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Anatomia Dental

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Anatomia Dental – Características Dentais 
Nomenclatura dos Dentes 
Podemos dividir as arcadas dentais em superior e 
inferior, estando a superior no osso maxilar e a inferior 
na mandíbula. Cada uma destas arcadas pode ser 
dividida em hemiarcos ou quadrantes direito e esquerdo. 
A identificação destas arcadas é feita didaticamente por 
meio de números 1, 2, 3 e 4 a saber: 
 
Os dentes incisivos centrais, incisivos laterais e 
caninos são os dentes superiores e a eles são atribuídos, 
respectivamente, os números 1, 2, e 3. 
Os pré-molares e os molares são os dentes 
posteriores e a eles atribuímos os números 4, 5, 6 , 7 e 8 
(primeiro pré-molar, segundo pré- molar, primeiro 
molar, segundo molar e terceiro molar, 
respectivamente). 
Os dentes são dispostos de forma simétrica nas 
arcadas e para a identificação utilizaremos a notação da 
FDI*, com dois algarismos, sendo que o primeiro 
identifica o quadrante e o segundo, o dente: 
* FDI: Federação Dental Internacional 
Exemplo: 1o molar superior esquerdo – dente 
26. Incisivo lateral inferior direito – dente 42 
Nomenclatura das Faces dos Dentes 
O elemento dental é dividido em duas porções 
distintas: coroa e raiz. O limite divisório entre elas é de 
fácil visualização e se caracteriza como uma linha 
contínua, sinuosa e de formato variável que se estende 
por todos os lados dos dentes. É a linha do 
colo anatômico, correspondente à região cervical do 
dente. A cada um destes lados chamaremos faces. 
Podemos classificar estas faces como: 
• Faces livres (vestibular, lingual ou palatina): são as 
faces dos dentes que não mantêm contato com outros 
dentes da mesma arcada, estando voltadas, 
respectivamente, para o lábio e bochechas (vestíbulo 
bucal) e para a língua ou palato; 
• Faces proximais (mesial e distal): são as faces que 
mantêm contatos com os dentes da mesma arcada, 
estando voltadas, respectivamente, para o plano sagital 
mediano, e para a porção posterior dos arcos dentais. A 
face distal dos últimos molares não faz contato com 
dentes vizinhos; 
 
 
• Borda incisal: apesar de não ser uma face, é uma 
característica importante dos dentes anteriores. É 
formada pelo encontro das faces vestibular e lingual 
destes dentes. 
• Face oclusal: é a face dos dentes posteriores voltada 
para o arco antagonista. As faces levam o nome do lado 
para o qual estão voltadas. 
• Faces livres: vestibular e lingual (ou palatina nos 
superiores). 
• Faces proximais: mesial e distal. 
 Didaticamente, o estudo da anatomia da coroa 
dental é amplamente facilitado pela divisão das faces em 
terços e pelos sentidos de visualização. 
 Em uma vista vestibular ou lingual, dividimos a 
face do dente no sentido vertical em terço mesial, médio 
e distal, e no sentido horizontal, em terço oclusal ou 
incisal, médio e cervical . 
 Em uma ���vista proximal, dividimos a face do 
dente em terço vestibular, médio e lingual no sentido 
horizontal e, no sentido vertical, em terço incisal ou 
oclusal, médio e cervical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Por fim, em uma vista oclusal teremos uma face 
dividada em terço mesial, médio e distal no sentido 
médio-distal e, no sentido vestíbulo-lingual teremos os 
terços vestibular, médio e lingual. 
 
 No terço cervical, as faces proximais apresentam 
uma depressão característica, de maior magnitude e 
concavidade nas faces mesiais e quase imperceptível nas 
faces distais. Estas concavidades, chamadas lojas 
papilares, são preenchidas pela papila gengival. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características gerais comuns a todos os dentes: 
Apesar de cada grupo de dentes apresentar 
detalhes particulares, algumas características podem ser 
observadas em todos os dentes, a saber: 
• As faces mesiais são sempre maiores nos dois sentidos 
(ocluso-cervical e vestíbulolingual) e mais planas que as 
faces distais. 
• As faces vestibulares são geralmente mais altas 
(sentido cérvico-incisal ou cérvicooclusal) e mais largas 
(sentido mesio-distal) que as faces linguais. Como única 
exceção temos o 1o molar superior, onde a face lingual 
ou palatina se apresenta mais larga que a vestibular. 
• O ângulo formado entre a coroa e a raiz sempre mais 
agudo nas faces distais, em virtude de sua maior 
inclinação . 
 
