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C onselho Federal da OAB Presidente V ice-Presidente Secretário-Geral Secretário-Geral A djun to Tesoureiro Reginaldo O scar de Castro U rbano Vitalino de Melo Filho M arcelo G uim arães da Rocha e Silva Carlos A ugusto Tork de Oliveira R oberto A ntôn io Busato Com issão de aco m p an h am en to d a Reform a do Judiciário: Presidente C oordenador M em bros C olaboradores Reginaldo O scar de Castro Sérgio Ferraz A da Pelegrini G rinover A ntôn io N abor Areias Bulhões José E duardo Rangel A lckm im R oberto de Figueiredo Caldas C árm em Lúcia A ntunes Rocha Marcello A ugusto D iniz C erqueira M arcelo Fausto Figueiredo Santos M arcelo H enriques Ribeiro d e Oliveira Paulo Lopo Saraiva Ivon Ives C oelho C am p in h o ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL CONSELHO FEDERAL A OAB E A REFORMA DO JUDICIÁRIO Brasília, DF - 1 999 © O rd e m dos Advogados do Brasil Conselho Federal, 1999 Distribuidor: Centro de Documentação e Informação do Conselho Federal da OAB Setor de Autarquias Sul - Q. 5 - Lote 2 - BI. N - Sobreloja Brasília - DF CEP 7 00 7 0 -0 0 0 Fones: (061) 316-9631 e 3 1 6 -9 6 0 5 Fax: (0 6 1 ) 316 -9 63 2 e-mail: webmaster@oab.org.br Tiragem: 1 .500 exemplares FICHA CATALOGRÁFICA Ordem dos Advogados do Brasil. Conselho Federal. A OAB e a Reforma do Judiciário. - Brasília : OAB, Conselho Federal, 1999. 50p. 1. Reforma Judiciária - Proposta. I. Título. CDD: 341.256 GDI/CF - OAB/Luiz Carlos Maroclo A OAB E A REFORMA DO JUDICIÁRIO R eto m an d o in ic ia tiva de 1997 , a OAB red iscu tiu , d e p o is d e a m p lo e ab ran g en te deba te , su a p ro p o s ta d e R eform a d o Ju d ic iá r io q u e , ap ro v ad a em reu n ião rea lizada em M aceió, n o d ia 2 4 d e ab ril des te ano , foi levada em ca rá te r oficial à C om issão E special d a C âm ara d o s D ep u ta d o s , a través de d e p o im e n to p a ra o qua l fui co n v id ad o , n a q u a lid a d e d e p re s id en te do C o n se lh o F edera l d a en tidade . A p ro p o s ta d e e m e n d a co n s titu c io n a l co n sta , su m a r ia m e n te , d e três artigos. 0 p r im e iro acrescen ta ao art. 5° d o tex to em vigor, q u e tra ta dos D ireitos e G aran tias Ind iv idua is , três inc isos q u e tê m p o r ob je tivo am p lia r as garan tias co n stitu c io n a is q u e assegurem a ce le rid ad e d o s p rocessos ju d ic ia is e adm in is tra tivos , d e rro g a r p re rroga tivas p ro cessu a is d as pessoas ju r íd ica s de d ire ito p ú b lico in te rn o e v e d a r a ed ição de q u a lq u e r n o rm a ju r íd ic a te n d e n te a im p e d ir ou lim ita r o d e fe rim en to de m e d id a s cau te lares, lim inares o u an tec ipa tó ria s , in co m p atív e is c o m o e s tad o de direito . 0 s e g u n d o a rtigo re fo rm u la to d o o cap ítu lo 111 d o títu lo IV d a C onstitu ição , q u e tra ta do P o d e r Ju d ic iá r io e c o n s titu i a p a r te su b s tan tiv a da p ro p o s ta , a lte ran d o -se os arts. 92 a 125 d o tex to co n s titu c io n a l e su p r im in d o -se o s q u e in teg ram a Seção VII que tra ta d a Ju s t iç a Militar. 0 terceiro , p o r fim, acrescen ta três d ispositivos ao A to das D isposições C o n stitu c io n a is T ransitórias, co m vistas a a d a p ta r as ino v açõ es sugeridas ao tex to constituc iona l. São eles os q u e d e te rm in a m q u e os a tu a is m in is tro s do STF passam a in teg ra r a C o rte C o n stitu c io n a l p ro p o s ta pe la OAB, o que prescreve o ap ro v e itam en to d o s a tu a is m in is tro s d o TST n o STJ e o que p revê q u e as leis co m p le m e n ta re s e o rd in á ria s d e c o rre n te s d a re fo rm a deverão se r e lab o rad as n o p razo de 180 d ias a c o n ta r d a ap rovação da em enda. N a e s tru tu ra d o P o d e r Ju d ic iá r io , co n te m p la m -se q u a tro in icia tivas que a O rd e m co n s id e ro u essenciais. T ransfo rm a o S u p re m o T ribuna l Federal em C orte C onstituc iona l, seg u in d o -se nes te caso a te n d ê n c ia o b se rv ad a n as C on stitu içõ es p ro m u lg a d a s d e p o is d a se g u n d a g u e rra m u n d ia l , d e q u e são A OAB E A REFORMA D O J U D I C l^ iO e x e m p lo s , as d a Itá lia , F ra n ç a , P o r tu g a l e E sp a n h a , a lém d a Lei F u n d a m e n ta l d e B onn, d a an tiga R epúb lica F edera l d a A lem anha . Institu i 0 C o n se lh o Federa l e os C onse lhos E stad u a is d e C on tro le A dm in is tra tivo do P o d e r Jud ic iá rio , c ircunscrevendo-se a ó rb ita d e suas a tr ib u içõ es sem ferir a in d e p e n d ê n c ia do Ju d ic iá r io e, f ina lm ente , a lém de assegurar às pessoas, ressalvadas as de d ire ito p ú b lic o q u e in teg rem a adm in is tração p ú b lica , o d ire ito d e o p ta rem pe lo ju íz o a rb itra i, se prevê a ch am ad a "quaren tena" de do is an o s dos q u e te n h a m o c u p a d o cargos d e con fiança na U nião , E stados, M unic íp io s e D istrito Federa l, n o s C o n se lh o s d a OAB e no M in is té rio P úb lico , n o s casos de des ig n ação p a ra ó rgãos do P o d e r Jud ic iá rio . 0 art. 93 , q u e é em su a m a io r p a r te re fo rm u lad o , c u id a d o s aspectos p ro g ram á tico s e das d ire tr izes a q u e d eve o b e d e c e r o E s ta tu to da M agistra tu ra , in c lu in d o as que tra tam d a ce le rid ad e d o s a to s ju d ic ia is e da observânc ia d o s p razos p rocessuais, a lém das in co m p a tib il id ad es d o s m ag istrados. Para d isc ip lina r a ind icação d o q u in to co n stitu c io n a l, o artigo segu in te su b s titu i as a tuais listas sêx tu p las p o r ind icaçóes u n in o m in a is e es tabelece p razo de v in te d ias p a ra a respec tiva nom eação . 0 art. 95 re fo rm u la as garan tias d a m ag is tra tu ra , d is p o n d o o art. 9 6 sob re as co m p e tên c ias d a C o rte C o n stitu c io n a l, d o s T ribunais Superio res , dos T ribunais d e Justiça e d o s C o n se lh o s F edera l e E stadua l de C ontro le A dm in is tra tivo d o P o d e r Jud ic iário . N o art. 98 , q u e tra ta d o s ju iz a d o s especia is e d a ju s t iç a de paz, se prevê a c riação de ju iz a d o s sim ilares no âm b ito d a Ju s tiç a Federa l, d a Ju s tiça do T rabalho e n a d o D istrito Federa l e Territórios. A grave e desafiadora q ues tão d o s c réd ito s d eco rren tes de dec isões ju d ic ia is , tan to os de n a tu re z a alim entíc ia , q u a n to os dem ais , está am p la e a d e q u a d a m e n te tra tad a n o art. 100, p rev en d o -se n ão só a poss ib ilid ad e d e se q ü es tro d a ve rb a necessária à su a liqu idação , m as ta m b ém a c o m p en sação d o s d e n a tu re z a fiscal, no pag am en to d o s tr ib u to s dev idos à fazenda pública . A C orte C o nstituc iona l será, n o s te rm o s d a p ro p o s ta , co n s ti tu íd a d e 15 m in is tro s co m m a n d a to não renovável d e o ito anos. Sua ind icação caberá, respec tivam en te , ao STJ, ao C ongresso N aciona l e ao P residen te da R epública . O s q u in to s re s tan tes serão esco lh idos d en tre ad vogados e m e m b ro s d o s M inistério P úb lico Federa l, E stadual, d o D istrito F edera l e A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO d o s T erritórios, a k e rn a d a m e n le , m e d ian te ind icação em lista tr íp lice das respectivas classes, co m os req u is ito sde, n o m ín im o , v in te e c in co a n o s de advocacia o u v in te co m o m e m b ro s d o M inistério Público . 0 STJ terá su a c o m p o s ição a u m e n ta d a para , n o m ín im o , 101 ju ize s , e sco lh id o s u m te rço en tre m e m b ro s d o s T ribunais R egionais Federa is , a s seg u ran d o -se a rep resen tação d e , no m ín im o , 11 ju ize s d o s T ribunais R egionais d o T rabalho e u m te rço en tre os ju ize s d o s T ribunais d e Justiça . 