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0 UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA - UEPB ABDAN CAVALCANTI ABDALA EMANUEL MARTINIANO DE ARAÚJO SILVA ÍTALO PIERRE ARAÚJO DE LIMA JOSÉ GUILHERME DA SILVA LETÍCIA SANTOS PORTO DE ARAÚJO ERRO, DOLO, COAÇÃO, ESTADO DE PERIGO E LESÃO CAMPINA GRANDE – PB 2019 1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA - UEPB ABDAN ABDALA EMANUEL MARTINIANO DE ARAÚJO SILVA ÍTALO PIERRE ARAÚJO DE LIMA JOSÉ GUILHERME DA SILVA LETÍCIA SANTOS PORTO DE ARAÚJO ERRO, DOLO, COAÇÃO, ESTADO DE PERIGO E LESÃO Parte escrita do seminário apresentado ao Centro de Ciências Jurídicas, Universidade Estadual da Paraíba, como requisito parcial para aprovação do Componente Curricular Direito Civil I. Orientadora: Profa. Me. Raissa de Lima e Melo CAMPINA GRANDE – PB 2019 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 03 2 ERRO ............................................................................................................... 04 3 DOLO ............................................................................................................... 06 4 COAÇÃO ......................................................................................................... 07 5 ESTADO DE PERIGO...................................................................................... 08 6 LESÃO ............................................................................................................. 09 CONCLUSÃO .................................................................................................. 12 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 13 3 1 INTRODUÇÃO De acordo com o texto do site Direito Legal, cujo link está nas referências, o termo “defeito” diz respeito a qualquer desvio de determinada característica em relação aos seus requisitos, podendo afetar, ou não, a capacidade de determinada ação produzir os resultados esperados e queridos. Em relação ao instituto do negócio jurídico, a manifestação de vontade é um dos principais requisitos de existência pois, sem ela, não há relação negocial entre as partes. Portanto, tal vontade deve ser manifestada de maneira clara e sem vícios, isso quer dizer, sem defeitos que retirem sua validade. Dessa maneira, na formação de um negócio jurídico, caso haja manifestação de vontade de ambas as partes, entretanto, uma delas encontra-se viciada por qualquer que seja o motivo, os efeitos produzidos por essa relação serão dotados de defeitos. Os defeitos ou vícios de um negócio jurídico são, portanto, as imperfeições que podem surgir em razão de irregularidades na formação da vontade ou declaração de vontade de uma das partes e, de acordo com o tamanho desse vicio, o negócio jurídico pode ser considerado absoluta ou relativamente nulo. Além disso, os defeitos ou vícios de um negócio jurídico podem ser de duas espécies: os vícios de consentimento (aqueles relacionados à vontade das partes: Erro, dolo, coação, lesão e estado de perigo) e os vícios sociais (aqueles que dizem respeito à boa-fé: Fraude contra credores e a simulação. 4 2 ERRO No Direito Civil, os fatos jurídicos funcionam como uma ponte que conecta o sujeito ao o objeto. Ele representa o terceiro elemento da relação jurídica e divide-se em atos jurídicos, negócios jurídicos e atos jurídicos ilícitos, porém, nesse trabalho, nós nos deteremos a parte relacionada aos negócios jurídicos, mais especificamente, uma de grande relevância e bastante peculiar: a categoria dos seus defeitos que se subdivide em duas: os vícios de consentimento e os vícios sociais. Localizada no Capítulo IV, do Livro III do nosso Código Civil, o “erro” é o primeiro dos vícios de consentimento (o assunto tratado pelo nosso grupo) que surge aos nossos olhos e que engloba os artigos 138 ao 144 do nosso Código Civil. É interessante pontuar que há a equiparação à ignorância, porém isso é uma falta muito grande do nosso legislador, pois é equívoco comparamos os dois como sinônimos, uma vez que, seus significados diferem totalmente um do outro. A ignorância é o não conhecimento, a ausência dele, enquanto o erro significa como uma falsa interpretação da situação concreta. Dessa forma, podemos iniciar com a análise dos artigos, começando com o art.138 que nos apresenta dois tipos de erro, o substancial ou essencial e o escusável. O escusável é aquele em que qualquer pessoa com cuidado, considerado normal, cometeria, afastando, desse modo, a anulação por parte daquela pessoa que atuou com negligência, porém com o Enunciado nº. 12, da I Jornada de Direito Civil realizada no Superior Tribunal de Justiça, ele se tornou irrelevante, pois, agora, adota-se o princípio da confiança, na qual se