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ESTUDO DO CASO Y.L.R sandra

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CURSO DE PEDAGOGIA
 SANDRA DE SÁ SANTOS
DIFICULDADES APRESENTADAS NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM DO ALUNO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA; UM ESTUDO DE CASO EM ANÁLISE.
Porto Velho - RO
2014
NOME: SANDRA DE SÁ SANTOS
DIFICULDADES APRESENTADAS NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM DO ALUNO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA; UM ESTUDO DE CASO EM ANÁLISE.
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina Processo Educativo no Contexto Histórico, Psicologia da Educação I, Teoria Geral do Conhecimento, Sociologia da Educação.
Professores: BERNADETE STRANG, CARLOS EDUARDO DE SOUZA GONÇALVES, MARCIA BASTOS, OKÇANA BATTINI.
Porto Velho - RO
2014
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................4
2 O CASO DE UM ALUNO COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM................5
3 CONCLUSÃO...........................................................................................................7
REFERÊNCIAS........................................................................................................................8
1 INTRODUÇÃO
Um indivíduo que vem ao mundo encontra uma realidade já construída, isto é, um conjunto de conhecimentos estabelecidos, estruturados, institucionalizados e legitimados. Este conjunto de conhecimentos tem como objetivo dar um sentido às experiências vividas pelos homens e constitui a realidade objetivada da sociedade onde o indivíduo viverá. Outras sociedades, em outros momentos históricos, poderão viver outras experiências (ou as mesmas) e constituir realidades, com outro universo simbólico, que dê sentido às suas experiências. As experiências vividas pelos gregos em relação ao Sol e a Lua não são as mesmas vividas pelo homem do século XX. Isto quer dizer que as representações que os gregos tinham da Lua e do Sol são completamente diferentes das do homem que foi a Lua. Quer isto dizer que as realidades construídas por diferentes sociedades são suas verdades em cada momento de sua história. Donde, as realidades são históricas e sociais. 
Para viver na realidade construída e objetivada socialmente, o indivíduo deve ser socializado, isto é, ele deve aprender a viver no universo simbólico da sua sociedade. Por seu lado, a sociedade deve desenvolver as condições necessárias para que o indivíduo possa construir uma realidade subjetiva, paralela à realidade objetivada socialmente. O estudo do caso apresentado reporta ao preceituado por Moretto (2000:pg.18)
Oxalá que os educadores tivessem o conhecimento, ou mesmo a sensibilidade para compreender assim o universo individual do aluno, onde nem todos chegam com a mesma bagagem, pois é a socialização que permite a integração sólida e completa de um indivíduo no mundo objetivado de uma sociedade.
2 CASO DE UM ALUNO COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Observando as teorias estudadas neste primeiro semestre de curso, é possível entender que a educação caminha a passos lentos em relação as transformações sociais que aconteceram no país.Muitas mudanças aconteceram e com o passar do tempo, com tantas tecnologias avançadas, a educação ainda continua despreparada, vertical, bancária e repetitiva e as nossas crianças não são mais as mesmas crianças de tempos atrás.
	O estudo do caso de Y.L.R. nos mostra que todas essas mudanças podem contribuir e muito para aprendizagem das crianças na escola e também fora dela.
	A educação tem muito a avançar, mas as tecnologias de hoje, com a condição atual da educação e da sociedade no Brasil, está refletindo nas nossas crianças e também nos nossos jovens. Entretanto não significa dizer que este aluno é o resultado de uma sociedade problemática, pois a família acompanha o aluno, dando apoio, orientando e ajudando nas atividades escolares.
	As dificuldades deste aluno têm a ver com a sociedade capitalista de Marx, pois mesmo com o passar do tempo, ainda somos divididos, separados e diferenciados entre quem tem mais e quem tem menos e a comprovação está nas várias escolas particulares, onde os alunos tem um acompanhamento maior que os alunos das escolas públicas, como é o caso de Y.L.R. O aluno não parece ter outra personalidade, tem sim novas dificuldades de assimilar o conhecimento e esta atitude não é a esperada pela escola. Mesmo que o aluno não se encaixe junto aos colegas, a escola espera que ele aprenda no ritmo da turma e de acordo com a sua idade.
	Muitos dos problemas que Y.R.L enfrenta pode ser causado pela ausência do pai, pois a figura masculina é relevante para uma criança, principalmente se essa criança for um menino. A mãe pode dar todo o carinho e suporte, mas essa criança ainda precisa da imagem masculina tão necessária na vida de um menino, uma vez que o menino tende a se identificar com o pai.
