e locomoções que realizamos; esqueleto axial — é constituído pelos ossos do crânio, da coluna vertebral e da caixa torácica. Ambos os esqueletos, apendicular e axial, se unem a partir da cintura pélvica e da cintura escapular. A classificação dos ossos ocorre de acordo com seu formato. Nos tópicos a seguir, você vai conferir como se dá cada categoria e como se estabelecem suas divisões. Ossos longos Os ossos longos são aqueles que apresentam como característica o comprimento superior à largura e à espessura. Os ossos espessos e tubulares também entram nessa categoria. Miranda (2008) aponta que esse tipo de osso, basicamente, forma a estrutura do esqueleto apendicular. O osso longo se caracteriza por possuir duas extremidades chamadas de epífises e um corpo, o qual se chama diáfise. Segundo Marieb, Wilhelm e Mallatt (2014), cada epífise é constituída por tecido ósseo esponjoso envolvida por uma fina camada de substância compacta. A essas camadas dá-se o nome de cartilagem articular que tem como principal função o amortecimento de impactos (MIRANDA, 2008). Já a diáfise é composta por substância óssea com- pacta com tecido conjuntivo especializado, a qual recebe o nome de medula. A medula preenche a porção central oca, denominada de cavidade medular. Classificação óssea2 Mobile User Mobile User Mobile User Mobile User Mobile User Mobile User Mobile User A medula óssea exerce uma função vital para o osso e, por consequência, para o corpo humano, pois está diretamente ligada à produção de células sanguíneas. Na infância, a cavidade medular é preenchida com medula vermelha que ajuda na produção de sangue. Na idade adulta, cerca de metade dessa medula é convertida em medula amarela que serve como depósito de gordura do tecido adiposo. Entre a diáfise e cada epífise existe a linha epifisiária, comumente chamada de placa de crescimento, onde os ossos longos crescem a partir do desenvol- vimento da cartilagem hialina presente nessa placa (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014). Após o crescimento do osso, essa placa de crescimento segue sendo chamada apenas de linha epifisária. Os ossos longos são revestidos pelo periósteo, uma membrana fibrosa que o reveste externamente, promove sua nutrição e colabora na regeneração em caso de fratura. Além disso, as superfícies externas da epífise são revestidas por cartilagem hialina, pela qual se articulam com outros ossos. Isso acaba por proporcionar uma superfície lisa que reduz o atrito entre os ossos nas articulações (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014). Sobre a estrutura do osso longo, é importante frisar que ela é mecanicamente adaptada para suportar forças verticais, como em exercícios de caminhada, de corrida ou de salto, por exemplo (Figura 1). Porém, em relação às forças perpendiculares, esse tipo de osso não possui a resistência e pode causar lesões e fraturas no praticante. Um exemplo disso é a lesão sofrida pelo atleta de artes marciais mistas (MMA, do inglês mixed martial arts), Anderson Silva, que, ao desferir um chute em seu oponente, acabou fraturando a perna. 3Classificação óssea Mobile User Mobile User Mobile User Mobile User Figura 1. Estrutura do osso longo. Fonte: Adaptada de Marieb, Wilhelm e Mallatt (2014). Outra importante função dos ossos longos é servir como alavancas, exer- cendo, assim, um papel importante no movimento do corpo. Segundo Miranda (2008), os ossos localizados nos membros superiores estão adaptados para realizarem movimentos amplos e rápidos por serem ossos mais leves. Nos membros inferiores, os ossos longos têm como função primordial a sustentação do peso corporal e da locomoção. Como exemplos de ossos longos temos o úmero, o rádio e a ulna (membros superiores) e o fêmur, a tíbia e a fíbula (membros inferiores) (Figura 2). Classificação óssea4 Mobile User Figura 2. Úmero, rádio e ulna. Fonte: Adaptada de Tortora e Derrickson (2017). Neste tópico, pudemos acompanhar que os ossos longos se destacam pelo comprimento e possuem diáfise e epífise. Eles servem principalmente para a locomoção. A seguir, conheceremos os ossos curtos. Ossos