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Trabalho individual 2º semestre UNOPAR Contabilidade empresarial

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Sumário: 1 introdução..........................................................................................................4 2 CONTRATO SOCIAL................................................................................................5 3 desenvolvimento..............................................................................................8 3.1 o que é a eireli.............................................................................................8 3.2 vantagens da eireli................................................................................11 3.3 eireli x limitada x empresário individual.......................................12 4. abertura registro e legalização.........................................................14 5 CONCLUSÃO.........................................................................................................17 6 BIBLIOGRAFIA......................................................................................................18
1 INTRODUÇÃO
Não é novidade que o brasileiro é um povo empreendedor, mas recentes pesquisas chamam a atenção para um importante detalhe: em 2002 cerca de 55% dos empreendedores eram motivados pela “necessidade” e 45% pela “oportunidade”; já em 2012 somente 30% pela “necessidade” e 70% foram movidos pela “oportunidade”. Isso é muito interessante e revela um novo perfil.
Esse trabalho tratará a fundação de um entidade, contendo todos os passos precisos para a sua constituição até um contrato social.
2. CONTRATO DE CONSTITUIÇÃO DA SOCIEDADE: 
ALT TAB MANUTENÇÃO EM PRODUTOS DE INFORMÁTICA LTDA.
 JÚLIO CESAR DA SILVA , brasileiro, casado pelo regime de comunhão parcial de bens, em 28/01/1986, administrador, residente e domiciliado, na cidade de Rural-PR,rua Alecrim, 100- Jardim Hortaliça, CEP 86000-000, portador do CPF nº 123.456.78 e inscreito no CPF/MF sob nº 300.400.500-00, expedida pela SSP/PR em 22/07/1973, nascido em 15/01/1955 e MARCOS VINICIUS DA SILVA, brasileiro, casado pelo regime de comunhão parcial de bens, em 08/02/1988, técnico de informática, residente e domiciliado na Rua Alfazema, 1000, Jardim Hortaliça, na cidade de Rural-PR, CEP 86050-00, nascido em 31/08/1966, portador do CPF nº 000.111.222-33 e da cédula de identidade civil nº 222.333.44 expedida pela SSP/PR em 29/08/1982.
 O endereço da empresa será: Rua Joaquim Távora,1000 CEP 86000-000 – Jardim da Poesia na cidade de Rural-PR.
 Constituem uma sociedade limitada mediante as seguintes condições:
 
 PRIMEIRA -
 A sociedade girará sob o nome empresarial: Alt Tab Manutenção em Produtos de Informática LTDA.
 SEGUNDA- 
 A sociedade tem sua sede e domicílio na , Rua Joaquim Távora,1000 CEP 86000-000 – Jardim da Poesia na cidade de Rural-PR.
 
 TERCEIRA-	
 O objetivo será de: MANUTENÇÃO DE COMPUTADORES E OUTROS EQUIPAMENTOS VOLTADOS A INFORMÁTICA.
 
 QUARTA- 
 O capital social de R$ 120.000,00 ( cento e vinte mil reais) divididos em 120.000 quotas de valor nominal R$ 1,00 (um real), subscritos e integralizados neste ato, em moeda corrente nacional, distribuído entre os sócios, da seguinte forma:.
 JÚLIO CESAR DA SILVA - participa com 30.000 quotas, no valor total de R$ 30.000,00 (trinta mil reais);
 MARCOS VINICIUS DA SILVA - participa com 90.000 quotas, no valor total de R$ 90.000,00 (noventa mil reais).
 QUINTA- 
 A sociedade poderá a qualquer tempo, abrir ou fechar filial ou outra dependência, mediante alteração contratual assinada por todos os sócios.
 
 SEXTA- 
 A sociedade iniciará as atividades em 10 de Setembro de 2000, e o seu prazo é indeterminado.
 
 SÉTIMA-
 As quotas são indivisíveis e não poderão ser cedidas ou transferidas a terceiros sem o expresso consentimento do outro sócio, a quem fica assegurado, em igualdade de condições e preço de prefêrencia para a sua aquisição se postas à venda, formalizando, se realizada a cessão delas, a alteração contratual pertinente.
 