As dificuldades do aluno foram sendo solucionadas aos poucos com a ajuda fundamental da professora que passou a observá-lo com mais atenção. Mesmo sendo esperado que seu desenvolvimento e desempenho fossem melhores por causa da sua idade, ainda assim tiveram um bom resultado. A ajuda do colega foi indispensável, pois as crianças se entendem melhor conversando entre si do que com adultos. 
 O simples diálogo com o colega pode ter feito Y.L.R entender coisas que com a explicação da professora não lhe foi possível, uma vez que as crianças aprendem melhor com outras de sua idade. Outro ponto importante foi a participação de toda a turma nas atividades diferentes de Y.R.L. A interação entre as crianças e Y.L.R foi um incentivo que lhe proporcionou ser cada vez mais esforçado.
O fato de Y.L.R. aprender a falar e andar tarde pode ter contribuído para o seu atraso, e não podemos deixar de citar que o tio de Y.L.R. também tinha os mesmos problemas na escola, e isto poderia ter a ver com a genética. Entretanto, com o tratamento especial da professora o problema foi solucionado.
Todas as crianças precisam de cuidados extras, com problemas ou não, o caso de Y.L.R. nos revela que uma criança carente de atenção, pode refletir seus problemas na sua aprendizagem. É aí que entra o papel do professor, que tem que estar atento, apto para identificar esses tipos de problemas, nos detalhes como o desenho, por exemplo,onde poderá ter um auxílio sobre o que fazer a respeito de um determinado assunto.O professor não deve ter medo de enfrentar os problemas, pois o professor é a base da criança. Se o professor mostrar a criança que as coisas não estão bem ela entrará em desespero, pois o professor é o suporte da criança.E a família tem que estar lado a lado com o professor pois a presença da família é fundamental para o sucesso da criança.
CONCLUSÃO
Ante os múltiplos desafios que o professor encontra no seu cotidiano, o aumento dos saberes lhe permite compreender melhor o ambiente sob seus diversos aspectos. Para cada caso de dificuldade que enfrenta na sala de aula o professor deve atentar-se para fatores como o psicológico, psicossocial, orgânicos – saúde física deficiente, falta de integridade neurológica (sistema nervoso doentio), alimentação inadequada, econômico, financeiro, individual do aluno, há que ser observados esses múltiplos fatores, pois é impossível a não interferência destes positivamente ou negativamente no processo ensino aprendizagem.
 Em Pedagogia da Autonomia, seu último livro, Freire (2003; p.23), enfatiza a reciprocidade entre educador e educando, envolvidos em um processo dialético que transforma ambos. O que se ensina é mais que um conteúdo. É um jeito de ser,uma abordagem crítica, a abertura para o conhecimento e para o outro: “a leitura verdadeira me compromete de imediato com o texto que a mim se dá e a que me dou e de cuja compreensão fundamental vou me tornando sujeito” A dialogicidade emerge como noção básica do processo educativo. Não é mera aceitação, mas é postura democrática de escutar, problematizar e viver juntos o “risco” de produzir o conhecimento. A autonomia não é estado de ser. É processo! Está presente desde o início no processo educativo, precisa ser reconhecida e incentivada, pois “o respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder aos outros.” (ops. Cit acima 2003, p.59).
 Conclui-se que todas as crianças com dificuldades de aprendizagem têm direito de frequentarem escolas e estarem inseridas em um ambiente reestruturado às suas necessidades com profissionais que façam intervenções facilitando sua aprendizagem.
 A participação dos pais não dever ser somente nas reuniões de “pais e mestres”, mas no dia-a-dia da criança. Eles devem mostrar curiosidade em relação ao que acontece em sala de aula reforçando a importância do que eles estão aprendendo, pois assim estarão contribuindo para o sucesso da aprendizagem.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo; Pedagogia da Autonomia: saberes necessários, 27ª. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2003 – p23 e 59.
JOSÉ, Elisabete da Assunção; COELHO, Maria Teresa. Problemas de Aprendizagem. São Paulo, Ática, p.23,2002.
MORETTO, Pedro Vasco; Construtivismo: A Produção do Conhecimento em Alma. DP&A .Editora – Rio de Janeiro 2000; p. 59.

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