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Resumo - Os custos da crise para a política social

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Um dos elementos escolhidos pelo governo e pelos investidores como importe antídoto à crise seria o controle da dívida pública. Os recursos públicos comprometidos com o pagamento dos juros da dívida externa retiram do Estado brasileiro a possibilidade de aumentar os investimentos em políticas públicas, principalmente, na política de geração de emprego. Tal medida, só é possível por causa de outro “antídoto” governamental contra a crise: a geração de superávit, fundamentado em acordos assinados com o Fundo Monetário Internacional. Outra condição que impediria o agravamento da crise no Brasil seria um elevado crescimento econômico que “protegeria” a economia.
 Esses dois “antídotos” do Brasil contra a crise, na prática, elevam o fosso entre ricos e pobres e agravam a concentração de renda, e acarretam a contenção dos recursos destinados às políticas sociais. Mesmo com a crise, os setores econômicos brasileiros continuaram apresentando bons lucros nos últimos anos. Fica evidente que uma das estratégias econômicas adquiridas pelo governo foi socorrer os bancos, diminuir impostos sobre produtos industrializados para favorecer o consumo e, tentar manter a produção em ritmo “controlável” de modo a evitar um declínio profundo. Enquanto, a especulação financeira e a política governamental de socorro aos bancos criam grandes transferências de recursos do fundo público ao sistema bancário, a classe trabalhadora encara os custos da ”economia de cassino” imposta pelo capital portador de juros. As formas governamentais para amenização dos efeitos da crise se mantêm em uma política de intervenção estatal na economia, com perspectiva de regular a oferta e demanda e garantir a reprodução do capital.
 O cenário que vem se revelando com a crise é de profunda mudança na estrutura do emprego e da organização do trabalho. Hoje a tendência mundial é de aumento da terceirização, informalidade, destruição de postos de trabalho, menos empregos na indústria e na agricultura, entre outros. Portanto, acreditamos que a superação da crise contemporânea não se dará por meio de uma saída com perspectiva liberal, e nem pelos pilares clássicos. A superação de mais uma crise histórica, só se dará via o fortalecimento das lutas sociais, da organização da classe trabalhadora e da construção de uma sociedade emancipada, visto que a emancipação humana seja a socialização da riqueza e o fim de todas as formas de comercialização da vida.

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