curtos Os ossos curtos apresentam dimensões aproximadamente iguais entre si tendo sua forma uma aparência ligeiramente cúbica. Sendo assim, nesse tipo de osso não há predominância de nenhuma das formas sobre a outra, ou seja, ele é relativamente igual em comprimento, espessura e diâmetro. Conforme Marieb, Wilhelm e Mallatt (2014), os ossos curtos são constituí- dos principalmente de substância esponjosa revestida por uma fina camada 5Classificação óssea Mobile User Mobile User de substância compacta. Esses ossos são encontrados, principalmente no carpo (mão) e no tarso (pé) (Figura 3). Os ossos curtos não têm diáfise e epífise e contém medula óssea entre as trabéculas de substância esponjosa, mesmo não havendo presença de nenhuma cavidade medular (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014). Figura 3. Ossos carpais. Fonte: Adaptada de Tortora e Derrickson (2017). Tanto os ossos do carpo quanto os do tarso têm como principal função promover deslizamentos durante os movimentos dos membros superiores e inferiores (MIRANDA, 2008). Eles ainda colaboram na distribuição de forças durante o movimento e na absorção de choques violentos. Neste tópico verificamos que os ossos curtos têm dimensões aproxima- damente iguais e são constituídos principalmente de substância esponjosa. A seguir, conheceremos os ossos planos ou laminares. Ossos planos ou laminares Os ossos planos ou laminares apresentam espessura reduzida em sua forma, predominando, assim, o comprimento e a largura. Marieb, Wilhelm e Mallatt (2014) apontam ainda que esses ossos são delgados, achatados e tendem a ser recurvados. Miranda (2008)sublinha que os ossos planos são formados por duas lâminas de osso compacto, entre as quais se situa uma fina camada de osso esponjoso chamada díploe. Já Marieb, Wilhelm e Mallatt (2014, p. 33), afirmam que essse tipo de osso não se desenvolvem a partir da cartilagem hialina, mas pela ossificação de uma matriz fibrosa, pois “quando maduros consistem Classificação óssea6 Mobile User Mobile User Mobile User em uma fina camada de substância esponjosa envolvida por uma substância compacta”. A substância esponjosa central dos ossos planos ou laminares é um dos principais locais para a hematopoiese. Além dessa importante função, os ossos planos estão organizados para fornecer proteção (principalmente aos órgãos vitais como cérebro, coração, me- dula espinhal e pulmões) e inserção para músculos e ligamentos (MIRANDA, 2008). Por apresentarem uma parte totalmente maciça que os tornam mais compactos, atuam melhor nessa proteção. São exemplos dessa categoria os ossos do crânio (o frontal e o parietal — Figura 4), o esterno, a clavícula, as costelas e o ílio. Figura 4. Frontal e parietal. Fonte: Adaptada de Tortora e Derrickson (2017). 7Classificação óssea Mobile User Mobile User Alguns autores irão classificar os arcos costais (ossos que formam a costela) em uma outra categoria chamada de osso alongado e não na de osso plano. Isso se deve pelo fato de esse tipo de osso ser mais achatado que os demais ossos e por não possuir cavidade medular. Cabe relembrar que cada pessoa possui 12 pares de costela na região torácica que atuam como protetores dos órgãos vitais. Neste tópico, observamos que os ossos planos apresentam espessura redu- zida em sua forma e que têm predominância do comprimento e da largura. Eles fornecem proteção aos órgãos vitais e inserção para músculos e ligamentos A seguir, conheceremos os ossos irregulares. Ossos irregulares Os ossos irregulares são ossos com várias formas e, portanto, de difícil ca- racterização por serem de forma complexa e não apresentarem uma forma conhecida e/ou singular. Esse tipo de osso não se enquadra em nenhuma das categorias citadas anteriormente. Conforme Miranda (2008), os ossos irregulares se constituem basicamente por tecido esponjoso envolvido por uma fina camada de osso compacto. Esse tipo de osso, por exibir forma irregular, possui diversas funções como proteção e fixação para a ligação do músculo. Os ossos irregulares incluem, por exemplo, as vértebras, o sacro, o cóccix, que servem para