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ATO JURÍDICO ILITICO ART

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ATO JURÍDICO ILITICO ART. 186 A 188 CC E 927 A 954 CC.
O ato jurídico ilícito, é a ação ou omissão voluntaria do agente que de forma culposa ou dolosa viola a lei e causa dano material e/ou moral a outrem sendo responsabilizado a repara-lo.
PRESSUPOSTOS DETERMINANTES PARA A EXISTÊNCIA:
- Ação ou omissão do agente. Refere-se a uma conduta ativa, o agente desenvolve essa conduta e causa dano a outrem. Omissão corresponde a uma conduta passiva, o individuo deixa de desenvolver uma conduta e por conta disso causa um dano a outro.
EX: X está dirigindo um carro e vê lá na frente um desafeto dele, e ele joga o carro em cima do outro para amassar o carro. Isso foi uma conduta ativa.
- Culpa em sentido lato. Envolve primeiro o dolo. É dolosa quando o agente por ação ou omissão, tem a intenção de causar dano a outro.
EX: X está dirigindo um carro e vê lá na frente um desafeto dele, e ele joga o carro em cima do outro para amassar o carro. Isso foi uma conduta ativa.
- Culposa em sentido estrito. E a culpa em sentido estrito envolve a imprudência, a negligência e a imperícia. Nota-se a falta de cuidado do agente, falta de diligencia. Ele não tem a intenção de causar o dano, mas pela imprudência do agente, ele causa o dano.
* imprudência é a falta de diligencia, falta de cuidado que levam o agente a realizar uma conduta que ele não deveria realizar e que causa dano a outra.
* Negligencia o agente não é cuidadoso e deixa de desenvolver uma conduta que deveria desenvolver e por conta disso causa dano a outro.
* Impericia é uma conduta culposa que implica a falta de negligencia num exercício profissional
- Dano causado e pode ser material e/ou moral. Material é o dano patrimonial, é o dano que repercute no patrimônio da pessoa. Esse dano material se subdivide em dano eminente e dano lucro cessante. Dano eminente é o dano patrimonial atual, aquele que pode ser auferido no presente, no mesmo instante em que o indivíduo sofre o próprio dano. O dano lucro cessante, é o dano patrimonial que se projeta no futuro, um dano estimado para o futuro. Dano moral é o dano extra patrimonial é o dano sofrido pela alma, pelo espírito da vitima, normalmente resultante de uma dor na alma. Como exemplo o dano a honra do individuo, a sua dignidade humana.
- Nexo de causalidade que liga o dano sofrido a conduta dolosa ou culposa do agente. De nada adianta ter o dano se não sabe quem o praticou, ou se sabe que houve a conduta dolosa porem não se sabe quem cometeu o dana. É o elo, a ligação entre o dano e a culpa a pessoa que cometeu.
- AGENTE CAUSADOR DO ATO ILICITO.
Diferenças entre responsabilidade de ato ilícito penal e civil.
O agente é penalizado penalmente quando pratica um ato ilícito desenvolvendo uma conduta descrita no tipo legal como sendo criminosa.
No que se refere a responsabilidade civil o agente pratica um ato ilícito quando viola a lei, quando causa dano a outro. Conforme art. 186 e seguintes. 389 e seguintes. 927 e seguintes.
Outra diferença entre responsabilidade penal e civil, reside no interesse envolvido. O interesse envolvido na responsabilidade penal é o interesse público, interesse social. Ao contrário do interesse civil que tem seu caráter privado, particular. Por isso o MP na maioria das ações penais ele atua como parte do processo, representando a sociedade.
Via de regra, na responsabilidade legal é a pessoa agente causadora do dano que responde pelo ato ilícito praticado. Enquanto que na responsabilidade civil é o patrimônio do agente que responde pelo ato ilícito verificado.
- Em relação a responsabilidade civil é possível classifica-la de diversas formas. Responsabilidade civil contratual e extracontratual, também chamada de responsabilidade civil aquiliana.
- Responsabilidade civil contratual resulta do inadimplemento obrigacional contratual. A falta de cumprimento do contrato em que se presume a culpa do inadimplente. (Art. 389 e seguintes).
EX: X é um cantor sertanejo e firma com Y dono de uma casa de espetáculo noturno, um contrato de prestação de serviço, em que X se compromete a realizar um show no dia 10 de Outubro do presente ano, pela importância de R$ 30 mil. Ocorre que no dia marcado X não comparece, não realiza o show. A responsabilidade de X nesse caso é contratual, ele é o inadimplente obrigacional. Y pode ingressar com uma ação requerendo a resolução do contrato mais o pagamento de perdas e danos.
- Responsabilidade Civil Extracontratual ou Aquiliana. É aquela que resulta da pratica de um ato jurídico ilícito. Não resulta da falta de cumprimento do contrato, resulta de ato ilícito praticado.
- Podemos classificar a responsabilidade civil também em objetiva ou subjetiva.
- A responsabilidade subjetiva, tem como base a culpa do agente causador do dano. Necessariamente tem que se provar a culpa do agente. 
