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REPOSIÇÃO DE MÓDULO IESP MÓDULO – EMERGÊNCIAS EM TRAUMA DE TÓRAX, ABDÔMEN E EXTREMIDADES ALUNO – DATA – 1. DURANTE UM CONFLITO, UM JOVEM É VÍTIMA DE VIOLÊNCIA E AGRESSÃO INTERPESSOAL. APRESENTA-SE TAQUIDISPNEICO, COM UM FERIMENTO ABERTO EM REGIÃO INFRAMAMILAR ESQUERDA. O TRATAMENTO IMEDIATO DE LESÃO ABERTA NO TÓRAX, CARACTERIZADA PELA COMUNICAÇÃO DA CAVIDADE PULMONAR E MEIO EXTERNO, CONSISTE NA REALIZAÇÃO DE CURATIVO: a) com irrigação com soro fisiológico; b) compressivo; c) de três pontas; d) com enfaixamento torácico; e) aberto. 2. UM PACIENTE DO SEXO MASCULINO, 30 ANOS DE IDADE, SOFREU QUEDA DE MOTOCICLETA. AO EXAMINAR A VÍTIMA, NA CENA DO ACIDENTE, O SOCORRISTA IDENTIFICA SINAIS DE CONTUSÃO EM TÓRAX, FREQUÊNCIA VENTILATÓRIA DE 25IPM, ESTASE DE JUGULAR, PRESSÃO ARTERIAL DE100X80MMHG, BULHAS CARDÍACAS ABAFADAS, EXTREMIDADES FRIAS E CIANOSADAS E ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA. DIANTE DO QUADRO CLÍNICO É POSSÍVEL QUE A VÍTIMA APRESENTE: a) Tamponamento cardíaco; b) Tórax instável; c) Pneumotórax hipertensivo; d) Choque hipovolêmico. 3. SOBRE OS FERIMENTOS POR ARMA DE FOGO (FAF), É CORRETO AFIRMAR QUE: a) Ao avaliar a vítima, a prioridade é procurar por ferimentos de entrada e de saída do projétil. b) A bala esmaga os tecidos no seu trajeto e uma cavidade é criada a partir do seu rastro. c) A partir da identificação dos orifícios de entrada e de saída, é possível identificar todos os tipos e a quantidade de balas que penetraram no corpo da vítima. e) sempre haverá orifício de saída da bala. 4. A CINEMÁTICA DO TRAUMA POSSIBILITA A SUSPEITA DE ALGUMAS LESÕES E CONTRIBUI PARA QUE SE EVITEM LESÕES DESPERCEBIDAS. SOBRE ESSE TEMA É CORRETO AFIRMAR QUE: a) Através da análise do tipo de impacto é possível determinar qual era a posição do ocupante no veículo. b) A tatuagem traumática é um sinal de que o ocupante do veículo não estava usando o cinto de segurança. c) A “fratura em olho de touro” surge na região frontal de vítimas que estavam sem uso do cinto de segurança e foram lançadas contra o para-brisa. d) Na avaliação de vítimas de acidentes automobilísticos o enfermeiro deve considerar dois aspectos importantes: velocidade aproximada no momento do acidente e tipo de veículo envolvido no acidente. 5. JOÃO, 23 ANOS, É MOTOCICLISTA E TRABALHA REALIZANDO ENTREGAS RÁPIDAS DE DOCUMENTOS. HOJE, QUANDO CONDUZIA SUA MOTOCICLETA TEVE UMA COLISÃO E FOI EJETADO DO VEÍCULO EM QUE VIAJAVA A 70 KM/HORA. NO MOMENTO DESSA OCORRÊNCIA, ELE USAVA CAPACETE. ESTAVA LÚCIDO NA CENA, MAS O NÍVEL DE CONSCIÊNCIA DECLINOU ATÉ A CHEGADA NO HOSPITAL. O SERVIÇO DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR TRANSPORTOU JOÃO ATÉ O HOSPITAL E NA CHEGADA ELE JÁ SE ENCONTRAVA COM COLAR CERVICAL, EM PRANCHA LONGA, COM ACESSO VENOSO RECEBENDO SOLUÇÃO SALINA ISOTÔNICA E 3 L/MIN DE OXIGÊNIO POR CATETER NASAL. NA AVALIAÇÃO PRIMÁRIA DA VÍTIMA, SEGUINDO A ORDEM DE PRIORIDADES CONHECIDA COMO XABCDE, A ENFERMEIRA DO PRONTO SOCORRO IDENTIFICOU: FR = 30 MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS/MIN; PA = 96/58 MMHG; FC = 130 BATIMENTOS/MIN; ESCORE DA ESCALA DE COMA DE GLASGOW = 9. OBSERVOU, TAMBÉM, TIRAGEM, PRESENÇA DE RESTOS ALIMENTARES NA BOCA DA VÍTIMA E CIANOSE DE EXTREMIDADES. DIANTE DESTA SITUAÇÃO INDIQUE A ALTERNATIVA QUE CORRESPONDE ÀS CONDUTAS PRIORITÁRIAS QUE DEVEM SER REALIZADAS IMEDIATAMENTE PELO ENFERMEIRO: ( ) Chamar o médico, observar o nível de consciência, a respiração, e presença de lesões secundárias. (x) Assegura via aérea pérvia (aspiração de secreções da cavidade oral, manobras de abertura de vias aéreas), a fim de garantir uma boa respiração ventilação. Avaliar e se necessário ajustar a reposição volêmica realizada (volume infundido, velocidade da infusão, permeabilidade do acesso venoso, manter duas veias de grosso calibre), monitorização cardíaca e oximetria de pulso. ( ) Avaliar e se necessário ajustar a reposição volêmica realizada (volume infundido, velocidade da infusão, permeabilidade do acesso venosa, manter duas veias de grosso calibre), monitorização cardíaca. ( ) As intervenções devem ser céfalo-podálica: nível de consciência, respiração, e presença de lesões secundárias e encaminhar para realização de exames complementares a fim de fechar o diagnóstico médico rapidamente. 