 OITAVA-
 A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
 
 NONA-
 Os sócios poderão, de comum acordo, fixar uma retirada mensal, a título de “pró-
labore”, observadas as disposições regulares pertinentes.
 
 DÉCIMA - 
 Ao término de cada exercício social, em 31 de dezembro, o administrador prestará contas justificadas de sua administração, procedendo à elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do balanço econômico, cabendo aos sócios, na proporção de suas quotas, os lucros ou perdas apurados.
 
 DÉCIMA PRIMEIRA- 
 Falecendo ou interditado qualquer sócio, a sociedade continuará suas atividades com os herdeiros, sucessores e o incapaz. Não sendo possível ou inexistindo interesse destes ou do sócio remanescente, o valor de seus haveres será apurado e liquidado com base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado.
 
 Parágrafo único – O mesmo procedimento será adotado em outros casos em que a sociedade se resolva em relação a seu sócio.
 
 DÉCIMA SEGUNDA- 
 O encerramento de exercício social da empresa será em 31 de dezembro de cada ano.
 
 DÉCIMA TERCEIRA- 
 Fica eleito o foro de Rural-PR, para o exercício e o cumprimento dos direitos e obrigações deste contrato.
 E por estarem assim justos e contratados assinam o presente instrumento em 3 (três) vias.
 
