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DIR. PENAL II - ESTUDO

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51
Direito Penal II
Revisão:
Bem jurídico tutelado – identificação: baseado nos títulos do código:
- Parte geral: da aplicação da lei penal; do crime; da imputabilidade penal; do concurso de pessoas; das penas; das medidas de segurança; da ação penal; da extinção da punibilidade;
- Parte especial: dos crimes contra a pessoa; dos crimes contra o patrimônio; dos crimes contra a propriedade imaterial; dos crimes contra a organização do trabalho; dos crimes contra o sentimento religioso e contra o respeito aos mortos; dos crimes contra a dignidade sexual; dos crimes contra a família; dos crimes contra a incolumidade pública; dos crimes contra a paz pública; dos crimes contra a fé pública; dos crimes contra a administração pública; disposições finais.
Crime comum: qualquer um comete. 
Crime próprio: exige condição especial do sujeito ativo. Admite coautoria. Ex.: peculato – art. 312.
De mão própria: crime de atuação pessoal, não admite concurso de pessoas, não admite coautoria. Ex.: falso testemunho.
Tipo Objetivo:
Verbo: ação, o verbo é sempre um fazer. 
Crimes Omissivos: todo crime omissivo é um dever jurídico que deveria, mas não foi atendido.
Próprio: a omissão está descrita no tipo penal, o verbo é “deixar de”. Art. 135, Omissão de Socorro.
Impróprio: Crime de resultado, cometido por omissão. O agente tinha o dever jurídico de impedir o resultado. Omissão normativa. (também chamado de comissivos por omissão, ou omissivo impuro). Consta na parte geral do CP: 
Art. 13º - § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
Dolo: a regra é o crime doloso; a exceção é o crime culposo. Dolo é querer o resultado = dolo direto.
Alguns tipos penais reclamam o elemento subjetivo especial: é o fim especial de agir. Ex.: crime de injúria. 
Dolo eventual: é assumir o risco de produzir o resultado. Elemento do dolo é previsão, previsibilidade é elemento da culpa. 
Dolo eventual X Culpa Consciente
Culpa Consciente: o agente prevê o resultado, mas espera que ele não ocorra.
Dolo Eventual: é aquele em que o agente tem vontade que não está dirigida para obtenção do resultado, pois, o que ele deseja é algo diverso, mas prevendo que o evento possa ocorrer assume o risco de produzi-lo. Art. 18, I – segunda parte: “Art. 18 - Diz-se o crime: Crime doloso: .... ou assumiu o risco de produzi-lo.”
Consumação:
Crime material: a consumação se consume com a produção do resultado.
Crime formal: prática da conduta e não é indispensável à produção do resultado. No caso da comprovação do resultado pode implicar em aumento da pena – prova o crime. Ex.: art. 316, concussão – uso do cargo público para obter vantagem. 
Tentativa: não é admitida em crime culposo (crime omissivo próprio). O crime omissivo impróprio admite a tentativa.
 
Problema: Elisa Matsunaga – pode ser condenada pelo crime de homicídio e destruição, subtração ou ocultação de cadáver? É um crime ou dois?
Resposta: homicídio doloso qualificado (art. 121, § 2º, II), pena de 12 a 30 anos. Crime hediondo julgado pelo Tribunal do Júri; concurso material (art. 69), pena de reclusão e detenção; destruição de cadáver (art. 211), pena de reclusão.
- Primeiro Crime: Responderá por Homicídio Doloso Qualificado na forma do art. 121, §2º, II – Pena de 12 à 30 anos. Crime hediondo julgado pelo Tribunal do Júri.
- Segundo Crime: Concurso formal. Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
Não é aplicado, pois foi mais de uma ação.
Crime continuado 
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
Não se enquadra visto que não são crimes da mesma espécie.
Concurso material
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela.
Aplicado corretamente concurso material visto que efetuou mais de uma ação e praticou mais de um crime.
Responde pelo crime de destruição previsto:
Art. 211: Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele. Pena – reclusão, de 1(um) a 3 (três) anos, e multa.
Inicia o cumprimento da pena em regime fechado – cumpre 2/5 do homicídio e 1/6 da destruição.
Deve o Direito Penal se ocupar dessa proteção? Sim. É um interesse digno, por si mesmo, da tutela penal – Fernando Capez.
Destrinchando o tipo:
Bem jurídico tutelado: sentimento e respeito aos mortos.
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: família, parentes, amigos, coletividade. O morto não pode ser sujeito passivo porque não é mais titular de direitos (Fernando Capez). Sempre que a coletividade for sujeito passivo denomina-se de crime vago. 
Tipo Objetivo: Comissivo (ação) ou omissão imprópria.
Objeto Material: cadáver ou parte dele. É o corpo humano inanimado, é o corpo privado de vida, mas que ainda conserva a forma humana. Caso o corpo humano se encontre em estado de decomposição já não caracteriza cadáver para o efeito desse crime. O esqueleto e as cinzas humanas não são objeto material, nesse caso pode cometer o crime de violação de sepultura. 
* Natimorto: criança que nasce sem vida ou que morreu no ventre materno. 
* Feto: criança que não atingiu a maturidade suficiente para a expulsão do ventre materno. 
Primeira corrente: só é cadáver o natimorto, vida extrauterina, o feto não.
Segunda corrente: é considerado cadáver o natimorto expulso no termo da gravidez, ao final dos 9 meses. Predomina na doutrina.
Terceira corrente: só pode ser objeto material depois dos 6 meses porque tem fisionomia humana.
Destruir: separar, fazer desaparecer, aniquilar. Desfazimento da feição, da forma humana, perde a forma humana. A máfia usa ácido para destruir o corpo. Não precisa ser o cadáver todo, pode ser somente parte. Não é necessária a destruição total.
Subtrair: cadáver ou parte dele, tirar do local onde o cadáver deveria permanecer, quais sejam: necrotério ou sepultura. O crime pode ocorrer antes ou depois do sepultamento.
Ocultar: significa esconder o cadáver ou parte dele antes do sepultamento, SEM destruição do cadáver ou parte dele.
Elemento Subjetivo - Dolo: é a vontade de subtrair, ocultar, destruir. Não exige um fim especial. Tal crime pode ser motivado por vingança, sucessão hereditária, obter um lucro, necrofilia. Através do art. 59 o “motivo torpe ou fútil” pode ser alegado e levado em conta na fixação da pena. 
Tipo penal misto ou alternativo (crime de ação múltipla ou conteúdo variado): o agente pode praticar mais de uma conduta, no entanto, responderá por apenas um crime. 
Consumação – ocorre quando:
- Destruir: quando ocorrer, crime instantâneo – admite tentativa. 
- Subtrair: retirada do local onde deveria ficar, admite tentativa. 
- Ocultar: crime permanente, o momento consumativo perdura no tempo. 
Tentativa: 
Todo crime plurissubsistente (é aquele que exige mais de um ato para sua realização, ex. estelionato) admite tentativaporque se pode fracionar o iter criminis (caminho do crime). Desde o início da execução até o momento consumativo é possível fracionar. 
Pena cumulada: multa e reclusão.
Ação: penal publica incondicionada.
Cabimento: suspensão condicional do processo.
Rito: sumário.
Exemplos de Ocultação:
- Atropelar e abandonar o corpo em terreno baldio. Será imputado Homicídio culposo de trânsito e Ocultação: 
Art. 61 – CP: São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
II - ter o agente cometido o crime:
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
Aqui a ocultação ocorre para mascarar um crime. No crime de ocultação de cadáver, o corpo que é ocultado. O bem jurídico tutelado é diverso.
- Lançar o corpo no rio ou no mar. 
- Agente funerário que subtrai o corpo e pede um dinheiro à família para devolução.
Não constitui crime de ocultação:
Partes de um corpo que são utilizados em faculdade de medicina para estudo. Nesse caso, não é crime de ocultação, mas sim de furto.
 
Vilipêndio a cadáver:
Art. 212 - Vilipendiar cadáver ou suas cinzas: Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Bem jurídico tutelado: sentimento de respeito aos mortos.
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: família, parentes, coletividade – crime vago: sempre que a coletividade for sujeito passivo denomina-se de crime vago.
Tipo objetivo: vilipendiar menosprezar, aviltar, ultrajar, tratar com desprezo, sem o devido respeito o cadáver ou suas cinzas. A ação criminosa deve ocorrer sobre ou junto ao cadáver ou suas cinzas. Ex.: ato de necrofilia.
Objeto material: cadáver ou cinzas. Cinzas são os resíduos decorrentes de cremação do cadáver.