 
 
• Convergências. Outra característica comum a todos os 
dentes, em função do tamanho de suas faces, é a 
convergência das mesmas. Numa vista oclusal/ incisal 
as faces vestibular e lingual convergem para distal 
(sentido mésio-distal). 
Nesta mesmo vista, as faces proximais convergem para 
lingual (sentido vestíbulo-lingual) (fig. 1.4.2). O 1o 
molar superior é a grande exceção, pois sua face lingual, 
sendo maior do que a vestibular, faz com que a 
convergência ocorra para vestibular. 
 Em vista vestibular as faces proximais (mesial e 
distal) convergem para cervical (sentido vertical) (fig. 
1.4.3). Fig. 1.4.3 Convergência das faces proximais em 
vista vestibular (sentido vertical). Fig. 1.4.4 
Convergência das faces vestibular e lingual em vista 
proximal (sentido vertical). 
Numa vista proximal as faces vestibular e lingual 
convergem para oclusa/incisal (sentido vertical) (fig. 
1.4.4). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estrutura anatômicas comuns a todos os dentes 
1. Linha do colo É uma linha contínua e sinuosa 
que divide o dente em cora e raiz. Em relação à borda 
incisal ou face oclusal, é côncava nas faces livres e 
convexa nas proximais (fig. 1.5.1). 
 
 
 
2. Bordas São segmentos de reta que delimitam a 
transição entre faces dentais, levando o nome das faces 
que delimitam . 
 
3. Bossas São elevações ou saliências de esmalte 
que se sobressaem nas faces dentais (fig. 1.5.4 e 1.5.5). 
As bossas vestibular, mesial e distal têm localização 
comum a todos os dentes, a saber: 
• Bossa vestibular: terço cervical 
• Bossa mesial: terço incisal ou oclusal 
Bossa distal: terço incisal ou oclusal, porém sempre 
localizada mais próxima do terço ���médio que a bossa 
mesial. ���A bossa lingual ou palatina varia do grupo 
anterior para o posterior, localizando-se no terço 
cervical dos dentes anteriores e no terço médio das 
coroas dos dentes posteriores. Nos Fig. 1.5.4 Bossas 
vestibular e lingual. Dente 23 Fig. 1.5.5 Bossas 
vestibular e lingual. Dente 24 dentes posteriores 
localizam-se nos terços proximais da face oclusal e 
unem as cúspides linguais às vestibulares. 
 
 
4. Linha equatorial É a linha de maior contorno 
da coroa dental (resultante da união de todas as bossas), 
que passa portanto, pelas áreas de maior convexidade 
das faces dentais. A linha equatorial divide a coroa 
dental em duas áreas: uma área retentiva localizada 
cervicalmente à linha equatorial, e uma área retentive 
localizada cervicalmente à linha equatorial, e uma área 
expulsive localizada oclusal ou incisalmente à ela. Em 
virtude características funcionais das faces vestibulares 
dos dentes inferiores e linguais ou palatinas dos dentes 
superiores, a área expulsive apresenta maior grau de 
expulsividade nos terços oclusais (fig. 1.5.6). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Cristais Marginais São saliências de esmalte 
de configuração cilindróide. Nos dentes anteriores 
localizam-se nas porções proximais da face lingual, 
estendendo-se da borda incisal ao cíngulo. São áreas de 
importante reforço estrutural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estruturas anatômicas exclusivas de Dentes 
Anteriores 
1. Cíngulo É uma saliência de esmalte no terço 
cervical da face lingual (fig. 1.6.1). 
2. Fossa lingual É uma depressão da face lingual 
delimitada pela borda incisal, cristas marginais
e cíngulo 
(figura 1.6.1). 
3. Forame cego É uma depressão puntiforme 
formada pela falta de coalescência do esmalte, na região 
entre cíngulo e fossa lingual. Não está sempre presente 
(figura 1.6.1). 
 
