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Direito Empresarial- I aula 1 a 11- Professor Hugo

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Direito Empresarial I 1 a 11
Aula II
História do direito empresarial
O rei passou a precisar legislar e regular as relações de comércio, a partir do momento em que as corporações de oficio passaram a dotar-se de poder, em que os comuns passaram a ser julgados e sofrerem sanções das corporações, ao mesmo tempo em que faziam uso de ferramentas econômicas usadas pelas corporações. A revolução francesa também foi um importante acontecimento, quando Bonaparte promulgou uma legislação que regulava a economia.
Ato de comércio é mais abrangente do que o conceito de comercio. 
Conceito de comercio é a intromissão entre o produtor e o consumidor final que enseja a aquisição de um produto junto ao produtor, para revende-lo ao consumidor com lucro.
O ato de comércio extrapola este conceito.
Havia ato de comercio com esse conceito, atos de comercio por força de lei e atos de comercio acessórios. Mas a verdade é que sempre foi extremamente difício definir o significado de ato de comercio. EG atividade bancária será um ato de comercio? A doutrina entende que sim. Há intromissão entre produtor e consumidor, mas a doutrina sempre entendeu que sim. Representação comercial. Em 1990 a doutrina passou a consolidar o entendimento do que seria ato de comercio. O que quero destacar é que o conceito de ato de comercio sempre foi espinhoso. Em 1990, certamente alguém indagaria: provedor de internet é ato de comercio? Companhia telefônica, portal de vendas da internet, são atos de comercio?
É difícil conceituar ato de comercio, e isso repercute juridicamente tornando difício saber se determinada atividade inclui ou não tal atividade no rol de proteções e seguranças do direito empresarial.
Código civil italiano cria uma nova teoria para explicar o comércio. Promulgado em 1942, em plena 2 guerra mundial. Teoria da Empresa.
A teoria da empresa passou a usar a terminologia empresaria, a teoria da empresa. Abandonou a teoria comerciante.
Era empresário quem exerce-se atividade econômica de forma profissional, organizada, para circulação de bens ou serviços. Excetuava-se do regime da empresa aqueles que exerciam atividade intelectual, de natureza artística, literária ou científica. 
Porque tratar a atividade intelectual, advogados, médicos, diferentemente da atividade empresária?
São pessoas de perfis e ética diferentes. Qual a motivação empresarial? Lucro. Das outras atividades? Vocação.
Empresário é aquele que exerce profissionalmente atividade econômica de forma organizada para produção e circulação de bens ou serviços. 
No Brasil nós até 1850, tínhamos o direito comercial regido pelo direito português. Mas em 1850 o Brasil iniciou-se na fase objetiva. Nosso código comercial de 1850 baseava-se na teoria dos atos do comercio. Era comerciante aquele que praticava ato de comercio. Desse código comercial era regido pelo regulamento 737. Este regulamento em 1 de seus dispositivos, salvo engano artigo 20, era numerado de forma ex explicativa aquilo que era considerado ato de comercio. O Brasil permaneceu na fase objetiva até o codê civil de 2002. Quando então foi adotada a teoria da empresa, inspirada no código civil italiano de 1942. 
1)Surgimento
2)fases
subjetiva
objetiva
teoria da empresa
(direito comercial no Brasil
atos do comercio ( fase objetiva)
Teoria da empresa -
4 Autonomia do direito empresarial
Depois que o código civil adotou a teoria da empresa, algumas faculdades, inclusive a Milton Campos, adotaram a nova terminologia. 
O codê civil italiano e posteriores revogaram o código comercial, e o próprio código civil começou a reger os contratos empresariais, as sociedades empresárias e assim por diante. Em razão disso cogitou-se na reunificação do direito privado.
*ultima aula* só havia direito privado.
Isso muda com os direitos comerciais
Três fundamentos que conduzem a decisão unânime de que o direito comercial ainda existe como ciência jurídica autônoma
1* fundamento didático (é uma matéria em separado)
2* fundamento formal (o código comercial não foi totalmente revogado)(e.g. código marítimo)
3* Fundamento científico
Fundamento formal.
foram revogados os artigos até o  456, mas prevaleceram os artigos até o 754.
teoria dos efeitos externos do contrato. Foi descoberta pelo direito civil recentemente. 
O código comercial, em sua parte de direito marítimo continua em vigor. 
Fundamento da autonomia formal. 
Fundamento científico.  características diferentes daqueles e daquelas do direito civil
Direito civil é gratuito. Presume-se gratuito. 
Contratos no direito civil não possuem a onerosidade, na maioria das vezes.
No caso do direito comercial os contratos são presumidamente onerosos.
Art. 752 ou 627 do código civil estabelece que o mandato, o depósito, quando praticado, é presumidamente gratuito, salvo se exercido por ofício ou profissão.
O direito empresarial é um direito oneroso. O direito civil é presumidamente gratuito.
O direito civil é um direito formal, o direito empresarial é informal.
O direito empresarial pré supõe que as relações jurídicas geral riqueza. Que as relações comerciais geram riqueza. Por isso ele deve se desvincular de formalidades. 
É um direito cosmopolita, internacional, para facilitar as relações de comercio. 
Tende a ser regido por tratados internacionais
Lei de genebra
Convenção de Paris
Pressão americana para aprovar lei de pirataria.
Norma civil é particular de cada nação.
Solidariedade é uma norma excepcional no direito civil.
O direito empresarial privilegia a segurança do crédito, pois o crédito fomenta a atividade econômica que fomenta riqueza. O direito empresarial se preocupa em proteger o crédito.
Características
Civil                             Empresarial
Gratuito                     Oneroso 
formal                        Informal
Particular                   Cosmopolita
exceção(solid.)          solidariedade
Art.307 Código civil
Novo código de direito comercial provavelmente não sairá.
Fontes do direito empresarial
Princípios
Leis
Doutrinas
Jurisprudencias
Usos e costumes
Direito consuetudinário. Ele vem efetivamente dos usos e costumes. O direito comercial é todo baseado, originado, de usos e costumes. Faz disso pois a atividade econômica antecede muito o direito comercial. O fato antecede a norma. 
Uso e costume é uma prática uniforme repetitiva num determinado espaço de tempo e num determinado local vista como obrigatória por todos e não contraria a lei.
Lei do cheque 7357/85  Art. 32 O cheque é pagável a vista. Considera-se não escrita qualquer menção em contrária.
Sumula 370 do STJ Caracteriza dano moral apresentação antecipada de cheque pré-datado.
Cheque pré datado
Internet termos internacionais comerciais
Clausulas Padrão
As mais comuns são as clausulas fob e CIF 
Fob quando um cliente busca a mercadoria na sede da empresa
Quando a empresa tem a obrigação de levar a mercadoria até o cliente
FOB free on board
CIF  Cust insurance free
Aula III
ùltimo tema discutido: Entre as fontes do direito empresarial deve-se oferecer especial atenção aos usos e costumes, pois o direito empresarial é o que mais sofre influência dos usos e costumes.
Direito empresarial = Direito consuetudinário.
Entre os usos e costumes, entre os temas relativos a usos e costumes, foram: cheque pré-datado.
Não obriga a instituição financeira.
FOB/CIF Clausulas criadas pela OMC que regulamentam o mercado internacional. Essas duas cláusulas se popularizaram.