- A responsabilidade civil objetiva, em que a culpa é presumida ou dispensada, não sendo levada em consideração. Resulta de uma determinação legal ou de um risco, uma atividade de risco.
EX: Danos resultantes de um acidente de trabalho. Responsabilidade civil objetiva do empregador.
- Nas duas responsabilidades o agente causador do ilícito pode se exonerar dessa responsabilidade ou até atenua-la se provar que o dano ocorrido é por culpa exclusiva da vitima.
- Exonera-se o agente da responsabilidade civil, se demonstrar que o dano ocorrido é por culpa de terceiros. 
- Também exonera o agente da responsabilidade se demonstrar que o dano ocorrido resultou de força maior.
- A responsabilidade civil do agente é atenuada quando o agente provar que o dano ocorrido resultou de culpa concorrente da vitima.
- Responsabilidade civil também pode ser classificada da seguinte forma, culpa in erigendo, culpa in vigilando e culpa in custodiendo.
- Culpa em Erigendo resulta da má escolha de uma pessoa a qual pratica o ato jurídico ilícito.
EX: X é o mandante representado, Y é o mandatário representante e a finalidade do mandato é a venda de um imóvel de propriedade de X. Y firma um contrato de compra e venda com W e age dolosamente, induzindo W a erro. W pode responsabilizer solidariamente o X e o Y, por culpa em erigendo, porque ele escolheu mal seu representante.
- Culpa in vigilanto. Resulta da má fiscalização de uma pessoa.
Ex: Uma criança sai de baixo de um automóvel e corre na via, ai o motorista para não atropelar a criança, desvia e bate num muro, derruba este muro e causa dano a propriedade. O motorista tem que ressarcir o dano porém pode cobrar do pai da criança, que responde por culpa em vigilanto, falta de uma melhor vigilância da criança.
- Culpa in custodiendo. É a responsabilidade civil resultante da má guarda de pessoas, coisas ou animais.
- A pessoa jurídica também pode ser responsabilizada nesses casos. Pode inclusive ser responsabilizada penalmente.
- A responsabilidade civil da pessoa jurídica publica passa por três fases. Irresponsabilidade civil, civilistica (art. 15 CC 86), publicistica.
- Civilistica. Em que a responsabilidade civil do Estado era subjetiva, então para a vitima se ressarcida de um dano causado pelo Estado, era preciso provar a culpa do servidor ou funcionário público.
- Publicística. A responsabilidade civil do estado é objetiva, não sendo por tanto necessária a comprovação de culpa do estado, basta o dano em si, o fato gerador do ano e o nexo de causalidade.
- Responsabilidade civil objetiva. O art 37 inciso VI, atribui ao estado responsabilidade civil objetiva. 
- Há duas espécies de responsabilidade civil para o Estado: Objetiva do Risco Administrativo que é adotada no Brasil pela maioria dos tribunais e doutrinadores e a responsabilidade civil objetiva por risco integral. No risco integral o Estado não tem defesa, se ocorreu o dano o estado é obrigado a ressarcir, o que não acontece na hipótese na responsabilidade civil de risco administrativo, porque nessa hipótese o estado tem meios para se defender ou para se exonera ou ate atenuar a responsabilidade civil.
- Responsabilidade Civil Pelo Risco administrativo, ashipóteses em que o estado se exonera da responsabilidade civil ocorre quando o Estado prova que o dano sofrido se verificou pela culpa exclusiva da vitima. 
EX: X esta com uma forte dor de cabeça rotineira, e busca um médico do SUS. O médico faz um exame básico e o medica, o sujeito toma este remédio e por conta dele tem um infarto. Ele precisa provar o dano ocorrido e a causa que gerou o dano, o remédio indicado. Não precisa comprovar a culpa do medico e nem a culpa do estado, o estado responde objetivamente, independente de culpa. Basta a vitima provar o infarto, a causa do dano e o nexo de causalidade, que liga o dano ao fato. Para responsabilizar o estado independente de culpa.
- O Estado também se exonera da responsabilidade civil pelo risco administrativo se provar que o dano ocorrido resultou da ação de um terceiro, por culpa de terceiros, exclusiva de terceiro.
EX: Os assaltos praticados. O Estado não é responsabilizado diretamente pela vitima porque o estado prova que a culpa é de terceiros, não do Estado, ocorreu por exclusiva ação do bandido. É diferente no caso em que vai ocorrer um grande jogo de futebol e o Estado designa um numero muito abaixo de policiais exigido para o evento, se acontecer um grande conflito e uma pessoa ser lesada, ai sim a culpa é do Estado, pelo fato que não tem como negar que quem falhou foi o Estado que colocou um numero menor de policiais do que o satisfatório. 
- Outra hipótese em que o Estado de exonera da responsabilidade civil ocorre quando o dano verificado resulta de força maior, da ação da natureza, não entra o caso fortuito, porque este envolve a ma administração da máquina pública.
