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Modalidades de Obrigação

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Direito Civil II
Obrigações
Prof. Eduardo de Castro Rodrigues
Ciências Jurídicas
1
Modalidades de Obrigação
Classificação quanto aos elementos
Alternativas
Facultativas
Cumulativas
Fracionárias (Conjuntas)
Divisíveis e Indivisíveis
Obrigações Solidárias
Solidariedade Ativa
Solidariedade Passiva
Objetivos da instrução e resultados esperados e/ou habilidades desenvolvidas com o aprendizado. 
2
Obrigação Alternativa
Fazem parte da categoria obrigações plurais, junto com obrigações cumulativas, facultativas e alternativas.
Multiplicidade de objetos
Nas alternativas, apesar da pluralidade, apenas uma prestação deverá ser cumprida.
Extinção das demais prestações após a prestação
“aumentam, por parte do devedor, as perspectivas de cumprimento e diminuem os riscos a que os contratantes se acham expostos.” W. de Barros 
Lista de vocabulário relacionado. 
3
Obrigações Alternativas
fase da concentração: caracteriza-se pela conversão da obrigação alternativa originária em obrigação simples, pela determinação do objeto a ser prestado.
A escolha pode ser convencionada: escolha ao credor, devedor ou terceiro.
Art. 252 CC – Não havendo estipulação, a escolha caberá ao devedor.
Observância da boa-fé objetiva
Conclusão do curso, palestra etc. 
4
Obrigações alternativas
Electa uma via, altera non datur – Eleita uma via, não há retorno, salvo cláusula de arrependimento.
Não confundir obrigação alternativa com dação em pagamento.
Obrigações alternativas: pluralidade e independência de opções definidas desde o início
Dação em pagamento: substituição do objeto ao tempo do pagamento
Não confundir com obrigação de dar coita incerta
Obrigações alternativas
Art. 571 CPC – a inércia do devedor ao exercício do direito de escolha no prazo contratual dará ao credor a ação de execução, que concederá ao devedor 10 dias para opção. Não feita opção, será esta devolvida ao credor.
A ação de execução pode estar fundamentada em título executivo extrajudicial ou em sentença na qual o juiz determine ao devedor o cumprimento da obrigação alternativa.
Obrigações Alternativas
Se uma das prestações torna-se inexequível, sem culpa do devedor, deverá ser cumprida a obrigação remanescente – Art. 253 CC
Tornando-se todas as prestações inexequíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação (art. 256 CC), retornando as partes ao status quo ante, sendo que antes da tradição os riscos da coisa correm por conta do seu proprietário (art. 237 CC)
Em caso de culpa – Art. 254 CC
Obrigações facultativas
A doutrina prefere denominar de obrigações com faculdade alternativa de cumprimento - Arnold Wald – “têm estrutura parecida com com as obrigações alternativas, com as obrigações alternativas as obrigações com faculdade de solução ou com faculdade de substituição, erradamente chamadas obrigações facultativas.”
Faculdade do devedor de substituir o objeto por outro, com previsão prévia no contrato da possibilidade
Obrigações facultativas
Também não confundir com dação em pagamento.
Na dação em pagamento só haverá substituição da prestação com anuência do credor, jamais podendo lhe ser imposta a extinção da obrigação; Na dação em pagamento, ao tempo da contratação, não há qualquer referência à faculdade de substituição da prestação.
Obrigações Cumulativas
Presença de 2 ou mais prestações cumulativamente exigíveis.
O devedor apenas se exonerará quando prestar as duas ou mais prestações de forma conjunta, pois, enquanto uma delas não tiver sido adimplida, poderá o credor exigi-las na totalidade do devedor, sendo-lhe lícita a recusa da oferta parcial. 
O descumprimento de uma das prestações significa o inadimplemento total 
Obrigações Fracionárias
Obrigações simples – relação convencionada entre um credor, um devedor e uma prestação.
Obrigações plurais – pluralidade de partes ou de objetos em uma relação obricacional.
Subjetivamente plurais – Fracionárias; solidárias; indivisibilidade com vários contratantes
Objetivamente plurais – cumulativas; alternativas; facultativas
Obrigações Fracionárias
Havendo pluralidade de credores ou devedores em obrigação de natureza divisível, e inexistindo solidariedade legal ou contratual, cada um dos titulares portar-se-á de forma autônoma, com relação a seus direitos e deveres, fracionando-se a obrigação em partes iguais – Art. 257 CC
Concursu partes fiunt – no concurso de credores ou devedores a obrigação fraciona-se – Exceto quando existente indivisibilidade (Art. 258 CC) ou solidariedade (Art. 264 CC)
Obrigações Divisíveis e Indivisíveis
O art. 258 do CC – “A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico.”
Não se cogita da divisibilidade da obrigação e sim do objeto (prestação). O art. 87 do CC que bens divisíveis são aqueles que se podem partir em porções reais e distintas, formando cada qual um todo perfeito, sem alteração de sua substância.
A obrigação sempre deverá ser cumprida por inteiro – Art. 314 CC
Obrigações Divisíveis
7 Consequências (Washington de Barros Monteiro);
Cada credor só pode exigir sua fração
Cada devedor só tem que pagar sua quota
Se o devedor pagar integralmente a dívida a um dos credores, não se desobrigará com os demais.
