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ÉTICA, MORAL E DEONTOLOGIA
Carlos Uiliam Mathias Santos Lima[1: Bacharelando do 7º semestre de Direito pela Faculdade Nobre de Feira de Santana, email: uiliam_13@hotmail.com]
Prof. Cláudio Camperlingo
Faculdade Nobre – FAN
Direito – Ética Profissional
Feira de Santana, Agosto de 2014
RESUMO
Em uma época em que o discurso capitalista triunfa sem encontrar rivais, faz-se mais do que nunca necessário o estudo da ética, da moral e da deontologia. E o desafio do presente paper é justamente esse. Apresentar noções conceituais, características, similitudes e distinções entre os institutos, pois, saber quais os limites aceitáveis para a consecução do fim desejado é indispensável para qualquer profissional que ambicione não apenas o sucesso financeiro, mas, também, o crédito e o comprometimento com a sociedade que lhe é própria. 
PALAVRAS-CHAVE: direito; ética; moral; deontologia; jurídica; 
INTRODUÇÃO
Comumente ao nos reportarmos ao vocábulo ética o confundimos com o conceito de moral, engano justificável dada a similaridade da definição histórica entre ambos, pela qual o termo "ética" vem do grego "ethos", que por sua vez, tem seu correlato no latim "morale", com a mesma acepção, mas de diferentes significados.
Na ciência do Direito, usualmente se utiliza o termo Deontologia (deontos = dever e logos= estudo, tratado), introduzido por Jeremy Bentham, em 1834, como referência ao ramo da ética cujo objeto de estudo são os fundamentos do dever e as normas morais, cujas principais subdivisões são a ética normativa e a axiologia, disciplinando os direitos e deveres dos operadores do Direito e seus fundamentos éticos e legais.
Calca-se a presente abordagem na conceituação dos institutos da ética, moral e deontologia, bem como características, similitudes e diferenças.
DESENVOLVIMENTO
Improvável é pensar sobre ética, moral e deontologia jurídica, e não remeter-se a conceitos clássicos da filosofia geral e jurídica e sociologia. No intuito de transcender conceitos que são ínsitos na cultura e historia da sociedade – universal e local –, possuindo divergências acerca de cada um dos institutos, sua análise tem por escopo a objetivo de identificar elementos comuns, válidos, capazes que configurar os institutos supra como princípios gerais.
 ÉTICA
Desde os primórdios os seres humanos agrupam-se dada a necessidade de sobrevivência. Diante disso, notou-se que essa convivência não se dava de qualquer forma, passou ela a ser regida pela maneira como a maioria dos partícipes aceitava o comportamento individual, onde uma ação individual espelhava a ação do grupo. Concluiu-se, então, que a ideia de que os ditames condicionais de vivência em comunidade estão diretamente relacionados ao que se chama de ética.
 Isto posto, podemos conceituar ética como sendo um conjunto de valores e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade e tem como finalidade promover um equilíbrio e bom funcionamento social, que muito embora não possa ser confundido com as leis, está relacionado com o sentimento de justiça social, visto que edificado por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais. Nas palavras de BITTAR (2010):
"... enquanto se está a dissertar sobre a ética, se está a falar sobre o comportamento tomado em sua acepção mais ampla, a saber, como realização exterior (exterioridade), como intenção esperitual (espiritualidade), como conjunto de resultados úteis e práticos (finalidade; utlidade). esta é uma faceta da ética, ou seja, sua faceta investigativa."
É sabido que o homem não vive sozinho, pois, como ser humano, coexiste com seus hábitos, costumes e tradições dentro de uma resolução moral na qual suas atitudes, desde que objetivem a promoção do bem, são reconhecidas como éticas. 
Para Adolfo Sanches Vazquez Ética é a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade,  a ética resultaria numa ciência que estuda e observa o comportamento humano. Podemos concluir que a ética é disciplina normativa, não por criar normas, mas por descobri-las e elucidá-las, assim aprimora e desenvolve o sentido moral do comportamento e a influência da conduta humana. 
 Compreender os conflitos existentes, buscar suas raízes, descobrir as razões com resultado do direito, crenças e valores, e com base nisto estabelecer um comportamento que permitam a convivência em sociedade, é o objetivo do estudo da ética. 
MORAL
Mores, Moralis – Palavra Latina que significa costumes, isto é, aquilo que deve ser feito, seguido, que é hábito. Desta forma, tem-se por moral, o conjunto de regras/normas que a maioria dos indivíduos, de uma determinada comunidade, aceitam como correto ou adequado, sem refletirem sobre o seu significado e/ou necessidade. A moral tem uma dimensão mais prática, liga-se ao agir quotidiano e às exigências imediatas.