Crime livre: pode ser cometido por escritos ou palavras. Pode haver crime de vilipêndio e calúnia cumulativamente.
Elemento Subjetivo, dolo: necessita um fim especial.
Consumação: crime instantâneo, admite tentativa.
Ação: penal pública incondicionada.
Cabimento: suspensão condicional da pena.
Lei de Transplante - 9.434/97
Art. 8º - Após a retirada de tecidos, órgãos e partes, o cadáver será imediatamente necropsiado, se verificada a hipótese do parágrafo único do art. 7o, e, em qualquer caso, condignamente recomposto para ser entregue, em seguida, aos parentes do morto ou seus responsáveis legais para sepultamento.
Art. 7º, parágrafo único: No caso de morte sem assistência médica, de óbito em decorrência de causa mal definida ou de outras situações nas quais houver indicação de verificação da causa médica da morte, a remoção de tecidos, órgãos ou partes de cadáver para fins de transplante ou terapêutica somente poderá ser realizada após a autorização do patologista do serviço de verificação de óbito responsável pela investigação e citada em relatório de necrópsia.
É uma norma penal não incriminadora, explicativa: deve recompor o cadáver para ser entregue aos familiares. 
Art. 14. Remover tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoa ou cadáver, em desacordo com as disposições desta Lei:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, de 100 a 360 dias-multa.
Norma especial – afasta o verbo “destruir” do art. 211 do CP e tem aplicação somente para efeito de transplante.
Art. 19. Deixar de recompor cadáver, devolvendo-lhe aspecto condigno, para sepultamento ou deixar de entregar ou retardar sua entrega aos familiares ou interessados:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Norma especial – afasta o 212 do CP.
Art. 211, CP: Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele:...
Art. 212, CP: Vilipendiar cadáver ou suas cinzas:...
Títulos VI – Crimes contra a Dignidade Sexual
Alterações da Lei nº 12.015/09:
Antes era chamada de crimes contra os costumes; a mulher era um ser passível de proteção – a mulher era inibida. Com o anticoncepcional a mulher passou a escolher com vai manter relações sexuais;
Antes a informação sexual vinha um dia antes do casamento;
Antigamente os tipos penais tinham o título: posse sexual mediante fraude: a mulher era enganada, nem sabia que estava mantendo relação sexual (“nego liso”); rapto: só podia mulher honesta, a ideia era a proteger a mulher. 
Hoje temos informação em abundância;
Dignidade Sexual: 
É um dos aspectos da dignidade da pessoa humana previstos na Constituição:
Art. 1º, III, CF: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
III - a dignidade da pessoa humana;
Vide os Capítulos do CP para entendimento mais amplo em relação ao que consta na CF, os capítulos denotam o quão abrangente é a proteção, Ex.: proteção à liberdade sexual; proteção do vulnerável para não ser explorado sexualmente.
Capítulo I – Crimes contra a liberdade sexual
Estupro – art. 213: Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:
 Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
O Código se preocupa muito com a proteção do vulnerável e das mulheres visto que sempre foram vítimas de estupro – a mulher sempre em posição inferior. 
Historicamente falando, o crime contra à liberdade sexual foi a cada legislação passando por uma mutação e ampliando o grau de proteção com foco na mulher e nos vulneráveis. Com o tempo, o homem também passou a ser protegido.
No atual Código foi unificada a proteção tanto ao homem quanto a mulher, figuras fundidas.
Estupro – art. 213: Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
Como ocorre: por meio de violência ou Grave Ameaça, a vítima é obrigada a:
- a ter conjunção carnal: é a espécie – é a introdução do órgão sexual masculino na cavidade vaginal;
- a praticar outro ato libidinoso: é o gênero – qualquer outro ato que não seja a conjunção carnal – pode ser masturbação, coito anal, sexo oral etc;
- a permitir que com ele pratique (agente);
- se pratique outro ato libidinoso;
Objetividade Jurídica: liberdade sexual; é a liberdade de escolher de como e com quem se terá a prática sexual;
Sujeito ativo: crime comum, tanto homem quanto mulher;
Sujeito passivo: crime comum, tanto homem quanto mulher;
Mulher constrangendo outra mulher a ter conjunção carnal é enquadrada como partícipe ou coautora. Aqui é no sentindo de violência ou grave ameaça, ameaça a vítima para que mantenha conjunção carnal com terceiro mediante a ameaça que, geralmente, é por arma de fogo.
Tanto o homem quanto a mulher podem ser sujeitos:
O marido comete estupro contra a esposa? SIM. A mulher não é obrigada a fazer sexo, mesmo casada. O marido pode ser sujeito ativo. No CC de 16 a mulher tinha essa obrigação de manter relações sexuais com o marido. Caso a mulher não quiser mais sexo com o marido pode ser resolvido no âmbito cível.
Transexual: é uma espécie de distúrbio em que a pessoa não aceita o sexo que ela tem. Pode ser indicada a cirurgia visto que a repulsa é muito grande. Para a realização da ablação é necessário um preparo psicológico intenso, visto que com a retirada do pênis perde-se a identidade. Pode ser sujeito passivo visto que é constrangido a praticar ato libidinoso (não é considerada conjunção carnal).
Verbo: constranger significa obrigar, forçar;
Crime: por ação ou por omissão imprópria. Art. 13 – carcereiro sabe que está havendo um abuso sexual entre homens e não faz nada. Tem o dever jurídico de impedir o resultado.
Modalidade de Execução:
Por grave ameaça: normalmente exercida com arma de fogo;
violência física – violência real = é a violência material, a força física. vis corporales. Não se exige da mulher um ato de heroísmo, no entanto, a vítima tem que oferecer uma resistência. 
Intimidação: ameaça é a promessa de um mal sério, gravee verossímil = é crível - possível.
O estupro é provado através de:
Prova pericial: esperma, pêlos pubianos, exame de corpo de delito. 
A palavra da vítima tem muita validade visto que pode ser difícil se provar por outros meios, sua palavra é muito forte. O comportamento da vítima logo após o estupro pesa muito. Deve procurar a polícia. 
Deve-se ter atenção como advogados na hora de oferecer a denúncia, o MP e o juiz no momento de julgar porque, pode ser que no banco dos réus esteja sentado um inocente. As consequências para uma pessoa acusada de tal crime são irreparáveis.
Art. 213 – Estupro – Violência ou Grave Ameaça
Ato libidinoso: é um ato diverso da conjunção carnal. 
Verbo: é praticar, praticar significa fazer. Fazer o ato libidinoso. Ao executar o ato libidinoso a vítima tem um ato positivo, ela faz. Ex.: ela é constrangida a fazer o sexo oral no agente.
... a permitir que com ele (agente) se pratique ato libidinoso:
Verbo: permitir, conduta inerte da vítima sob violência. Mediante violência ou grave ameaça que permitir que o agente realize a conduta na própria vítima.
É necessário ter o contato físico? Alguns autores afirmam ser necessário o contato físico. A lei fala em ato. Outra parcela de doutrinadores dispensa esse contato físico. Ex.: agente que obriga a vítima a se automasturbar – não tem contato mas há clara ofensa à liberdade. 
Ato libidinoso – não entra nesse tipo a narração obscena. 
Crime de Estupro - pena de reclusão - 6 a 10 anos – é um crime hediondo.
Lei de Contravenção Penal 
Art. 61: Importunar alguém, em lugar público ou acessível ao público, de modo ofensivo ao pudor:
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Discussão: passar a mão nas coxas, seios, nádegas é estupro ou contravenção penal? É considerada contravenção – é o crime de 61 da Lei de Contravenções Penais. 
Elemento subjetivo: é o dolo.
Fim especial de agir: não há. O tipo penal não reclama um fim especial de agir. 
Consumação e Tentativa:
Conjunção carnal: a consumação se dá com a introdução completa ou incompleta do pênis na vagina. Para efeito de perícia mesmo que a introdução seja incompleta já o crime. Não é necessário que haja a ejaculação.
Hímen Complacente: é o hímen que não se rompe, há o estupro.
Cabe a tentativa. É um crime plurissubsistente. É possível fracionar o iter criminis.
Praticar ou permitir (...)
Momento consumativo: se dá quando o agente primeiro utiliza a violência ou a grave ameaça e depois pratica o ato libidinoso. Em ambas as modalidades cabe a tentativa.
Ex.: despiu a moça e no momento que começou a passar as mãos nas partes íntimas a polícia chegou – é o crime do art. 213 ou a contravenção? É necessário mais dados para condenar em um ou em outro.
