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Apostila 3 - Procedimento falimentar

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PLANO DE AULA
DIREITO FALIMENTAR – PROF. PRISCILA PONTES
AULA 03 – 25/10/2013
 
UNIDADE 3 - PROCEDIMENTO FALIMENTAR 
A lei 11.101/2005 trouxe pra gente 03 institutos:
Recuperação judicial.
A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
Falência. 
Falência é um processo de execução coletiva, no qual todo o patrimônio de um empresário declarado falido — pessoa física ou jurídica — é arrecadado, visando o pagamento da universalidade de seus credores, de forma completa ou proporcional. É um processo judicial complexo que compreende a arrecadação dos bens, sua administração e conservação, bem como a verificação e o acertamento dos créditos, para posterior liquidação dos bens e rateio entre os credores. Compreende também a punição de atos criminosos praticados pelo devedor falido.
Recuperação Extrajudicial. 
Tem o mesmo objetivo da Recuperação judicial sendo que a diferença é que neste caso não há uma participação direta do juiz, aqui ele apenas homologa o acordo firmado entre o devedor e seus credores.
2. Juízo competente. 
SEMPRE será na justiça comum estadual.
A competência é do juízo onde esteja localizado o principal estabelecimento do devedor e se a sede for fora do Brasil é o local da filial.
Art. 3o É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil.
Para o direito falimentar, a correta noção de principal estabelecimento está ligada ao aspecto econômico: é o local onde o devedor concentra o maior volume de negócios, o qual, frise-se, muitas vezes não coincide com o local da sede da empresa ou do seu centro administrativo.
O STJ já decidiu que á expressão principal estabelecimento pode significar: 
o centro vital das principais atividades do devedor; 
local onde o devedor mantém suas atividades e seu principal estabelecimento;
 (iii) local onde a atividade se mantém centralizada.
Razão lógica para essa regra: é no local do principal estabelecimento do devedor onde se encontram, provavelmente, a maioria dos seus clientes e a maior parte do seu patrimônio, o que facilita sobremaneira a instauração do concurso de credores e a arrecadação dos seus bens. Por isso, ademais, que a competência é de natureza absoluta.
Característica marcante do juízo de falência é que ele é UNIVERSAl, isso implica dizer, nos termos do art. 76 da LRE que todas as ações referentes aos bens, interesses e negócios da massa falida serão processados e julgados no juízo onde tramita o processo de execução concursal.
Exceções ao juízo universal:
ações não reguladas pela lei falimentar, sendo a massa falida autora;
reclamações trabalhistas
execuções tributárias (execução fiscal)
ações de conhecimento em que é parte ou interessada a União - competência da justiça federal (art. 109, I da CF). – exceto a própria ação de falência.
ação que demanda obrigação ilíquida
3- Noções gerais. 
O processo de falência compreende 03 etapas:
Pedido de falência (processo pré-falencial) ( da petição inicial até a sentença declaratória.
Etapa falimentar ( se inicial com a sentença ( objetiva o conhecimento judicial do ativo e do passivo do devedor, da realização do ativo apurado e o pagamento do passivo admitido.
Reabilitação ( compreende a extinção das responsabilidades de ordem civil do devedor falido.
Como já sabemos a lei que rege o processo falimentar é a lei 11.101/2005, porém, como se trata de um processo, em caso de omissão nessa lei, aplicamos, subsidiariamente, o CPC ou CPP, conforme o caso.
I- Iniciativa do pedido 
A primeira observação que temos que fazer aqui é que enquanto para ser sujeito à falência há impreterivelmente a necessidade de ser empresário; no polo oposto, ou seja, para requerer a falência, não. 
O art. 97 da LRE traz o rol dos sujeitos ativos do processo falimentar. (LEGITIMIDADE ATIVA)
 Art. 97. Podem requerer a falência do devedor:
 I – o próprio devedor ( arts. 105 a 107);
A esse pedido de falência feito pelo próprio devedor chamamos AUTOFALÊNCIA.
Trata-se, em verdade, de um dever do empresário.
O art. 105 da LRE diz o seguinte: “O devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial deverá requerer ao juízo sua falência...”
Ocorre que, não obstante a lei imponha ao devedor esse dever, não prevê nenhuma sanção para a hipótese de descumprimento, o que desestimula o devedor a seguir o comando legal.
 II – o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante;
Pode ocorrer, todavia, de os sucessores perceberem que o empresário individual falecido estava em situação de insolvência, cabendo a eles, nesse caso, pedir a sua falência.