A moral é aquilo que se submete a um valor. Hegel distingue a moralidade subjetiva (cumprimento do dever, pelo ato de vontade) da moralidade objetiva (obediência à lei moral enquanto fixada pelas normas, leis e costumes da sociedade, a qual representa ao mesmo tempo o espírito objetivo). Hegel considera que seja insuficiente a mera boa vontade subjetiva, é preciso que a boa vontade subjetiva não se perca em si mesma ou se mantenha simplesmente como aspiração ao bem, dentro de um subjetivismo meramente abstrato. Para que se torne concreto, é preciso que se integre com o objetivo, que se manifesta moralmente como moralidade objetiva. É a racionalidade da moral universal concreta que pode dar um conteúdo à moralidade subjetiva da mera consciência moral.
 DEONTOLOGIA
O termo Deontologia surge das palavras gregas “déon, déontos” que significa dever e “logos” que se traduz por discurso ou tratado. Sendo assim, a deontologia seria o tratado do dever ou o conjunto de deveres, princípios e normas adotadas por um determinado grupo profissional. A deontologia é uma disciplina da ética especial adaptada ao exercício de uma profissão.
A deontologia se refere ao conjunto de princípios e regras de conduta — os deveres — inerentes a uma determinada profissão. Assim, cada profissional está sujeito a uma deontologia própria a regular o exercício de sua profissão, conforme o Código de Ética de sua categoria. Neste caso, é o conjunto codificado das obrigações impostas aos profissionais de uma determinada área, no exercício de sua profissão. São normas estabelecidas pelos próprios profissionais, tendo em vista não exatamente a qualidade moralmas a correção de suas intenções e ações, em relação a direitos, deveres ou princípios, nas relações entre a profissão e a sociedade.
 DIFERENCIAÇÃO ENTRE MORAL E ÉTICA
Como já exposto, moral tem como ideia principal o conceito de bem que em uma definição empírica, pode ser tido como a qualidade de excelência ética que leva a um entendimento mais amplo do amor, da irmandade, da solidariedade e da sabedoria, ou seja, todos os sentimentos ou valores que promovem e desenvolvem o ser humano. Partindo dessa premissa basilar, são garimpados os princípios e diretrizes que nos conduzem às regras morais, que influenciam o comportamento e a mentalidade humana.
 Segundo NALINI (1999): "A moral é o objeto da ética. Mas a relação que se estabelece entre a ética, um dos capítulos da teoria da conduta e a moralidade positiva, como fato cultural, é a mesma que pode ser encontrada entre uma doutrina científica e seu objeto".
Em situações cotidianas os indivíduos se deparam com a necessidade de organizar o seu comportamento por normas que se julgam mais apropriadas ou mais dignas de ser cumpridas. A diferenciação prática entre Moral e Ética é que esta é o juiz das morais, assim ética é uma espécie de legislação do comportamento moral das pessoas. Mas a função fundamental é a mesma de toda teoria: explorar, esclarecer ou investigar uma determinada realidade.
Segundo José Ferrater Mora (1978), os termos 'ética' e 'moral' são usados, por vezes, indistintamente. Contudo, o termo moral tem usualmente uma significação mais ampla que o vocábulo 'ética'.Enfim, Ética e Moral são os maiores valores do homem livre, posto que ambos significam "respeitar e venerar a vida". O homem, com seu livre arbítrio, vai construindo ou destruindo seu meio ambiente, apoiando ou subjugado a natureza e suas criaturas, e assim ele mesmo se revela no bem ou no mal deste planeta. Deste modo, Ética e a Moral se formam dentre de mesmo patamar de realidade.
CONCLUSÃO
Em suma, enquanto moral é algo que o homem desenvolve de acordo com os costumes, os hábitos, a religião e a época em que vive, a moral é algo atemporal, ou seja, independentemente do local e da época o ser humano sempre carregará consigo a ética, ou em outras palavras, mais uma vez citando BITTAR (2010): "... a especulação ética permite a crítica dos valores e dos costumes na medida em que estuda e compreende fatos e comportamentos valorativos."
Concluindo a diferenciação sobre ética e moral, podemos contrapor os seguintes parâmetros objetivos: ética é princípio, moral é uma conduta específica; a ética é atemporal, a moral é temporal; a ética se rege por um padrão universal enquanto a moral utliza-se de pradrão cultural, ética é regra, moral é a conduta da regra, e, finalmente, como ponto diferencial mais óbvio: ética é teoria, moral é prática.
REFERÊNCIAS
SILVA, Antônio César da; WEIDUSCHAT, Íris; TAFNER, José. Metodologia do Trabalho Acadêmico. 2. ed. Indaial: Ed. ASSELVI, 2007.
BITTAR. Eduardo C. B.; CURSO DE ÉTICA JURÍDICA - ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL. 10 ed. SARAIVA, 2010. 
NALINI. José Renato. Ética e Justiça. São Paulo.; Oliveira Mendes, 1999.
VÁZQUEZ. Adolfo Sánchez. Ética. Ed. Civilzação Brasileira, 2008.
MORA, Jose Ferrater. Dicionario de filosofia. Editorial Sudamericana, Buenos Aires, 1978.

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