Quando se fala em cláusula FOB diz-se que a responsabilidade pelo transporte da mercadoria é do comprador
Quando se fala em clausula CIF diz-se que a responsabilidade pelo transporte da mercadoria é do vendedor
Usos e costumes carecem de prova. A parte que deseja basear a sua comentação, basear o seu direito, num uso e costume, precisa fazer prova. O julgador nem sempre tem conhecimento dos usos e costumes locais. Tem uma lide que nasceu em nanuque, o desembargador que julgará é do amazonas. Qual a obrigaçãodo julgador conhecer o uso e costume distante como o norte de minas? Uso e costume precisa ser provado.
Qual a forma de provar os usos e costumes? 
Duas formas: a primeira está na lei 8934 art.8 inc.6  a junta comercial irá assentar os usos e costumes locais.
Esse artigo caiu em desuso.
A vantagem dos usos e costumes é a flexibilidade. Eles mudam de acordo com a necessidade econômica. A partir do momento em que materializa um uso e costume num assentamento você o engessa. 
A lei foi derrogado. Os usos e costumes não são mais assentados nas juntas comerciais.
Quais são os meios de prova em direito admitidos. Você prova em uso e costume através de todo e qualquer meio de prova em direito admitido.
Nova unidade
Direito empresarial de facto
Empresário
Há três espécies de empresário
*Individual 
É a pessoa natural. É a pessoa de carne e osso. Que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para circulação de bens ou serviços. O empresário individual portanto é aquele que age por si mesmo. Que age em seu próprio nome. 
EG Alceu é um empresário individual.
O empresário individual é um fudido. O empresário individual possui apenas seu patrimônio. Sua universalidade de direito. A atividade econômica, a atividade empresarial necessariamente pressupõe a assunção de risco. Não há negócio sem risco. O empresário individual quando exerce atividade econômica em seu próprio nome passa a suportar os riscos decorrentes dessa atividade pessoalmente. Seu próprio patrimônio irá responder por essas obrigações. Se houver uma quebra todo o patrimônio do empresário individual estará ao alcance dos credores. O empresário individual está totalmente desguarnecido. Ele é vulnerável.
Qual a alternativa em relação ao empresário individual?
*Sociedade limitada (escolhida pelos empresários menores) cota
*sociedade anônima ( S.A) (escolhida pelos grandes) ação
nas outras espécies de sociedade, se não houver patrimônio, o sócio responde pelas dívidas da sociedade.
A obrigação do integrante de uma sociedade limitada, é a de integralizar o pagamento do capital social. 
O que é capital social? Dinheiro.
Na sociedade limitada o capital pode ser qualquer valor. A única obrigação dos sócios é a de pagar o capital social, mas todos respondem solidariamente pela integralização total do capital social.
Se um sócio integraliza 1 real, o outro sócio 999. Se o sócio B não integralizar sua parte, o sócio A é obrigado a pagar, e será restituído pelo outro sócio posteriormente.
Na sociedade anônima o sócio responde apenas e exclusivamente pela integralização das suas próprias ações.
Conceito de sociedade
Código Civil
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
O problema da sociedade está no plural. “Celebram em contrato de sociedade”. Para haver sociedade é preciso haver duas ou mais pessoas.
*Eireli
Empresa individual de responsabilidade limitada
A Eireli foi introduzida no direito brasileiro apenas em 2012. Ela é muito semelhante a sociedade limitada. Possui apenas duas diferenças:
1-Eireli possui um único sócio.
2-O governo, poder legislativo, sacanamente, exigiu que o capital social mínimo da Eireli correspondesse a pelo menos 100 salários mínimos. 72.400
Art.50 do CC teoria da desconsideração da personalidade jurídica
Quando se fala em empresário, há o empresário individual, a Eireli e a sociedade empresária
Conceito de empresário
Art. 966 CC. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Lucro é diferente de sustento.
A atividade profissional é aquela exercida com objetivo de dela extrair o seu sustento.
Atividade econômica é aquela que possui intuito lucrativo.
O que é uma atividade organizada?
É aquela em que há a articulação de todos os fatores de produção, gestão e mercado.
Circulação de bens ou serviços. 
O que é uma atividade para a circulação de bens ou serviços?
É uma atividade voltada para o mercado. O empresário está a disposição no mercado, está de “braços abertos” para o mercado. 
Quesitos
Profissionalmente
Atividade econômica
Organizada
Circulação de bens/serviços
Algumas pessoas não são consideradas empresárias
Antes de se referir a lei, parágrafo único do artigo 966.
O médico é empresário?
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Haverá elemento de empresa onde houver relação de capital VS trabalho (errado) 
Existem três correntes 
Elemento de empresa
1-Gontijo – é verificado pela atividade fim do sujeito. Se a atividade fim for intelectual, ele não é considerado empresário. Se a atividade fim for atividade econômica ele é considerado empresário. (professor não gosta desse conceito). EG data vênia professor – Circo de Soleiul
2- No Beto carreiro world, há atividade artística, diversão, restaurantes.
Principal 3-Acordão do STJ – outro fundamento  - A atividade intelectual passa a a ser elemento de empresa quando ela está dissociada da figura de seu exercente.
Quando um sócio sai de uma sociedade, quanto vale uma sociedade? Vale o valor dos bens, ou tem um incluso a mais? Vale a perspectiva de rentabilidade. Vale a clientela consolidela. Vale o “good Will”. Perspectiva de rentabilidade.
STJ firmou o entendimento: na avaliação de uma sociedade empresária, avalia-se good Will. Perspectiva de rentabilidade.
Não se recebe apenas o valor dos bens, mas também a perspectiva de rentabilidade.
Atividade intelectual passa a ser elemento de empresa quando ela se encontra dissociada do seu exercente (STJ)
Aula IV
Aula anterior
Atividade empresarial
Foi visto o conceito de empresário.
Empresário é quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para circulação de bens ou serviços.
Nós vimos que algumas pessoas estão excluídas do regime empresarial. São os profissionais intelectuais, que prestam serviços de natureza científica, literária ou artística.
Estes profissionais foram excluídos do regime empresarial em razão do legislador presumir que eles possuem uma ética diferente, da do empresário. O que justifica assim um tratamento diferenciado. Mas, o mesmo parágrafo único, do art.966 que os excluí do regime empresarial apresenta uma exceção. Ele estabelece: “Não serão considerados empresários, os profissionais que exercem atividade intelectual, de natureza artística, literária ou científica, ainda que contem com o euxílio de colaboradores, salvo se a sua atividade constituir um elemento de empresa.”
Conclusão: O profissional intelectual cuja atividade constitua elemento de empresa será considerado empresário.
Nossa dúvida: O que significa elemento de empresa?
A doutrina prevalescente  conceitua elemento de empresa como a dissociação entre a atividade intelectual e o seu exercente. Quando o titular da atividade intelectual não possui uma relação personificada com o seu cliente, a sua atividade será considerada um elemento de empresa, e portanto ele poderá ser considerado empresário. 
empresas de auditoria.
Existe uma empresa de auditoria que se chama Praes. Outra que se chama the loid. Outra que se chama KPMG, outra que se chama tendência. Entre outras. Quando uma companhia contrata uma empresa de auditoria, esta empresa exerce atividade intelectual? Sim, de natureza científica, audita contas. Mas será que essa companhia contrata a the loid em razão de um empresário específico? Não, ele contrata a auditoria pela própria auditoria.
Quando uma sociedade exerce atividade profissional que não constitua elemento de empresa é chamada de sociedade simples. (sociedade de médicos)
Há situações mais complicadas. Há atividadesque são de natureza intelectual e também de natureza empresarial. EG Beto carreiro. No parque você vê apresentações artísticas, compra ingressos, compra refeições, etc. Empresário ou sociedade simples?
