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Introdução à Macroeconomia Para que a política econômica seja efetivada, o governo lança mão de uma série de instrumentos para atingir as metas macroeconômicas - São estes: Política fiscal, Política monetária, Política cambial e comercial, Política de rendas. Política fiscal: está relacionada aos instrumentos de que o governo dispõe para arrecadar impostos, controlar despesas, estimular ou desestimular o consumo e controlar os gastos privados. Política monetária: está relacionada ao estoque monetário do país. Envolve emissão de moeda, venda e compra de títulos públicos, bem como a regulação do sistema bancário. Política cambial e comercial: são políticas voltadas para o setor externo da economia. • Política cambial: refere-se à capacidade do governo de definir a taxa de câmbio, através do Banco Central. A taxa de câmbio pode ser definida pelo mercado se assim o governo definir. • Política comercial: tem como instrumentos os incentivos à exportação, de estímulo ou desestímulo às importações, através de instrumentos fiscais e de crédito, além das barreiras tarifarias. Política de rendas: está ligada à capacidade do governo de atuar na formação e apropriação da riqueza, mediante a fixação dos salários e o controle dos preços. As raízes da macroeconomia tiveram início com A Grande Depressão ocorrida nos anos 30 do séc. XX nos E.U.A. Foi o colapso dos preços da Bolsa de Valores em outubro de 1929. Resultou em 1,5 milhões de desempregados e em 1933 chegou a 13 milhões de desempregados. A produção, em 1933, foi 27% menor do que em 1929 e o desemprego foi superior a 14% até 1940. Outros fatores relevantes que afetam a economia de um país são as crises econômicas. Vamos falar as mais recentes e seus reflexos. A grande recessão: em 2008, o colapso do banco Lehman Brothers, com ativos de 600 bilhões de dólares, tornou-se o símbolo do início da mais dramática crise financeira dos últimos 50 anos. As causas são atribuídas à falta de regulação do setor financeiro, à fraca política monetária e a uma economia internacional com fundações de areia, assentado em dívidas insustentáveis, tanto no setor público como privado. Entre a escassez do crédito, os colapsos das bolsas e a recessão inerente, o crescimento econômico em muitos países é ainda hoje praticamente inexistente. Até março de 2009, estima-se que até 45% da riqueza global tenha sido perdido. Crise da dívida soberana europeia – 2009 até hoje: os mercados estão preocupados com a capacidade dos países, como Portugal, Grécia, Espanha, Itália e Irlanda, pagarem as suas dívidas e a exposição de muitos bancos internacionais a essas dívidas, hoje tóxicas; teve um papel preponderante na queda do mercado. Mas a crise da dívida soberana europeia também se alastrou aos Estados Unidos, e as guerras entre democratas e republicanos quanto à própria dívida provocaram a queda do rating americano pela primeira vez na história. As implicações resultantes dos fracos indicadores econômicos, juntamente com o lento crescimento das economias e aumento das dívidas, podem ser desastrosas. A austeridade impera nos países afetados, originando um grande aumento do desemprego e uma diminuição acentuada no poder de compra. A crise brasileira atual é culpa da crise mundial de 2008? Crises econômicas não são cíclicas e muito menos inevitáveis. O mercado é um processo dinâmico de criação e destruição, onde em todo o momento os empreendedores buscam, de maneira descentralizada, suprir as demandas dos consumidores, coordenando desejos humanos com a escassez de bens e serviços. Os economistas, conforme ampla divulgação na imprensa, afirmam que em parte sim, aliada a decisões erradas de governo. O crédito na economia pode ser traduzido como a confiança que o mercado e todos os seus agentes internos e externos tem para tomar decisões para investir, comprar bens e serviços, adquirir financiamentos e promover a poupança pelo aumento da renda do país e das famílias. O Banco Central do Brasil é o órgão responsável pelas normas e controle da quantidade de dinheiro em circulação. Se em qualquer momento um agregado econômico, como a alta do dólar, a escassez de um produto ou juros altos complicar a atividade de um setor, poderá haver a redução da produção ou do consumo e isso vai diminuir a circulação de dinheiro causando alteração no crédito. Outro vilão da economia é a inflação. Alguns economistas definem como: - uma taxa que define o aumento dos preços; - é um fenômeno de longo prazo que persiste sobre o preço dos bens e serviços; - é a remarcação de preços de maneira generalizada ou sobre um determinado setor. Todos os recebimentos ou pagamentos efetuados nas transações comerciais de bens e serviços de exportação e importação são contabilizados e apresentados pela Balança Comercial (BP). Podemos dizer que o país está numa situação favorável ou de superávit quando o resultado da BP mostra que as exportações do período foram maiores do que o resultado das importações. Isso significa que entrou mais moeda estrangeira no país. Caso a BP apresente o resultado de importações maior que as