0 te rço res tan te será co m p o s to , em p arte s iguais, de ad v o g ad o s e m e m b ro s d o M inistério P úb lico Federa l, E stadua l e d o D istrito Federa l e T erritórios, a lte rn a d a m e n te A organ ização e co m p e tê n c ia d a ju s t iç a Federa l são m a n tid a s sem alterações, ressa lvada a c riação d o s ju iz a d o s especiais a q u e já fizem os a lusão . N o â m b ito d a Ju s tiça d o T rabalho é ex tin to o TST, a m p lia n d o -se n o e n ta n to su a co m p e tên c ia , a fim de a b ran g e r as m u d a n ç a s o co rr id a s nas re laçõ es t r a b a lh is ta s e m face d a s t r a n s fo rm a ç õ e s e c o n ô m ic a s q u e a tu a lm e n te carac te rizam o m e rc a d o d e trabalho . N ão h á a lterações su b stan c ia is n a Ju s tiça E leitoral, exceto q u a n to à rac ionalização d a esco lha d o s m e m b ro s q u e c o m p õ e m os TREs e o TSE, p a ra d a r co n sis tên c ia in te rn a ao tex to co n s titu c io n a l em vigor. P o r fim, su p rim e-se a Seção VII em face d a ex tin ção d a Jus tiça M ilitar e, e m relação à Ju s tiç a d o s E stados se co n c e d e p e rm issão p a ra q u e os E stad o s q u e o necessita rem , c o n s ti tu a m tr ib u n a is regionais, a fim de to rn a r m ais ágil e acessível a p res tação ju r isd ic io n a l q u e é, em ú lt im a análise , n ão só o ob je tivo d a s sugestões d a OAB, m as so b re tu d o u m a antiga, necessária , u rg e n te m a s q u a se s e m p re a d ia d a a sp ira ç ã o n a c io n a l , p a ra o a p r im o ra m e n to d o reg im e dem ocrá tico . A p ro p o s ta assim de lin ead a te m su a co m p re e n sã o favorecida pe lo Q u a d ro C o m p ara tiv o anexo , o qua l lhe em p re s ta m ais ab ran g ên c ia e m a io r d e ta lh am en to . Brasília, m a io de 1999. Reginaldo Oscar de Castro A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO Q u a d r o C o m p a r a t i v o P r o p íx s t a d e E m e n d a C o N 5 T /ru c iO N A L e m FACE DO TEYTO DA CONSTÍTl/IC^O DA RtPÚBL/C:A DE 1998 Emenda substitutiva à proposta de em enda à Constituição As M esas d a C â m a ra d o s D epu tados e do S enado F ed era l, nos te rm o s do art. 60 da C o n s titu ição F e d e ra l , p ro m u lg a m a s e g u in te em en d a ao tex to co n stitu c io n a l: Texto da Constituição da República de 1998 (atualizado até maio de 1999) Art. 1° A crescente-se ao a rtig o 5° da C o n stitu ição F edera l os seg u in te s incisos: Art. 5^*...................... Art. 5° LXXVlil - aos interessados, no âm bito judicia! ou administrativo, são assegu rados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação; L X X IX -as pessoas juríd icas de direito público interno, em processo judicial ou administrativo, não terão prerroga tivas especiais, inclusive de prazo para manifestação ou de duplo grau obri gatório, ressalvadas as referentes a exe cuções fiscais; LXXX - é vedada a edição de lei ou qualquer ato normativo tendente a im pedir ou limitar o deferim ento de medidas cautelares, liminares ou ante- cipatórias. Obs.: 0 texto em negrito indica as alterações I I 9AB A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO C apítu lo 111 C ap ítu lo 111 DO PO D ER JUDICIÁRIO DO PO D ER JUDICIÁRIO Seção 1 Seção I D isposições Gerais D isposições Gerais Art. 2®. O capítulo 111 (“Do Poder Jud ic iá rio ”) do T ítu lo IV da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: I - a C o rte C o n stitu c io n a l; 1 1 - 0 Superior Tribunal de Justiça; III - os Tribunais Regionais Federais e Juizes Federais; IV - os Tribunais e Juizes do Trabalho; V- os Tribunais e Juizes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juizes dos Estados e o do Distrito Federal; VII - o C onselho Federal de Controle A dm inistrativo do Poder Judiciário; VIII - os C onselhos Estaduais de C ontro le A dm inistra tivo do Poder Judiciário. § 1°. A C o rte C onstituc iona l, os Tribunais Superiores e o C onselho Federal de C ontrole A dm inistrativo do Poder Judiciário , têm sede na Capital Federal e ju risd ição em todo o território nacional. Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário; I - o Suprem o Tribunal Federal; II - o Superior Tribunal de Justiça; III - os Tribunais Regionais Federais e Juizes Federais; IV - os Tribunais e Juizes do Trabalho; V - os Tribunais e Juizes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juizes Militares; VII - os Tribunais e Juizes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. Parágrafo único. O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal e jurisdição em todo o território nacional. A OAB E A R f FORM A D O JUDICIARJO § 2° . Fica assegurado o d ire ito às pes soas, ressalvadas as de d ire ito público e as que com ponham a A dm inistração Pública Direta ou Indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos M unicípios, optarem pelo ju izo arbi trai, in stitu ído em lei e organizado no âm bito nacional, para a so lução de seus litígios. § 3° . É vedada a nom eação para cargo de Ju iz cm qualquer Tribunal, de M inistro da Corte C onstitucional e de m em bro de C onselho de Controle A dm inistrativo do Poder Judiciário de quem tenha ocupado cargo, função ou em prego exonerável ad n u tu m em qua lquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos M unicípios nos dois anos an teriores ao provim ento , independen tem ente do período de exercício ou de sua c o n tin u id a d e , ou o cargo de Conselheiro ou equivalente na O rdem d o s A dvogados do B rasil e no M inistério Público.” Art. 93. A atividade jurisd ic ional é serviço público essencial e indelegã- vel, n o rtead a pelos p rin c íp io s da soberania, da publicidade, da respon sabilidade, d a celeridade e da gra tuidade. § 1°. Lei Com plem entar, de iniciativa da C o rte C o n s titu c io n a l, d isp o rá sobre o E sta tu to da M agistra tura , observadas as seguintes norm as: Art. 93. Lei com plem entar, de iniciati va do Suprem o Tribunal Federal, dis porá sobre o Estatuto da Magistratura, o b se n ’ados os seguintes princípios; I - todos os ju lgam entos dos órgãos l - ingresso na carreira, cujo cargo ini- A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO do Poder Judiciário serão públicos e fundam entadas todas as decisões, sob p en a de nu lidade , podendo , se o interesse público o exigir, lim itar a presença, em determ inados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou som ente a estes; II - as decisões adm inistra tivas do Poder Judiciário serão m otivadas e tom adas em sessão pública, sob pena de nulidade, podendo , se o interesse público o exigir nos term os da lei, limitar-se a presença, em determ ina dos atos, às partes in teressadas e a seus advogados, ou som ente a estes. As dec isõ es ad m in is tra tiv as , em m atéria disciplinar, se rão tom adas pelo voto da m aioria absoluta de seus m em bros; ciai será o deju iz substitu to , através de concurso público de provas e títulos, com a participação da O rdem dos Advogados do Brasil em iodas as suas fases, obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação; II - p rom oção de en irãnc ia para entrância, alternadam ente, por antigu idade e m erecim ento , a tendidas as seguintes normas; a) é obrigatória a prom oção do juiz que figure po r três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de m ere cimento; b) a prom oção por m erecim ento pres supõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o ju iz a p rim eira q u in ta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago; c) aferição do m erec im en to pelos critérios da presteza e segurança no exercício da jurisdição e pela freqüên cia e aproveitam ento em cursos reco nhecidos de aperfeiçoamento; d) na apuração da antigüidade, o tri bunal som ente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto de dois terços de seus m em bros, conform e procedim en to próprio , repetindo-se a votação até fixar-se a indicação; II I - a atividade ju risd ic iona l não se 111 - 0 acesso aos tribunais de segundo A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO in te r ro m p e , exe rcendo-se nos horários com uns de expedien te e com plan tões fora desses e nos feriados; IV - é obrigatória a brev idade da prática dos atos jud icia is, som ente sendo justificável o excesso de prazo legal m edian te m otivação objetiva e cabal, p od en d o a dem ora im p o rta r em afastam ento do ju iz do exercício da ju risd ição no feito; V - ingresso n a carreira, para o cargo de Ju iz Substitu to , m ed ian te concurso público de provas e títu los, com par ticipação da O rdem d o s Advogados do Brasil, em todas as suas fases, observ an d o -se , nas n o m eações , a o rdem de classificação; exigir-se-á, ainda, p receden tem ente à nom eação, aprovação do candidato em exame psico técnico específico à atividade jud icia l, realizado em institu ição ofi cial ou reconhecida e comprovação de te r o candidato com pletado v in te e cinco anos de idade e cinco anos de exercício de ativ idade em carreira ju ríd ica ou correlata; VI - vedação a prom oções, afastam en tos, aposentadorias que não as com pulsórias, gozo de férias, que não poderá se r superio r a trin ta dias a cada ano, e de licenças que não as grau far-se-á por antiguidade e m ere cim ento, alternadam ente, apurados na última enirância ou, onde houver, no Tribunal de Alçada, quando se tratar de p rom o ção para o T ribunal de Justiça, de acordo com o inciso 11 e a classe de origem; IV - previsão de cursos oficiais de preparação e aperfeiçoamento de m a gistrados com o requisitos para ingres so e prom oção na carreira; V - 0 subsíd io dos M inistros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Suprem o Tribunal Federal e os subsí dios dos demais magistrados serão fi xados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conform e as respec tivas categorias da estru tura judiciária nacional, não podendo a diferença entre um a e outra