 Rural-PR, 10 de Setembro de 2000.
 __________________________
 JÚLIO CESAR DA SILVA 
 CPF nº 123.456.78
 __________________________
 MARCOS VINICIUS DA SILVA
 CPF nº 000.111.222-33
______________________ __________________
 Pedro Vargas Henrique Silva
 CPF nº 012.222.444-20 CPF nº 555.677.765-89 
3 DESENVOLVIMENTO
3.1 O QUE É A EIRELI?
 A Lei nº 12.441/2011 alterou o Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/2002), incluindo uma nova modalidade de pessoa jurídica no ordenamento jurídico nacional: a empresa individual de responsabilidade limitada - EIRELI.
Nos termos do artigo 3º da Lei nº 12.441/2011, a sua vigência se dará a partir de 08/01/2012, o que tem movimentado o DNRC - Departamento Nacional de Registro do Comércio para regulamentar e disciplinar essa nova pessoa jurídica, algo que vem sendo muito aguardado pelo meio empresarial, contadores, advogados, consultores e Juntas Comerciais.
Essa pessoa jurídica, prevista no novo inciso VI do artigo 44 do Código Civil, tem a particularidade de ser constituída por uma única pessoa, titular da totalidade do seu capital social. 
 Vale dizer que essa pessoa pode ser tanto uma pessoa física como uma pessoa jurídica. Isso mesmo: muito embora isso não tenha sido divulgado, a nova lei não impede que uma pessoa jurídica constitua uma EIRELI. Aliás, uma EIRELI poderá, até mesmo, criar uma outra EIRELI! 
 Com efeito, o caput do artigo 980-A do CódigoCivil expressamente prescreve que a EIRELI "será constituída por uma única pessoa", sem excluir as pessoas jurídicas nem restringir essa possibilidade exclusivamente às pessoas físicas. Ora, pessoa jurídica também é pessoa.
 Talvez, essa "falsa impressão" de que a EIRELI é uma opção válida apenas para pessoas físicas decorra no § 2º do artigo 980-A do Código Civil, segundo o qual a pessoa "natural" que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade, ou seja, uma pessoa física só poderá constituir uma única EIRELI. Aqui, nós visualizamos a seguinte mensagem: enquanto que a pessoa natural só poderá montar uma única EIRELI, as pessoas jurídicas estão livres para constituir quantas EIRELI's quiserem! A restrição é focada exclusivamente na pessoa natural. 
 Logo, percebe-se que, na verdade, a legislação concedeu uma ampla liberdade para as pessoas jurídicas, ou seja, quem sofreu restrições no campo da EIRELI foi a pessoa natural, na medida em que somente poderão constituir uma única pessoa jurídica sob essa nova modalidade. 
 Com isso, denota-se que a EIRELI é mais uma alternativa válida para criação de uma pessoa jurídica com um único titular. A EIRELI difere-se da chamada subsidiária integral (artigo 251 da Lei das S/A - Lei nº 6.404/1976) na medida em que não tem sócio, não é uma sociedade, não decorre de um contrato de sociedade (artigo 981 do Código Civil). Por isso, não haverá uma Assembléia na EIRELI, órgão essencial de qualquer sociedade. 
 Outra diferença para com a subsidiária integral é que a EIRELI poderá ter sócio estrangeiro, algo vedado na subsidiária integral, conforme artigo 251, caput, da Lei nº 6.404/1976. 
 Mais uma grande diferença: enquanto a subsidiária integral deverá ser necessariamente uma sociedade anônima (com as complexidades e formalidades inerente a esse tipo societário), a EIRELI seguirá, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas (artigo 980-A, § 6º, do Código Civil). 
 Por outro lado, não há como confundir a EIRELI com o empresário individual. O empresário individual (antigamente chamado de "firma individual") não é e nunca foi pessoa jurídica, mas sim a própria pessoa física do seu titular. A EIRELI, como vimos, é uma pessoa jurídica, distinta da pessoa (física ou jurídica) do seu titular. 
 Muita gente se confunde ao acreditar que o empresário individual é uma pessoa jurídica, na medida em que ele possui um "CNPJ". Ora, esse CNPJ é uma mera equiparação para fins tributários, não societários ou civil. 
 A EIRELI pode ser constituída por uma pessoa jurídica, o empresário individual é, sempre, uma pessoa física. Outra diferença (talvez, a mais relevante): o titular de uma EIRELI responderá limitadamente pelas obrigações da pessoa jurídica, ao passo que o empresário individual responde de forma ilimitada. 
 A Lei nº 12.441/2011 admite a transformação do empresário individual em EIRELI, e vice-versa (artigos 980-A, § 3º, 1.033, parágrafo único, e 1.113 a 1.115, todos do Código Civil). 
 Aliás, a EIRELI não é uma sociedade unipessoal, pois não decorre de um contrato de sociedade, não é composta por duas ou mais pessoas, nem tem a aptidão de se tornar uma sociedade enquanto EIRELI (admite-se a sua transformação em sociedade, mas, para tanto, seu status deixa de ser EIRELI). Em vários países (exemplo: Alemanha e França), essa modalidade foi disciplinada como uma sociedade unipessoal; em outros países (ex.: Portugal), a empresa individual aparece como um estabelecimento comercial, um patrimônio da pessoa natural afetado para a empresa, ou seja, não gera uma pessoa distinta do seu titular pessoa física. 
 No Brasil, a sociedade unipessoal, com exceção da subsidiária integral, é uma sociedade irregular que gera a responsabilidade ilimitada do seu único sócio. O parágrafo único do artigo 1.033 do Código Civil, desde o advento da Lei Complementar nº 128/2008, já admitia a transformação dessa sociedade unipessoal irregular em um empresário individual. A Lei nº 12.441/2011 avança ao permitir que essa sociedade irregular se transforme numa EIRELI (nova redação do parágrafo único do artigo 1.033 do CC). 