o beneficiário tinha conhecimento de que poderia haver o erro, era seu dever evita-lo. Já o erro substancial se caracteriza por ser aquele que incide sobre um aspecto essencial do negócio jurídico e que, portanto, pode acarretar com mais facilidade em sua anulação. O art.139 nos demonstra cinco modalidades desse erro: sobre à natureza do negócio, o objeto principal da declaração, a alguma das qualidades a ele essenciais; à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade; e, por último, sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei. No art. 140, é nos apresentado o falso motivo que só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante. Ou seja, apesar de não ser um requisito essencial, se o motivo estiver expresso no negócio jurídico e ainda for a causa 5 determinante para a sua realização, caso ele demonstre ser falso, poderá se requerer a sua anulação. É interessante pontuar que essa motivação pode ainda ser algo relacionado com o futuro. O art.141, por sua vez, aborda a transmissão errônea da vontade, algo que é muito frequente e que também possibilita a anulação do negócio jurídico. Pela redação do artigo, temos que a transmissão errônea da vontade utilizando-se de meios interpostos é anulável nos mesmos casos em que o é a declaração direta. Ou seja, é uma artigo significativamente útil, uma vez que, atualmente, apesar de contarmos com um avanço surpreendente das tecnologias no setor de comunicação, não é incomum que surjam casos e mais casos noticiados pela televisão, ou em sites, de pessoas que foram prejudicadas porque estavam em uma negociação pela internet quando houve uma queda de energia, ou que o aparelho celular travou e a pessoa clicou em aceitar algo que não desejava. Por outro lado, os artigos 142 e 143 trazem consigo o que denominamos de erro acidental, um tipo de erro que não admite a anulação do negócio jurídico, porque subtende-se que, por se tratar de um erro que atinge apenas uma característica secundária e não essencial, as partes ainda desejariam manter o negócio. Logo, temos que o art.142 descreve que “o erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade, não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a coisa ou pessoa cogitada” e o art.143 que “o erro de cálculo apenas autoriza a retificação da declaração de vontade”. Por último, mas não menos importante, o art.144 nos apresenta o princípio da conservação dos negócios jurídicos, uma vez que afirma “o erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante”. Portanto,temos uma tentativa do legislador com a finalidade de conservar os negócios jurídicos, uma vez que, nos expõe o esforço de uma das partes em manter as relações estabelecidas apesar do erro cometido. Ademais, é necessário ressaltar dois pontos: vício redibitório é diferente de erro, pois enquanto o erro atua no interior do agente, no campo da subjetividade, o vício redibitório se configura como um erro do objeto do negócio jurídico, é um fato externo, e está previsto no art. 441 do Código Civil, no qual se ocorrer, pode resultar no 6 abatimento do valor ou na devolução do objeto e sua restituição por outro de mesma espécie ou pelo valor que foi pago por ele. O outro ponto é relativo aos efeitos que a anulação provoca em um negócio jurídico que possuem como característica serem “ex tunc”, ou seja, retroativos. 3 DOLO No Direito Civil, o Dolo ocorre quando uma pessoa de má-fé, maliciosamente engana outra pessoa, para obter alguma vantagem no negócio jurídico. O Dolo pode ser cometido por uma das partes do negócio jurídico, por um terceiro, por um representante, por ambas as partes. O Dolo principal é quando o dolo tem influência direta na realização do negócio jurídico, dessa forma o negócio torna-se de possível anulação, já que o dolo foi a principal causa do negócio se concretizar, o Dolo principal esta previsto no Art. 145. CC. Dolo Acidental é quando o dolo não foi a principal razão para realização do negócio, ou seja, mesmo que a parte tivesse conhecimento do Dolo, ela ainda realizaria o negócio jurídico, porém em condições mais favoráveis a ela. Nesse dolo ele não anula o negócio jurídico, ele só obriga a satisfação das perdas e danos como está previsto no Art. 146. CC. O dolo negativo é aquele quem o agente de má-fé se omite, ele esconde algum fato que se a outra parte tomasse conhecimento o negócio não seria realizado. É necessário que ocorra o silêncio intencional e esse silêncio deve recair sobre um fato desconhecido da outra parte. Caso o silêncio seja de um fato que a outra parte conheça, ou o silêncio seja por que a parte n conhece o fato, nesse caso não haverá dolo. Este dolo está previsto no Art. 147. CC. O Dolo de terceiro, é