ser superior a dez p o r cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco p o r cento do subsídio mensal dos M inistros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o dis posto nos arts. 37, XI, e 39, § 4°; VI - a aposentadoria dos m agistrados e a pensão de seus dependentes obser varão o d isposto no art. 40; A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO determ inadas p o r m otivo de saúde, de qua lquer m agistrado que tenha processo em seu poder, com des- cum prim ento dos prazos fixados na lei de que cogita o § 1° VII - prom oção de en trância para e n trãn c ia , a l te rn a d a m e n te , p o r antigüidade e m erecim ento , a tendi das as seguintes regras: a) é obrigatória a prom oção de ju iz que figure p o r três vezes consecutivas ou cinco a lternadas em lista de m ere cimento; b ) aferição do m erecim ento m ediante critérios objetivos de verificação da produtiv idade, p resteza e segurança, no exercício da ju risd ição e pela fre qüência e aproveitam ento em cursos reconhecidos de aperfeiçoam ento; c) na apuração da antigüidade, o tri bunal som ente poderá recusar o ju iz m ais antigo po r decisão m otivada de dois terços de seus m em bros, con form e p ro c e d im e n to p ró p rio , repetindo-se a votação até fixar-se a indicação; VIII - acesso aos tribunais de segundo grau p o r antigüidade e m erecim ento, a lternadam ente , apurados n a ú ltim a entrância, de acordo com o inciso VII; IX - os subsíd ios dos m agistrados serão fixados com diferença não supe rio r a dez po r cento de u m a para VII - o ju iz titular residirá na respecti va comarca; VIII - o ato de remoção, disponibili dade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão p o r voto de dois terços do respectivo tribunal, assegurada ampla defesa; IX - todos os julgam entos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundam entadas todas as decisões, sob A O AB E A {^FO R M A D O JUDICIÁRIO ou tra das categorias da carreira, não podendo, a títu lo algum , exceder os dos M inistros do Superior Tribunal de Justiça; X - vedação ao m agistrado aposenta do do exercício da advocacia nos dois anos im e d ia ta m e n te se g u in te s à aposentadoria; XI - o ju iz titu la r resid irá n a respecti va comarca; XII - 0 ato de remoção, d isponibili dade e aposentadoria e perda do cargo do magistrado, p o r interesse público, fundar-se-ã em decisão m otivada, por voto de dois terços do respectivo tri bunal, assegurada am pla defesa; XIII - o ju iz mais antigo na carreira terá precedência nos casos de remoção a pedido; XIV - o magistrado posto em disponi bilidade p o r co n d u ta incom patível com o exercício das funções, perce berá 05 subsídios do cargo, p ropor cionais ao tem po de serviço; XV - não poderá se r nom eado para cargo em com issão ou designado para função de confiança, ou para o exercí- pena de nulidade, podendo a lei, se o interesse público o exigir, limitar a presença, em determ inados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou som ente a estes; X - as decisões adm inistrativas dos tri bunais serão motivadas, sendo as dis- ciplinares tom adas pelo voto da m aio ria absoluta de seus membros; XI - nos tribunais com núm ero superi o r a vinte e cinco julgadores poderá ser constituído órgão especial, com o m ínim o de onze e o m áxim o de vinte e cinco m em bros, para o exercício das atribuições adm inistrativas e jurisdi- cionais da com petência do tribunal pleno. À O á B E A REFORMA D O JUDICtÁRiO cio de qua lquer ou tra atividade de direção, de assessoria ou auxiliar, ou de conciliador, em qualquer órgão do Poder Jud ic iá rio , cônjuge, com pa nheiro ou paren te consangüineo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, de m agistrado em ativi dade, salvo se titu lar de cargo efetivo do Poder Judiciário , vedado o exercí cio ju n to ao m agistrado que gerar o im pedim ento; XVI - nos tribunais com núm ero supe rior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com m ínim o de onze e o m áxim o de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdi- cionais da competência do tribunal pleno; XVII - a aposentadoria e a pensão de seus dependen tes observarão o d is posto no artigo 40; XVIII- responsabilidade adm inistra tiva e civil do ju iz. Ari. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será com posto de m em bros do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber ju ríd ico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados, de forma uninom inal, pelos órgãos de representação das respecti vas classes. Art. 94. U m quinto dos lugares dos T ribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será com posto de m em bros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, ind icados em lista sêx tup la pelos órgãos de representação das respecti vas classes. A OAB E A REFORMA D O JU D IC U R ÍO Parágrafo único . Recebidas as in d i cações, o P o d e r E x e c u t iv o , n o s v in te d ia s s u b s e q ü e n te s , p ro c e d e rá à n o m eação . An. 95. Aos ju ize s são ineren tes as seguintes garantias: I - estabilidade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver v incu lado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado, ou na form a do inciso XII do artigo 93; II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do arti go 93, VIII; III- irredu tib ilidade de subsid io , ressalvado o disposto nos artigos 37, X e XI , 39, § r , 150,11, 153, III e § 2°, 1. § 1® . Aos juizes é vedado: I - exercer, ainda que em disponibili dade, outro cargo ou função, salvo um a de magistério; II - receber, a qualquer título ou p re texto , custas ou partic ipação em processo; III ' dedicar-se à atividade polltico- partidária. § 2°. Aplicam-se, no que couber, aos m em bros da C orte C onstitucional e Parágrafo único. Recebidas as indi cações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação. Art. 95. Os juizes gozam das seguintes garantias: I - vitaliciedade, que, no prim eiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o ju iz estiver v incu lado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; II - inamovibilidade, salvo p o r motivo de interesse público, na forma do arti go 93, VIII; III - irredu tib ilidade de subsíd io , ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 150, 11, 153, III, e 153, § 2", I. Parágrafo único. Aos juizes é vedado: I - exercer, ainda que em disponibili dade, outro cargo ou função, salvo um a de magistério; II - receber, a qualquer titulo ou pre tex to , custas ou partic ipação em processo; III - dedicar-se ã atividade político- pariidária. A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO dos C onselhos A dm inistra tivos de C o n tro le d o Poder Ju d ic iá rio , as g a ran tia s e as vedações p rev is tas neste artigo. A n. 96. C om pete privativamente: I - à C orte C onstitucional e aos Tribunais: a) elaborar seus regimentos internos, com observância das norm as de processo e das garantias processuais das partes, d ispondo sobre a com petência e o func ionam en to dos respectivos órgãos ju risd ic ionais e administrativos; b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos ju ízos que lhes forem vinculados, velando pelo exer cício da atividade correicional respec tiva; c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de car reira da respectiva jurisdição; d) p ropor a criação de novas varas judiciárias; e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obede cido o disposto no art. 169, parágrafo 1°, os cargos necessários à adm inis tração da justiça, exceto os de confi ança assim definidos em lei; 0 conceder licença, férias e outros afastamentos a seus m em bros e aos Art. 96. Com pete privativamente: I - aos tribunais; a) eleger seus órgãos diretivos e ela borar seus regimentos internos, com observância das norm as de processo e das garantias processuais das partes, d ispondo sobre a com petência e o fun cionam ento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; b) organizar suas secretarias e serviços auxihares e os dos ju ízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercí cio da atividade correicional respecti va. c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de ju iz de car reira da respectiva jurisdição; d) p ropor a criação de novas varas judiciárias; e) prover, po r concurso público de provas, ou de provas e títulos, obede cido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à adm inis tração da Justiça, exceto os de confi ança assim definidos em lei; 0 conceder licença, férias e outros afastamentos a seus m em bros e aos A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO juizes e sen 'idores que lhes forem ime diatam ente vinculados; g) criar seções, câm aras, tu rm as e ju í zos especializados e regionais; II - aos Tribunais Superiores e aos T rib u n a is de Ju s tiça , p ro p o r ao C o n se lh o F edera l d e C on tro le