proteção da medula espinhal e para fixação de músculos e ligamentos. As vértebras apresentam significativas diferenças anatômicas: cervical — possui o forame transverso na região do processo trans- verso, exceto a C1 (atlas), C2 (áxis) e C7, que são consideradas atípicas (Figura 5); torácica — apresenta facetas articulares para articular-se com as cos- telas chamadas de fóveas costais; lombar — possui o processo transverso bem desenvolvido, o corpo bastante volumoso e, ainda, o forame triangular; sacro — união de vértebras que formam um osso único; cóccix — surge de uma fusão de vértebras e tem forma triangular. Classificação óssea8 Mobile User Mobile User Mobile User Mobile User Também são considerados irregulares alguns ossos do crânio (zigomático) e da cintura pélvica como o ísquio e o púbis. Figura 5. Vértebra cervical. Fonte: Adaptada de Tank e Gest (2009). Neste tópico verificamos que os ossos irregulares não possuem uma ca- racterística singular e não se enquadram em nenhuma outra categoria. Eles são encontrados nas vértebras, no crânio e na cintura pélvica. A seguir, co- nheceremos os ossos pneumáticos. Ossos pneumáticos Os ossos pneumáticos apresentam uma ou mais cavidades de volume variável, revestidas de mucosas e com ar. Essas cavidades são chamadas de sinos ou seios. Esses pequenos orifícios presentes nesse tipo de osso são fundamentais para a passagem de ar. Eles não apresentam uma forma geométrica e são identificáveis pelas suas cavidades, dão leveza e aumentam a área de inserção do músculo (MIRANDA, 2008). Outra característica desse tipo de osso é que ele apresenta pouco peso em relação ao seu volume e é encontrado no crânio: temporal, frontal, esfenoide (Figura 6), maxilar e etmoide. 9Classificação óssea Mobile User Mobile User Mobile User Figura 6. Osso esfenoide. Os seios dos ossos pneumáticos são denominados conforme o local em que eles estão presentes. Por exemplo, no osso frontal, são seios frontais, no osso maxilar, são seios maxilares, no osso esfenoide, são seios esfenoidais, no osso etmoide, são seios etmoides e, por fim, no osso temporal, são cavidades mastoideas. Marieb, Wilhelm e Mallatt (2014) apontam que essas cavidades, além de facilitarem a passagem de ar, são importantes para absorção de im- pactos pois transmitem menos energia cinética para o encéfalo. A sinusite ocorre nas membranas que revestem os ossos pneumáticos. A cavidade desse osso se chama sínus e tem mucosa, que inflama no processo de desenvolvimento da inflamação. Neste tópico notamos que os ossos pneumáticos possuem cavidades e que elas facilitam a passagem de ar. Eles são cinco e se encontram no crânio. A seguir, conheceremos os ossos sesamoides. Classificação óssea10 Mobile User Ossos sesamoides A categoria dos ossos sesamoides é um pouco mais recente, pois esses ossos, em antigas classifi cações, eram considerados ossos curtos especializados. Esse tipo de osso tem por característica serem pequenos e chatos. Marieb, Wilhelm e Mallatt (2014) apontam que os ossos sesamoides recebem essa nomenclatura pois se assemelham a sementes de sésamo (gergelim) e se desenvolvem no interior dos tendões, servindo como apoio e reduzindo a pressão sobre os demais tecidos. Os ossos sesamoides reforçam os tendões e melhoram a mecânica da tração dos músculos correspondentes, sendo chamados de intratendíneos. Encontram-se também em cápsulas fibrosas nas articulações e são chamados de periarticulares. Existem vários ossos sesamoides no corpo humano, alguns são encontra- dos na mão, nas bases dos dedos (Figura 7). Moore e Dailey (2007) afirmam que esses ossos são encontrados nos lugares em que os tendões cruzam as extremidades dos ossos longos nos membros; eles protegem os tendões do desgaste excessivo e, com frequência, modificam o ângulo dos tendões em sua passagem até a inserção. Por estarem localizados nessas zonas do corpo em que há alta pressão e pela proximidade com os tendões, esses ossos são propícios a causarem dor a sofrerem inflamação, chamada de sesamoidite, que, em alguns casos, pode levar à fratura do osso. Figura 7. Falanges proximais. Fonte: Adaptada