EX: Ocorre uma enorme inundação, uma enchente sem precedentes, a inundação de um imóvel que a rigor nunca foi inundado, só que essa inundação ocorre por conta da enchente, que resultou de uma elevação muito grande do rio. Naturalmente, por mais que o imóvel nunca tenha sido inundado, se ele esta próximo de um rio, pode acontecer que ele inunde, e ele inunda. Nessa hipótese se o dono da propriedade ingressa com uma ação contra o estado, querendo reparação de dano, com certeza o estado vai se exonerar da responsabilidade alegando força maior, força da natureza. Diferente se ocorre uma chuva, muito forte, porém o imóvel não é inundado pela primeira vez, isso já aconteceu antes, quase sempre que chove forte. Inunda porque o Estado não canaliza, não constrói piscinões, não administra direito. Neste caso o titular do dano, pode e deve processar o estado e ele não poderá alegar força maior. É a culpa anônima, porque ela existe.
- Outra hipótese que o Estado não se exonera da responsabilidade, mas tem essa responsabilidade atenuada, diminuída. E isso ocorre quando o Estado provar que o dano sofrido pela vitima ocorreu por culpa concorrente. Nessa situação, o Estado tem sim a responsabilidade, mas a vitima concorreu para o dano.
EX: Há um viaduto em que falta a grade de proteção ou pelo menos uma parte desta grade. Caso alguém caia, responsabilidade é totalmente é do estado. Mas caso a grade esteja danificada e ainda alguém quer fazer uma “graça” no local aberto e cai do viaduto, ele pode processar o Estado, porém a culpa é divida com o Estado pelo fato dele estar ali, provocando a queda.
INPUTAÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL PESSOA PRIVADA.
Para uma pessoa ser responsabilizada pela pratica de um ato jurídico ilícito, é necessário primeiro que ele tenha consciência do ato praticado. E também tem que ter capacidade civil.
- No ato jurídico ilícito praticado por um demente e a pratica de um ato jurídico ilícito por parte de um menor de idade. Quando um demente pratica um ato jurídico ilícito, a vitima do dano pode a principio ser ressarcida. Deve ser responsabilizado o responsável pelo demente no caso dele praticar um ato ilícito. Só não respondendo se não tiver obrigação de fazer ou se seu patrimônio for insuficiente, nesta hipótese o patrimônio é subsidiariamente responsável e desse patrimônio deverá se tirar o valor para a reparação. Porém se comprometer a sua subsistência, aquele que sofreu dano será irreressarcido. A mesma situação se aplica também ao menor.
Se o menor pega o carro dos pais escondido e causa um acidente, os pais ou o tutor é quem responde pelo dano causado pelo menor por meio de seu patrimônio, porém se este patrimônio não for suficiente, responde subsiariamente o patrimônio do menor, desde que isso não comprometa a sua subsistência, porque se comprometer, a vitima ficará irresarcida.
ATOS PRATICADOS QUE NÃO SÃO CONSIDERADOS ILICITOS, MAS QUE CAUSAM DANO A OUTREM.
- Legitima defesa, ao exercício regular do direito e ao estado de necessidade. Estas situações estão previstos nos art. 187, 188, 928 a 930.
- Legitima defesa. Defesa proporcional e imediata. 
EX: O individuo vem com um taco para acertar o outro, porém este tem uma arma de fogo e dispara contra o agressor. Civilmente responde pelo dano causado, apesar de ser absolvido Penalmente.
- Exercício regular do direito. Não é ato jurídico ilícito.
EX: se uma pessoa deve uma nota promissória que era para tal data, porém ela não pagou, aplicar um exercício regular do direito, ingressar com processo contra ela, não é algo ilícito apesar de causar danos. Porém quando ocorre o exercício irregular do direito, notasse o abuso do direito, que caracteriza o ato jurídico ilícito. O abuso do direito é o uso nocivo do direito.
- Art. 939 e 940 há duas hipóteses de abuso de direito. Quando o credor exige o pagamento da divida antes do vencimento, isso é abuso de direito. Isso caracteriza ato jurídico ilícito. Outra hipótese é o credor cobrar uma divida do devedor que já foi paga, também caracteriza abuso de direito, caracterizando ato jurídico ilícito.
- O código civil possui diversos abusos de direito, porém o direito de vizinhança (art. 1277 e seguintes) é muito importante. Acontece isso quando há o uso anormal, nocivo da propriedade, que causa interferências a segurança, ao sossego e a saúde dos proprietários vizinhos.
EX: Um templo religioso que emite sons muito acima do permitido por conta dos rituais. Isto perturba o sossego . O individuo que coloca o som na altura que incomoda o vizinho, também perturba o sossego. Isto caracteriza ato jurídico ilícito.
- Estado de necessidade. O estado de necessidade ocorre quando o individuo desenvolve uma conduta para evitar a deterioração ou destruição de uma coisa, ou ainda a lesão de uma pessoa removendo o perigo iminente mas causando dano a outrem. Não é um ato jurídico ilícito porém causa um dano que é necessário reparar.
EX: individuo está dirigindo o carro e de repente sai uma criança de trás de um outro carro estacionado, para não atropelar a criança, ele joga o carro em um muro, que o destrói. Como motorista será obrigado a pagar por esse dano, mas regressivamente, vai poder propor uma ação contra o pai da criança, por agiu por culpa invigilanto.

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