A dm inistrativo do Poder Jud iciário ou ao C o n se lh o de C on tro le A dm inistrativo do Poder Judiciário respectivo, o b se n a d o o disposto no art. 169: a) a alteração do núm ero de m em bros dos Tribunais Inferiores; b) a criação e a extinção de cargos e a rem uneração dos seus serviços auxi- liares e dos ju ízos que lhes forem vin culados, bem com o a fixação do subsi dio de seus m em bros e dos juizes, ressalvado o disposto no art. 48, XV; c) a alteração da organização e da divisão judiciárias; III - aos Tribunais de Justiça: a) ju lg a r os ju izes de d ireito e os m em bros do M inistério Público dos Estados e do D istrito Federal, nos crim es de responsabilidade, ressalva da a com petência da Justiça Eleitoral; ju izes e ser\’idores que lhes forem im e diatam ente vinculados; II - ao Suprem o Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o d isposto no art. 169: a) a alteração do núm ero de m em bros dos tribunais inferiores; b) a criação e a extinção de cargos e a rem uneração dos seus se r\iços auxi- liares e dos juízos que lhes forem vin culados, bem com o a fixação do subsí d io de seus m em bros e dos juizes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver, ressalvado o disposto no art. 48, XV; c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; 111 - aos Tribunais de Justiça ju lgar os juizes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem com o os m em bros do M inistério Público , nos crim es com uns e de responsabilidade, ressal vada a com petênc ia da Justiça Eleitoral. A OAB E A REFORMA EX) J U D K M U O b) p ro p e r ao Poder Legislativo, após aprovação do C onselho de Controle A dm inistrativo respectivo, a criação de ou tro T ribunal na m esm a unidade, de igual h ierarquia e com petência m aterial e ju risd ição restrita à área geográfica indicada no ped ido motiva do de sua instituição; § 1°. O s p residen tes e vice-presi- den tes dos tr ibunais, escolhidos den tre os m em bros do órgão especial onde houver, ou da m etade de seus m em bros m ais antigos,serão eleitos d ireta e secretam ente po r todos os ju iz e s es táve is em a tiv idade , do prim eiro e segundo graus, vedada a reeleição para o m esm o cargo, não se ap lican d o essa reg ra à C orte C o n s titu c io n a l e aos T ribuna is Superiores. § 1° . O s T rib u n a is S u p erio res poderão, de ofício ou po r provocação, após re iteradas decisões sobre deter m in ad a m até ria , ap rovar sú m u la m ediante decisão fundam entada de, no m ínim o, quatro qu in tos (4/5) dos m em bros de seu Plenário ou Órgão Especial, e declarar que, a pa rtir de sua publicação, o enunciado consti tui-se cm im pedim ento à interposição de recursos contra a decisão que a houver aplicado. § 3°. A lei disciplinará o procedim en to p ara a proposta, aprovação, revisão e cancelam ento da súm ula, podendo a iniciativa pa rtir do p róprio Tribunal A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO OU dos legitimados à propositura da ação direta de inconstilucionalidade. Alt. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus m em bros ou dos m em bros do respectivo órgão especial, poderão os tribunais declarar a incons- ticucionalidade de lei ou ato normativo do poder público. Art. 98. A União e os Estados criarão: I - ju izados especiais, providos por juizes togados, ou togados e leigos, com petentes para a conciliação, o jul gamento e a execução de causas cíveis de m enor com plexidade e infrações penais de m enor potencial ofensivo, mediante os procedim entos oral ou sumarissimo, perm itidos, nas hipóte ses previstas em lei, a transação e o ju l gamento de recursos por turm as de juizes de prim eiro grau, cuja indi cação observará, alternadam ente , os critérios de merecimento e de antigüi dade; II - justiça de paz, rem unerada, com posta de cidadãos eleitos pelo voto d ire to , un iversa l e secre to , com m andato de quatro anos e com petên cia para, na forma da lei, celebrar casa mentos, verificar, de ofício ou face de im pugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem cará te r ju r isd i- cional, além de outras previstas na le gislação. Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus m em bros ou dos m em bros do respectivo órgão especial, poderão os tribunais declarar a incons- titucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. Art. 98. A União, no D istrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: 1 - ju izados especiais, p ro \id o s por juizes togados, ou togados e leigos, com petentes para a conciliação, o ju l gam ento e a execução de causas cíveis de m enor com plexidade e infrações penais de m enor potencial ofensivo, m edian te os p roced im en tos oral e sum arissim o, perm itidos, nas h ipóte ses previstas em lei, a transação e o ju l gam ento de recursos por turm as de juizes de primeiro grau; 11 - justiça de paz, rem unerada, com posta de cidadãos eleitos pelo voto d ire to , universal e secreto , com m andato de quatro anos e com petên cia para, na forma da lei, celebrar casa m entos, verificar, de ofício ou em face de im pugnação apresentada, o proces so de habilitação e exercer atribuições concilia tórias, sem cará ter ju r isd i- cional, além de outras previstas na le gislação. 2 3 Ctài A OAB E A REFORMA D O JUD ICIÁ M O § 1®. Lei federal d isporá sobre a cri ação de ju izados especiais no âm bito da Ju s tiç a Federal, d a Ju s tiça do Trabalho e da Jus tiça do D istrito Federal e dos Territórios, bem como as técnicas de m ediação aplicáveis por esses órgãos. § 1° . A lei estabelecerá as h ipó teses de conciliação e transação penal para os casos de infrações que não sejam co n s id e rad as de m e n o r po ten c ia l ofensivo. Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegu rada au to n o m ia adm in is tra tiva e financeira. § 1®. Os tribunais elaborarão suas pro postas orçamentárias den tro dos li mites estipulados conjuntam ente com os demais Poderes, na lei de diretrizes orçamentárias. § 2°. O encam inham ento da propos ta, ouvidos os tribunais interessados, compete: I - no âm bito federal, ao C onselho Federal de C ontrole A dm inistrativo do Poder Judiciário , após a aprovação dos respectivos tribunais; II - no âm bito dos Estados, aos C o n se lh o s E stad u a is de C on tro le A dm inistrativo do Poder Judiciário , após a aprovação dos respectivos tri bunais. Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegu rada autonom ia administrativa e finan ceira. § 1®. Os tribunais elaborarão suas pro postas orçamentárias dentro dos li mites estipulados conjuntam ente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. § 2®. O encam inham ento da proposta, ouvidos os ou tros tribunais interessa dos, compele; I - no âm bito da U nião, aos P residentes do S uprem o Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tri bunais; II - no âm bito dos Estados e no do D istrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tri bunais. A OAB E A REFORMA D O JUDiClARJO Art. 100. À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagam entos devidos pela Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusi vam ente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos c réd itos respectivos, com as ressa lvas ad ian te estabe lec idas , proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. § 1°. O s créd itos de natureza alim en tícia, decorren tes de salários, venci m entos, subsíd ios, proventos, pen sões e suas com plem entações, benefí cios previdenciários e acidentários e indenizações po r m orte ou invalidez fundadas na responsabilidade civil serão pagos, independen tem en te de precatório, em tr in ta dias, contados da de term inação judicial, a tendida a o rd em de c u m p rim e n to d a s in t i mações, po d en d o a penhora decreta da em processo de execução recair sobre b en s dom iniais não afetados a atividade estatal. § 2° . Relativam ente aos créd itos indi cados no parágrafo anterior, cum pre à en tidade pública devedora consignar dotação suficiente ao seu im ediato pagam ento, que não poderá se r inferi or ao m ontan te dos créditos para sa tisfação dos precatórios referentes ao m esm o exercício. Art. 100. À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagam entos dev idos pela F azenda Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusi vam ente na o rdem cronológica de apresentação dos precatórios e ã conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçam entárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. § 1®. É obrigatória a inclusão, no orça m ento das entidades de direito púb li co, de verba necessária ao pagam ento de seus débitos constantes de pre catórios judiciários, apresentados até 1° de ju lho , data em que terão atua lizados seus valores, fazendo-se o pagam ento até o final do exercício seguinte. § 2®. As dotações orçam entárias e os créditos abertos serão consignados ao P oder Jud