6. INDIVÍDUO COM DIVERSOS FERIMENTOS POR ARMA DE FOGO NA REGIÃO SUPERIOR E INFERIOR TORÁCICA POSTERIOR É ENCONTRADO NA RUA E SOCORRIDO PELA EQUIPE DE EMERGÊNCIA LOCAL. ELE RESPIRA RAPIDAMENTE, SENDO POSSÍVEL OBSERVAR O AR SE MOVENDO PARA DENTRO E PARA FORA DOS FERIMENTOS TORÁCICOS. SEU PULSO É FRACO E MUITO RÁPIDO. PERCEBE-SE QUE HÁ GRANDE QUANTIDADE DE SANGUE NO ASFALTO. ACERCA DESSE CASO, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: a) Nesse caso, um diagnóstico imediato, manobras de reanimação e tratamento definitivo de choque são essenciais para determinação do prognóstico. b) No ambiente pré-hospitalar, essa situação tende a ser resolvida sem muitas demandas da rede de apoio de um centro de trauma mais próximo. c) Pode-se diagnosticá-lo com traumatismo cranioencefálico, importante causa de morbimortalidade da pessoa com trauma. d) Dentre os planos de tratamento, destaca-se o encaminhamento para um centro de apoio ao trauma o mais rapidamente possível, independentemente de suas condições de deslocamento. e) No trauma torácico apresentado, o controle e a reversão do choque neurogênico deve ser prioridade, tendo em vista que a tolerância orgânica à isquemia nos pulmões é de 15 a 20 minutos. 7. NOS PROCESSOS DE HEMORRAGIA, AS PERDAS DE SANGUE ACIMA DE 30% (MAIORES QUE 1.500 ML): a) Não causam na vítima nenhum problema, pois o próprio organismo compensa essa perda. b) Podem causar estado de choque, ansiedade, sede, taquicardia (com frequência cardíaca entre 100-120/min) e pulso radial fraco na vítima. c) Podem causar na vítima pele fria, pegajosa, suor e frequência respiratória menor que 20/min. d) Podem causar na vítima choque descompensado, como hipotensão, alterações das funções mentais, agitação, confusão ou inconsciência, sede intensa, pele fria, palidez, taquicardia superior a 120/min, pulso radial ausente, taquipneia e enchimento capilar lento. 8. DEFINA PNEUMOTÓRAX E DIFERENCIE PNEUMOTÓRAX SIMPLES DO HIPERTENSIVO. O pneumotórax se define como o acúmulo e a retenção de ar livre na cavidade pleural, ou seja, quando o ar entra no tórax ocasiona falha pulmonar pelo fato de o ar que devia estar dentro do pulmão, está fora causando pressão no órgão. O pneumotórax simples são pequenos e não ocasionam deslocamento mediastinal para o lado contralateral e tende a ocasionar repercussões clínicas modestas. Já no pneumotórax hipertensivo a pressão pleural exercida no hemitórax que foi afetado é excedente a pressão atmosférica, especialmente durante a expiração, esta é uma forma grave que pode ocasionar a morte do paciente em curto período de tempo, necessitando assim de diagnóstico precoce. 9. DESCREVA A FISIOLOGIA DO PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO, E JUSTIFIQUE PORQUE ELE É UMA EMERGÊNCIA CONSIDERADA FATAL. A pressão intrapleural geralmente é negativa, ou seja, ela é menor que a pressão atmosférica, isto se dá pelo fato do recuo da parede pulmonar ser para dentro e da parede torácica para fora. Quando ocorre o pneumotórax, o ar que está fora do tórax ou mesmo do pulmão entra no espaço pleural por meio dos planos do tecido mediastinal ou através de perfuração pleural direta. Neste caso a pressão no interior da pleura se eleva, e o volume pulmonar reduz. No Pneumotórax hipertensivo a pressão intrapleural se eleva progressivamente interferindo em todo o ciclo respiratório, colapsando o pulmão, ocasiona o deslocamento do mediastino e também prejudica o retorno venoso para o coração. Assim o ar continua entrado, mas perde a capacidade de sair do espaço pleural. Este é uma emergência considerada fatal porque quando não tratada adequadamente e em tempo oportuno, pode ocasionar hipotensão sistêmica e resultarem parada cardiorrespiratória em curto período de tempo, podendo assim ser fatal para o paciente. 