exportações, então teremos um déficit. Isso significa que saiu mais moeda estrangeira do país do que entrou. Como resultado, podemos ter uma redução de circulação de dinheiro no mercado, prejudicando a oferta de crédito ou pela falta de moeda ou pelos juros que vamos pagar para poder ter crédito. Gastos ou despesas governamentais são o gasto de dinheiro público que o governo faz em compras de diversos materiais de consumo, contratação e pagamento de vários tipos de serviços necessários à prestação dos serviços públicos ou à manutenção das ações e dos bens públicos, por meio das Secretarias de Estado e dos outros órgãos e entidades estaduais. Personagens muito importantes para o desenvolvimento econômico mundial, sua aplicação e suas implicações. Adam Smith (1723-1790) É considerado o fundador da escola clássica também conhecida como escola liberal. A maior preocupação do autor foi com o funcionamento do sistema econômico sem a interferência do governo (denominado laissez-faire) é que quanto maior for o grau de liberdade do mercado, maior será a sua capacidade de gerar riquezas através da produção de bens e serviços. Ressalte-se a consideração à época, dos seguintes, assim denominados “fatores de produção”: terra, capital e mão de obra. David Ricardo (1772-1823) Estudou a formação do valor dos produtos. O valor é determinado pela escassez e pela quantidade de trabalho despendido na produção do bem. Ressalte-se que valor não é apenas preço; valor é o preço acrescido da utilidade percebida pelo cliente/usuário. Desenvolveu também a teoria dos rendimentos decrescentes. Quanto maior for a utilização de um fator (trabalho), mantendo-se os demais fatores fixos (capital), maior serão os custos de produção e menores os ganhos. Thomas Robert Malthus (1766- 1834) Desenvolveu estudos sobre o crescimento da população e a sua relação com a produção de alimentos enunciando a seguinte lei econômica: “enquanto a produção de alimentos cresce em progressão aritmética, a população cresce em progressão geométrica”. Esse fato seria um fator de equilíbrio do mercado de trabalho. A fome reduziria a oferta de mão de obra, diminuindo os salários e aumentando os lucros. Jean Baptiste Say (1767-1832) Desenvolveu a chamada lei de Say: “a oferta cria a sua própria procura”. Segundo esse entendimento, não haveria superprodução, nem desemprego, pois tudo que fosse produzido seria consumido. Karl Heinrich Marx (1818-1883) Marx estudou o capitalismo profundamente desenvolvendodiversas ideias contraditórias sobre o capitalismo e sua capacidade de gerar e distribuir riquezas. Desenvolveu a teoria da exploração segundo a qual o capitalismo se apropria de uma parcela do valor do trabalho do trabalhador, transformando esse valor expropriado em lucro excedente. Esta parcela denomina-se “mais valia”. De suas ideias surgiram os países socialistas e os sistemas econômicos de planificação centralizada, realizada pelo governo. Alfred Marshall (1842-1924) Foi o fundador da escola marginalista, trabalhou com questões relacionadas com utilidade dos bens sempre considerando o conceito de marginal (acréscimo ou decréscimo na margem), como por exemplo, a utilidade marginal decrescente dos bem consumidos. Também desenvolveu as ideias de custo marginal e lucro marginal. John Maynard Keynes (1883-1946) Durante a grande depressão da década de 1930, lançou os fundamentos da teoria Keynesiana que propunha a ação do governo para evitar as crises econômicas. O centro da teoria Keynesiana é a demanda agregada (consumo + investimento + gastos do governo + exportações - importações). Assimile Definições de macroeconomia: 1. É uma das divisões da ciência econômica dedicada a uma economia regional ou nacional; 2. O enfoque macroeconômico estabelece relações entre grandes agregados e permite compreender algumas interações relevantes; 3. A macroeconomia não se preocupa com aspectos em curto prazo como desemprego momentâneo, por exemplo; 4. A macroeconomia possui algumas metas como aumentar o nível de empregos, estabilizar os preços, distribuir renda, crescer a economia, solucionar conflitos de objetivos; 5. Os principais propósitos da macroeconomia são: crescimento da economia; pleno emprego; estabilidade de preços e controle da inflação. Definição de agregados econômicos: é o termo utilizado na macroeconomia para designar genericamente o resultado dos estudos do comportamento, de uma atividade econômica de maneira global, resultante das ações dos agentes econômicos, como governo, empresas e famílias. Crescimento econômico é quando uma atividade econômica tem crescimento por vários anos e pode ser medida pelo PIB – Produto Interno Bruto ou PNB – Produto Nacional Bruto, com aumento da produção e enriquecimento do país, sem considerar as condições de vida da sociedade. Desenvolvimento econômico é quando temos além do crescimento econômico, mudanças positivas relacionadas com a qualidade de vida, educação, saúde e infraestrutura socioeconômica de uma região e ou país. Referência Macroeconomia -: Vaine Fermoseli Vilga Maria de Fátima Gimenes Valente Sprogis
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