ic iá rio , reco lhendo-se as im portâncias respectivas à repartição com petente, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exe- q ü en d a d e te rm in a r o pagam ento , segundo as possibilidades do depósito, e autorizar, a requerim ento do credor e exclusivamente para o caso de preteri- A OAB E A REFORMA D O JU D lClà R iO § 3®.O orçam ento das en tidades de d ire ito público consignará dotação sufic ien te ao pagam ento dos p re catórios apresentados até 1° de ju lho , consoante os valores fornecidos pelo Tribunal com jurisd ição sobre o ju ízo da execução, ao qual serão transferi dos os respectivos recursos e os dos créditos adicionais, em seis parcelas m ensais iguais e sucessivas, a partir de 1® de fevereiro do ano subseqüente e na forma prevista na lei orçamentária. § 4°. O s valores devidos, atualizados até a da ta do pagam ento, serão pagos a té 30 de se tem bro do exercício seguinte ao da apresentação do pre catório , d evendo o P res id en te do Tribunal com petente, vencido o prazo ou em caso de om issão no orçam ento, ou de preterição ao direito de pre cedência, de term inar o seqüestro de verba de qualquer dotação da entidade executada, suficiente ã satisfação do débito, ressalvadas as destinadas às atividades de saúde, educação e segu rança. § 5®. O s pagam entos devidos pela Fazenda Pública em v irtude de sen tença jud iciária transitada em julgado, de qualquer das entidades federadas, poderão ser com pensados com tribu tos devidos pelo credor, no caso de precatórios não liquidados até o fim do exercício previsto para o seu paga m ento de seu direito de precedência, do seqüestro da quantia necessária à satisfação do débito. § 3®. O disposto no caput desie artigo, relativam ente à expedição de p re catórios, não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em lei como de p eq u en o valor que a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal deva fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. A OAB E A R f FORM A D O JUDICIÁRIO m ento, sem preju ízo da responsabili dade pela falta de pagam ento nos pra zos previstos neste artigo. S e ç ã o I I SnçÁo II D a C o r t e C o n s t i t u c i o n a l D o S u p r e m o T r i b u n a l F e d e r a l Art. 101. A C orte C onstitucional com põe-se de qu inze M inistros, escolhi dos den tre b rasileiros na tos com m ais de quaren ta e m enos de sessen ta e dois anos de idade, de notável saber ju ríd ico e reputação ilibada. § 1°. O s M in is tro s da C o rte C onstitucional serão nom eados pelo Presidente da República, depo is de, nas h ipó teses dos incisos I, III e IV do §2° deste artigo, aprovada a escolha pe la m a io r ia a b so lu ta do S enado Federal, para o exercício de oito anos, vedada a recondução. § 1° . O s M in is tro s da C o rte C onstitucional serão escolhidos da form a seguinte; I - u m q u in to d e n tre Ju iz e s do Superior Tribunal de Justiça , indica dos em listas tríplice e laborada pelo p róprio Tribunal; II- u m q u in to den tre indicados em lis ta tr íp lice e lab o rad a pe lo C ongresso N acional parlam en ta res ou não; III - u m q u in to in d icad o pelo Presidente da República; Art. 101. O Suprem o Tribunal Federal com põe-se de onze Ministros, escolhi dos dentre cidadãos com m ais de trin ta e cinco e m enos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber ju r íd i co e reputação ilibada. Parágrafo único . O s M inistros do Suprem o Tribunal Federal serão no m ead o s pelo P residente da República, depois de aprovada a esco lha pela maioria absoluta do Senado Federal. A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO IV - u m qu in lo den tre advogados e u m q u in to d e n tre m em b ro s do M inistério Público Federal, Estadual, do D is tr ito Federa l e T erritórios, a lte rnadam ente , m ediante indicação em lis ta tr íp lice e lab o rad a pe los órgãos de representação das respecti vas classes, devendo os indicados terem , n o m ínim o, vinte anos de exer cício da advocacia ou vinte como m em bro do M inistério Público. § 3°. F indo o m andato , os M inistros da C orte C onstitucional perceberão proventos correspondentes ao cargo, vedadas a prática da advocacia e a ocupação de cargo ou em prego púb li cos, bem com o o exercício de função pública, exceto com relação ao m a gistério ju ríd ico superio r ou cargo ele tivo, exigindo-se, para este ú ltim o, o in terregno m ín im o de quatro anos, contado desde a data da extinção do m andato até a da eleição a que con correr. § 4 ”. Aplicam-se aos M inistros da Corte Constitucional, no que couber, as norm as e princípio atinentes a d ire ito s , g a ran tia s , p rerrogativas , deveres e vedações referentes à magi stratura. Art. 102. C om pete à Corte Consti- Art. 102. C om pete ao Suprem o tucional a guarda desta C onstitu ição e Tribunal Federal, p recipuam ente, a do s se u s va lo res fu n d am en ta is , guarda da Constituição, cabendo-lhe: cabendo-lhe: 1 - processar e julgar, originariamente: 1 - processar e julgar, originariamente: A OAB E A IN FO RM A D O JUDICIÁRIO a ) OS conflitos de a tribuições en tre a Presidência da República, as Casas do Congresso Nacional, a p róp ria Corte, e os Tribunais Superiores; b) a ação d ire ta de inconstitucionali- dade de lei ou ate norm ativo federal ou estadual; c) as causas e os litígios en tre a U nião e os Estados, a U nião e o D istrito Federal, ou en tre uns e outros; d) o litígio en tre Estado estrangeiro ou organism o in ternacional e a União, o E stado , o D is tr i to F edera l ou Território; e) o habeas-corpus, quando o coator ou o pacien te estiver d ire tam en te sujeito à ju risd ição da p róp ria Corte C onstitucional; 0 o m a n d a d o de seg u ran ça e o habeas-data contra atos que tenham vinculação a sua ju risd ição direta; a) a ação direta de inconstilucionali- dade de lei ou ato norm ativo federal ou estadual e a ação declaraiória de consiitucionalidade de lei ou ato no r mativo federal; b) nas infrações penais com uns, o P residente da R epública , o Vice- Presidente, os m em bros do Congresso Nacional, seus p róprios Ministros e o Procurador-Geral da República; c) nas infrações penais com uns e nos c rim es de responsab ilidade , os Ministros de Estado, ressalvado o dis posto no art. 52, 1, os m em bros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de m is são d ip lom ática de caráter p erm a nente; d) o habeas-corpus, sendo paciente qua lquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o m andado de segu rança e o habeas-data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câm ara dos D eputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da U nião , do P rocurador-G eral da República e do p ró p r io Suprem o Tribunal Federal; e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organism o internacional e a União, o E stado, 0 D istrito Federai ou o Território; 0 as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclu- A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO g) a reclam ação p ara a preservação de sua com petência e garantia da au to ri dade de suas decisões; h ) o ped ido de m edida cau telar em ações de su a com petência; i) a ação em que m ais da m etade dos m em bros do Superior Tribunal de Justiça estejam im ped idos ou sejam d ire ta ou ind ire tam ente interessados; j ) o m andado de injunção, quando a elaboração da norm a regulam entado- ra for a tr ib u ição do C ongresso Nacional; l) a rev isão c rim in a l e a ação rescisória de seus ju lgados; m ) os m andados de segurança contra os a tos p ra ticados pelo C onse lho Federal de Controle A dm inistrativo do Poder Judiciário , em processo dis- ciplinares; n) nas infrações penais com uns,seus p róprios m inistros; sive as respectivas entidades da adm i nistração indireta; g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro; h) a hom ologação das sen tenças estrangeiras e a concessão do exe quatur às cartas rogatórias, que podem ser conferidas pelo regimento interno a seu Presidente; i) o habeas-corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretam ente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à m esm a jurisdição em um a única instância; j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados; 1) a reclamação para a preservação de sua com petência e garantia da autori dade de suas decisões; m ) a execução de sentença nas causas de sua com petência originária, faculta da a delegação de atribuições para a prática de atos processuais; n) a ação em que todos os m em bros da magistratura sejam direta ou indireta m ente interessados, e aquela em que A O AB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO II - julgar, n a form a da lei, em grau de recurso constitucional as causas deci d idas em única ou ú ltim a instância pelo S uperio r T ribunal de Justiça, q u ando a decisão recorrida d e r à C onstitu ição in terpre tação divergente da