 
4. Sulcos de desenvolvimento São depressões 
lineares, paralelas ao longo eixo do dente, localizadas 
nas faces vestibulares de dentes anteriores, dividindo-as 
em segmentos. Têm desenvolvimento variável e são 
mais freqüentes em dentes jovens (fig. 1.6.2). 
5. Lóbulos de desenvolvimento São segmentos 
das faces vestibulares, delimitados pelos sulcos de 
desenvolvimento. Em número de três, tendem a ser 
melhor isualizados em dentes reém irrompidos, 
chegando a entalhar as bordas incisais, formando os 
mamelos incisais (figura 1.6.2). 
 
 
 
 
 
 
6. Crista mediana É uma elevação de esmalte 
presente na face lingual dos caninos. O terço incisal do 
canino pode ser considerado uma cúspide, e assim, a 
aresta transversal lingual correspondente à crista 
mediana, que é mais volumosa junta a ponta da cúspide 
e vai perdendo volume em direção ao cíngulo. Pode 
apresentar-se também como uma elevação mais suave 
nos incisos centrais e laterais superiores e é 
praticamente inexistente nos incisivos inferiores . 
 
 
7. Borda Incisal É o encontro da face vestibular 
com a face lingual (fig. 1.6.4). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estruturas anatômicas exclusivas dos Dentes 
Posteriores: 
Nos dentes posteriores, as estruturas de maior 
interesse se localizam nas faces oclusais. 
 A face oclusal pode ser classificada em 
anatômica e funcional. Entende-se por face oclusal 
anatômica a região contida entre as arestas longitudinais 
das cúspides e as arestas das cristas marginais 
transversais. 
Durante a fisiologia mastigatória não é apenas a 
face oclusal anatômica que participa do processo de 
trituração dos alimentos. 
Portanto, a face oclusal funcional corresponde à 
face oclusal anatômica acrescida dos terços oclusais das 
faces linguais superiores e terços oclusais das faces 
vestibulares inferiores. As faces oclusais anatômicas 
apresentam uma série de elementos descritivos, os quais 
detalharemos a seguir. 
 
 
 
1. Cúspides 
 São estruturas de formato piramidal porém 
arredondadas , consideradas unidades funcionais dos 
dentes posteriores. 
 
A cúspide recebe o nome da face a qual 
apresenta proximidade; por exemplo, cúspide mésio- 
vestibular do 1o molar inferior. 
Cada cúspide pode ser comparada 
geometricamente a uma pirâmide de base quadrangular, 
exceto a cúspide mésio-palatina do 1o molar superior, 
que apresenta a base pentagonal. 
Enquanto as cúspides possuem normalmente 
quatro vertentes, a cúspide mésio-palatina do o molar 
superior é formada por cinco vertentes. Essa 
conformação confere detalhes anatômicos bem 
definidos: ápice, vertentes, arestas e sulcos. 
 O ápice da cúspide em realidade é arredondado, 
e sofre desgaste ao longo do tempo em decorrência da 
própria fisiologia mastigatória (fig. 1.7.2). 
2. Vertente 
 São as faces da cúspide, normalmente em 
número de quatro. 
Cada cúspide apresenta duas vertentes internas 
ou triturantes, que estão situadas no interior da face 
oclusal anatômica, e duas vertentes externas ou lisas, 
que estão situadas nas faces vestibulares e linguais ou 
npalatinas. Tanto as vertentes internas quanto as 
externas são ainda classificadas em mesiais ou distais, 
de acordo com a proximidade de uma ou outra face, a 
fim de que sejam diferenciadas (fig. 1.7.3). 
 
 
A cúspide mésio-palatina do primeiro molar 
superior, por apresentar uma base virtual pentagonal, 
possui três vertentes internas ou triturantes, as quais 
denominaremos mesial, média e distal (fig. 1.7.4). 
 