 Uma vez preenchidos os demais requisitos estatuídos na Lei Complementar nº 123/2006 - Lei Geral da ME/EPP - uma EIRELI poderá se enquadrar como ME/EPP para todos os fins legais, inclusive no que tange ao regime tributário do Simples Nacional. A recente Lei Complementar nº 139/2011 trouxe previsão expressa e inequívoca neste sentido. 
 O nome da EIRELI deverá ser formado pela inclusão da sigla EIRELI (tal como ocorre com a S/A, Ltda., S/S) logo após a firma ou denominação social. 
 O capital social da EIRELI tem um limite mínimo: 100 salários mínimos. Na verdade, o caput do artigo 980-A determina que o capital social "não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País, algo que poderá ensejar discussões doutrinárias e judiciais sobre a interpretação e, até mesmo, a própria validade dessa limitação. 
 Com efeito, já há uma Ação Direta de Inconstitucionalidade distribuída no Supremo Tribunal Federal - ADIN nº 4.637, contra esse limite com fulcro no artigo 7º, inciso IV, da Constituição Federal, que veda a vinculação do salário-mínimo como índice. Sobre esse tema da vinculação do salário-mínimo, o próprio STF já se manifestou pela validade da fixação até que outra norma corrija esse vício, como se depreende no RE nº 565.714. Particularmente, entendemos que essa ADIN terá a mesma sorte: é inconstitucional o dispositivo, mas, por falta de outra base, fica mantido o limite até que outra norma corrija esse defeito constitucional! 
 O § 5º do artigo 980-A do Código Civil admite a adoção da EIRELI para a prestação de serviços de qualquer natureza, cuja remuneração decorra"da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional". Com isso, tais pessoas poderão se beneficiar da redução da carga tributária, fugindo do IRPF e caindo na tributação federal do IRPJ, CSLL, PIS e COFINS. 
 Por fim, no campo do direito administrativo, a EIRELI também poderá ser utilizada. 
 Antes do advento da Lei nº 10.441/2011, uma empresa pública somente poderia ser constituída como uma sociedade, de acordo com o artigo 173, § 1º, II, da Constituição Federal, ainda que a empresa pública fosse formada por um único sócio de direito público. Logo, somente restava a modalidade sociedade anônima, a subsidiária integral. A partir de 08/01/2012, a empresa pública que contiver um único sócio também poderá se transformar numa EIRELI, passando a ser regido subsidiariamente pela legislação afeta à sociedade limitada e não mais pela Lei nº 6.404/1976 das sociedades anônimas. 
3.2 VANTAGEM DA EIRELI:
A vantagem da EIRELI é que em caso de dívidas, o patrimônio pessoal do empresário não será usado para o cumprimento das obrigações. Para se constituir uma EIRELI o capital social deve ser de no mínimo 100 salários mínimos,Na sociedade limitada não há previsão legal sobre o valor mínimo do capital social,mas o capital social deve condizer com o objeto social da empresa.
A responsabilidade tributária dos sócios da pessoa jurídica:
A responsabilidade tributária pode ocorrer por diversos motivos elencados em lei; podendo abarcar terceiros tais como pais, tutores, mandatários, diretores, gerentes e representantes legais das empresas, dentre eles, os sócios-gerentes. A responsabilidade tributária dos sócios das pessoas jurídicas é regulamentada pelo art. 134 e o art. 135 do CTN, e está sujeita a determinadas condições.
De acordo com o art. 134, ocorrerá responsabilidade subsidiária dos sócios em casos de liquidação de sociedade de pessoas. Desta forma, na impossibilidade de exigência do cumprimentoda obrigação principal, os sócios se tornam responsáveis subsidiários do crédito tributário. Ou seja, só haverá responsabilidade tributária dos sócios após restar comprovado que a pessoa jurídica não possui bens suficientes para efetuar o pagamento da dívida, e, além disso, somente em relação aos atos ou omissões nos quais foram efetivamente responsáveis.
l. Os sócios de sociedades de pessoas são aqueles que, segundo a legislação, respondem ilimitadamente pelos débitos da sociedade. Naturalmente, este tipo de pessoa jurídica não é tão freqüente na realidade fática, e por isto, a importância deste art. 134 não é tão premente quanto a do art. 135, que será o foco desta reflexão. Contudo, importante repisar que, muitas vezes, a Fazenda Pública busca generalizar a responsabilidade em caso de liquidação para todas as pessoas jurídicas, mas não se pode esquecer que a lei preceitua que somente em caso de sociedade de pessoas, e não sociedade de capitais, é que tal responsabilidade subsiste.
Conforme preceitua o art. 135, III, do CTN, os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de Direito Privado são pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultante de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos. Verifica-se, portanto, que a responsabilidade tributária, nesta circunstância, é diretamente transferida para os sócios, até mesmo liberando a pessoa jurídica da obrigação. No caso, responsabilidade torna-se pessoal e exclusiva dos sócios, mas isto somente ocorrerá quando ficar provado que o sócio praticou atos com excesso de poder, infração á lei, contrato social ou estatuto, ou seja, se houve ação realizada com má-fé objetivando lesar o fisco. Caso estas condutas não tenham sido comprovadas, a responsabilização pelo pagamento do tributo não pode persistir.
A pessoa jurídica é um ente autônomo e independente da pessoa de seus membros, podendo emitir sua própria vontade e defender seus próprios interesses. Com vontade e patrimônio próprios, a pessoa jurídica é sujeito de direito, podendo contrair e exercer direitos e adquirir obrigações, sempre de forma autônoma. É regra em nosso ordenamento jurídico que as pessoas jurídicas têm existência distinta da dos seus membros, e a possibilidade de se desconsiderar esta distinção é uma exceção.
 