que lhe haja a tribu ído a Corte Constitucional. mais da m etade dos m em bros do tri bunal de origem estejam im pedidos ou sejam direia ou indiretam ente interes sados; o) os conflitos de com petência entre o Superior Tribunal de Justiça e quais q u e r tr ibuna is , en tre Tribunais Superiores, ou entre eles e qualquer outro tribunal; p) o pedido de m edida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade; q) o m andado de injunção, quando a elaboração da norm a regulam entadora for a tribu ição do P residen te da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos D eputados, do Senado Federal, das Mesas de um a dessas Casas legislativas, do Tribunal de Com as da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do p róprio Suprem o Tribunal Federal; II - julgar, em recurso ordinário; a) o habeas-corpus, o m andado de segurança, o habeas-data e o m andado de in junção dec id id o s em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; b) o crime político; III - julgar, m ediante recurso extra ord inário , as causas dec id idas em única ou últim a instância, quando a decisão recorrida: a) co n tra ria r d ispositivo desta A OAB £ A REFORMA D O JUDICiÁRiO Art. 103. Podem p ropor a ação direta de inconstitucionalidade, às quais se aplicam as garantias dos incisos LIV e LV do artigo 5°: I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câm ara Legislativa do D istrito Federal; V - o G overnador de Estado ou do D istrito Federal; VI - o Procurador-Geral da República; VII - 0 Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com represen tação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âm bito nacional. § 1°. O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações d ire tas de inconstitucionalidade de com petênc ia da C orte Constitucional. § 2°. Declarada a inconstilucionali- dade por omissão de m edida para to rnar efetiva norm a constitucional Constituição; Art. 103. Podem p ropor a ação de inconstitucionalidade: I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV - a Mesa de Assembléia Legislativa; V - o G overnador de Estado; VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com represen tação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âm bito nacional. § 1®. O Procurador-Geral da República deverá ser previam ente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de com petência do Suprem o Tribunal Federal. § 2°. Declarada a inconstitucionali dade p o r omissão de m edida para to rnar efetiva norm a constitucional, A OAB E A R f FORM A D O JUDICIÁRIO pela C orte Constitucional, será inti m ado o órgão ou a au toridade com pe ten te para supri-la em p razo razoável e, em se tratando de órgão adm inistra tivo, para fazê-lo em trinta dias, sob pena de crim e de responsabilidade do dirigente. § 3°. E nquanto não suprida a om issão declarada pela Corte Constitucional, a norm a constitucional será aplicada n o s te rm o s d e te rm in a d o s pela decisão. § 4°. Na apreciação de ação prevista neste artigo, a Corte C onstitucional poderá de te rm inar a in tim ação da U nião, do E stado ou do D istrito Federal, conform e o caso. §5°. Na ação direta de inconstitu- cionalidade, qua lquer dos titulares referidos neste artigo poderá manifes tar-se no prazo de trinta dias, a contar da publicação de seu ajuizamento, sobre o pedido formulado. Seção III Do Superior Tribunal de Justiça Art. 104 . O Superior Tribunal de Justiça com põe-se de, no m ínim o, cento e um juizes. § 1® . Os Juizes do Superior Tribunal de Justiça serão n o m ead o s pelo Presidente da R epública, den tre brasileiros com mais de trinta e cinco e m enos de sessenta e cinco anos de será dada ciência ao Poder com petente p a ra a adoção das p rovidências necessárias e, em se tratando de órgão adm inistrativo, para fazê-lo em trinta dias. § y . Q uando o Suprem o Tribunal Federal apreciar a inconstitucionali- dade, em lese, de norm a legal ou ato n o rm ativ o , citará, p rev iam ente , o A dvogado-G eral da U nião, que defenderá o ato ou texto impugnado. § 4°. A ação declaratória de constitu- cionalidade poderá ser proposta pelo Presidente da República, pela Mesa do Senado Federal, pela Mesa da Câmara dos D eputados ou pelo Procurador- Geral da República. Seção III Do S uperio r Tribunal de Justiça Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça com põe-se de, no m ínim o, trinta e três Ministros, Parágrafo ún ico . Os M inistros do Superio r Tribunal de Justiça serão n o m ead o s pelo P residente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e m enos de sessenta e A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO idade, de notável saber ju ríd ico e re putação ilibada, depois de aprovada a escolha pelo Senado Federal, sendo: I - um terço den tre ju ize s dos Tribunais Regionais Federais, assegu rando-se a representação de, no m íni m o, onze ju iz e s d o s T rib u n a is Regionais do Trabalho, e um terço dentre ju izes dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal; II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e m em bros do Ministério Público Federal, Estadual e do Distrito Federal e Territórios, alternadam ente, indicados na forma do art. 94; § 2°. A perm anência no cargo de Juiz do Superior Tribunal de Justiça, não será superior a dezesseis anos, sendo compulsória, decorrido este prazo, a aposentadoria. Art. 105 . C om pete ao Superio r Tribunal de Justiça; l - processar e julgar, originariamente; a) nas infrações penais com uns, o P res iden te da R epública , o Vice- P residen te , o s m em b ro s do Congresso Nacional, seus p róprios M inistros e o Procurador-Geral da República; cinco anos, de notável saber ju ríd ico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pelo Senado Federal, sendo: I - um terço den tre ju izes dos Tribunais RegionaisFederais e um terço den tre desem bargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríp lice e laborada pelo p ró p rio Tribunal; II - u m terço, em partes iguais, dentre advogados e m em bros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadam ente, indicados na forma do art. 94. Art. 105. C om pete ao Superio r Tribunal de Justiça; I - processar e julgar, originariamente; a) nos crim es com uns, os G overnadores dos E stados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os m em bros dos Tribunais de Contas dos Estados e do D istrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos T ribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO b) nas infrações penais com uns e nos c rim es de re sp o n sa b ilid a d e , os M inistros de Estado, ressalvado o dis posto n o art. 52, I, os m em bros dos Tribunais Superiores, os do C onselho Adm inistrativo do Poder Judiciário Federal, os do T ribunal de C ontas da U nião e o s chefes de m issão diplom ática de cará ter perm anente; c) o habeas-corpus, sendo paciente qua lquer das pessoas referidas nas a líneas an te rio res; o m a n d a d o de segurança e o habeas-data contra atos do Presidente da República, do Vice- Presidente, das M esas da C âm ara dos D eputados e do Senado Federal, do T ribunal de C ontas da União, do Procurador-Geral da República, dos M inistros de E stado e do p róprio Tribunal; d) nas infrações penais com uns, os G o v e rn ad o re s d o s E stad o s e do D istrito Federal, e, nes tes e nos de re sp o n sab ilid ad e , o s ju iz e s dos T ribunais de Justiça dos E stados e do D istrito Federal, o s m em bros dos T ribunais de C ontas dos Estados e do D istrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federa is , dos T ribunais Regionais E leitorais e do Trabalho, os m em bros dos C onselhos ou Tribunais de C ontas dos M unicíp ios e os do m em bros dos Conselhos ou Tribunais de C ontas dos M unicípios e os do M inistério Público da União que ofi ciem perante tribunais; b) os m andados de segurança e os habeas-daia contra ato de Ministro de Estado ou do próprio Tribunal; c) os habeas-corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas m encionadas na alínea “a”, quando coator for tribunal, sujeito à sua ju ris dição, ou Ministro de Estado, ressalva da a com petência da Justiça Eleitoral; d) os conflitos de com petência entre quaisquer tribunais, ressalvado o d is posto no an . 