Desistência voluntária e arrependimento eficaz 
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
Não houve o coito vaginal, o agente constrangeu a vítima, não praticou nenhum ato libidinoso e desistiu de prosseguir. A conduta do agente é punível SIM – constrangimento ilegal.
Antigamente
Concurso Material – art. 69 – conjunção carnal + ato libidinoso.
Crime Continuado – art. 71
O entendimento não era de crime continuado, era concurso material.
Atualmente há duas correntes, nela não há possibilidade de afastar o crime continuado:
Primeira Corrente: é um tipo penal misto alternativo: 
Guilherme Souza Nucci, Damásio, Rogério Greco e André Estefam.
Para essa corrente o tipo possui núcleos, quais sejam, a conjunção carnal e o ato libidinoso, que ofendem o mesmo bem jurídico. Se o agente, no mesmo contexto e contra a mesma vítima praticar duas ações considera-se crime único. Um dos argumentos para se adotar a categoria de tipo misto alternativo é que os dois comportamentos – os dois núcleos de conjunção carnal e ato libidinoso – são formas diferentes de ofender o mesmo bem jurídico. 
Se ações forem praticadas em contextos (situações) diferentes cabe crime continuado. Essa tese tem prevalecido. 
Exemplo: estupra uma vítima hoje e outra amanhã.
Segunda Corrente: é um tipo misto cumulativo: 
Mirabeti e Fabrini, Vicente Greco, Delmanto. 
Cabe concurso material, as penas são somadas. A dignidade sexual da vítima é violada de forma maior. 
Há reunião no mesmo tipo penal de mais de um crime, se realizadas duas ou mais condutas haverá concurso material. 
Para Mirabete e Fabbrini a prática de cada ação típica é suficiente para provocar lesão ao bem protegido, mas, também, que a realização de ambas configura, em princípio, dúplice violação à liberdade sexual da vítima, ofendendo mais gravemente a sua dignidade sexual. Pesa, ainda, em desfavor dessa interpretação, no sentido da alternativo do tipo, a inexistência de qualquer indício no processo legislativo de que fosse intenção do legislador punir mais brandamente os crimes sexuais do que o fazia a lei anterior.
A segunda conseqüência provocada pela alteração legal é a possibilidade de reconhecimento do crime continuado.
Forte corrente sustentava que o estupro e o atentado violento ao puder não eram crimes da mesma espécie, requisito para o reconhecimento da continuidade delitiva, de modo que predominava na doutrina e na jurisprudência o entendimento que por serem crimes de espécies diferentes havia concurso material e não crime continuado. 
Autores que adotaram a primeira corrente aceitam o crime continuado se as condutas forem repetidas em contextos diferentes, mas nas mesmas circunstâncias de tempo, de local e modo de execução. A Primeira e a Segunda do STF reconheceram a continuidade delitiva na hipótese de conjunção carnal e de outro ato libidinoso se praticados nas mesmas circunstâncias de tempo, de lugar e modo de execução contra a mesma vítima.
Formas qualificadas pelo resultado:
Art. 213: § 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.
Lesão corporal de natureza grave, §§1º e 2º do art. 129:
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
§ 1º Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV - aceleração de parto:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 2° Se resulta:
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Lesão leve caput do 129 – fica absorvida no caput do 213.
Art. 123 - § 2o Se da conduta resulta morte: 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
Se a vítima morrer de infarto por causa da conduta é caracterizado o estupro. Aqui implica na conduta visto que a morte por infarto só ocorreu porque foi anunciado o estupro. Ação Penal 
Lesão grave ou morte: as duas modalidades constituem crime praeter doloso pela corrente majoritária. Essa corrente entende que se estuprar e resolver matar são dois crimes.
Situação fazendo um paralelo com o latrocínio
Art. 157, § 3º: latrocínio:
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
Embora não tenha se consumado o crime sexual, à semelhança do que ocorre no latrocínio (crime praeter doloso) não se reconhece a tentativa. O meliante responderá pela pena prevista no resultado, não vale a diminuição. É uma tentativa de estupro, mas não é imputado pela tentativa.
Continuação: Estupro – art. 213
Art. 213: § 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.
§1º: qualificado pela idade da vítima = menor de 18e maior de 14.
Art. 226. A pena é aumentada:
I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; 
II – de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela; 
É Diferente do tipo do art. 217, aqui é com violência. Diferente do estupro de vulnerável.
Por que a lei dá uma maior proteção para quem tem essa faixa de idade? 
Os efeitos psicológicos são maiores para quem sofre um abuso sexual nessa faixa de idade.
Art. 226 – causa de aumento: é uma causa especial de aumento de pena (PROVA!!!)
I – 2 ou mais pessoas: não é necessário que essas pessoas que concorreram para o crime sejam identificadas. Ex.: vítima que sofre abuso por 3 homens, mas só identifica um, a qualificadora incidirá sobre o único encontrado. 
2 ou mais pessoas no entendimento majoritário = dentro da palavra concurso cabe tanto o autor quanto o partícipe, um na espreita e outro estupra, ambos concorreram de alguma forma.
II – relação de parentesco e autoridade: existe uma relação de parentesco o que é extremamente reprovável ou relação empregatícia. Jurisprudência: união estável – padrasto no âmbito familiar. 
Art. 234 – A – hipóteses de aumento especial: (PROVA???)
Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é aumentada: 
III - de metade, se do crime resultar gravidez; e
A culpa é manifesta. 
O aborto é permitido nesse caso = a Igreja católica não dá respaldo, mesmo nesse caso. 
IV - de um sexto até a metade, se o agente transmite à vitima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador. 
Contaminação de DST. No caso do HIV pode ser enquadrado na tentativa de homicídio ou homicídio qualificado.
Só haverá essa incidência se o agente sabe que tem a doença indica o dolo.
Deveria saber: indica dolo eventual.
Quando há incidência de duas ou mais causas de aumento, o juiz pode aumentar e aumentar, ou aumenta a que tem maior aumento (uma ou outra)? 
Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua.
Art. 68: quando as causa de aumento § único do 68 pode aumentar a causa que mais aumente.
Apesar de estar pode é obrigado ao juiz.
Ação Penal:
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação.
Regra: O promotor só pode oferecer a denúncia através da representação da vítima, é uma condição de procedibilidade. Se não tiver a representação da vítima decai a culpabilidade – 6 meses.
Art. 225. Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável.
Art. 29 – do CPP: será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
Art. 34: se o ofendido for menor de 21 anos e maior de 18, o direito de queixa poderá ser exercido por ele ou por seu representante legal.
Art. 39: o direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial.
Se a vítima é menor de 18 anos ela depende da representação, se o representante é o próprio abusador, se a companheira se nega a delatar, o MP não fica na dependência, ele pode iniciar a ação penal visto que é pública incondicionada. Nesse caso não precisa de representação. 
Se a vítima for menor de 18 ou se a pessoa for vulnerável na forma do 217– A:
Art. 101, CP, crime complexo: reunião de dois crimes – reúne várias figuras numa só:
A ação penal no crime complexo
Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério Público.
Súmula 608 do STF: no crime de estupro, praticado mediante violência real, a ação penal é pública incondicionada.
A lesão grave e a morte são crimes de ação penal pública incondicionada.
Nos termos do art. 101 – passam a ser de ação penal pública incondicionada. 
Estupro + Lesão Corporal Grave e/ou Estupro + Morte: em ambas as condutas é ação penal pública incondicionada. Sempre que tiver lesão, súmula 608 do STF – continua valendo apesar da alteração constante no p. único do 225. A súmula continua tendo plena eficácia.
Se cair um crime em que ocorreu lesão grave ou morte (advindas de outro crime) – a ação penal publica é incondicionada, plena aplicação da súmula 608.
Estupro de Vulnerável
Art. 217 – A: Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:
Objetividade Jurídica: é a proteção jurídica dos vulneráveis.
Esse artigo fala da presunção de violência do art. 224 – destaca a vulnerabilidade do menor, e que não tenha o necessário discernimento da prática sexual ou que pode oferecer resistência. 
Substituiu a presunção de violência que existia no art. 224 e transformou essa presunção de violência em um tipo penal. 
Aspectos importantes:
Não se exige violência ou grave ameaça.
A vulnerabilidade tem haver com a vítima ser menor de 14 anos.
Ter enfermidade ou deficiência mental ou qualquer outra causa que não possa oferecer resistência.
Art. 217 – A: 
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
Sujeito ativo: crime comum, qualquer pessoa;
Sujeito passivo: menor de 14 anos.