3.3 EIRELI X LTDA X EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
Quando se pretende trabalhar com um ou mais sócios, a forma mais procurada é a “sociedade limitada”, cuja abreviatura é bem conhecida: LTDA. Essa espécie é utilizada em mais de 95% dos casos e tem como vantagem a simplicidade. Por outro lado, se a intenção é empreender sozinho, sem sócios, até 2011 o principal caminho disponível era ser “empresário individual”.
Mas um grande problema da condição de “empresário individual” é que todo o patrimônio (imóveis, veículos, contas bancárias etc.) pessoal do empreendedor responde pelas obrigações comerciais, tributárias, trabalhistas e outras decorrentes da atividade que desempenhar. Essa falta de separação do patrimônio pessoal do empreendedor e do patrimônio da empresa atuava como um certo desestímulo, pois impedia a limitação dos riscos da atividade, então muitos optavam por ter um sócio de “fachada”, às vezes com inexpressivo percentual do capital social, apenas para poder valer-se da “sociedade limitada – LTDA”.
Porém, desde a Lei 12.441 de 11/07/2011, existe a opção da constituição de uma pessoa jurídica semelhante a “sociedade limitada”, mas sem a necessidade de sócio. Trata-se da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, abreviada por EIRELI.
Na Eireli é errado se falar em capital “social”, objeto “social” ou em qualquer expressão que pressuponha existência de sociedade, pois se trata de uma empresa “individual”, ou seja, unipessoal, isto é, constituída por apenas uma pessoa, que pode ser tanto física (natural) como também jurídica (outra empresa).
Exige a lei capital inicial igual ou superior a 100 (cem) salários mínimos, mas que devido a falta de fiscalização pode ser facilmente contornada, pois geralmente aceita-se a mera declaração. Críticas são feitas à exigência desse capital mínimo, pois para outras espécies de pessoa jurídica não há nada semelhante e o piso estipulado seria alto para a realidade brasileira. O que se justifica a favor é que serviria como uma espécie de garantia a terceiros, por conta de a responsabilidade do empreendedor ser “limitada”.
A Eireli possui aspectos tributários muito semelhantes aos da Ltda, podendo ser enquadrada no lucro real, lucro presumido ou no simples nacional. Também é igual a inserção como microempresa ou empresa de pequeno porte.
Apesar de a Eireli ser propagada como uma boa opção para o empresário individual que quer limitar sua responsabilidade e dar autonomia ao patrimônio da empresa, não está afastada a aplicação da Desconsideração da Personalidade Jurídica a fim de possibilitar a satisfação de créditos comerciais, trabalhistas, tributários, etc., quando comprovada fraude (teoria maior) ou mesmo a simples insuficiência patrimonial (teoria menor), quando for o caso.
No projeto de lei aprovado pelo Congresso e encaminhado para a Presidência da República constava que “somente o patrimônio social da empresa responderá pelas dívidas da empresa individual de responsabilidade limitada, não se confundindo em qualquer situação com o patrimônio da pessoa natural que a constitui...”, porém foi corretamente vetado, pois se entendeu que poderia dar margem à interpretação de inaplicabilidade da desconsideração da personalidade jurídica, o que significaria a existência de uma espécie de pessoa jurídica absolutamente blindada e poderia favorecer atitudes fraudulentas.
Importante frisar algumas diferença entre a Eireli e a condição de Empresário Individual e também a subsidiária integral.
A Eireli, como visto, trata-se de uma verdadeira pessoa jurídica, o que não ocorre com o Empresário Individual, pois nesse caso a pessoa física é quem continua agindo, sendo que a existência de CNPJ foi apenas um artifício tributário, mas que confunde muitas pessoas. Como consequência disso, como já vimos, não há a separação patrimonial na condição de Empresário Individual, respondendo os bens da pessoa física ilimitadamente por quaisquer obrigações. A Eireli pode ser constituída tanto por pessoa física quanto por outra pessoa jurídica, mas o Empresário Individual somente por pessoa física. 
Já com relação à Subsidiária Integral, prevista no artigo 251 da Lei das S/A, as diferenças também são notáveis. Na subsidiária integral a lei diz em “acionista”, o que não existe na Eireli, pois não há “sócio”. A subsidiária integral não poderá ter sócio estrangeiro (caput do art. 252 da LSA), o que é permitido à Eireli. A administração da subsidiária integral, por se tratar de uma sociedade anônima, deverá obedecer às exigência desse tipo societário, ao contrário da Eireli, que segue as regras da Sociedade Limitada.