 
 
3. Arestas 
São segmentos de retas formados pela união de 
vertentes de uma mesma cúspide ou de uma crista 
transversal, normalmente em número de quatro para 
cada cúspide. 
As arestas que separam as vertentes externas das 
internas, paralelamente ao eixo mesio-distal da coroa, 
são denominadas arestas longitudinais. 
As arestas que separam duas vertentes internas 
ou externas entre si, perpendicularmente ao eixo mésio-
distal da coroa, são denominadas arestas transversais 
(fig. 1.7.5). 
 
 
 
 
As arestas longitudinais são ainda classificadas 
em mesiais ou distais, enquanto que as arestas 
transversais são classificadas em internas ou externas. A 
cúspide mésio-palatina do primeiro molar superios, 
como exceção às regras, apresenta duas arestas 
transversais internas, denominadas mesial e distal. 
 
4. Sulcos Principais 
São depressões que separam as cúspides 
representam uma falha do esmalte. 
Os sulcos principais mésio-distais separam as 
cúspides vestibulares das linguais, enquanto que os 
sulcos principais ocluso-vestibulares e oclusos-linguais 
separam cúspides vestibulares ou linguais entre si. 
 Os sulcos principais meio- distais não são 
rigorosamente retilíneos, apresentando sinuosidades e, 
por vezes, até mesmo interrupções em seu trajeto, como 
veremos no primeiro molar superior. 
Seu posicionamento no sentido vestíbulo-lingual 
também variável, o que explica diferenças volumétricas 
entre cúspides vestibulares e linguais. Nos dentes 
inferiores, os sulcos principais mésio-distais 
apresentam-se deslocados para lingual. 
Nos dentes superiores, apresentam-se deslocados 
para no primeiro pré-molar, centralizados no segundo 
pré-molar e deslocados para vestibular nos molares (fig. 
1.7.6). 
 
Exemplos de sulcos em um 1o molar inferior: 
sulco mésio distal ou sulco principal (1), sulco ocluso – 
lingual (2) e culco ocluso – vestibular (3), além de 
sulcos secundários (seta). 
5. Sulcos secundários São depressões que 
entalham as vertentes das cúspides, com trajeto 
curviíneo em relação a aresta transversal. São mais 
profundos e estreitos próximo ao sulco principal mésio-
distal de onde partem e mais rasos e largos a medida que 
se distanciam dele. Facilitam o escoamento de alimentos 
e o deslize de cúspides durente a função mastigatória 
(figura 1.7.6- seta). 
 
 
 
3. Crista oblíqua ou ponte de esmalte 
A ponte de esmalte é uma saliência de esmalte 
que une as cúspides disto-vestibular e mésio-lingual no 
primeiro molar superior, interrompendo o trajeto do 
sulco principal mésio-distal. 
Também é considerada uma área de reforço da 
cora dental. 
O primeiro pré-molar inferior também apresenta 
uma ponte de esmalte unindo sua cúspide vestibular à 
cúspide lingual, porem de forma transversal e não 
oblíqua. 
 
 
 
 
7. Fossa central 
Depressão na porção da central da superfície 
oclusal de um molar. 
Corresponde ao encontro dos sulcos principais 
mésio-distal, ocluso-vestibular e/ou ocluso-lingual (fig. 
1.7.8). 
No primeiro molar onferior, considera-se o 
encontro entre os sulcos mésio-distal, sulco 
aclusovestibular-mesial e ocluso-lingual como fossa 
central e o encontro entre o sulco oclusovestibular-distal 
e o sulco mésio-distal como fossa distal. 
8. Fóssula 
Depressão rasa e de formato piramidal presente 
na superfície oclusal dos dentes posteriores. É formada 
pelo encontro de 3 vertentes internas: uma da cúspide 
vestibular, uma da cúspide lingual e uma da crista 
marginal. Pode ser mesial e distal (fig. 1.7.8). 
9. Fosseta 
Depressão em forma de ponta localizada nas 
faces vestibulares e linguais dos molares, corresponde 
ao término dos culcos oclusos-vestibulares e ocluso-
linguais (fig. 1.7.8).

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