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Aulas de Processo de Conhecimento 1

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CUMULAÇÃO DE PEDIDO: Pressupõe a formulação de mais de um pedido. A Cumulação vai se dividir em duas:
Própria: Corresponde a hipótese de cumulação em que o autor tem mais uma de pretensão e para cada uma delas formula um pedido. Vai se apresentar de duas formas:
- Simples: Pedidos e pretensões são autônomos, dispensáveis entre si. Cada pedido poderá ser feito em petições separadas, mas por fim de economia o autor formula tudo e um único pedido.
- Sucessiva: Há uma relação entre os dois pedidos. Vai haver uma dependência entre o acolhimento de um e o acolhimento de outro. Pode ser de dois tipos.
 Preliminar: Vão definir se as questões subseqüentes vão ser analisadas.
Prejudicial: como a questão subseqüente será analisada. 
Imprópria: vai formular mais de um pedido, mas não quer que sejam atendidos a todos eles. Vai se apresentar de duas formas:
Eventual ou subsidiária: vai obedecer ao principio da eventualidade. O principio da eventualidade é a admissão daquilo que eu quero em primeiro plano não dá certo e eu tenho um plano B. 
Alternativa: 
ADITAMENTO DA PETIÇÃO INICIAL: A demanda uma vez proposta, não pode como regra ser alterada. A instabilidade da demanda significa aquele estado, sujeição a alteração dos elementos subjetivos e objetivos. Alteração dos elementos subjetivos (intervenção de terceiros). Os elementos objetivos também podem ser alterados, e essa alteração se dá o nome de aditamento. Aditar uma petição inicial significa acrescentar algo em seus termos. Em regra, a citação do réu estabiliza a demanda (exceção art. 264, diz que depois da citação do réu é possível ao autor aditar a petição do inicial desde que o réu consinta).
Até a citação é possível aditamento unilateral, depois da citação só se o réu consentir. Mas depois do saneamento nem que o réu consinta.
EMENDA DA PETIÇAO INICIAL: emenda é acréscimo para correção. O autor esqueceu-se de informar o endereço do réu,não tem que somente aditar e sim emendar por falta de observância no artigo 282 do CPC.
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE DA PETIÇÃO INICIAL: Corresponde sempre a um juízo prévio do tipo preliminar. Significa que se eu não preencher um requisito eu não consigo ir para o passo subseqüente. Essa analise pode se dá de 3 formas:
Juízo positivo: O sujeito preenche todos os requisitos do juízo de admissibilidade. 
Juízo Neutro: Não é positivo, mas não é negativo. Quando o juiz não consegue admitir a PI, pois falta um requisito. Mas essa falta também não impõe por hora que não se admita a petição inicial, pois é um vício corrigido.Vai corresponder a oportunidade de emenda da petição inicial. Nem sempre a correção vai se dá pela parte, é possível que o juízo corrija. 
Juízo negativo: Quando o vicio for insanável, indeferimento da petição inicial (art. 267). Se o juiz indefere a PI é porque ele não vai analisar o pedido. 
Na hipótese quando o juiz mandou citar o réu ele considerou que o réu era legitimo, pois o despacho corresponde a juízo positivo de admissibilidade. Então ele verificou a ilegitimidade depois. E na outra hipótese ele analisou a petição inicial e detectou a ilegitimidade e extinguiu logo. Então essa hipótese corresponde ao indeferimento da petição inicial e a outra não.
Então conclui-se o seguinte: que o indeferimento da petição inicial vai conduzir a extinção do processo sem resolução de mérito, salvo se esse deferimento for pela razão do IV, art. 295, quando será deferimento com resolução de mérito. Por que isso? Pois o indeferimento da petição inicial por reconhecimento da prescrição da decadência corresponde uma hipótese de mérito, afinal de contas prescrição e decadência não são matérias processuais, mas de mérito, aptas a produzir coisa julgada.
DEFESA: As defesas do tipo substancial podem ser diretas ou indiretas. Defesas de mérito ou substanciais diretas são aquelas que negam os fatos alegados pelo autor. Já as defesas substanciais ou de mérito indiretas vão ter lugar quando o réu sem negar os fatos alegados pelo autor, vai opor fatos novos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor. 
Dentre as varias defesas que o réu pode oferecer, há uma chamada contestação. O réu no procedimento comum ordinário vai ser citado, e vai ter um prazo ordinário de 15 dias para apresentar contestação, dentre outras defesas que ele também pode apresentar. A contestação seria a defesa principal. Todas as vezes que o réu deixar de apresentar contestação, ele será revel. Revelia então é falta de contestação. Revelia é um fenômeno eminentemente processual, constatada quando há a ausência da contestação. 