Empresário. Por duas razões: 1- atividade artística é dissociada de qualquer pessoa. Além disso há outras sociedades de natureza eminentemente empresarial.
Também há uma excessão.
Foi visto na aula anterior que existem 5 tipos de sociedade: em nome coletivo, comandita simples, limitada, SA, comandita por ações. As únicas que prestam são a Sociedade anônima e sociedade limitada. 
O estatuto empresarial estabelece que SAs sempre serão sociedades empresárias.
Segunda observação: Art.853 CC cooperativa. 
Para o legislador cooperativa é uma espécie de sociedade. Doutrinariamente, não é considerada a cooperativa uma espécie de sociedade. 
Sociedade é o contrato pelo qual duas pessoas se obrigam a contribuir com bens ou serviços, para o serviço de atividade econômica para partilha entre si do resultado.
Toda sociedade tem intuito lucrativo. Seja ela simples ou seja ela empresária.
E cooperativa? O que significa?
O artigo 3 da lei de cooperativa estabelece: constituem uma sociedade cooperativa duas ou mais pessoas, que se obrigam a contribuir com bens ou serviços, para o exercício de atividades de bem comum, mas sem objetivo de lucro.
Na cooperativa não há objetivo de lucro.
Cooperativas não são consideradas sociedades.
Toda sociedade precisa necessariamente visar lucro.
A UNIMED é uma cooperativa.
O médico se filia a cooperativa UNIMED. O médico tem pretensão de receber dividendos da UNIMED?
O médico se filia a UNIMED com objetivo de abrir o mercado. Encontrar novos clientes . Não recebe dividendo, simplesmente presta um serviço para a cooperativa, que lhe paga.
Só é remunerado pela sua consulta, pelo seu serviço. Ele não se torna filiado a UNIMED com objetivo de participar dos lucros no fim do ano.
A cooperativa exerce uma atividade de proveito comum.
É uma atividade que uni pequenos produtores com objetivo de adquirir suas mercadorias por um preço melhor. Com objetivo de fornecer-lhes insumos por um preço menor. Esta é a atividade de proveito comum. 
Junta comercial – órgão onde os empresários estão inscritos.
Todo empresário encontra-se inscrito na junta comercial. Seja empresário individual, Eireli ou sociedade empresária.
E se o profissional liberal constitui uma sociedade juntamente com outro profissional. A sociedade simples, que exerce atividade de cunho intelectual. Ela se encontra inscrita perante qual órgão? Como essa sociedade adquire personalidade jurídica.
A sociedade empresária adquire personalidade quando inscrita no registro dos seus atos constitutivos perante órgão competente.
A sociedade simples, a Eireli de natureza simples, onde estão registradas? 
No cartório de registro civil de pessoas jurídicas.
Analise sobre atividade econômica.
Atividade empresarial.
Quem pode exercer atividade empresarial?
Um empresário individual quebrou, alguém pode pedir a falência dele?
Sim. Quem quebrará será a pessoa física. Ele exerce a atividade em nome próprio.
Imaginem agora: construtura Teixeira Eireli
Sendo titular da construtura Teixeira Eireli. Em razão de uma dívida com o Bradesco, teve a falência decretada.
Quem faliu? A Eireli, não o empresário.
Recuperação judicial não será estudado. Será estudado em empresarial 4.
De forma grosseira, recuperação empresarial
Só é empresário quem estiver inscrito na junta comercial?
Não. Ele passa a ser um empresário irregular.
O empresário irregular possui todos os ônus da atividade empresarial. Pode ter falência decretada, paga impostos. Ele não usufrui dos bônus. Pedir recuperação judicial. Pode ter uma linha de financiamento . Pode participar de licitações públicas. 
A inscrição do empresário na junta comercial tem natureza declaratória ou constitutiva?
O efeito da inscrição do empresário perante a junta comercial é declaratório.
Há uma excessão.
empresário rural. Produtor rural.
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.
Empresário casado.
Empresário individual
Sociedade Empresária
Eireli
São os únicos que possuem os benefícios, os bônus, como recuperação judicial, dentre outros.
Qual dos três é empresário casado? O Empresário individual.
O empresário casado que exerce atividade imobiliária, tinha uma dificuldade tremenda 
Aula 5
Aula anterior: empresário
Diferença entre atividade empresarial e empresário simples
Empresário regular e empresário irregular
O efeito do registro da inscrição do empresário na junta comercial é declaratório
Mas no caso de produtor rural tem efeito constitutivo
Um empresário casado pode vender qualquer bem imóvel que integre seu patrimônio empresarial, sem a necessidade da outorga pulsoria ou autorização conjugal
Aula V
Questões relativas ao empresário individual
Quais os requisitos para ser empresário
Não é possível vislumbrar uma sociedade incapaz. A capacidade ou incapacidade é um adjetivo da pessoa natural. Não há que se falar em sociedade impedida. em pessoa jurídica impedida de exercer alguma atividade.
O artigo 972 do CC estabelece: pode ser empresário quem seja capaz e quem não esteja por lei impedido por lei especial. Sujeito precisa ser capaz e não estar impedido por lei especial.
Capacidade: Impedimento
Capacidade
É lógico levar o filho de 5 anos e declara-lo empresário. Não é lógico. Declaro meu filho de 5 anos empresário individual, e ele precisará de um representante para manifestar a sua vontade.
a lei estabelece duas opções:
João é um empresário individual. sempre que se fala em capacidade se fala em empresário individual. È um empresário de sucesso e rico. Sofre um AVC, perde o discernimento e se torna absolutamente incapaz. Ele tem uma indústria e emprega milhares de pessoas. Possui um resultado super avitário. A lei estabelece 974 CC
Poderá o incapaz continuar a atividade empresarial por ele exercida enquanto capaz, desde que haja prévia autorização judicial.
segunda excessão
João, o empresário rico e famoso: Empresário individual. Morre, deixa como único herdeiro joãozinho. Joãozinho herda uma indústria. 974 autoriza "pode o incapaz exercer continuando a atividade empresarial deixada pelo seu pai ou pelo autor da herança.
Mesmo se tratando de um empresário individual, esse parágrafo segundo tenta proteger o patrimônio do incapaz. O patrimônio pessoal que o incapaz possuia ao tempo da sussessão ou a transmissão hereditária, não responderá ao resultado da empresa, caso seja estranho ao acervo desta.
974 Parágrafo 2
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização.
e.g.
João morreu.
Joãozinho. Herdou. 1 fábrica. 2 fazendas. 2 apartamentos. Joãozinho adquiriu mais 2 imóveis. Perdeu a fábrica. Tornou-se insolvente. Os bens que compõe a fábrica, ficarão sujeitos ao resultado da empresa? Sim. Os outros bens possuidos ao tempo da interdição ou sucessão são protegidos. Os adquiridos posteriormente são sujeitos ao acesso aos credores.
Possibilidade do incapaz ser sócio de sociedade
É uma hipótese prevista pelo 974 paragrafo 3
A doutrina comercial sempre entendeu o seguinte: o incapaz pode ser sócio de sociedade limitada com capital integralizado ou de sociedade anônima.
Qual a diferença entre uma sociedade e uma anônima? Numa sociedadelimitada todos os sócios respondem de forma solidária, de forma conjunta, pela integralização do capital social.