10. DEFINA PNEUMOTÓRAX ABERTO E DESCREVA A FISIOLOGIA DESTA LESÃO. Quando o ar se acumula entre o pulmão e a parede torácica como consequência de um trauma ou ferida aberta na região do tórax ou até mesmo por um defeito físico é denominado de pneumotórax aberto, quanto maior for esta abertura, será maior a dificuldade de respirar e mais alto será o grau de colapso pulmonar. Na presença desta abertura na parede torácica, no momento da inspiração, a pressão negativa faz com que o ar inspirado fique entre o espaço pleural e o pulmão, entrando por dois lugares, pela abertura e pela traqueia. Assim há pouquíssima entrada de ar para os pulmões impedindo a inspiração e expiração dentro da normalidade, o que prejudica a respiração, podendo colapsar os pulmões, pois não como o ar fluir dentro deles. 11. DIFERENCIA HEMOTÓRAX DE PNEUMOTÓRAX E DESCREVA A FISIOLOGIA DESTA PATOLOGIA. O pneumotórax se caracteriza como a entrada e presença de ar no espaço pleural, já o hemotórax é o acúmulo de sangue dentro deste espaço. O pneumotórax pode ser espontâneo (quando está ou não relacionado a alguma patologia pulmonar), traumático (quando ocorre trauma na região torácica), infeccioso (quando há infecções pulmonares) e iatrogênico (pode ocorrer por alguma intervenção médica). O hemotórax pode ser traumático (ocorre frequentemente após traumas fechados e penetrantes) e o iatrogênico (pode ocorrer após cirurgias na região torácica). Geralmente o hemotórax pode estar ligado ao pneumotórax. A fisiologia do hemotórax ocorre quando há a presença de sangue no espaço pleural, assim a resposta fisiológica ocorre por meio de repercussões negativas nas questões hemodinâmicas e na respiração, pois a presença de sangue dificulta os movimentos respiratórios, através da compressão do pulmão, podendo assim resultar no seu colapso. 12. DESCREVA A FISIOLOGIA DO TAMPONAMENTO CARDÍACO E QUAIS OS SINAIS E SINTOMAS DO PROBLEMA (TRÍADE DE BECK). O tamponamento cardíaco ocorre através do enorme acúmulo de sangue ou até mesmo de outros líquidos no pericárdio; o que resulta na dificuldade de execução da fase diastólica do ciclo cardíaco, pois interfere na fase em que o coração de enche. Este pode ocorrer pela ocorrência de inflamações e traumas, dentre outros fatores. A fisiologia ocorre em três fases que ocasiona alterações hemodinâmicas durante o tamponamento: na fase inicial, as pressões de enchimento do ventrículo direito e esquerdo são maiores que as pressões intrapericárdicas, o que resulta numa elevação da pressão durante o preenchimento do espaço pericárdico; na segunda fase com o aumento de fluído intrapericárdico, a pressão intrapericárdica daí resultante tornase superior à do ventrículo, gerando um baixo débito cardíaco; e na terceira fase ocorre progressivamente aumento do desequilíbrio entre as pressões intracardíacas e intrapericárdicas, reduzindo o fluxo cardíaco ocasionando repercussão hemodinâmica. No tamponamento cardíaco pode ocorrer sintomas inespecíficos como dor torácica/dor no peito; mal-estar e fraqueza, anorexia, dispneia. Já os sinais clínicos comumente observados são: taquicardia, hipotensão arterial, aumento da pressão venosa, hipofonese de bulhas cardíacas, estase jugular e diminuição do débito cardíaco, pulso paradoxal e elevação da frequência respiratória. Tríade de Beck auxilia para identificação dos principais sinais apresentados por esta alteração clínica, sendo estes três critérios essenciais: Estase jugular; Hipotensão e Abafamentos das bulhas cardíacas. 