quando um terceiro age de má-fé para enganar uma parte, afim beneficiar uma das partes ou a si mesmo, nesse caso para que ocorra anulação é necessário que a parte tenha obtido benefícios do dolo, e que a parte que obteve benefício, tivesse ou devesse ter conhecimento do dolo praticado pelo terceiro. Já, na manutenção do negócio jurídico o terceiro que cometeu o dolo deverá responder por perdas e danos. Este dolo está previsto no Art. 148. CC. 7 O Dolo do representante, o representante pode ser um representante legal ou convencional. O Representante legal, é quando os poderes de representação são conferidos por lei, como os pais são representante dos filhos. Já, o representante convencional é quando uma pessoa natural ou jurídica escolhe por vontade própria, outra pessoa natural ou jurídica. No caso do representante legal o representado só será responsável pelo proveito que obteve, caso não tenha obtido ele não terá qualquer responsabilidade. O representado pelo representante convencional, terá responsabilidade total respondendo por perdas e danos. Este dolo está previsto no Art. 149. CC. O Dolo de ambas as partes, ocorre quando ambas as partes procedem com dolo, tanto por dolo omissivo quanto comissivo. Nesse caso não será possível alegar dolo por nenhuma das partes, nem para anulação do negócio, ou para requerer alguma indenização. Já que ambas as partes agiram de má-fé. Este dolo está previsto no Art. 150. CC. 4 A COAÇÃO Para Flavio Tartuce, a coação é “uma pressão física ou moral exercida sobre o negociante, visando obrigá-lo a assumir uma obrigação que não lhe interessa. Aquele que exerce a coação é denominado coator e o que sofre, coato, coagido ou paciente”. A coação é um defeito do negócio jurídico, um vício do consentimento, e está disciplinada do artigo 151 ao 155 do Código Civil. A pessoa poderá alegar a coação para anular o negócio jurídico e querer perdas e danos. Tem o objetivo de constranger alguém a realizar um negócio jurídico. A coação pode ser classificada em Coação física ou absoluta e Coação moral ou relativa. “Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.” Da analise do dispositivo, podem ser identificados os seguintes requisitos da coação: A coação deve ser a causa determinante no negócio e deve ser grave; “Art. 152. No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela.” 8 “Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor reverencial.” Ou seja, deve ser injusta; deve considerar um dano iminente e considerável; e deve representar um prejuízo à pessoa ou a bens da vitima ou a pessoas da sua família; “Art. 151. Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação.” Além disso, a coação, por vezes, pode ter origem na conduta de terceiro, alheio ao negócio. “Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com aquele por perdas e danos.” A coação exercida por terceiro só tem o poder de anular o negócio se a parte beneficiada teve ou devesse ter conhecimento da ameaça. “Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da coação responderá por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto.” 5 ESTADO DE PERIGO O Estado de Perigo está previsto em nosso Código Civil de 2002 da seguinte maneira: “Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume: Obrigação excessivamente onerosa. Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias características do Estado de Perigo.” O Estado de Perigo configura-se quando alguém, em extrema necessidade, conhecida pela outra parte, pratica um negócio assumindo um valor desproporcional e excessivo para livrar a si, ou outra pessoa da família, de um gravoso dano. Se a pessoa não for da família, o juiz irá analisar a questão adequando, ou não, ao Estado de Perigo. Ademais, ao analisar o Art. 156° do Código Civil, podemos decifrar alguns elementos essenciais do Estado de Perigo: Situação de necessidade; Iminência de dano atual e grave; Nexo de causalidade entre a declaração e o perigo do dano; Incidência do perigo de dano sobre a pessoa do declarante ou de sua família; Conhecimento do perigo pela outra parte; e Aquisição de obrigação excessivamente onerosa; São exemplos de Estado de Perigo os seguintes casos: O pai que assina um cheque em branco para um 9 pescador salvar seu filho de um naufrágio; Uma pessoa entrega todas as suas joias para ser salva de um incêndio e; Uma pessoa promete alguns de seus bens para que outra pessoa lhe preste socorro em um acidente de trânsito; Tendo em vista todos os tópicos supracitados, podemos elencar algumas consequências que esses negócios, quando praticados de má-fé, podem ocasionar juridicamente se o fato for considerado e provado como Estado de Perigo pode ocorrer a Anulação do