Então a Sabrina se comprometeu  a integralizar 1 real. Eu me comprometi a 999. Se eu não integralizar ela é obrigada a integralizar.
Numa SA o sócio responde apenas pela integralização das suas próprias ações.
Vamos voltar a doutrina do direito comercial. O direito comercial quer proteger o incapaz de pagar a divida dos outros. Para ele não ficar sujeito ao pagamento de cota não integralizada de sócio, exigia-se que ele só poderia ser sócio de sociedade limitada com ele pagando a sua parte. Não há risco dele pagar cota de sócio inadimplente. Na sociedade anônima não interessa se o capital está integralizado ou não, porque o acionista responde somente pela integralização das suas próprias ações. A doutrina sempre quis proteger o incapaz. Pode-se comprar 1 milhão de ações da petrobrás e colocar no nome do filho. Numa sociedade limitada é preciso tomar cuidado com o capital integralizado.
Juiz é impedido de exercer atividade empresarial. O juiz tem atribuição incompatível com o exercício da atividade empresarial.
Médicos.
Artigo 54 inciso 2 alinea 1
art.54 Os deputados e senadores não poderão:
II desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
AULA VI 
Médicos, juízes, promotores, funcionários públicos federais, militares, entre outros. 
E se essa pessoa impedida de exercer atividade empresarial ainda assim ela exerce? Ela permanece civilmente responsável pela conduta?
Se um promotor de justiça exerce profissionalmente atividade econômica organizada para circulação de bens ou serviços, ele permanece civilmente responsável por todas as obrigações que assumiu nessa condição. Ele jamais poderá se basear na sua ilicitude, na sua falta, para se eximir de responsabilidade. É o que está expresso no artigo 793 do código civil. Que também no princípio de que ninguém pode se valer de sua própria torpeza.
O Impedido exerce atividade empresarial, qual a conseqüência? Certamente ele será processado administrativamente pelos seus pais. Ele comete uma infração a norma que regulamenta a sua atividade profissional. É uma falha funcional. Se for um promotor, certamente enfrentará um processo administrativo perante o conselho superior do ministério público.
Essa pessoa, praticando
Art 47
O empresário conta com profissionais que assumem obrigações por conta do empresário. Preposto
Preposto manifesta a vontade em nome do empresário. O empresário não tem oportunidade futura de se recusar a cumprir aquela obrigação. Quando o preposto manifesta sua vontade é como se fosse o próprio empresário, para as atividades que lhe forem conferidas. O contrato de preposição possui três características:
Pessoalidade
Lealdade
Representação
Pessoalidade: O contrato de preposição tem natureza personalíssima. O preposto não pode se fazer substituir no emprego de suas funções sem prévia autorização do proponente. Art. 1.169. O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas. A primeira característica do contrato de preposição é a pessoalidade. Segunda característica: lealdade, e ela está expressa no artigo 1170Lealdade: Art. 1.170. O preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por conta própria ou de terceiro, nem participar, embora indiretamente, de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, sob pena de responder por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da operação.
Na CLT há uma regra parecida com essa. É causa de demissão de justa causa quando um empregado se vale de oportunidade comercial de empregador.  
3 caracteristica: representação, 1771Art. 1.171. Considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto, salvo nos casos em que haja prazo para reclamação.Art. 1.175. O preponente responde com o gerente pelos atos que este pratique em seu próprio nome, mas à conta daquele.
O preposto é uma figura existente apenas no juizado especial ou na justiça do trabalho? não. Quem é preposto? o que é preposto? é qualquer pessoa que pratica ato em nome do empresário. O empregado é preposto? sim, todo empregado é preposto do empregador. Sem dúvida. O contrato de trabalho tem essa característica. Ele torna o empregado preposto do empregador. Mas há outra pergunta. Todo preposto é empregado? Para ser preposto não é necessário que seja empregado. Todo empregado é preposto, mas nem todo preposto é empregado. Alguns exemplos de prepostos não empregados. Representante comercial. Representante comercial é sem dúvida nenhuma um preposto. O representante é empregado? Não. O representante comercial é um autônomo. Ele age por conta própria. O que é empregado?
Funcionário é aquele que exerce funções públicas.
Empregado 1-onerosidade 2-pessoalidade 3-subordinação 4-caráter habitual, assiduidade.
O art.1172Art. 1.172. Considera-se gerente o preposto permanente no exercício da empresa, na sede desta, ou em sucursal, filial ou agência.
O gerente é um empregado. Mas qual a diferença entre o preposto e o gerente?
O gerente tem poderes para representar o empresário em todos os negócios relacionados a aquele estabelecimento que ele gerencia. O preposto tem poderes de representação restritos a sua atividade.
e.g. concessionária. pergunta o preço dum carro ao vendedor. O vendedor dá um preço. Aquele preço vincula a concessionária? sim. Agora imagine que seja um fornecedor de peças para a concessionária. Procura um vendedor e vende peças para a concessionária. Naquele momento o ato do preposto obrigou o preponente? não. Porque ele praticou um ato fora da sua atuação. Fora da sua atividade. O vendedor vende carros. Ele tem poderes para praticar todos os atos necessários ao seu mister. Mas ele não tem poderes para representar o preponente em assuntos que extrapolam o escopo do seu contrato de trabalho. O gerente tem poderes para dar preços? sim. Tem poderes para dar preço na compra dum carro? sim. Para fechar um contrato de fornecimento? sim.
Qual a diferença entre gerente e empregado? o empregado está submetido a jornada de trabalho. Ele trabalha 8 horas por dia, tem 1 hora de trabalho intra jornada, e 11 horas no mínimo de descanso. O gerente não está submetido a jornada de trabalho. Não tem hora extra. Em compensação ele tem um acréscimo de 40% em sua remuneração para o exercício de cargo de confiança. Dos bancos.
Um estabelecimento pode ter vários gerentes, desde que tenham poderes de gestão. Poder de contratar, decidir, e autonomia para exercer sua função.
Limitação dos poderes do gerente.Art. 1.174. As limitações contidas na outorga de poderes, para serem opostas a terceiros, dependem do arquivamento e averbação do instrumento no Registro Público de Empresas Mercantis, salvo se provado serem conhecidas da pessoa que tratou com o gerente.
Esse artigo 1174 é motivo de grande preocupação, pois a regra geral é que o gerente manda. Mas o que ele falar não poderá ser considerado caso exista na junta comercial documento arquivado que efetivamente limite os seus poderes. Qual a preocupação? analisando a regra, é simples. Mas essa regra pode contrariar uma característica do direito comercial, que é a informalidade. Você entra numa concessionária. Pergunta quem é o gerente. Você vende mercadorias para esse gerente? vende. Produtos que serão comercializados pela própria concessionária? sim. Você presume que aquele gerente está autorizado para celebrar aquele negócio com você. Mas e se contiver alguma limitação de poderes? O ato que ele praticou não é válido? E a teoria da aparência? O que se espera de um homem de boa fé? de um homem médio? Não é presumível que ele tem capacidade de praticar osatos de gestão? presume-se. Então essa limitação de poderes para o gerente somente será válida se ela envolver atos extraordinários. Aqueles atos que extrapolam a mera gestão. Contraiu um empréstimo numa instituição financeira. Extrapola.
A limitação de poderes é valida desde que seja para atos extraordinários, que refogem a simples gestão da atividade empresarial.
Responsabilidade do preponente, pelos atos do preposto.
Não é gerente.
Art. 1.178. Os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito.
