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Constitucionalismo

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Constitucionalismo Clássico (Liberal)
Liberdade (1ª geração).
Aqui começam alguns marcos históricos.
Surgiu a partir do final do século XVIII:
- Revoluções liberais na França e nos EUA. Em busca da liberdade do cidadão em face do Estado. Logo, associa-se o constitucionalismo clássico ou liberal à liberdade.
- Surgiram então as primeiras constituições escritas.
Essa liberdade é chamada por Bobbio de liberdade dos “modernos”, em contraposição da chamada liberdade dos antigos. Essa liberdade (esses direitos civis epolíticos) tem o caráter negativo, ou status negativos (exigem uma abstenção por parte do Estado). Esses direitos são direitos essencialmente individuais.Pela primeira vez ocorre uma institucionalização coerente do Estado de Direitos (também chamado de Estado Liberal). A principal idéia do Estado de Direito é império da lei. É um Estado abstencionista (o Estado não se intromete na vida dos indivíduos). Características principais do Estado de Direitos: a) os direitos fundamentais correspondem aos direitos da burguesia (liberdade e propriedade); b) a limitação do Estado pelo direito se estende ao soberano (princípio da legalidade da administração pública). Além da administração pública, o soberano também fica subordinado ao direito; c) a atuação do Estado limita-se à defesa da ordem e da segurança públicas (Estado Mínimo – intervém o mínimo possível nas relações sociais).
Surgiu a 1ª constituição européia. 
2 idéias principais da Constituição francesa:
- Garantia de direitos.
- Separação dos poderes.
Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789 – é o preâmbulo da CR Francesa de 1791 – seu art. 16 dizia que “toda sociedade na qual não há garantia de direitos ou separação de poderes não possui uma Constituição”.
Logo, para que uma sociedade seja considerada “constitucional”, precisa ter essas duas características.
 
 
Constitucionalismo Moderno (Social)
Igualdade (2ª geração).
Surgiu a partir do fim da 1ª Grande Guerra Mundial.
Houve um esgotamento da idéia liberal, gerando a impossibilidade de esse constitucionalismo liberal atender às demandas sociais que abalaram o século XIX.
A 1ª geração dos direitos fundamentais era ligada à idéia de liberdade – veio com as constituições EUA e França.
A 2ª geração dos direitos fundamentais era ligada à idéia de igualdade material (exigindo uma prestação positiva do Estado). De nada adianta a liberdade, se a pessoa não tem acesso, se não tem igualdade. A igualdade é pressuposto da liberdade.
Neste período há uma mudança na estrutura do Estado de Direito, surge nesse segundo período o Estado Social (é um Estado intervencionista, ao contrário do Estado anterior – Estado Liberal). Características do Estado Social: a) intervenção no âmbito social, econômico e laboral (questões que antes ficavam restritas ao âmbito individual passam a ter a intervenção do Estado); b) papel decisivo na produção e distribuição de bens; c) garantia de um mínimo de bem-estar (essa idéia está presente na nossa CR/88 – salário social). A principal filosofia jurídica era o positivismo. Aqui, norma é diferente de princípio, norma era obrigatória, princípio não era obrigatório (serviam como conselhos).
Classificação de Paulo Bonavides:
Direitos de 3ª dimensão: direito ao desenvolvimento ou progresso, direito de auto-determinação dos povos, direito ao meio ambiente, direito de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade e direito de comunicação. A paz era colocada como direito de 3ª dimensão, no entanto, Paulo Bonavides (na edição passada) passou a colocar a paz como direito de 5ª dimensão. Os direitos de 3ª dimensão são direitos transindividuais (são direitos tanto coletivos quanto difusos).

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