Negócio Jurídico, levando em consideração oque está previsto no Art. 178, II do CC: Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico; -Revisão do contrato para a adequação do valor (Aplicando por analogia o que está previsto no §2° do ART. 157 do CC: não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou de a parte favorecida concordar com a redução do proveito; 6 LESÃO Realizaremos uma análise sobre o instituto da lesão, que teve de fato sua efetivação no Código civil de 2002, sendo criados elementos objetivos e subjetivos como forma de melhor compreensão das suas características. Ela concebe vício de vontade na realização do negócio jurídico. No sentido de resguardar e ter maior segurança na sua tramitação, a lei demostra possibilidade de manutenção do contrato devido à desproporção inicial da negociação ofertando a diferença, trazendo, dessa forma, o equilíbrio novamente. Hodiernamente o instituto da lesão serve para garantir proteção ao indivíduo que realiza um negócio jurídico em situação de inferioridade (desigualdade), e esse lhe traz um prejuízo patrimonial excessivo por haver a excessiva desproporção com relação à prestação oposta. Refere-se a um vício de consentimento que está previsto no artigo 157 do Código Civil que se caracteriza quando alguém obtém lucro manifestamente desproporcional ao valor legítimo do objeto negociado, se aproveitando da inexperiência ou da premente 10 necessidade do outro contratante onde podemos analisar em dois elementos: o objetivo e o subjetivo. No elemento subjetivo temos inicialmente a premente necessidade que está relacionada com a necessidade econômica que o indivíduo tem em realizar o negócio jurídico. Não importa a condição social da pessoa, se ela é rica ou pobre, mas sim se ela estava em estado de necessidade no instante em que realizou o negócio. Temos como exemplo quem vende um imóvel com valor bem abaixo do mercado pelo fato de precisar com urgência pagar dívida relacionada à pensão alimentícia sob pena de ser presa. Já o quesito inexperiência não está relacionado ao grau de instrução (acadêmico) de uma pessoa, como exemplo, temos um cidadão que somente tenha o ensino fundamental pode ter abundante experiência em contratos comerciais. A inexperiência está relacionada à falta de conhecimento técnico quanto ao negócio jurídico. Por exemplo, um Médico pode ser inexperiente em relação a um contrato imobiliário; enquanto um corretor de imóveis pode ser inexperiente em relação a um contrato de serviços médicos. Também podemos considerar inexperiência a própria falta de experiência de vida, como uma pessoa idosa que nunca trabalhou. Por sua vez, o elemento objetivo consiste no valor do negócio estabelecido, que deve ser descomunal á contraprestação, valores divergentes do natural. Em um contrato cumulativo (contrato de prestações certas e determinadas) deve haver um equilíbrio entre as prestações das partes. A desproporção entre as prestações ocorre quando uma das partes do negócio tem excessivo dano, enquanto a outra obtém excessiva vantagem. Não se pode admitir que uma parte obtivesse exagerado proveito à custa do prejuízo de outra, quando isso ocorre fica claramente evidenciado a lesão, justamente porque ela se baseia no princípio da equidade, pois em um contrato comutativo (relação entre vantagem e sacrifício é subjetivamente equivalente, havendo certeza quanto às prestações) deve haver equivalência entre as prestações. No Código civil não se determinou uma percentagem para que se configure a lesão, sendo que a análise da desproporção entre as prestações deverá ficar a critério do magistrado. A apreciação das desproporções deve ser feita de acordo com o período em que foi celebrado o negócio jurídico (§1°do art. 157). Quanto ao §2° do art. 157 nos 11 traz que não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito. A parte excessivamente beneficiada com o negócio jurídico pode oferecer para complementar (suplementar) o valor ou reduzir o seu proveito para equilibrar as prestações. 