Parágrafo único. Quando tais atos forem praticados fora do estabelecimento, somente obrigarão o preponente nos limites dos poderes conferidos por escrito, cujo instrumento pode ser suprido pela certidão ou cópia autêntica do seu teor.
Se o ato é praticado fora do estabelecimento, somente obriga o preponente se houver poderes, comprovação, de autorização escrita. Autorização.
AULA VII
Registro público de empresa mercantil
"sensação de burocracia. Algo não muito importante."
O registro tem caráter de oficializar as ações, e dar segurança jurídica às movimentações e negócios.
e.g. Cliente distribuidor de mercadorias. Ele tinha um cliente em João monlevade, era um empresário individual, que exercia atividade supermercadista. O cliente distribuidor vende mercadorias através de representantes comerciais. Um belo dia, este cliente percebeu que o empresário individual estava com uma dívida em aberto no valor de 80 mil reais. Ingressaram com uma ação de cobrança contra o empresário individual. O cliente disse "este supermercado eu vendi para o Antonio a 5 mil reais". Você está vendendo para a pessoa errada. Aqui está o contrato de trespasse. Tem firma reconhecida. A firma reconhecida era de 4 anos atrás. Mas este contrato não foi levado a junta comercial. O advogado alegou, "acredito que você agiu de boa fé, você vendeu o estabelecimento comercial. Você induziu o Cliente ao erro. O Cliente tinha a expectativa de que estava vendendo para você. E foi exatamente pensando na sua capacidade de endividamento, que o Cliente soubesse que o empresário agora era outro, ele teria feito um cadastro do novo cliente do cliente.
O registro público é importante.
1)regulamentação
Pela lei 8934 de 1994 e pelo decreto 1800 de 1996Lei Nº 8.934, de 18 de NOVEMBRO de 1994
2)princípios
O artigo 1 aponta os princípios:
Art. 1º O Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, subordinado às normas gerais prescritas nesta Lei, será exercido em todo o território nacional, de forma sistêmica, por órgãos federais e estaduais, com as seguintes finalidades;
I - dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis, submetidos a registro na forma desta Lei;
II - cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no País e manter atualizadas as informações pertinentes;
III - proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu cancelamento.
Eficácia.
O ato para ter eficácia, precisa necessariamente ser arquivado na junta comercial.
Se não for, não possui efeito erga omnis.
Publicidade: Registro público
Todos os 4 princípios perseguem segurança jurídica. Essencial a paz social.
3)Sistema de registro Público de empresas mercantis
-DNRC
É uma autarquia federal. Departamento nacional de Registro de Comercio. É o orgão de cúpula. Esse órgão administra o registro público de empresas mercantis, supervisiona o registro público de empresas mercantis, fiscaliza as juntas comerciais. Orienta as juntas comerciais. Dá assessoria tecnica e financeira. Julga recursos. Interpreta normas. Expede atos normativos. Faz tudo que um órgão de cúpula faz.
-Juntas comerciais
As juntas comerciais são autarquias estaduais, das unidades federativas. O DNRC determina e a junta executa.
4) Subordinação das juntas comerciais
Quem nomeia o presidente da Junta é o Governador. A junta é subordinada ao DNRC e subordinada ao governo do estado. Como resolver essa dualidade? Divide-se a questão em:
-Atos técnicosA junta executa por delegação do DNRC, tudo que diz respeito a atos técnicos.
v.g. Arquivamento dos atos constitutivos de uma sociedade, é um ato do serviço do registro público, ato tecnico. Isso é delegação do DNRC.
-Atos administrativos Art.102 da lei de falência e artigo 182 da lei de falência: Falidos são impedidos de exercerem atividade empresarial. Lei de falência é a 11.101 de 2005.
Alguém querer se inscrever na junta sendo falido e a junta impedir, é ato administrativo da Junta Comercial.
Quando diz respeito a atos técnicos, a jurisdição é federal. Quando diz respeito a atos administrativos, a jurisdição é estadual. O ingresso da ação judicial com a Junta Comercial terão essas jurisdições respectivamente.
e.g. do leiloeiro. Obrigado a seguir regras estabelecidas pela junta.
5) Publicidade
6)O registro compreende
*Matriculas
os contratos são muitas vezes redigidos em língua estrangeira. Para idiomas escritos em idiota estrangeiro serem considerados como meio de prova, eles devem ser acompanhados por tradução. Tradução feita por tradutor público ou tradutor juramentado.
Trapicheiro. O trapicheiro mexe com trapiche. A zona portuária de araxá havia mercados, armazéns, onde as mercadorias que seriam exportadas ficavam armazenadas, e as mercadorias importadas ficavam em quarentena. O trapicheiro é o administrador desse armazém.
Administrador de armazém geral. É outro cara que deve estar matriculado na junta comercial. Silos graneleiros, às margens das rodovias, no sul de minas, no triangulo mineiro. São estabelecimentos que recebem a produção agrícula brasileira. Os produtores depositam os seus grãos nesses Silos. A partir daí, o administrador do armazém emite um documento chamado conhecimento de depósito. Esse ticket pode ser negociado em razão do depósito feito pelo produtor. Um título.
Essas pessoas são importantes para a manutenção dos negócios, e a junta regularizou-os.
*Arquivamento
Arquivamento de tudo que diz respeito aos atos referentes a junta comercial.
Consórcio de empresa. Consórcio é um contrato pelo qual várias empresas se unem para executarem um empreendimento comum. Só que esse consórcio não tem personalidade jurídica. Cada um responde pela parte que lhe caiba. Mas esse documento precisa estar arquivado na junta, para saber qual é a responsabilidade de cada um.
*Autenticação
A junta autentica todos os seus documentos, e a sua escrituração mercantil.
Hoje nem tanto. Antes a autenticação mercantil era feita em livros, em papéis.
Publicidade. Tudo está exposto para todos.
7)Documentos não sujeitos a Arquivamento
Art. 35. Não podem ser arquivados:
I - os documentos que não obedecerem às prescrições legais ou regulamentares ou que contiverem matéria contrária aos bons costumes ou à ordem pública, bem como os que colidirem com o respectivo estatuto ou contrato não modificado anteriormente;
II - os documentos de constituição ou alteração de empresas mercantis de qualquer espécie ou modalidade em que figure como titular ou administrador pessoa que esteja condenada pela prática de crime cuja pena vede o acesso à atividade mercantil;
III - os atos constitutivos de empresas mercantis que, além das cláusulas exigidas em lei, não designarem o respectivo capital, bem como a declaração precisa de seu objeto, cuja indicação no nome empresarial é facultativa;
IV - a prorrogação do contrato social, depois de findo o prazo nele fixado;
V - os atos de empresas mercantis com nome idêntico ou semelhante a outro já existente;
VI - a alteração contratual, por deliberação majoritária do capital social, quando houver cláusula restritiva;
VII - os contratos sociais ou suas alterações em que haja incorporação de imóveis à sociedade, por instrumento particular, quando do instrumento não constar:
a) a descrição e identificação do imóvel, sua área, dados relativosà sua titulação, bem como o número da matrícula no Registro Imobiliário;
b) a outorga uxória ou marital, quando necessária;
VIII - os contratos ou estatutos de sociedades mercantis, ainda não aprovados pelo Governo, nos casos em que for necessária essa aprovação, bem como as posteriores alterações, antes de igualmente aprovadas.
Parágrafo único. A Junta não dará andamento a qualquer documento de alteração de firmas individuais ou sociedades, sem que dos respectivos requerimentos e instrumentos conste o Número de Identificação de Registro de Empresas - NIRE.