Enfim, a Eireli pode ser utilizada tanto para aqueles que pretendem exercer atividades empresariais, como também para os profissionais liberais – com exceção dos advogados devido às restrições da Lei 8.904/94 – que desejem desvincular seu patrimônio pessoal daquele reservado para a atividade empresarial ou profissional, não precisando mais valer-se da constituição de sociedades limitadas em que não existam a verdadeira união de esforços em vista do objetivo comum.
4. Abertura, registro e legalização
Para abertura, registro e legalização da sociedade empresária limitada, é necessário registro na Junta Comercial e, em função da natureza das atividades constantes do objeto social, inscrições em outros órgãos, como Receita Federal (CNPJ), Secretaria da Fazenda do Estado (inscrição estadual- ICMS), e Prefeitura Municipal (concessão do alvará de funcionamento- conforme a atividade pode requerer autorizações de órgãos responsáveis pela saúde, segurança pública, meio ambiente e outros).Passo a passo:
1-Junta Comercial
Faça o registro de sociedade limitada e o seu enquadramento como Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP). Ocasião em que se deve apresentar para arquivamento (registro) o Requerimento de Empresário e o enquadramento ME ou EPP na Junta Comercial, desde que atenda ao disposto na Lei Complementar 123/2006. Recomenda-se a realização de pesquisa prévia de nome empresarial e pendências junto a Prefeitura Municipal e aos demais órgãos envolvidos. 
A pesquisa do nome empresarial deve ser a primeira providencia a ser tomada antes do registro (Requerimento de Empresário) da empresa. Essa medida é para certificar-se que não existe outra empresa já registrada com nome igual ou semelhante ao que você escolheu. Isso evita que o processo de registro tenha que mudar de nome, após iniciado.
Alertas importantes
Não copie nomes ou marcas já existentes e não confunda nome empresarial com nome fantasia. 
É necessário solicitar “Consulta Prévia” á Prefeitura Municipal para saber se é possível exercer as atividades desejadas no local em que se pretende implantar a empresa (conformidade com o Código de Postura Municipais), bem como para obter a descrição oficial do endereço pretendido para a empresa.
Não alugue ou adquira um imóvel antes de verificar a viabilidade do funcionamento.
2- Aprovação prévia de órgãos e entidades governamentais, quando for o caso.
Os atos empresariais sujeitos á aprovação prévia dos órgãos e entidades governamentais, para registro nas Juntas Comerciais, encontram-se enumerados no Anexo da Instrução Normativa DNRC nº 114, de 30 de setembro de 2011.
3- Secretaria da Receita federal do Brasil
Faça a inscrição no Cadastro de Pessoa Jurídica (CNPJ). Em quase todas as Juntas Comerciais essa inscrição pode ser feita juntamente com o arquivo do Requerimento de Empresário. Caso o sistema da sua cidade ou estado não esteja integrado, essa inscrição deve ser efetuada após o registro na Junta Comercial.
4- Secretaria da Fazenda do Estado
Se a empresa exercer atividade industrial, faça a inscrição na Secretaria Estadual da Fazenda como contribuinte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS). Essa inscrição deve ser feita após o arquivamento do Requerimento de Empresário na Junta Comercial e da inscrição na Receita Federal do Brasil.
5- Prefeitura Municipal
Se a empresa exercer atividade de serviço, providencie a inscrição na Secretaria de Finanças ou de Fazenda da Prefeitura. Em vários municípios essa solicitação se dá simultaneamente com a solicitação do Alvará de Funcionamento.
Depois de efetuar o registro e as inscrições fiscais da empresa, assim como as exigências para emissão do Alvará, solicite á Prefeitura Municipal a emissão do Alvará de Funcionamento.
Alerta Importante: o Alvará de Funcionamento é o documento hábil para que os estabelecimentos possam funcionar, respeitadas as normas relativas a horário de funcionamento, zoneamento, edificação, higiene sanitária, segurança pública e segurança de higiene do trabalho e meio ambiente. A expedição do alvará é de competência da Prefeitura Municipal ou da Administração Regional ( no caso do Distrito Federal) da circunscrição onde se localiza a empresa.
Uma vez obtido o Alvará de Funcionamento Provisório ou o Alvará de Funcionamento, conforme o caso, a empresa poderá iniciar as suas atividades.
6- Inscrição no FGTS (Caixa Econômica Federal)
 