12 CONCLUSÃO Tomando como base todo o assunto supracitado, podemos concluir e elencar as características dos “defeitos jurídicos” conhecidos como vícios do consentimento, além de pontuar sua significativa influência para a concretização de um negócio jurídico. O erro, o dolo, a coação, o Estado de Perigo e a lesão são os vícios que se fundam no desequilíbrio da atuação volitiva relativamente a sua declaração. Esses vícios aderem à vontade, aparecem sob forma de motivos que forçam a deliberação e estabelecem divergência entre a vontade real e a declarada. São considerados vícios porque o indivíduo está “viciado” no momento da manifestação da sua vontade, ou seja, no momento que pratica aquele determinado negócio jurídico, assim, há a abertura de lacunas e de caminhos para efetivação de negócios desproporcionais. Dessa forma, se a pessoa, ou seja, o declarante tivesse real conhecimento da situação, ou total possibilidade de agir de forma diferente do que foi feito, não teria manifestado sua vontade da forma a qual foi declarada, trazendo assim, de forma clara, que houve algum fenômeno que o impediu e o fez agir daquela maneira. Como resultado do que foi exposto, nota-se a grande importância do assunto discutido, pois este afeta as relações jurídicas patrimoniais inseridas no dia a dia das pessoas. Por conta disso, é importante que os indivíduos leigos conheçam o assunto, entendendo as leis que o regulam para que consigam aplicar no seu cotidiano e evitar eventuais danos, devendo tais desproporções serem revisadas para uma nova adequação contratual, equilibrando a relação jurídica estabelecida e repelindo a iniquidade de quem por ventura seja lesado, além de ser importante também, aos estudiosos do direito, pois poderão assessorar de forma eficiente os seus clientes no momento de realizar o negócio, com total segurança jurídica. 13 Referências VÍCIO de consentimento: o erro no Direito Civil. In: Vício de consentimento: o erro no Direito Civil. [S. l.], 13 jul. 2017. Disponível em: https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/468932998/vicio-de-consentimento-o-erro-no- direito-civil. Acesso em: 28 out. 2020.VÍCIO de consentimento: o erro no Direito Civil. In: Vício de consentimento: o erro no Direito Civil. [S. l.], 13 jul. 2017. Disponível em: https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/468932998/vicio-de-consentimento-o-erro-no- direito-civil. Acesso em: 28 out. 2020. ERRO no Código Civil. Vício de consentimento: o erro no Direito Civil, [s. l.], 1 nov. 2016. Disponível em: https://agathadmartins.jusbrasil.com.br/artigos/400867843/erro- no-codigo- civil#:~:text=Erro%20de%20fato%20%E2%80%93recai%20sobre,o%20neg%C3%B3c io%20jur%C3%ADdico%20est%C3%A1%20submetido. Acesso em: 28 out. 2020. A CARACTERIZAÇÃO do instituto do erro no Código Civil de 2002. Vício de consentimento: o erro no Direito Civil, [s. l.], 2010. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/17506/a-caracterizacao-do-instituto-do-erro-no-codigo-civil- de-2002. Acesso em: 28 out. 2020. RESUMO DE DEFEITOS E INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO. Vício de consentimento: o erro no Direito Civil, [s. l.], 1 fev. 2019. Disponível em: https://direito.legal/direito-privado/direito-civil/resumo-de-defeitos-e-invalidade-do- negocio-juridico/. Acesso em: 28 out. 2020 DIREITO Civil - Aula 115 - Art. 142 e Art. 143 do CC - Erro Acidental. [S. l.: s. n.], 2016. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=cCkVcI7KSBg. Acesso em: 28 out. 2020. DIREITO Civil - Aula 114 - Art. 141 do CC -Transmissão Errônea da Vontade Por Meios Interpostos. [S. l.: s. n.], 2016. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=W8x43OW22HM. Acesso em: 28 out. 2020. DIREITO Civil - Aula 117 - Art. 145 e 146 do CC - Dolo Principal e Dolo Acidental. [S. l.: s. n.], 2016. Disponível em: https://youtu.be/2ep9tUV0aDY. Acesso em: 28 out. 2020. DIREITO Civil - Aula 118 - Art. 147 do CC - Dolo Omissivo ou Negativo. [S. l.: s. n.], 2016. Disponível em: https://youtu.be/8q2bnounamg. Acesso em: 28 out. 2020. DIREITO Civil - Aula 119 - Art. 148 do CC - Dolo de Terceiro. [S. l.: s. n.], 2016. Disponível em: https://youtu.be/fsrIx_sMcC8. Acesso em: 28 out. 2020. DIREITO Civil - Aula 120 - Art. 149 do CC - Dolo de Representante Legal e Convencional. [S. l.: s. n.], 2016. Disponível em: https://youtu.be/gqs1EFUMjR8. Acesso em: 28 out. 2020. DIREITO Civil - Aula 121 - Art. 150 CC - Dolo de Ambas as Partes ou Dolo Bilateral. [S. l.: s. n.], 2016. Disponível em: https://youtu.be/BYbfIOIxFm8. Acesso em: 28 out. 2020. 14 DIREITO Civil - Aula 113 - Art. 140 do CC - Falso Motivo - Erro Quanto ao Motivo. [S. l.: s. n.], 2016. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=IZ3c4AT0RzU. Acesso em: 28 out. 2020. DIREITO Civil - Aula 112 - Art. 139,III, do CC - Erro de Direito. [S. l.: s. n.], 2016. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ShxoWkrrW2o. Acesso em: 28 out. 2020. QUAL a diferença entre erro e vício redibitório? - Marco Aurélio Monteiro. Qual a diferença entre erro e vício redibitório?, [s. l.], 2008. Disponível em: https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/108798/qual-a-diferenca-entre-erro-e-vicio- redibitorio-marco-aurelio-monteiro. Acesso em: 28 out. 2020. ABILIO Diniz processa marchand por supostos quadros falsos de Volpi. 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