8) Prazo para arquivamento
Art. 36. Os documentos referidos no inciso II do art. 32 deverão ser apresentados a arquivamento na Junta, dentro de 30 (trinta) dias contados de sua assinatura, a cuja data retroagirão os efeitos do arquivamento; fora desse prazo, o arquivamento só terá eficácia a partir do despacho que o conceder.Se forem publicados até o prazo de 30 dias, eles retroagirão.
9)Atos decisórios
*Exame de formalidade
A junta defere documentos que atendem a todos os requisitos formais.
Há dois tipos de decisões emitidas pela junta:
*decisões colegiadas
Os atos complexos estão sujeitos a decisões colegiadas.
Atos complexos estão no art. 41 "são atos complexos: tudo relacionado a sociedade anonima, tudo relacionado a consórcio, tudo relacionado a grupo societário, transformação, fusão, incorporação, sisão. Todos esses atos serão submetidos a decisões colegiadas.
*decisões singulares
Os atos simples estão sujeitos a decisões singulares.
Todos os demais atos, não descritos no artigo 41, estão sujeitos a decisões singulares.
Processo revisional
*Pedido de retratação
*recurso ao plenário
*recurso da Min. do Planejamento
AULA VIII
Há três tipos de recursos:
 Pedido de reconsideração
cabe pedido de reconsideração apenas das decisões da junta que provocam o interessado a sanar vício num prazo de 30 dias, conforme art.44 da lei 8934. Não cabe pedido de reconsideração da decisão que defere ou indefere. Cabe apenas pedido de reconsideração da decisão que provoca o interessado a sanar determinado vício. Em qualquer momento ele poderá pedir retratação, reconsideração.
Recurso ao plenário
É interposto sobre a decisão de primeira instância. Singular ou colegiada? Depende do ato a que foi submetida a decisão da junta. Cabe ao plenário decisão que indefere arquivamento, que provoca o sujeito a tomar determinada providência, no sentido de sanar vício. O recurso de plenário deve ser interposto no prazo de 10 dias úteis, conforme estabelece o artigo 50 da lei 8934. 
recurso ao ministro de planejamento
O recurso ao ministro do planejamento é interposto da decisão proferida pelo plenário. A decisão do plenário é aquela decisão de segunda instância. Se é uma decisão proferida pelo plenário será sempre uma decisão colegiada, o recurso ao ministro do planejamento é encaminhado para o DNRC, que é um órgão vinculado ao ministro do planejamento, da industria e do comércio. O prazo para interposição desse recurso é de 10 dias úteis. Art.50 ou proximidade.
Esse tema é de grande relevância para o operador do direito e para o empresário. 
Micro empresa ou empresa de pequeno porto é um tratamento jurídico favorecido em quem esteja enquadrado como micro empresa ou empresa de pequeno porte.
Base constitucional
Artigo 170 da constituição federal, guarda bases para micro empresa e empresa de pequeno porte. 
Tratamento favorecido. Contra o princípio da isonomia, a partir do princípio do art.170.
qual a carga tributária de quem fatura até 180 mil reais: 4% 0 de imposto de renda. 0% de todos os outros impostos.
Entre 180 a 360, a carga tributária total é de 5,47%
Essa já é uma grande vantagem fiscal para o empresário. Há uma redução importantíssima da carga tributária. Ele não paga demais
O que é uma micro empresa?
Regulamentação
Lc 123
Objetivo
ME
Art.3 da lei comp.123
considera-se micro empresa os empresários individuais, Eireli ou sociedade empresária, ou sociedade simples, que aufiram receita bruta anual de até 360 mil reais.  Micro empresa pode ser pessoa natural ou pessoa jurídica.
EPP
Oe mpresário individual, a sociedade empresária, a eireli ou a sociedade simples, que
aufira receita bruta anual superior a 360 mil reais, mas menos ou igual a 3 milhões e 600 mil reais.
Art.3 paragrafo 4
Não poderá se beneficiar dessa lei, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica: de cujo o capital participe outra pessoa jurídica.
insico 7 que participe do capital pessoa jurídica da qual é sócia, poderá enquadrar-se como micro empresa ou empresa de pequeno porte.
Inciso 2 que seja filial, sucursal, agência, ou representação de pessoa jurídica estrangeira.
De cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário individual, que esteja enquadrado como ME ou EPP, desde que a receita bruta anual de ambas ultrapasse o teto previsto na lei. 
Cujo titular ou sócio com mais de 10% participe de outra empresa, não beneficiada por esta lei, desde que a receita bruta anual ultrapasse o inciso 2 de que trata este artigo.
Pregão eletrônico, ao invez de 10%, 5% de diferença.
Que seja constituída sob a forma de sociedade anônima
Empresas resultantes de cisão nos último 5 anos.
Não podem se enquadrar como me ou epp
art3 paragrafo 4
Vantagens no registro
isenção de taxas art.4 paragrafo 3
processo unificado art 4 caput
alteração e dissolução art 9
Alvará provisório parágrafo 7
Vantagens mercodotologicas
licitações participam da licitação sem certidão negativa, ou positiva com efeito de negativa. São obrigados a apresentar a certidão, apenas quando forem assinar o contrato.
Fiscalização orientadora
art.55  fala que nos aspectos sanitários, metrológico, ambiental e de segurança adotará o sistema da dupla visita. A primeira visita que o particular irá receber tem viés orientador. Somente a partir da 2 visita que será permitido que o órgão sanitário metrológico ambiental, trabalhista e de segurança faça autuação. Isso está disposto no artigo 55.
Relações trabalhistas
e.g. as micro empresas não precisam afixar quadro de trabalho nas instalações, anotações de férias, matricular e empregar aprendizes nos cursos de serviço nacional de aprendizagem, não precisa do livro manutenção do trabalho, não precisa fazer comunicação ao ministério da justiça.
Representação na justiça do trabalho
art.54 podem ser representados por qualquer pessoa.
Associativismo
Pequeno empresário
Deliberações societárias
Nome empresarial
Juizado especial
Aula IX
Vantagens mercadológicas
Simplificação das relações de trabalho
Acesso à justiça do trabalho
fiscalização orientadora
já falado
associativismo
Artigo 56
Art. 56.  As microempresas ou as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional poderão realizar negócios de compra e venda de bens, para os mercados nacional e internacional, por meio de sociedade de propósito específico nos termos e condições estabelecidos pelo Poder Executivo federal.
Uma sociedade enquadrada como microempresa ou empresa de pequeno porte não pode participar como sócia de nenhuma outra sociedade.
O artigo 3 parágrafo 4 estabelece que não serão enquadradas como ME ou EPP a pessoa jurídica que sejam sócias de outras empresa.
Tem uma exceção.
Permite que enquadrados enquadrados como ME ou EPP sejam sócios de sociedades de propósito específico, sem fins lucrativos. Que tenham 2 objetivos: Comprar mercadoria de seus próprios sócios para exporta-las, ou comprar mercadoria de fornecedores, para vender exclusivamente aos seus próprios sócios.
Diferença de capital social e lucro
Capital social é tudo que foi aportado pelos sócios, ao longo do tempo, na empresa.
Lucro são os abonos positivos e prejuízos negativos menos o imposto de renda que a pessoa empresária tem no período de um ano.