de Tank e Gest (2009). Ossos sesamoides 11Classificação óssea Mobile User Mobile User Mobile User Outra característica importante desse tipo de osso é que eles podem va- riar de pessoa para pessoa, pois não são sempre completamente ossificados, normalmente, medem apenas alguns milímetros de diâmetro. Uma exceção são as patelas, maior exemplo dessa categoria e presente em quase todos os seres humanos, ligando o fêmur (coxa) à tíbia (perna). Uma boa maneira de se informar sobre a classificação óssea e demais detalhes sobre a anatomia é acessar o site da Sociedade Brasileira de Anatomia. Confira no link: https://goo.gl/nCvYzC Neste capítulo, você conferiu a classificação óssea, a importância, a função e as principais características de cada categoria. Os ossos presentes no corpo humano são classificados em longos, curtos, planos ou laminares, irregulares, pneumáticos e sesamoides. Os ossos longos são aqueles que se destacam pelo seu comprimento em relação às demais formas. Além disso, possuem duas extremidades (epífises) e um corpo (diáfise). Os ossos longos são revestidos pelo periósteo, uma membrana fibrosa que os reveste externamente, promovendo sua nutrição e colaborando na regeneração em caso de fratura. Suas funções são a movimen- tação, a sustentação do corpo e alocomoção. São exemplos de ossos longos o úmero, o rádio e o fêmur. Os ossos curtos são aqueles que possuem dimensões aproximadamente iguais e ligeiramente cúbicas. Estes ossos são encontrados, principalmente, no carpo e no tarso. Além dos deslizamentos durante o movimento, os ossos curtos são vitais na distribuição de forças e na absorção de choques violentos. Os ossos planos ou laminares se destacam pela espessura reduzida em relação à largura e ao comprimento. Eles são os principais, mas não únicos, responsáveis pela hematopoiese, pela proteção dos órgãos vitais do crânio e da caixa torácica e a inserção para músculos e ligamentos. Os ossos irregulares são aqueles que não se encaixam em nenhuma cate- goria por apresentaram uma forma singular. Esse tipo de osso possui diversas Classificação óssea12 Mobile User funções como proteção e fixação para a ligação do músculo, como no caso das vértebras, do sacro e do cóccix. Os ossos pneumáticos são aqueles que apresentam cavidade de ar em sua estrutura. Essas cavidades são chamadas de sinos ou seios e servem para passagem de ar e para aumentar a área de inserção do músculo. Esses ossos se localizam no crânio e são cinco no total: temporal, frontal, esfenoide, maxilar e etmoide. Os ossos sesamoides são aqueles que se assemelham a sementes de sésamo e se desenvolvem no interior dos tendões, servindo como apoio e reduzindo a pressão sobre os demais tecidos. Podem ser intratendíneos ou periarticulares. A patela é o osso mais conhecido dessa categoria. Por fim, esse conhecimento é valioso para o professor de educação física, afinal, identificar os ossos é fundamental para que o aluno possa, a partir disso, conhecer o seu próprio corpo e seu funcionamento. Também, a partir desse conteúdo, o professor pode ir avançando sobre os temas que, nessa área, são todos interligados com a questão corporal. MARIEB, E.; WILHELM, P.; MALLATT, E. J. Anatomia humana. 7. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. MIRANDA, E. Bases de anatomia e cinesiologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2008. MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para clínica. 5. ed. Rio de Janeiro: Gua- nabara Koogan, 2007. TANK, P. W.; GEST, T. R. Atlas de anatomia humana. Porto Alegre: Artmed, 2009. TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. Leituras recomendadas ANDRADE FILHO, E. P.; PEREIRA, F. C. F. Anatomia geral. Sobral: INTA, 2015. Disponível em: http://md.intaead.com.br/geral/anatomia-geral/pdf/anatomia-geral.pdf. Acesso em: 10 fev. 2019. CAEL, C. Anatomia palpatória e funcional. Barueri, SP: Manole, 2013. MENDONÇA, D. Sistema esquelético: ossos. [S. l.]: [201-?]. Disponível em: http://www. portalbiohumana.xpg.com.br/Arq-Anato/Sistema_Esqueletico-Ossos.pdf. Acesso em: 10 fev. 2019. 13Classificação óssea Mobile User