7- Inscrição nos conselhos de classe, quando for o caso (CREA,CRM,CRC etc.)
3. CONCLUSÃO
 Conclui-se por meio deste trabalho que 
a formalização de um negócio é o primeiro passo para desenvolver uma empresa e fazê-la crescer. O processo de abertura começa com a pesquisa de nome empresarial na junta comercial e,simultaneamente, com a pesquisa de endereço e de possibilidade de exercício da atividade desejada nesse local, efetuada na prefeitura municipal.
Após aprovação dos quesitos iniciais, o próximo passo é elaborar o ato de inscrição ou de constituição da empresa, bem como firmar contrato de locação, quando for o caso. Essas providências evitam que sejam efetuadas exigências pelos órgãos de registro ilegalizarão, que atrasam o processo de abertura da empresa, assim como sejam realizados investimentos em locais em que ela não poderá funcionar. 
Em seguida, deve-se realizar o registro da empresa na Junta Comercial ou cartório, a inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e vai até o alvará de funcionamento. Uma vez que todos esses procedimentos são realizados, a empresa já pode operar legalmente.
4. REFERÊNCIAS
Livros de contabilidade.
http://jus.com.br/artigos/17694/a-responsabilidade-tributaria-dos-socios-da-pessoa-juridica-em-execucoes-fiscais#ixzz3Gj38g46b
http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2011/11/documentacao
http://www.henriquelima.com.br/materias/artigos/eireli-x-ltda-x-empresario-individual
atividade interdisciplinar INDIVIDUAL
Produção textual apresentada à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral às Atividades interdisciplinares.
Orientadores: Prof.ª Adriane Loper 
		 Prof.ª Sebastião de Oliveira
		 Prof.ª Carla Ramos
		 Prof.ª Alcides José da Costa Filho
 Prof.ª 
cRISLEI DAL CASTEL
Ibirubá - RS
2014
 CRISLEI DAL CASTEL
Sistema de Ensino Presencial Conectado
Ciências contábeis 
contabilidade empresarial

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