Capital social não tem nada a ver com o lucro.
pequeno empresário
Art. 68
Art. 68. Considera-se pequeno empresário, para efeito de aplicação do disposto nos arts.970 e 1.179 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), o empresário individual caracterizado como microempresa na forma desta Lei Complementar que aufira receita bruta anual até o limite previsto no § 1o do art. 18-A.
O pequeno empresário é considerado pela lei fiscal como microempreendedor individual. Ele paga uma tributação fixa expressa em reais. O artigo 18 a da própria lei de microempresa estabelece que a carga tributária total desse pequeno empresário será de 100 reais por mês, fixo. Considerado tudo.
O pequeno empresário é dispensado de ter escrituração mercantil, ele não precisa ter escrituração mercantil. Quem pode ser pequeno empresário? apenas o empresário individual, enquadrado como microempresa. Que alfira receita bruta anual de até 60 mil.
Apenas para empresário individual, não para EPP ou ME.
O artigo 1179 da lei n 10.406 dispensa o pequeno empresário de ser considerado com crime falimentar, se estiver na lei do pequeno empresário.
deliberações societárias
art. 70
Art. 70.  As microempresas e as empresas de pequeno porte são desobrigadas da realização de reuniões e assembléias em qualquer das situações previstas na legislação civil, as quais serão substituídas por deliberação representativa do primeiro número inteiro superior à metade do capital social.
§ 1o  O disposto no caput deste artigo não se aplica caso haja disposição contratual em contrário, caso ocorra hipótese de justa causa que enseje a exclusão de sócio ou caso um ou mais sócios ponham em risco a continuidade da empresa em virtude de atos de inegável gravidade.
§ 2o  Nos casos referidos no § 1o deste artigo, realizar-se-á reunião ou assembléia de acordo com a legislação civil.
Miguel Reale nunca se destacou como comercialista, ele, ao escrever o livro de direito de empresa, teve como objetivo democrático, aumentar a participação do minoritário nas deliberações societárias.
Esse foi o nobre objetivo do Miguel Reale. Numa sociedade qualquer vigorava a regra de que a maioria aprovava, toda e qualquer matéria. Quem tinha metade +1 das cotas sociais, tinha poderes para aprovar determinada matéria. O Miguel Reale elevou este Quórum. Várias matérias tiveram seu quórum necessário acrescido.
A prática acabou por criticar essa nova regra do código civil, e , corretamente, o artigo 70 do estatuto da microempresa e da empresa de pequeno porte.
nome empresarial
Todo empresário enquadrado como micro empresa ou empresa de pequeno porte deverá acrescer ao seu nome empresarial a expressão "micro empresa" ou a sigla ME. Ou a expressão "Empresa de Pequeno Porte ou a sigla EPP.
acesso á justiça
escritura mercantil
2) escrituração mercantil
Tudo está entre 1179 até 1195 do código civil
Pra que serve? é uma ferramenta do mercado. É uma ferramenta do empresário. É uma ferramenta do próprio fisco.
Ferramenta do empresário porque através da escrituração mercantil que o empresário consegue administrar o seu negócio.
É através da escrituração mercantil que podemos auferir o poder de patrimônio de cada empresa.
A escrituração mercantil é também uma ferramenta das autoridades fazendárias. É através da escrituração que a autoridade avalia se o recolhimento daqueles tributos se deu de forma correta ou não.
1)Princípios da escrituração mercantil
sigilo
A escrituração mercantil é estritamente essencial. Quanto cada pessoa ganha é sigiloso. Diz respeito a intimidade do empresário. Não apenas íntimo, mas também estratégico. Baseado no artigo 5 inciso X
Art 5° -X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
fidelidade
A escrituração mercantil precisa ser fiel à realidade. Não pode existir caixa 2. A escrituração mercantil precisa retratar fidedignamente as relações comerciais de um empresário.
liberdade
O empresário pode escolher seu sistema de contabilidade. O sistema das partidas simples, e o sistema das partidas dobradas.
O livro diário é obrigatório por lei, mas os outros livros de controle são opcionais ao empresário.
Livro diário.
Demonstrações financeiras.
Balanço patrimonial e demonstração de resultado. Resumo da situação patrimonial do empresário durante 1 ano.
CAPÍTULO IV
Da Escrituração
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
§ 1o Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos interessados.
§ 2o É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970.
Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.
Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico.
Art. 1.181. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis.
Parágrafo único. A autenticação não se fará sem que esteja inscrito o empresário, ou a sociedade empresária, que poderá fazer autenticar livros não obrigatórios.
Art. 1.182. Sem prejuízo do disposto no art. 1.174, a escrituração ficará sob a responsabilidade de contabilista legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na localidade.
Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens.
Parágrafo único. É permitido o uso de código de números ou de abreviaturas, que constem de livro próprio, regularmente autenticado.
Art. 1.184. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício da empresa.
§ 1o Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o período de trinta dias, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para registro individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação.
§ 2o Serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o de resultado econômico, devendo ambos ser assinados por técnico em Ciências Contábeis legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária.
Art. 1.185. O empresário ou sociedade empresária que adotar o sistema de fichas de lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele.
Art. 1.186. O livro Balancetes Diários e Balanços será escriturado de modo que registre:
I - a posição diária de cada uma das contas ou títulos contábeis, pelo respectivo saldo, em forma de balancetes diários;
II - o balanço patrimonial e o de resultado econômico, no encerramento do exercício.
Art. 1.187. Na coleta dos elementos para o inventário serão observados os critérios de avaliação a seguir determinados:
I - os bens destinados à exploração da atividade serão avaliados pelo custo de aquisição, devendo, na avaliação dos que se desgastam ou depreciam com o uso, pela ação do tempo ou outros fatores, atender-se à desvalorização respectiva, criando-se fundos de amortização para assegurar-lhes a substituição ou a conservação do valor;
II - os valores mobiliários, matéria-prima, bens destinados à alienação, ou que constituem produtos ou artigos da indústria ou comércio da empresa, podem ser estimados pelo custo de aquisição ou de fabricação, ou pelo preçocorrente, sempre que este for inferior ao preço de custo, e quando o preço corrente ou venal estiver acima do valor do custo de aquisição, ou fabricação, e os bens forem avaliados pelo preço corrente, a diferença entre este e o preço de custo não será levada em conta para a distribuição de lucros, nem para as percentagens referentes a fundos de reserva;
III - o valor das ações e dos títulos de renda fixa pode ser determinado com base na respectiva cotação da Bolsa de Valores; os não cotados e as participações não acionárias serão considerados pelo seu valor de aquisição;
IV - os créditos serão considerados de conformidade com o presumível valor de realização, não se levando em conta os prescritos ou de difícil liqüidação, salvo se houver, quanto aos últimos, previsão equivalente.
Parágrafo único. Entre os valores do ativo podem figurar, desde que se preceda, anualmente, à sua amortização:
I - as despesas de instalação da sociedade, até o limite correspondente a dez por cento do capital social;
II - os juros pagos aos acionistas da sociedade anônima, no período antecedente ao início das operações sociais, à taxa não superior a doze por cento ao ano, fixada no estatuto;
III - a quantia efetivamente paga a título de aviamento de estabelecimento adquirido pelo empresário ou sociedade.
Art. 1.188. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o ativo e o passivo.
Parágrafo único. Lei especial disporá sobre as informações que acompanharão o balanço patrimonial, em caso de sociedades coligadas.
Art. 1.189. O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de lucros e perdas, acompanhará o balanço patrimonial e dele constarão crédito e débito, na forma da lei especial.
Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei.
Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência.