102, I, “o”, bem como entre tribunal e juizes a ele não v incu lados e entre juizes vinculados a tri bunais diversos; A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO M inistério Público da U nião que ofi ciem peran te tribunais; e) os habeas-corpus, quando o coator for q u a lq u e r d a s p e sso a s m en cionadas na alínea a, tribuna l sujeito à su a ju r isd ição , ou M in is tro de Estado, ressalvada a com petência da Justiça Eleitoral; f) os conflitos de com petência entre quaisquer tribunais, bem com o entre tribunal e ju izes a ele não vinculados e en tre ju izes vinculados a tribunais diversos; g) as revisões crim inais e as ações rescisórias de seus julgados; h ) a reclam ação para a preservação de su a com petência e garantia d a autori dade de suas decisões; i) os conflitos de a tribuições entre au to ridades adm inistrativas e ju d i ciárias da União, ou en tre au to ridades jud iciárias de um Estado e adm inis tra tiv as d e o u tro ou d o D is tr i to Federal, ou entre as deste e d a União, e) as revisões criminais e as açòes rescisórias de seus julgados; 0 a reclamação para a preser\’ação de sua com petência e garantia da autori dade de suas decisões; g) os conflitos de atribuições entre au to ridades adm inistrativas e ju d i ciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e adm inistra tivas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União; h) o m andado de injunção, quando a elaboração da norm a regulam entadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de com petência do Suprem o Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal; A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO ressalvada a com petência da Corte C onstitucional; j ) o m andado de injunção, q u ando a elaboração da n o rm a regulam entado- ra for atribuição de órgão, en tidade ou au to ridade federal, da adm inis tração d ireta ou indireta , excetuados os casos de com petência da Corte C onstitucional e dos órgãos da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Jus tiça Federal; 1) os d issíd ios coletivos que tenham p o r objetivo in te rp re ta r os in s tru m en tos norm ativos avençados entre tra b a lh a d o re s e em p reg ad o s , cuja abrangência territorial u ltrapasse a ju r is d iç ã o de u m ún ico T ribuna l Regional do Trabalho. II - julgar, em recurso ordinário: a) os habeas-corpus decid idos em ún ica ou ú ltim a instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tr ibuna is dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, q u a n d o denegatória a decisão; b) os m andados de segurança decidi dos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, q u a n d o denegató ria a decisão; c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organism o internacional, de um lado, e, do outro. II - julgar, em recurso ordinário: a) os habeas-co rpus dec id idos em ún ica ou ú ltim a instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tr ib u n a is d o s E stados, do Distrito Federal e Territórios, q u an d o a decisão for denegatória; b) os m andados de segurança decidi dos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, q u a n d o denega tó ria a decisão; c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organism o inter nacional, de u m lado, e, do outro, A OAB E A REFORMA D O JU D K là R iO M unicípio OU pessoa residente ou domiciliada no País; III - julgar, em recurso especial, as causas decididas em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tr ib u n a is dos E stados, do D istrito Federal e Territórios, quando a decisão recorri da; a) co n tra ria r d isp o sitiv o d es ta Constituição; b ) declarar a inconstitucionalidade de tra tado ou lei federal; c) ju lg a r válida lei ou ato de governo local c o n te s ta d a em face d es ta C onstitu ição ou de lei federal; d) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; e) der à lei federal interpretação diver gente da que lhe haja atribuído outro Tribunal. IV — julgar, em recurso trabalh ista constitucional, as causas decididas em única ou ú ltim a instância pelos Tribunais Regionais do Trabalho, nas h ipó teses d as alíneas “a” e “b ” , do inciso anterior. Seção IV Dos Tribunais Regionais Federais e dos Ju izes Federais A n . 106. São órgãos da Justiça M unicípio ou pessoa residen te ou domiciliada no País; III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribuna is dos Estados, do D istrito Federal e Territórios, quando a decisão recorri da: a) contrariartratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) ju lgar válida lei ou ato de governo local contestado em face de lei federal; c) der à lei federal interpretação diver gente da que lhe haja atribuído outro tribunal. Parágrafo único. Funcionará ju n to ao S uperio r T ribunal de Jus tiça o Conselho da Justiça Federal, cabendo- lhe, na forma da lei, exercer a super visão administrativa e orçam entária da Justiça Federal de prim eiro e segundo graus. Seção IV D os Tribunais Regionais Federais e dos Ju izes Federais Art. 106. São órgãos da Justiça A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO Federal: I - 05 Tribunais Regionais Federais; II - os Juizes Federais Art. 107. O s Tribunais Regionais Federais com põem -se de, no m ínim o, sete juizes, recrutados, quando possí vel, na respectiva região e nom eados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e m enos de sessenta e cinco anos, sendo: I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e m em bros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira; II - os demais, mediante prom oção de Juizes Federais com mais de cinco anos de exercício, p o r antigüidade e m erecim ento, alternadamente. Parágrafo único. A lei disciplinará a remoção ou a perm uta de juizes dos Tribunais Regionais Federais e deter m inará sua jurisdição e sede. A n. 108. C om pete aos Tribunais Regionais Federais: l - processar e julgar, originariamente: a) os Juizes Federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça do Trabalho, nos crimes com uns e de responsabilidade, e os m em bros do Ministério Público da União, ressalva da a competência da Justiça Eleitoral; Federal: I - os Tribunais Regionais Federais; II - os Juizes Federais Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais com põem -se de, no mínimo, sete juizes, recrutados, quando possí vel, na respectiva região e nom eados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e m enos de sessenta e cinco anos, sendo: I - u m quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e m em bros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira; II - os demais, mediante prom oção de juizes federais com mais de cinco anos de exercício, po r antiguidade e m ere cim ento, alternadamente. Parágrafo único. A lei disciplinará a remoção ou a perm uta de juizes dos Tribunais Regionais Federais e deter m inará sua jurisdição e sede. Art. 108. C om pete aos Tribunais Regionais Federais: I - processar e julgar, originariamente: a) os ju izes federais da área de sua ju risd ição , inclu ídos os da Ju s tiça M ilita r e da Justiça do Trabalho, nos crim es com uns e de responsabilidade, e os m em bros do Ministério Público da União, ressalvada a com petência da Justiça Eleitoral; A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO b) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados ou dos Juizes Federais da região; c) os m andados de segurança e os habeas-data contra ato do próprio Tribunal ou de Ju iz Federal; d) os habeas-corpus, quando a autori dade coatora for ju iz federal; e) os conflitos de com petência entre Ju izes Federais v incu lados ao Tribunal; II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos Juizes Federais e pelos Juizes Estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição. Art. 109. Aos Juizes Federais compete processar e julgar; I - as causas em que a União, entidade autárquica ou em presa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou opoentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; II - as causas entre Estado estrangeiro ou organism o in ternac iona l e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País; III - as causas fundadas em tratado ou con tra to da U nião com estado b) as revisões criminais e as ações rescisórias de ju lgados seus ou dos juizes federais da região; c) os m andados de segurança e os habeas-data con tra ato do p róprio Tribunal ou de ju iz federal; d) os habeas-corpus, quando a autori dade coatora for ju iz federal; e) os conflitos de com petência entre juizes federais vinculados ao Tribunal; II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juizes federais e pelos juizes estaduais no exercício da com petência federal da área de sua jurisdição. Art. 109. Aos juizes federais com pete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou em presa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; II - as causas entre Estado estrangeiro ou organism o in te rnac iona l e M unicípio ou pessoa domiciliada ou residente no País; III - as causas fundadas em tratado ou con tra to . da U nião com Estado A O AB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO estrangeiro ou organism o in te rn a cional; IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrim ento de bens, ser\iços ou interesses da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as con travenções e ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; V - 05 crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando , ini ciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determ inados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira; VII - os habeas-corpus, em matéria criminal de sua com petência ou qu an do o constrang im en to p rov ier de au to ridade cujos atos não estejam d iretam ente sujeitos a outra ju r is dição; VIII - os m andados de segurança e os habeas-data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de com petência dos tribunais federais; IX - os crimes com etidos a bordo de navios ou aeronaves; X - os crimes de ingresso ou per manência irregular de estrangeiro, a estrangeiro ou o rganism o in te rn a cional; IV - os crimes políticos e as infrações penais praticados em detrim ento de bens, serviços ou interesses da União ou de suas entidades autárquicas ou em presas públicas, excluídas as con travenções e ressalvada a competência da Jus tiça M ilitar e da Justiça Eleitoral; V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, ini ciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; VI - os crim es contra a organização do trabalho e, nos casos determ inados po r lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira; VII - os habeas-corpus, em matéria criminal de sua com petência ou qu an do o co n s tran g im en to provier de au to ridade cu jos atos não estejam diretam ente sujeitos a outra jurisdição; VIII - os m andados de segurança e os habeas-data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de com petência dos tribunais federais; IX - os crimes com etidos a bordo de navios ou aeronaves, ressa lvada a com petência da Ju s tiça Militar; X - os crim es de ingresso ou per m anência irregular de estrangeiro, a A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO execução de carta rogatória, após o exequatur, e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas refe rentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização; XI - a disputa sobre direitos indíge nas. § 1°. As causas em quea União ior autora serão aforadas na seção ju d i ciária onde tiver domicílio a outra parte. § 2°. As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for dom iciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem ã dem anda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal. § 3® Serão processadas e julgadas na Justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sem pre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá perm itir que ou tras causas sejam tam bém processadas e julgadas pela Justiça estadual. § 4°. Na hipótese do parágrafo anteri or, 0 recurso cabível será sem pre para o Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do ju iz de primeiro grau. execução de carta rogatória, após o exequatur, e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas refe rentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização; XI - a disputa sobre direitos indígenas. § 1®. As causas em que a União for autora serão aforadas na seção ju d i ciária onde tiver domicílio a outra parle. § 2°. As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for dom iciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem á dem anda ou onde esteja situada a coisa, ou. ainda, no Distrito Federal. § 3°. Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e Segurado, sem pre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá perm itir que o u tra s causas sejam tam bém processadas e ju lgadas pela justiça estadual. § T . Na hipótese do parágrafo anteri or, o recurso cabível será sem pre para o Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do ju iz de prim eiro grau. Art. 110. Cada Estado, bem com o o Art. 110. Cada Estado, bem com o o A OAB E A REFORMA D O JU D iC U R K ) Distrito Federal, constituirá um a seção judiciária, que terá p o r sede a respec tiva capital, e varas localizadas segun do 0 estabelecido em lei. Parágrafo ún ico . N os Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições cometidas aos Juizes Federais caberão aos juizes da Justiça local, na forma da lei. Seção V D os Tribunais e Ju izes do Trabalho Art. I l l . São órgãos da Justiça do Trabalho: I - os T rib u n a is R egionais do Trabalho: II - os Ju izes do Trabalho. Distrito Federal, constituirá um a seção judiciária que terá p o r sede a respecti va Capital, e varas localizadas segundo 0 estabelecido em lei. Parágrafo ún ico . N os Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições com etidas aos juizes federais caberão aos juizes da justiça local, na forma da lei. Seção V Dos Tribunais e Ju izes do Trabalho Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho: I - o Tribunal Superior do Trabalho; II ' os T ribunais Regionais do Trabalho; III - as Ju n ta s de C onciliação e ju lgam ento . § 1°. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e m enos de sessenta e cinco anos, nom eados pelo Presidente da República após aprovação pelo Senado Federal, sendo: 1 - dezessete togados e vitalícios, dos quais onze escolhidos dentre juizes de carreira da m agistratura trabalhista, três dentre advogados e três dentre m em bros do Ministério Público do Trabalho; A OAB E A RfFO R M A D O JUDICIÁRIO Art. 112 - A lei d isporá sobre os critérios objetivos para a criação de Tribunais Regionais do Trabalho, da ju risd ição e sede, considerando sem p re a população m ín im a da área terri torial respectiva, a qual poderá ser coincidente ou não com a de um Estado federado. An. 113 A lei disporá sobre a consti tuição, investidura, jurisdição, com petência, sede, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho. 11 - dez classistas temporários, com representação paritária dos trab a lhadores e empregadores. § 2®. O Tribunal encam inhará ao Presidente da República listas tríplices, obser\’ando-se, quan to às vagas desti nadas aos advogados e aos m em bros do Ministério Público, o d isposto no art. 94, e, para as de classistas, o resul tado de indicação de colégio eleitoral integrado pelas diretorias das confe derações nacionais de trabalhadores ou empregadores, conforme o caso; as listas tríplices para o provim ento de cargos destinados aos juizes da magis tratura trabalhista de carreira deverão ser elaboradas pelos Ministros togados e vitalícios. § 3°. A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho, Art. 112. Haverá pelo m enos um Tribunal Regional do Trabalho em cada Estado e no Distrito Federal, e a lei instituirá as Jun tas de Conciliação e Julgam ento, podendo , nas comarcas onde não forem instituídas, atribuir sua jurisdição aos juizes de direito. Art. 113. A lei disporá sobre a consti tuição, investidura, jurisdição, com petência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho, assegurada a paridade de re p re sen tação d e tra b a lh a d o re s e em pregadores. A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO Art. 114. C om pete à Ju stiça do Trabalho conciliar e julgar: I - os d issíd ios individuais en tre tra balhadores e em pregadores, abrangi dos os en tes de d ireito público ex ter no e da adm inistração pública d ire ta e indireta dos M unicípios, do D istrito Federal, dos Estados e da União; II - os d issíd ios individuais en tre se rv id o res pú b lico s federa is e os órgãos aos quais estão v inculados, de qua lquer regime juríd ico , inclusive aqueles não regidos pelas n o rm as da Consolidação das Leis do Trabalho; III - as causas que decorram da relação de trabalho, envolvendo tra balhadores sem vinculo em pregatício e os to m ad o res dos respec tivos serviços; IV - os dissíd ios coletivos que te nham p o r objeto in te rp re ta r os in s tru m en tos norm ativos avençados entre trabalhadores e em pregadores; V - os dissíd ios que envolvam o exer cício do direito de greve; VI - os litígios que envolvam d ireito sindical, inclusive m atéria relativa à representação sindical; VII - as ações relativas a acidentes de trabalho; VIII - as ações de reparação de danos e indenizatórias m ovidas pelo traba- Art. 114. C om pele à Jus tiça do Trabalho conciliar e ju lgar os dissídios individuais e coletivos entre traba lhadores e empregadores, abrangidos os entes de direito público externo e da adm inistração pública direta e indi reta d o s M unicíp ios, do D istrito Federal, dos Estados e da União, e, na form a da lei, ou tras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, bem com o os litígios que tenham origem no cu m p rim en to de suas próprias sentenças, inclusive coletivas. § I®. Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. § 2®. Recusando-se q u a lq u e r das partes à negociação ou à arbitragem, é facultado aos respectivos sindicatos ajuizar dissídio coletivo, podendo a Justiça do Trabalho estabelecer norm as e condições, respeitadas as disposições convencionais e legais m ínim as de proteção ao trabalho. § 3®. Com pete ainda à Justiça do Trabalho executar, de ofício, as con tribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças
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