Menor de 14 anos que parecer ter mais – provar o erro de tipo: art. 20:
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
Para alguns doutrinadores é uma conduta proibitiva, o homem vai ter que ser precavido.
Tem caráter absoluto (norma proibitiva com a intenção de proteger o menor de 14 – proíbe qualquer conduta de caráter sexual com essa idade) ou relativo (admite prova em contrário, ou seja, presunção relativa dessa vulnerabilidade) a questão da idade de 14 anos?
Outros dizem que o tipo não presume nada.
Continuação: art. 217-A
Estupro de Vulnerável
Pode ocorrer:
* Ter conjunção carnal
* Praticar outro ato libidinoso
Causas de Vulnerabilidade
1. Menor de 14 anos (caput);
2. Enfermidade ou deficiência mental;
3. Qualquer causa – resistência.
Art. 217-A:
Estupro de Vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
Pessoas com Síndrome de Down são objeto de aproveitamento de inescrupulosos.
Pode ser homem ou mulher.
Qualquer causa – não pode oferecer resistência: em que ser uma causa que retire por completo a capacidade da pessoa de discernir o que está havendo. Dentro das causas podem ser enquadrados:
O uso de hipnóticos;
Boa noite cinderela;
Bebidas alcoólicas etc;
O sono pode ser utilizado se constituir uma patologia.
§§ 3º e 4º - formas qualificadas pelo resultado são semelhantes ao estupro com violência:§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: 
§ 4o Se da conduta resulta morte:
As formas qualificadas do art. 213 devem ser estudadas juntamente com as do art. 217-A porque são praticamente as mesmas: lesão corporal e morte.
Art. 226 e 234-A – aumento de pena, são causas ESPECIAIS (PROVA???) de aumento que também valem assim como as do art. 217-A:
Aumento de pena
Art. 226. A pena é aumentada:
I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; 
II – de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela; 
Aumento de pena
Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é aumentada: 
III - de metade, se do crime resultar gravidez; 
IV - de um sexto até a metade, se o agente transmite à vitima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador.
Art. 225, § único – Ação Penal:
Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável.
A ação cabível é a Ação penal pública Incondicionada. É utilizada tal ação com a finalidade de proteger o vulnerável ou menor de 18 anos, visto que o abuso pode ocorrer por parte do tutor ou representante legal.
Violação sexual mediante fraude
Violação sexual mediante fraude 
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima:
Art. 215 – Violação sexual mediante fraude: a palavra fraude é que faz a diferenciação com o estupro do art. 213 e do caracterizado pelo estupro de vulnerável do art. 217-A:
1) fraude significa o engano; a vítima é ilaqueada/enganada em sua boa fé e não percebe que está tendo a prática sexual ou ato libidinoso. O agente se utiliza do ardil;
2) hipóteses: 
* curandeiro que convence a cliente a se despir para expurgar o espírito;
* irmão gêmeo que se faz passar pelo outro para manter relação sexual com a cunhada;
* o médico que se aproveita do exame ginecológico para praticar ato libidinoso;
* o enfermeiro a pretexto de aplicar uma injeção se aproveita da paciente;
Consiste numa dificuldade relativa – a resistência é relativa. 
Causa que impede absolutamente de resistir é estupro de vulnerável (art. 217-A), mas se for uma resistência relativa (bebida alcoólica, garota levemente alcoolizada) é imputada a conduta do art. 215 (estupro mediante fraude).
§ único – multa cumulativa
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
Art. 216 – A: Assédio sexual
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.
Vantagem ou favorecimento sexual prevalecendo-se o agente de sua condição de superior hierárquico ou de ascendência em emprego de cargo, ou função.
§2o A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos.
É crime próprio: tem que ser superior hierárquico, não pode ser qualquer um. Sendo superior hierárquico ou ascendência é o poder que ele tem para constranger a vítima que traz ao núcleo do tipo. É essa posição que faz a diferenciação com o estupro do art. 213.
Crítica:
Doutrina: a doutrina critica a influência das normas americanas em nossa cultura visto que são muito diferentes. 
A lei “não pega” porque há uma resistência cultural.
No entanto, através de uma breve análise do histórico do projeto de lei é perceptível a importância da existência do tipo, principalmente em se tratando da chamada “mulher de chão de fábrica”. 
A mulher que se encontra em situação econômica desfavorável, que precisa do emprego, a própria empregada doméstica, muitas vezes, acaba se submetendo ao capricho de seu ascendente hierárquico para que este não “lhe aplique” sanções que prejudiquem sua vida profissional e com reflexos em sua vida pessoa. 
Exemplo: a empregada da fábrica que se submete porque tem medo que o patrão a troque de turno, essa mudança acarretaria muitos problemas pois sua jornada de trabalho é dupla e, muitas vezes, tripla.
Como o Direito Penal é a ultima ratio existem outras legislações que poderiam ser utilizadas para minimizar os efeitos:
Em sendo funcionário público – tem processo administrativo.
Âmbito privado – ação civil de reparação.
Mulher do chão de fábrica – âmbito trabalhista.
Ascendência inerente ao serviço de emprego, cargo ou função:
Professor: existe emprego mas, não há a ascendência necessária sobre a aluna que caracterize o tipo. “Cargo Afrodisíaco”.
Exemplo: vista de prova fora da faculdade – faculdades privadas. Não se caracteriza o tipo, ficaria no âmbito de um constrangimento ilegal ou injúria.
Espécies de Lenocínio de Vulnerável
Lenocínio: crime consistente em explorar, provocar o facilitar a prostituição.
Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
Lascívia: falta de pudor, luxúria, libertinagem, sensualidade excessiva, devassidão, obscenidade.
1. Alteração do tipo: Lei. 12.015/09: a redação anterior era bem diferente da redação atual. 
2. Objetividade Jurídica: lascívia = satisfação do desejo sexual. É a tutela da dignidade sexual do menor de 14 anos e de seu desenvolvimento sexual.
O jovem nessa idade, apesar de ter conhecimento das condutas sexuais, é muito imaturo. Até 14 anos o jovem não tem essa maturidade de discernimento, nessa idade está muito vulnerável a esse tipo de lenocínio, aí a necessidade da proteção jurídica.
3. Sujeito do crime:
Sujeito Ativo: crime comum – qualquer pessoa pode ser sujeito ativo: homem ou mulher.
Homem que induz à lascívia é conhecido como proxeneta ou rufião. É um intermediário do lenocínio.
Mulher é chamada de cafetina. É a dona do prostíbulo.
Sujeito Passivo: menor de 14 anos.
A prova da menoridade se faz com a certidão de nascimento ou documento de identidade.
Maior de 14 anos é outro tipo penal, outra figura de lenocínio: é a figura do art. 227 que segue:
Art. 227: Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem:
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 1o Se a vítima é maior de 14 (catorze) e menor de 18 (dezoito) anos, ou se o agente é seu ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de educação, de tratamento ou de guarda:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos.
4. Tipo Objetivo: INDUZIR: esse verbo significar levar à, incutir a idéia na vítima de satisfazer a lascívia de outrem.
Proxeneta - Indutor
				 
vítima (menor de 14 anos) irá satisfazer a lascívia de
					 
 outrem, terceiro
Satisfação da lascívia
Se houver contato físico, ao terceiro é imputado o estupro do art. 217-A:
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:
Se o terceiro só ficar olhando é conduta atípica. Voyer é a satisfação de ver, sem tocar. 
A jovem tira a roupa ou toma banho nua por indução do proxeneta, se mostra ao terceiro. Ao terceiro a conduta permanece atípica e, ao que induziu responde pelo crime ao art. 227, § 1º: 
§ 1o Se a vítima é maior de 14 (catorze) e menor de 18 (dezoito) anos, ou se o agente é seu ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de educação, de tratamento ou de guarda:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos.
Nesse crime a pessoa é determinada.
- Internet: através dela, o delito pode ser cometido. O proxeneta que induz a jovem a tirar a roupa e se mostrar na web cam à um terceiro.
- Art. 240 do ECA (Lei 8072/90):Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: 
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Sujeito Passivo: pode ser criança ou adolescente;
Os verbos são diferentes daqueles descrito no tipo do Código Penal;
Envolve cena de sexo explícito entre crianças ou adolescentes, é a produção de filmes em grande escala para pessoas indeterminadas. 
O criminoso produz para vender em grande escala. Em países como a Argentina e o Brasil existe esse tipo de produção. O pedófilo adquire esse material para satisfação própria. 