§ 1o O juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou de ação pode, a requerimento ou de ofício, ordenar que os livros de qualquer das partes, ou de ambas, sejam examinados na presença do empresário ou da sociedade empresária a que pertencerem, ou de pessoas por estes nomeadas, para deles se extrair o que interessar à questão.
§ 2o Achando-se os livros em outra jurisdição, nela se fará o exame, perante o respectivo juiz.
Art. 1.192. Recusada a apresentação dos livros, nos casos do artigo antecedente, serão apreendidos judicialmente e, no do seu § 1o, ter-se-á como verdadeiro o alegado pela parte contrária para se provar pelos livros.
Parágrafo único. A confissão resultante da recusa pode ser elidida por prova documental em contrário.
Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração, em parte ou por inteiro, não se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas leis especiais.
Art. 1.194. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondência e mais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou decadência no tocante aos atos neles consignados.
Art. 1.195. As disposições deste Capítulo aplicam-se às sucursais, filiais ou agências, no Brasil, do empresário ou sociedade com sede em país estrangeiro.
Continuação pós escrituração mercantil
--> diário
--> demonstrações financeiras
3) requisitos
autenticação
idioma e moeda nacionais
demais formalidades
4) livros empresariais
comum
especiais
5) livros não empresariais
6) exceções ao princípio do sigilo
*exibição judicial
*análise específica
*autoridades fazendárias
7) guarda e manutenção
8) valor probante
Aula X
Escrituração Mercantil
1)Princípios
2)Diário
Apenas o pequeno empresário, está dispensado de manter escrituração mercantil, arg.1179, CC parágrafo segundo
Demonstrações financeiras
3)requisitos
Os requisitos estão no artigo 1181, 1182 e 1183 do CC
1181 estabelece que os livros empresariais devem ser levados para autenticação na junta comercial.
Segundo requisito: o livro empresarial deve ser elaborado por contabilista, ou contador.
Contabilista: curso técnico de contabilidade
Contador: graduado em ciências contábeis
art.1183, terceiro requisito: escritos em moeda e lingua nacionais. Não devem conter espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras e acréscimos para além de suas margens.
livros que não atenderem esses requisitos conterão vícios formais, e poderão ser desconsiderados, como meio de prova e também pelos órgãos fazendários.
4)livros empresariais
O diário é o único livro obrigatório. O empresário pode utilizar outros livros empresariais auxiliares. Não por imposição da lei, mas em razão da transparência.
4.1.)Livros obrigatórios para apenas alguns empresários especiais
livro de registro de ações nominativas
Livro de registro de transferência de ações nominativas
Livro de debentures
Livro de atas de assembléia geral ordinária e extraordinária
livro de ata da reunião do conselho de administração
5)livros não empresariais
art.100 da lei de SA6)exceção ao princípio do sigilo7)guarda e manutenção8)valor probante
Nome empresarial
confusão: nome empresarial, marca e nome fantasia
Marca é nome de produto, é um bem. Vale dinheiro.
Nome empresarial indica pessoa, marca indica produto.
nome empresarial está registrado na junta comercial
marca está registrada no INPI Instituto nacional de propriedade individual
1)conceito
A lei não protege o nome fantasia.
2)especies
ativo
Somam diversas contas que terminam num número qualquer.
-
-
-
1.000
Passivo
Somam diversas contas, subtraem pelos gastos, chegam ao patrimônio líquido, de número qualquer.
-
-
-
P.L.
1.000
3)Princípios
veracidade
novidade
4)proteção ao nome empresarial
-->art. 5 XXIX/CF
-->art. 1166 CCB
-->art.61 decreto 1800
-->art 32 lei 8934
Empresarial XI
Nome empresarial
1)conceito
2)espécies
3)princípios
Veracidade: sobrenomes reais
Anterioridade: quem veio antes tem direito
4)proteção ao nome empresarial
Dois empresários individuais não podem ter seus nomes inscritos de forma igual na mesma junta comercial.
A proteção ao nome empresarial se limita a jurisdição da junta comercial em que ele estiver registrado.
A exclusividade de uma sociedade simples na utilização de sua denominação se dá em qual âmbito? da comarca. Porque ela está registrada num cartório, e a jurisdição do cartório se limita a circunscrição da comarca.
Junta comercial tem jurisdição estadual.
Se estende a qualquer atividade, o nome empresarial.
5.1 sociedade simples opera sob denominação
5.2 Empresário Individual, art 1155 do CC.
Requerir em cada junta comercial a proteção ao nome de sua empresa. 
denominação
Paragrafo 1
art.1158 par 1
Aula XI
Companhia só pode ser usado nas empresas no começo, caso não sejam comandita simples ou sociedade em nome coletivo. O nome empresarial é regido pelo princípio da veracidade, e se companhia fosse usado ao final haveria prejuízo ao princípio da veracidade.
O artigo 1160 do CC se refere a nome empresarial de sociedade anônima, mas contêm dois erros crassos. Por isso já se encontra derrogado pelo desuso. Quais são os erros? No século 20 observamos um movimento de concentração empresarial especialmente nas sociedades anônimas, que passaram a explorar inúmeras atividades. A sociedade limita, a eireli sim, a SA não.
O segundo erro crasso é que ele não veda a utilizaçãoda expressão companhia ao final. Por esta razão, o DNRC concluiu que o artigo 3 da lei 6404 lei de SA continua regulamentando o nome empresarial da sociedade anônima.
Colidência do nome empresarial
Nome registrado primeiro tem exclusividade. Se a junta registrar outro nome idêntico, haverá direito de ação contra o titular desse nome idêntico. Pode obrigar o novo a modificar seu nome.
Exame de colidência
Haverá colidência quando estivermos diante de nomes identicos ou semelhantes.
O que são nomes identicos?
Nomes identicos são nomes homógrafos. Isto é, nomes que possuem exatamente a mesma grafia. Nomes semelhantes, são nomes homofonos. Nomes que possuem o mesmo som.
Analisar inicialmente o nome do empresario que se registrou em primeiro lugar. Ele terá proteção legal. Sempre espera-se que o nome que aparece em primeiro lugar, foi supostamente registrado em primeiro lugar. Como proceder a análise.
1 regra
Devo verificar se se o nome em análise é uma firma. Se for uma firma, promoverá uma análise comparativa considerando o nome por inteiro. Da primeira palavra até a última. Isso se se tratar de firma. Firma individual ou social. Quando se trata de denominação, é possível tanto a análise do nome por inteiro como a análise de um termo específico do nome. Será admissível a análise isolada de um termo específico de um nome, apenas quando esse nome for incomum. O nome incomum é aquele que não é conhecido pela língua portuguesa ou estrangeira. O artigo 9 estabelece quais são os nomes comuns. Nomes comuns são denominações genéricas de atividade. Construtora, padaria, danceteria, bar. Ou gênero, espécie natureza, lugar ou procedência. Ou, termos tecnicos artísitco ou vernaculo nacional ou estrangeiro, assim como qualquer outro de uso vulgar ou particular. Nome civil. Conjunto de letras, salvo se constituir uma sigla.
O público consumidor poderá confundir os dois?
Princípio da especialidade, como circunstância agravante, e conclui pela existência de colidência.
Em 2000 foi constituida em bh uma sociedade denominada educampo agropecuária limitada. Em 2012 foi constituída uma sociedade em Araxá, denominada edicampo agropecuária limitada.
Educampo agropecuária limitada
edicampo locação de veículos limitada
Princípio da especialidade caracterizaria atenuante.

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