O credor que recusar receber somente sua parte, será constituído em mora 
A insolvência de um não aumentará a quota dos demais
A suspensão da prescrição em relação a um dos credores não aproveita o outro;
A interrupção da prescrição com relação a um dosdevedores não aproveita o outro
Obrigações Indivisíveis
A indivisibilidade pode ser material ou jurídica e decorre da própria natureza do bem, da lei ou de vontade das partes.
Física – Própria natureza do bem – Ex: Automóvel
Legal – Decorre da lei – Ex: indivisibilidade do lote urbano com menos de 125m² - Lei nº 6.766/79
Contratual – decorre de manifestação de vontade das parte – Ex: Condôminos que decidem não dividir o imóvel, mantendo-o em estado de indivisão por cinco anos – Art. 1.320 CC
Obrigações Indivisíveis
Forma de pagamento – Artigos 259 e 260 CC
O credor que recebeu o pagamento integral na prestação indivisível reembolsará os demais ( Art. 261 CC), pois recebeu o que pertencia e também aquilo que competia aos outros credores. Não sendo possível a restituição in natura, será pago em espécie.
Art. 291 CPC – “na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não participou do processo receberá a sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito.”
Obrigações Indivisíveis
Remissão por um dos credores de obrigação indivisível – o perdão não produzirá efeitos perante os demais credores, pois poderão exigir o pagamento desde que abatido o valor total da parte do credor que efetuou a remissão.
A perda do objeto nas obrigações indivisíveis acarreta a sua extinção, em face da conversão da prestação originária no equivalente em dinheiro, tornando-se obrigação divisível.
Obrigações Solidárias
Exceção à regra geral de autonomia e do fracionamento da obrigação entre os diversos credores ou devedores.
Nas obrigações solidárias, há multiplicidade de protagonistas: seja por concorrência de vários credores, cada um com direito à dívida toda; seja por pluralidade de devedores, cada um obrigado a ela por inteiro, ou mesmo pluralidade de credores e devedores (solidariedade mista), a teor do exposto no art. 264 do CC.
Obrigações Solidárias 
O CC disciplinou a solidariedade ativa e passiva, mas silenciou sobre a solidariedade mista. Portanto, quando existir pluralidade de credores e devedores por obrigação solidária, o intérprete deve combinar as regras.
A solidariedade vem da responsabilidade in solidum – sobre o total do conjunto dos personagens que compõem a relação obrigacional.
Cada credor ou devedor atua como se fosse o único da classe, ocorrendo o fenômeno da expansão da responsabilidade individual.
Obrigações Solidárias
Os principais postulados da solidariedade se vinculam a uma diretriz: Pluralidade subjetiva e unidade objetiva.
A solidariedade
só se manifesta nas relações externas, eis que qualquer credor poderá exigir o pagamento de qualquer devedor no todo, como se fosse o único existente, assim como o devedor poderá exonerar-se, pagando o total a qualquer credor.
Já nas relações internas, prevalece o direito apenas fracionário de reembolso dos co-devedores que não receberam suas partes e o direito de regresso do devedor que pagou o preço em face dos co-devedores.
Obrigações Solidárias
O pagamento realizado por qualquer devedor – ou recebido por qualquer credor – extingue a obrigação: apesar da pluralidade de sujeitos, há unidade objetiva da prestação, visto que cada devedor responde pelo débito integral e cada credor tem o direito de exigir o todo.
Observe que a partir do momento que há o adimplemento, é irrelevante aos devedores o fato de o credor que recebeu a prestação não reembolsar os co-credores, pois tal discussão permanecerá no âmbito interno da relação entre os credores.
Obrigações Solidárias 
Solidariedade não se presume, resulta da lei ou da convenção entre as partes.
Nos sistemas alemão e italiano, a solidariedade se presume. No Brasil, adotou-se a regra geral do concursu partes fiunt, que corresponde ao fracionamento das obrigações.
A presunção legal é de que cada pessoa responde apenas por seus atos.
Modalidades de Obrigações
Classificação quanto à exigibilidade e conteúdo
Exigibilidade
Obrigações Civis
Obrigações Naturais
Conteúdo
Obrigações de Meio e de Resultado
Obrigações de Garantia
Classificação quanto à exigibilidade
Obrigações Civis – Maior parte das obrigações
Todos os elementos presentes – Sujeitos, objeto e Vínculo – shuld e haftung plenamente observados
Sujeitam o devedor às medidas coercitivas
Em caso de inadimplemento, aciona-se o mecanismo secundário da garantia
Classificação quanto à exigibilidade
Obrigações naturais – já estudadas
Elementos presentes: Sujeitos, objeto e vínculo, mas ausente a coercibilidade
Existe o shuld mas ausente o haftung 
O Art. 882 do Código Civil substitui a expressão “obrigação natural” pelo termo “obrigações judicialmente inexigíveis”.
Classificação quanto ao conteúdo
Obrigações de meio e de resultado
Obrigações de meio – quando o próprio conteúdo da prestação nada mais exige do devedor que o emprego dos meios adequados, sem que se indague sobre seu resultado. Ex: Médico* ou Advogado
Obrigações de resultado – o devedor se obriga a alcançar determinada finalidade. Se não alcançar o resultado o devedor vai arcar com as consequências da inadimplência. Ex: cirurgia plástica meramente estética. Obs: Transportador é obrigação de resultado

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