13. O QUE É DRENAGEM DE TÓRAX, QUANDO ELA É INDICADA E OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM O DRENO DE TÓRAX. A drenagem de tórax consiste num procedimento cirúrgico em que há a introdução de um dreno através da parede torácica na cavidade pleural para o esvaziamento do ar ou conteúdos líquidos presentes nesta região, no intuito de recuperar a função cardiopulmonar e a estabilidade hemodinâmica. As principais indicações são: pneumotórax, hemotórax, derrame pleural, quilotórax, empiema e no pós-operatório de cirurgias torácicas e cardíacas. Os cuidados de enfermagem incluem: sempre manter o frasco de drenagem abaixo do nível do tórax; manter sempre as mãos higienizadas antes e após realizar o manuseio do dreno; realizar a limpeza ao redor do dreno e trocar o curativo quando necessário ou a cada 24 horas; evitar a oclusão do frasco; realizar o clampeamento dos drenos quando estiverem acima do nível do tórax e mantê-los dessa maneira no menor tempo possível; manter a monitorização dos sinais e sintomas da doença que originou a inserção do dreno; manter o sistema de drenagem no nível vertical; utilizar clampes não traumáticos; realizar a ordenha quando necessária; monitorar através da radiografia o posicionamento do dreno; atentar para o tempo de troca dos frascos de drenagem torácica e trocar os frascos de sistema de drenagem sempre que necessário; manter o paciente e familiares sempre orientados acerca dos cuidados com o dreno. 14. PREENCHA AS LACUNAS ABAIXO ASSINALANDO A ALTERNATIVA CORRETA. UM JOVEM DE 18 ANOS ESTAVA ANDANDO NA RUA E REALIZOU UM MOVIMENTO DE TORÇÃO OU HIPEREXTENSÃO (FORÇADA) DE UMA ARTICULAÇÃO. ESSA LESÃO DOS LIGAMENTOS E TENDÕES, QUE CIRCUNDAM UMA ARTICULAÇÃO É CHAMADA DE___________. O CUIDADO DE ENFERMAGEM DESSE TIPO DE LESÃO CONSISTE EM _____________________. a) Entorse – repouso, elevação da parte afetada, aplicação de gelo e uso de bandagem compressiva; b) Estiramento – aplicação de gelo e uso de bandagem compressiva; c) Contusão – repouso e elevação da parte afetada; d) Luxação – aplicação de gelo e repouso. 15. AO SOFRER UM ACIDENTE E TER UMA FRATURA DO FÊMUR, UM PACIENTE TEVE QUE SER INTERNADO PARA O ATO CIRÚRGICO. PORÉM, DEVIDO À FALTA DE HORÁRIO DE SALA CIRÚRGICA E DE a) Alinhar o osso e evitar que músculos da região da coxa se contraiam, ocasionando um encurtamento do membro. b) Evitar que o membro inferior afetado sofra maior lesão devido à ruptura óssea e, consequentemente, sangramento. c) Alinhar o osso para que ele já comece o processo de cicatrização por formação do calo ósseo, facilitando, assim, o procedimento cirúrgico. d) Garantir que o paciente se movimente o mínimo possível, e, assim, evitar sangramentos devido à fratura óssea. e) Garantir que o paciente se movimente o mínimo possível, e, assim, evitar a dor intensa. 16. O ENFERMEIRO PRECISA SABER IDENTIFICAR LESÕES QUE AMEAÇAM A VIDA, DE FORMA A PRIORIZAR O ATENDIMENTO E A AGILIZAR OS CUIDADOS QUE SERÃO DESENVOLVIDOS. A LESÃO DE TÓRAX CARACTERIZADA POR DOR TORÁCICA SEM FERIMENTO VISÍVEL, DISPNEIA, TAQUICARDIA, HIPOTENSÃO, DESVIO DE TRAQUÉIA PARA O LADO OPOSTO À LESÃO, AUSÊNCIA DE MURMÚRIO VESICULAR DO LADO AFETADO, DISTENSÃO DE JUGULARES E TIMPANISMO À PERCUSSÃO DO LADO AFETADO, CAUSADA MAIS FREQUENTEMENTE POR TRAUMA OU USO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA POR PRESSÃO POSITIVA, DENOMINA- SE: a) Pneumotórax hipertensivo. b) Hemotórax. c) Ferida torácica aspirativa. d) Tórax instável. e) Tamponamento cardíaco. image1.png image2.jpg