A apresentação de contestação fora do prazo também é hipótese de revelia, pois a contestação fora do prazo se equivale a falta de contestação. Os efeitos da revelia se apresentam em dois planos: no plano material e no plano processual. O código vai nos dizer que o réu quando oferece contestação precisa dentre outros encargos, se desincumbir do que vai chamar de ônus da impugnação especifica (encargo que tem o réu de impugnar especificamente cada um dos fatos alegados pelo autor, sob pena de aquele fato que foi alegado pelo autor e não impugnado pelo réu se tornar incontroverso). 
A primeira defesa que o réu deve apresentar é a contestação, se assim não faz, todos os atos subseqüentes do processo, que em principio devem ser comunicados às partes serão comunicados só ao autor. Só o autor vai ser intimado pelas modalidades – diário oficial, carta, mandado, e o réu não. Essa desnecessidade de intimação só vai ter lugar se o réu não tiver advogado constituído nos autos. É possível então, que o réu a despeito de ser revel, talvez não incida o efeito processual da desnecessidade de intimação, porque é possível que o réu seja revel e mesmo assim tenha advogado constituído nos autos. 
Mas pode ser assim também: o réu é citado, mas não apresenta defesa nenhuma- é revel. O processo continua o seu tramite, e os atos praticados serão comunicados ao autor. Ao réu, eventual prazo que tenha as partes ou ele só para praticar ato processual, será contado a partir do dia do que o ato processual se tornou publico. Então, os atos do processo são públicos e o fato de o réu ser revel não o impede de participar do processo, pois se ele ficasse impedido seria o processo nulo, porque violaria o devido processo legal. 
Não é que o réu fique impedido de participar do processo, ele só não vai ser comunicado dos atos para poder participar. 
Se no dia em que o réu comparecer a audiência, ele tiver também advogado, a partir daqui ele pode praticar todos os atos do processo subseqüente, e a partir deste dia, quando o advogado do réu pegar os autos, os atos processuais praticados serão chamados também ao réu. (aqui cessa o efeito processual da revelia).
Diz o código no artigo 330, que em algumas hipóteses, o juiz estaria autorizado a julgar antecipadamente a lide. Antecipar do momento da decisão pra fase anterior a probatória. Essa possibilidade dita no inciso II, no artigo 330 de julgamento antecipado por força da revelia, não é uma conseqüência automática. SOMENTE, se uma vez sendo o réu revel, e incidindo os efeitos materiais da revelia e esse efeito processual da desnecessidade de produção de prova (e se o juiz se sentir habilitado a julgar). 
 Quando o réu é revel, o juiz NÃO necessariamente vai nomear curador especial. Curador especial está previsto no artigo 9, inciso II. Só se citado por edital.
Então a respeito de ser o réu revel e incidir o efeito material, se o juiz sentir a necessidade de produção de provas, por ainda não ter se convencido, ele determina de oficio. Assim, é possível que a revelia aconteça e que o efeito processual não. Resumo da história: Revelia é uma coisa, efeitos são outra. Revelia acontece e os efeitos, qualquer deles podem não acompanhar esse fenômeno processual. NÃO CONFUNDAM REVELIA COM SEUS EFEITOS. 
A contestação deve ser elaborada com observância ao ônus da impugnação especifica e do principio da eventualidade. O primeiro é o ônus que recai sobre o réu em rebater um a um os fatos alegados pelo autor, sob penade um fato restar não impugnado ficar incontroverso. O principio da eventualidade – o réu tem que na sua defesa concentrar todas as matérias que tiver sob pena de preclusão, como regra. Não pode o réu oferecer defesa fracionada.
O réu precisa, já na sua contestação trazer toda a sua matéria de defesa, ainda que os argumentos sejam contraditórios entre si. Isso se dá pelo principio da eventualidade OBS: As matérias de ordem pública não estão sujeitas a preclusão, elas podem ser alegadas a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição. 
Como é que se elabora a petição de contestação? O código não diz muita coisa, mas no artigo 300 tem-se o indicativo de como deve essa petição ser elaborada. 
Idêntico ônus tem o réu de trazer já na sua contestação todos os documentos necessários à sustentação de sua defesa. 
Apesar de o código dizer que a parte pode juntar documento a qualquer tempo do processo, não é qualquer documento, pois se o documento for reputado dispensável deve ele acompanhar a petição inicial ou deve acompanhar a contestação sob pena de preclusão.

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