Essa norma especial também é uma forma de corrupção de menores – corromper = estragar.
Os pais, em alguns Estados do Brasil, levam às filhas à prostituição. “Festas” – pai e mãe que levam as filhas a isso.
Falta de padrão moral + problema econômico muito grande = prostituição em alguns Estados.
- Art. 244-B do ECA – Antes este artigo estava na L. 2.252/54
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 1o Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet.
* a idade é menor de 18 anos;
* infração penal = inclui todos os crimes, inclusive os crimes contra o patrimônio. Essa lei tenta afastar a utilização do menor para a prática de crimes.
5. Elemento Subjetivo
Dolo: vontade de induzir, não tem previsão da forma culposa.
Esse dolo reclama o fim especial de agir (dolo específico) é a satisfação da lascívia de outrem.
6. Consumação e tentativa:
O crime é material e o momento consumativo se dá com a prática de um ato idôneo da satisfação da lascívia.
(PROVA???) 7. Aumentos: a pena pode ser aumentada, conforme os arts. 226 e 234-A:
Aumento de pena
Art. 226. A pena é aumentada:
I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; 
II – de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela;
Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é aumentada: 
III - de metade, se do crime resultar gravidez; e 
IV - de um sexto até a metade, se o agente transmite à vitima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador.
8. Ação Penal Incondicionada nos termos do art. 225 – Parágrafo Único:
Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável.
PROBLEMA 1:
Antônio, mediante violência, constrange Maria a ter conjunção carnal:
a) suponha que Antônio não consiga introduzir totalmente o órgão sexual e nem ejacule, o crime é tentado ou consumado?
O crime consumado visto que foi utilizada a violência constante no art. 213 e, para a consumação da figura delitiva não é necessária a introdução total do órgão sexual na cavidade vaginal. A ejaculação tem grande valia para efeitos de prova.
b) suponha que da violência resulte lesão corporal de natureza grave, qual é o crime e qual é a ação penal cabível?
A conseqüência do crime de estupro é a lesão corporal de natureza grave, portanto, por conta da conduta é caracterizado o estupro do art. 213, §1º, é o estupro qualificado. Aqui implica na conduta visto que a lesão corporal de natureza grave só ocorreu porque foi consumado o crime de estupro.
Art. 213 - § 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:
Pena reclusão de 8 a 12 anos, estupro qualificado.
Art. 101, CP, crime complexo: reunião de dois crimes – reúne várias figuras numa só:
A ação penal no crime complexo
Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério Público.
Súmula 608 do STF: no crime de estupro, praticado mediante violência real, a ação penal é pública incondicionada.
A lesão grave e a morte são crimes de ação penal pública incondicionada.
Nos termos do art. 101 – passam a ser de ação penal pública incondicionada. 
Estupro + Lesão Corporal Grave e/ou Estupro + Morte: em ambas as condutas a ação cabível é a ação penal pública incondicionada. Sempre que tiver lesão, súmula 608 do STF – continua valendo apesar da alteração constante no p. único do 225. A súmula continua tendo plena eficácia.
O crime como um todo deve ser de ação pública incondicionada.
c) suponha que Antônio, depois da conjunção carnal, mate a vítima e, para garantir a sua impunidade enterre o corpo:
Serão imputados a Antonio os crimes:
O estupro:
Art. 213 caput: Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
Art. 121: homicídio qualificado pela conexão, §2 – V: se torna qualificado porque queria ocultar o crime do art. 213:
Homicídio qualificado
Art 121. Matar alguém:
§ 2° Se o homicídio é cometido:
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Art. 211: ocultou o cadáver.
Destruição, subtração ou ocultação de cadáver
Art. 211 - Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
Concurso Material - Art. 69: Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela.
Agravante do art. 61: São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
II - ter o agente cometido o crime:
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
Ex.: Maníaco do Parque.
Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente
Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
Considerações Gerais
A única diferença é estabelecer a relação deste tipo com outros. Uma grande diferença, é que este tipo está fora do contexto de prostituição.
Sujeito Passivo: é o menor de 14, é o vulnerável.
Mediação para servir a lascívia de outrem
Art. 227: Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem: (não é o indutor)
Pena - reclusão, de um a três anos.
Induzir a satisfazer a lascívia de outrem – está no capítulo do lenocínio para fins de prostituição ou outra forma de exploração sexual.
Objetividade Jurídica: é a tutela jurídica do desenvolvimento sexual do menor. 
Sujeitos do Crime:
Sujeito ativo: qualquer um, homem ou mulher. É quem pratica e quem induz o menor (é o autor). O terceiro que vai praticar a conjunção carnal ou outro ato libidinoso pode ser responsabilizado penalmente porque o tipo admite concurso de pessoas.
Sujeito passivo: é o menor de 14 anos. A prova da idade vem da Certidão de Nascimento ou Documento de Identidade.
Tipo Objetivo: praticar: é realizar, fazer outro ato libidinoso ou a conjunção carnal. Induzir é levar o menor a presenciar. Pode haver uma ou duas pessoas praticando e uma outra na indução. 
Os dois verbos pressupõem ação, são verbos comissivos. 
Mas o crime pode se realizar por omissão imprópria. Os pais ou os responsáveis,educadores, professores, profissionais têm o dever de cuidado, de impedir o resultado.
Quem tem o desvio de comportamento procura um meio onde pode realizar o resultado. Ex.: pedófilo, acaba trabalhando numa escola, onde vai ter acesso à crianças.
O que se questiona no caso contrato é se o menor é ou não é puro.
(PROVA???)
Presença ou induzir a presenciar: em princípio essa presença é física.
Pela internet: para o Greco, essa presença não precisa ser física. Pode ser posterior, através de uma gravação, por exemplo.
Mirabete: tem que ser no momento da realização da conjunção carnal ou do ato libidinoso. Não pode ser posterior. 
Elemento Subjetivo:
Dolo, é a vontade e a consciência de praticar ou induzir.
O dolo acompanhado de uma finalidade especial que é a satisfação da lascívia, prazer sexual.
Pai que toma banho com a filha: incumbe ao órgão de acusação demonstrar que houve o dolo, o pai tomou banho com a filha sem a intenção de satisfazer a lascívia. 
Consumação e Tentativa: o momento consumativo se dá com a prática do ato em que o menor presencia a conjunção carnal ou outro ato libidinoso.
Admite a tentativa – crime plurissubsistente: é aquele que exige mais de um ato para sua realização, ex. estelionato.
Pena e aumento (art. 226 e 234-A):
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando:
I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo;
A pena pode ser substituída pela pena restritiva de direitos. Cabe a substituição da pena privativa liberdade por pena restritiva de direitos, visto que é tipo penal que não foi cometido com violência ou grave ameaça + pena menor que 4 anos. 
Se a pena se mostrar inadequada no sentido de prevenção do crime o juiz pode não substituir. 
Cabe as causas de aumento de pena previstas nos artigos art. 226 e art. 342-A:
Art. 226. A pena é aumentada:
I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; 
Ação Penal Pública Incondicionada
PROBLEMA 1:
O Juiz condenou o réu dando-o por duas vezes incurso no art. 213 do CP, porque na mesma data e contra a mesma vítima a constrangeu, primeiro, a conjunção carnal, e em seguida ao coito anal. O magistrado considerou dois crimes em concurso material e somou as penas que totalizaram 12 anos (6 anos para cada crime). Apresente a tese subsidiária para atenuar a pena:
Primeira Corrente: é um tipo penal misto alternativo: 
Guilherme Souza Nucci, Damásio, Rogério Greco e André Estefam.
Para essa corrente o tipo possui núcleos, quais sejam, a conjunção carnal e o ato libidinoso, que ofendem o mesmo bem jurídico. Se o agente, no mesmo contexto e contra a mesma vítima praticar duas ações considera-se crime único. Um dos argumentos para se adotar a categoria de tipo misto alternativo é que os dois comportamentos – os dois núcleos de conjunção carnal e ato libidinoso – são formas diferentes de ofender o mesmo bem jurídico. 
Para a tese subsidiária deve se adotar que é crime único porque é um mesmo bem jurídico tutelado.
PROBLEMA 2:
Suponha que o réu no dia 1º de março, mediante violência física, constrangeu Maria a ter com ele conjunção carnal. O mesmo réu, mediante violência, no dia 5º de março constrangeu Benedita a permitir que com ele praticasse outro ato libidinoso. O réu nas duas ocasiões aproveitou-se da passagem das vítimas por um local ermo e escuro, altas horas da noite. O juiz condenou o réu em concurso material por 2 crimes na forma do art. 213. Apresente-se a tese defensiva para atenuar a pena:
A tese defensiva é que cabe crime continuado porque são crimes da mesma espécie. Mesmas condições de tempo, mesmo modo de agir, mesma condições de continuidade. A tese para diminuir a pena é de crime continuado.
PROBLEMA 3:
Antônio, maior de idade, durante o namoro com Maria manteve com ela, uma vez, conjunção carnal consentida. Na época dos fatos Maria contava com 13 anos – 11 meses e 20 dias. 
Antônio cometeu algum crime? 
Sim, estupro de vulnerável porque ela tinha menos de 14 anos.
Qual é a tese para lograr a absolvição de Antônio?
Tese 1: Erro de tipo – erro sobre a idade – falsa percepção da idade da vítima.
Tese 2: Boa parte dos autores (Nucci): não é uma norma proibitiva, tem um caráter relativo. Dará à norma um caráter relativo.
PROBLEMA 4: 
Antônio e Benedita, casal portador de síndrome de down, na faixa de 30 anos, começaram a namorar a contra gosto da família e mantiveram relações sexuais de correndo gravidez. Pelo laudo Antônio é portador de síndrome leve, de modo que não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato, enquanto que Benedita não tem o necessário discernimento para a prática do ato sexual. Antônio cometeu crime?
Art. 217- § 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
Causa de aumento de pena decorrente da gravidez: 
Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é aumentada: 
III - de metade, se do crime resultar gravidez; e
Antônio é semi imputável mas ainda está sujeito às penas do estupro. 
Ação penal pública incondicionada.
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.
Verbos: 
Submeter: sujeitar a vítima à prostituição ou exploração sexual;
Induzir: levar;
Atrair: a vítima terá uma compensação, seduzir com uma vantagem pessoal. Ex.: praticando o ato conseguirá um emprego de modelo.
Ainda não está na situação de exploração nos verbos submeter, atrair.
Facilitar: o agente vai proporcionar os meios para o vulnerável se prostituir ou ser explorado; 
Impedir: não permitir que a pessoa saia; obstáculos físicos que a impeçam de sair, cárcere privado. Ex.: situação de dívida, levar o prostíbulo para um local de difícil fuga.
Dificultar: colocação de obstáculo. Ex.: reter o documento.
Já está na situação de exploração nos verbos facilitar, impedir ou dificultar.
Tipo Penal: favorecimento de prostituição, o tipo penal condena o lenocínio. A prostituição também é uma forma de exploração sexual. O que é punível é a exploração da prostituição e não a prostituição em si.
Formas de exploração: turismo sexual, pornografia e o tráfico para fins sexuais.
Objetividade Jurídica: é a dignidade sexual do vulnerável.
Sujeitos Ativos: qualquer pessoa.
Show de streaptease ou produção pornográfica: é considerado crime.
Só admite a forma dolosa. Basta a vontade e a consciência de realizar um dos seis verbos.
Considerando o tipo penal como misto alternativo: responderá por crime único. Praticando um mais verbos do tipo responderá por somente um único crime.
Exige um fim especial de agir “caput”? Segundo o tipo penal, não tem fim especial de agir.
Consumação e Tentativa: 
Submeter, induzir ou atrair: são crimes instantâneos, e seu momento consumativo se dá com a exploração sexual;
Facilitar, impedir ou dificultar: possibilidades que ocorrem somente se a vítima quiser sair, relaciona-se à vontade da vítima em sair. Pode impedir ou dificultar sua saída, ou ainda, facilitar para que continue se prostituindo. 
Tentativa – discussão doutrinária:
Greco: a tentativa é possível porque o fracionamento da conduta é possível (crime plurissubsistente);
Nucci: não cabe tentativa porque a exploração sexual/prostituição é um delito que exige a habitualidade. Exploração pressupõe uma habitualidade, se for um encontro só não caracterizao tipo. 
No caso de impedir: estando na situação de exploração, há a possibilidade de se impedir a saída.
§1o Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. 
§ 2o Incorre nas mesmas penas: 
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo; 
Sujeito ativo: é aquele que pratica a conjunção carnal ou outro ato libidinoso com o menor de 18 e maior de 14. Se for menor de 14 anos é estupro de vulnerável.
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo. 
Local onde se explora a prostituição, prostíbulo, pode ser uma casa de massagem.
Sujeito Ativo: é o proprietário.
Proprietário: só responde se tiver ciência que seu imóvel foi locado para fins de exploração sexual; Ex.: recebe uma proposta de valor além do comum e não tem como desconfiar que esse valor está fora do mercado, se não souber, não é imputado a conduta descrita no inc. II. Responsabilidade Penal Objetiva. 
§ 3o Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento. 
Efeito obrigatório: se houver licença da prefeitura para funcionamento, a licença é cassada, mas como efeito da condenação, precisa haver o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. É pouco provável que seja aplicado. 
Forças Tarefas: é a repressão conjunta – Prefeitura, Órgãos Estaduais, Receita Federal. Os outros órgãos (que não a polícia) trabalhando juntos com a polícia visando uma medida cautelar eficiente. Fechar uma casa de prostituição por falta de alvará de funcionamento pode ser uma medida mais eficaz do que recorrer ao Direito Penal. 
Exemplo: em época de F1 foi proibida a divulgação com outdoors fazendo menção à locais de prostituição “disfarçada”. A proibição não irá acabar com a prostituição, mas esse tipo de anúncio mancha a imagem do país.
(PROVA???) Estudar o capítulo I e II juntos para efeitos De comparação.
Aqui também são aplicadas as causas de aumento de pena, previstas no 226 e no 234-A:
Aumento de pena
Art. 226. A pena é aumentada:
I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; 
II – de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela;
Aumento de pena 
Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é aumentada: 
III - de metade, se do crime resultar gravidez; e 
IV - de um sexto até a metade, se o agente transmite à vitima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador.
Ação Penal Pública Incondicionada
Diferença entre o vulnerável – comparando com o 218-B:
Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone: 
- não é vulnerável, esse tipo refere-se ao maior de idade: homem ou mulher;
- não tem o verbo submeter – e se falasse seria sujeição de adulto, somente o vulnerável é que é submetido. O adulto tem liberdade de escolha;
§ 2º - Se o crime, é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, além da pena correspondente à violência.
Forma qualificadora. Coagir é diferente de submeter: coação dá idéia de violência. A coação foi prevista no §2º pelo legislador.
Fraude: promete-se um emprego de modelo e acaba sendo explorada sexualmente.
Geralmente a prostituta tem quem a proteja (rufião).
Ação penal pública Condicionada
As causas de aumento de pena também se aplicam art. 226 e art. 234-A:
Tráfico internacional de pessoa para fim de exploração sexual
Tráfico interno de pessoa para fim de exploração sexual 
Estudados em conjunto – Arts. 231 e 231-A: 
Tráfico internacional de pessoa para fim de exploração sexual
Art. 231:
Vindo de fora;
 
A repressão é da polícia federal;
O crime é mais grave internacionalmente falando;
Objetividade Jurídica: Dignidade da pessoa humana que é levada à essa exploração sexual;
Sujeito ativo: qualquer pessoa; é o empresário do sexo: agenciamento, compra as passagens, convida a pessoa à participar.
Sujeito Passivo: alguém, qualquer pessoa de qualquer sexo;
Tipo Objetivo: Promover= executar, facilitar = tornar fácil. A ações nucleares tem o objetivo de fazer entrar e sair do território. No entanto, o país pode reprimir o tráfico que somente “passa” - Art. 6º - o tráfico de passagem é considerado assim no Brasil (análogo ao tráfico de drogas);
Consentimento do ofendido é Irrelevante penalmente;
Forma dolosa: consciência de realizar as duas condutas tipificadas, ele reclama à exploração sexual;
Consumação e Tentativa
Entendimento majoritário é que o crime se consuma com a entrada ou saída do território brasileiro – dispensa o ato sexual, ato de prostituição. É um crime formal, apesar de ser formal, admite a tentativa. A minoria afirma que o crime é material, exigem a prática do ato sexual. 
Tráfico interno de pessoa para fim de exploração sexual 
Art. 231-A
A repressão é da polícia Estadual;
Objetividade Jurídica: Dignidade da pessoa humana que é levada à essa exploração sexual;
Sujeito ativo: qualquer pessoa; é o empresário do sexo: agenciamento, compra as passagens, convida a pessoa à participar;
Sujeito Passivo: alguém, qualquer pessoa de qualquer sexo;
Dados Estatísticos:
Estimativa da ONU – 2 milhões e meio de pessoas são vítimas desse tipo de tráfico, por ano;
Gera 32 bilhões de dólares. Ligado também a comércio de armas e de drogas;
A ONU estabelece convenções e os países ratificam com a finalidade de reprimir. O Brasil é signatário. Até 2009 a nossa legislação era mais acanhada, mas com a assinatura da convenção, houve uma modificação na legislação interna. O CP está se adequado às convenções, ou seja, nossa legislação está avançada.
Art. 231. Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele venha a exercer a prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de alguém que vá exercê-la no estrangeiro. 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. 
A repressão é tanto para a saída quanto para a entrada da prostituição ou exploração sexual.
§ 1o Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la. 
Formas equiparadas, 6 verbos:
Agenciar = gerenciar;
Aliciar = atrair;
Comprar = 
Vender (art. 231-A) = 
Transportar = 
Transferir = levar de um lugar para outro;
Alojar = abrigar;
§ 2o A pena é aumentada da metade se: 
I - a vítima é menor de 18 (dezoito) anos;
Vítima altamente influenciável, o ganho fácil no caso da prostituição.
II - a vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato;
III - se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; ou 
Aumenta a pena pela metade – porque conduz a outra para exploração sexual – é a pessoa que tem relação de parentesco leva ao agenciador – “lenocínio familiar” – reprimir pais e mães que levam as filhas ao lenocínio – certas regiões brasileiras; pessoas que têm poder de influência ou autoridade sobre a vítima.
Família muito pobre, propicia a ocorrência dessa situação. 
IV - há emprego de violência, grave ameaça ou fraude. 
Geralmente ocorre com o consentimento da pessoa. A violência vem através de seqüestro. Fraude é comum porque pode ser feita uma promessa pra a pessoa trabalhar como modelo e quando chegam a realidade é outra,não é consentimento, portanto, são enganadas.
§ 3o Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa;
Finalidade de obter vantagem econômica.
Tráfico interno de pessoa para fim de exploração sexual 
Art. 231-A. Promover ou facilitar o deslocamento de alguém dentro do território nacional para o exercício da prostituição ou outra forma de exploração sexual: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
§ 1o Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar, vender ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la. 
§ 2o A pena é aumentada da metade se: 
I - a vítima é menor de 18 (dezoito) anos; 
II - a vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato; 
III - se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; ou 
IV - há emprego de violência, grave ameaça ou fraude
§ 3o Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
Art. 232 - (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
Aplica-se as causas de aumento de pena do art. 226 e do art. 234-A nos crimes em estudo?
Não se aplica porque o artigo 226 está no capítulo anterior.
Já no art. 234-A pode ser aplicada porque está dentro das disposições gerais – posicionamento geográfico do tipo.
Comparação:
No 231-A tem o verbo vender que não tem no 231;
As causas de aumento são as mesmas;
Problema:
Suponha que Wanda, no Brasil, seja proprietária de agência de modelos. Recebe em sua agência André e Maria, os quais desejam trabalhar como modelos na Espanha. Ambos são contratados com a promessa de emprego e elevado salário. Coube à Lívia, sabedora de toda a situação de traficância, o transporte do Brasil até a Espanha. Na Espanha quem recebe o casal é Russo, que passa a manter o casal, contra a vontade, em cativeiro. Mediante ameaça de Russo ambos passam a se prostituir. Maria tem 17 anos e André 22. Determine a situação de cada um:
Wanda: art. 231 - §1º - §2 – I e IV receberia dinheiro vantagem econômica - também há pena de multa cumulada com a pena de reclusão – as causas de aumento são aplicadas, o juiz pode aplicar uma pena maior porque é a “cabeça”.
Lívia: coube transportar – art. 231 - §1º; também há pena de multa cumulada com a pena de reclusão – as causas de aumento são aplicadas.
Russo: art. 231 - §2, IV – pode ser imputado pela conduta mesmo sendo praticada fora, porque produziu o resultado lá, mas, para ser punido tem que ser extraditado.
Mulher, com mais de 18 anos de idade, pela internet leiloa sua virgindade, por um certo valor. Determinada agência é contratada para que o ato sexual se consuma fora do Brasil. Pergunta: dentre os crimes estudados a mulher e o dono da agência podem ser responsabilizados? 
Sabemos que o consentimento é indiferente, no entanto, leiloar é ou não fato típico? 
Art. 231 “caput” e §3º - multa.
Art. 267 – Epidemia
Art. 269 – Omissão de notificação de Doença
Crime cometido por médico. Omissivo Próprio.
Omitir a meningite, doença de notificação compulsória.
Norma penal em branco – estão em lei especial e não no Código Penal, há um rol de doenças que exigem a notificação compulsória.
Art. 273 – Lei dos Remédios
Crime Contra a Saúde Pública
É um bem jurídico importante.
Os crimes mais comuns – tráfico de drogas e uso de drogas.
Microvilar – Androcur
Delito de perigo abstrato = dispensa a comprovação do perigo.
É crime e é crime hediondo.
Tem que ser demonstrado a nocividade do remédio para a Saúde Pública.
A pena mínima é maior do que de homicídio.
Inicia em regime fechado.
Inafiançável, graça, indulto e anistia.
Livramento condicional = cumprir 2/3 da pena.
Prisão de temporária de no mínimo 30 dias, prorrogável por mais 30.
Falsificar caput...
Objeto Material: produto destinado ao fim medicinal;
Falsificar: tornar verdadeiro o que não é. Ex.: tem que ser falso e ser nocivo à saúde, microvilar;
Adulterar: significa deturpar o produto, sujeito ativo é geralmente o fabricante;
Corromper: tem sentido de estragar, infectar.
Alterar: significa modificar.
(PROVA???) Se for tipo misto alternativo: a conseqüência é que é crime único.
Objeto matéria: produto destinado à fins terapêuticos ou medicinais: produto que tem fim curativo.
Ex.: em vez de usar álcool, usava água destilada, o que causava mal à saúde; na produção do remédio se exigia o emprego de um açúcar branco, mas na produção utilizava um xarope marrom. 
Tem que ser nocivo à saúde.
§1º:
Importa: trazer par ao Brasil
Vender;
Expor: exibir a venda;
Ter em depósito para vender: armazenar;
Até mesmo aquele que entrega: ex. motoboy.
Inc. a):
Medicamento: é o produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com a finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico;
Matérias primas: é o essencial de algo, importantíssimo, substâncias empregadas na fabricação do medicamento;
Insumo farmacêutico: é o produto complementar;
Cosméticos: serve para embelezar a pessoa;
Saneantes: materiais de limpeza, desinfetante;
Uso em diagnósticos: 
Vacina vencida: o fato de estar vencida não caracteriza que foi a causa do resultado.
b)
I. era uma norma administrativa – órgão é o Ministério da Saúde. Basta que não seja registrado é transformado em crime. É uma norma indutora da corrupção. 
II. comercializa um produto em desacordo com o que foi registrado no Ministério da Saúde. 
III. o produto não corresponde exatamente àquele que foi autorizado pelo governo, gato por lebre;
IV – V – VI – anabolizantes, adolescentes – quer ficar como quem já está lá – toma anabolizante. Citotec – remédio abortivo. 
Elemento subjetivo: dolo, vontade de realizar as condutas mais a consciência de que aquele produto é nocivo à saúde;
§2º - modalidade culposa – não é hedionda. 
Consumação e Tentativa (PROVA???) 
Crime de perigo, dispensa a produção de resultado, mas se ocorrer o resultado:
Morte
Art. 285: manda ir ao 258
Art. 258:
Lesão grave: aumenta a pena de metade; perde o rim.
Resulta morte: pena aplicada em dobro.
Culposo: responderá na forma culposa do crime em estudo, mas em concurso material com a pena do homicídio culposo aumentada de um terço, ou seja, art. 121, §3º - 
Consumação
Crime de perigo abstrato, dispensa a comprovação do perigo.
Defesa: sustentar que o crime só pode ser de perigo concreto. Embora a natureza jurídica seja de perigo abstrato, pela quantidade de pena, a demonstração do perigo deve existir. Miguel Reale Junior – sustentou a inconstitucionalidade visto que a pena é muito grande.
Pena tida como desproporcional, ao cominar essas margens penais não observou o excesso.
Lei 11.343 – Lei de Drogas
Compartilhamento de droga
Art. 33: traficante comum, a pena varia de 3 a 5 anos. 
Art. 273 – lei dos remédios, a pena começa em 10, o dobro. 
STJ – por ser essa pena desproporcional o juiz condena do 273, só que ao aplicar a pena, aplica a pena da lei de drogas, por considerar a pena da lei de remédios desproporcional. Adota o princípio de proporcionalidade adequada.
Art. 35:
Art. 36 – é a maior pena para a traficância, quem financia o tráfico.
Competência: a competência da justiça federal ela se firma se existir o interesse da União na internacionalidade do delito. Só se tiver caráter internacional compete à Justiça Federal, de resto, a competência é da Justiça Estadual.
Dos crimes contra a paz pública
Quadrilha ou bando
Art. 288 - Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim de cometer crimes:
Pena - reclusão, de um a três anos. 
Parágrafo único - A pena aplica-se em dobro, se a quadrilha ou bando é armado.
Os crimes desse capítulosão crimes de perigo abstrato.
Desde Roma era grande a preocupação com os bandos, grupo permanente de criminosos que se união para cometer crimes.
Objeto Jurídica: é a paz pública, quando sabemos que há um grupo unido querendo perturbar há uma inquietação social;
Verbo: reunir, ajuntar, associar com idéia de reunir;
Definição: entende-se por quadrilha ou bando a associação estável e permanente para o fim de praticar crimes. A nota distintiva é a idéia de estabilidade, é o que diferencia do concurso de pessoas que é eventual.
Tipo penal: mais de 3 pessoas, no mínimo 4 pessoas, inclui-se os inimputáveis, esse inimputável soma-se na contagem dos quatro, no entanto, não responde por nenhum delito – menor = ato infracional.
Ponto característico: tem um fim específico que é cometer crimes. Há um certo programa delinquencial. 
Crime: interpretação restritiva, não cabe contravenção penal. 
Ex.: exploração de jogo de azar – não dá para caracterizar porque o tipo diz contravenção para crime e não para contravenção penal.
Deve haver a estabilidade e permanência.
Sujeito ativo: crime comum.
Sujeito passivo: 
É crime permanente, e, por isso, mesmo aquele que integrar a quadrilha depois, será responsabilizado pelo crime. Mesmo que integrar posteriormente o grupo criminoso responde porque o crime é permanente.
Ex.: em março é quadrilha e o homicídio – em abril entra um terceiro, ele responde só pelo crime da quadrilha e não o de homicídio.
Aspecto processual relevante: o promotor consegue identificar apenas dois e não os outros dois, mesmo que não sejam identificados todos os integrantes da quadrilha o crime estará caracterizado.
Sujeito Passivo: é a coletividade. É o crime vago.
Tipo subjetivo: o dolo é a vontade e a consciência de se associar. Reclama o fim especial de agir que é cometer crimes do tipo. Tem que ser mais de um crime. 
Ex.: dos sem terra que invadiram para fins políticos, não é criminoso, por isso que não foi imputado o art. 288.
Consumação e Tentativa: os crimes para os quais se associaram não precisam ser cometidos. Mesmo que não pratiquem os crimes praticados, o art. 288 estará consumado visto que se uniram com essa finalidade.
Não cabe tentativa porque é formal e permanente.
Ex.: um grupo grande onde uma parte comete o crime A e outra pelo crime B haverá o crime do art. 288.
No crime de furto e no crime de roubo o fato de existir o concurso de pessoas 
No furto é qualificadora, art. 155 - §4º:
Até 3 pessoas é a qualificadora. 
Praticado por 4 pessoas – afasta a incidência do art. 288.
Primeira Corrente
Advogado
bis in idem: dupla incidência de uma mesma circunstância, será aplicada somente a causa de aumento e afastado o art. 288.
Promotor
Para cumular: violam bens jurídicos diversos, portanto, devem ser cumulados. Art. 288 + os crimes contra o patrimônio.
No roubo é causa de aumento de pena, art. 157, §2º:
Se há o concurso de 2 ou mais pessoas é causa de aumento. 
Praticado por 4 pessoas – afasta a incidência do art. 288.
Segunda Corrente
Advogado
bis in idem: dupla incidência de uma mesma circunstância, será aplicada somente a causa de aumento e afastado o art. 288.
Promotor 
Para cumular: violam bens jurídicos diversos, portanto, devem ser cumulados. Art. 288 + os crimes contra o patrimônio.
No caso de roubo mediante extorsão é autorizado pelo legislador o bis in idem.
Agravante: quadrilha ou bando armado. A idéia que o artigo dá é que todos estejam armados. Para tentar afastar o aumento de pena do parágrafo único, o defensor pode alegar que apenas um da quadrilha estava armado. 
Lei de Crimes Hediondos – 8072/90
Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo.
A pena do Código Penal será modificada.
Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços. Delação Premiada: somente em crimes não violentos.
Lei 9034/95 – “crime organizado”
Ementa: 
Art. 1º: 
organização ou associação criminosa: não há definição legal, a base do entendimento é que uma organização criminosa tem que partir do art. 288 do CP, porém, mais sofisticada.
Características da organização criminosa:
Acúmulo de riquezas que nem sempre está presente do art. 288;
Há uma estrutura hierárquica piramidal, vertical. Essa verticalizada implica que, quem está na base não conheça quem está no ápice; aquele que está no topo da pirâmide não pratica o ato, mas tem controle sobre as ações dos demais;
Há um planejamento empresarial, significa que é mais sofisticado. É um grande negócio. Ex.: escritórios de fachada para fazer a lavagem de dinheiro. Crimes mais intelectuais (a massa não toma conhecimento) porque não há violência, no entanto, fazem circular grande quantidade de capital, fazem isso através da lavagem de dinheiro. Ex.: armas, obras de arte, tráfico humano.
Convenção de Palermo: cidade na Sicília, é o berço da máfia. Convenção ratificada no Brasil grupo estruturado de 3 ou mais pessoas, por essa convenção bastam 3. A diferença é quantidade de pessoas. 
Lei 11.343/06 – art. 35 (droga)
Art. 35: associação para o tráfico – ponto de distinção:
Diferença entre esse crime e o do art. 288:
Quantidade;
Reiteradamente os crimes de tráfico, associação para o tráfico e para o uso, não exige a estabilidade que é exigida no art. 288. 
Lei 12.694/12 – Processo e Julgamento.
O juiz natural convoca mais 3 de modo que não sejam identificados, é para proteger os juízes.
Art. 2º: conceito de organização criminosa: associação de 3 ou mais pessoas. 
É o início da definição de organização criminosa que apesar de ser específico para essa lei, já dá um ponto inicial para a definição.
Crimes contra a fé pública
Crença de veracidade sobre os documentos públicos.
Ofende a economia do país.
Conceito e Objetividade
Moeda Falsa
Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro:
Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa.
Moeda Falsa ou papel moeda.
Curso moeda: quer dizer que a moeda ou o papel são aceitos, tem trânsito no país. Só cabe esse crime se for moeda no caso do Brasil é o Real. No caso de colecionador que adultera há o estelionato, o estelionatário vende uma moeda que, apesar de não estar mais em uso, é falsa.
1- Tipo:
a) por fabricação: falsificação total. Galvanoplastia ou fusão. A moeda em sim tem pouco valor, a maior valoração vem no papel moeda. A tinta e o papel tem que ser muito parecido com o original.
b) por alteração: há uma modificação da moeda ou do papel original, é por acréscimo de algarismos, através da raspadura, acrescenta algarismo.
Em ambas as modalidades é necessária a perícia.
Objeto Material:
a) moeda metálica (disco)
b) papel moeda (cédula)
“TRAVELLER CHEQUE” (cheque viagem)?
Pode ser falsificado. Na face do cheque vem escrito o valor, pode ser falsificado, mas, cabe no art. 289? Ou configura o 297 ou configura o 299 que é falsidade ideológica. Não está no tipo do art. 289, portanto, não é cabível as hipóteses do art. 289.
2 - Consumação e tentativa – Crime Impossível (art. 17)
O momento consumativo se dá quando a moeda ou papel moeda reunirem condições de serem colocados em circulação. O tipo penal não exige que sejam colocados em circulação. 
Exaurimento é com o falsificador – o papel ou moeda estando acabados já temos o crime, não é obrigatório colocar em circulação.
É possível a tentativa porque o crime é material. 
Ex.: moedas aguardavam a secagem das tintas, não reuniam ainda as condições adequadas, mas estavam em processo de falsificação dá para fracionar o iter criminis, ou seja, já cabe à tentativa.
Petrechos para falsificação de moeda

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