Chama-se LIQUIDAÇÃO PÓSTUMA.
 III – o cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da sociedade;
 IV – qualquer credor.
Aqui, o que ocorre é a LIQUIDAÇÃO INVOLUNTÁRIA do devedor.
Algumas observações são necessárias:
O credor empresário para requerer a falência deve demonstrar sua regularidade.
O credor que não possua domicílio no Brasil deve prestar caução para pagamento de eventuais perdas e danos devidos ao requerido, o que se determinará em decisão que julgar improcedente o pedido.
Existem autores que defendem que a fazenda pública pode ser autora de requerimento de falência, entretanto, entende o STJ que, uma vez que a Fazenda Pública dispõe de instrumento específico para cobrança do crédito tributário, a Lei 6.380/1980 (Lei de Execuções Fiscais), falta-lhe interesse de agir para o pedido de falência.
Defesas do requerido na falência
1ª hipótese ( Pode apresentar contestação.
- Prazo: 10 dias (art. 98, caput)
2ª hipótese ( Depósito elisivo (vem de elidir que significa impedir). 
A ação de falência não ocorre com base na presunção de insolvência. Se o devedor faz o depósito é como se ele estivesse dizendo “Olha, eu não estou em crise, eu posso pagar.”
Se o devedor efetuar o depósito elisivo o juiz estará impedido de decretar a falência.
- Prazo: dentro do prazo de contestação.
- Valor: é o valor principal + correção + juros + honorários advocatícios. 
- art. 98, p.único: ao ler esse artigo temos a impressão que esse depósito só caberia com base nos casos de falência a pedido do credor e com base na execução frustrada, porém a doutrina é pacífica que cabe o depósito de falência até mesmo com base no 94, III. 
Assim, em razão do princípio da preservação da empresa cabe depósito elisivo também para os pedidos de falência com base nos atos de falência (art. 94, III).
3ª hipótese ( depósito + contestação
4ª hipótese ( pedir a recuperação judicial (art. 95). Aqui ocorrerá a suspensão do processo de falência.
Alguns autores chamam essa recuperação judicial de RECUPERAÇÃO JUDICIAL SUSPENSIVA.
 Sentença. Recursos.
PROCEDENTE ( chama-se DECLARATÓRIA de falência
IMPROCEDENTE ( chama-se DENEGATÓRIA de falência
	A sentença que denega a falência
	A sentença denegatória pode se basear em dois fundamentos: improcedência do pedido ou realização do depósito elisivo. Se o pedido for julgado improcedente e houver dolo do autor que requereu indevidamente a falência, caberá indenização ao devedor (art. 101).
	Art. 101. Quem por dolo requerer a falência de outrem será condenado, na sentença que julgar improcedente o pedido, a indenizar o devedor, apurando-se as perdas e danos em liquidação de sentença.
	§ 1o Havendo mais de 1 (um) autor do pedido de falência, serão solidariamenteresponsáveis aqueles que se conduziram na forma prevista no caput deste artigo.
	§ 2o Por ação própria, o terceiro prejudicado também pode reclamar indenização dos responsáveis.
	No caso do depósito elisivo, a sentença denegatória, apesar de não decretar a falência, representará a vitória do autor e a sucumbência do devedor (o pedido é julgado procedente, mas a falência não é decretada). Da sentença denegatória, cabe recurso de apelação (art. 100), a ser interposto pelo credor, Ministério Público ou devedor (o devedor tem interesse na hipótese de autofalência).
A sentença que decreta a falência
	Tal sentença é o ato inicial do processo falimentar, uma vez que, como já visto, o procedimento que vai do pedido de quebra até a sua efetiva decretação é denominado de pré-falimentar. Contra esta decisão, cabe agravo (art. 100). A sentença que decreta a falência tem natureza evidentemente constitutiva.
Conteúdo específico da sentença de falência:
	Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras determinações:
	I – conterá a síntese do pedido, a identificação do falido e os nomes dos que forem a esse tempo seus administradores;
	II – fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por mais de 90 (noventa) dias contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 1o (primeiro) protesto por falta de pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, os protestos que tenham sido cancelados;
	III – ordenará ao falido que apresente, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos, se esta já não se encontrar nos autos, sob pena de desobediência;
	IV – explicitará o prazo para as habilitações de crédito, observado o disposto no § 1o do art. 7o desta Lei;
	V – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o falido, ressalvadas as hipóteses previstas nos §§ 1o e 2o do art. 6o desta Lei;
	VI – proibirá a prática de qualquer ato de disposição ou oneração de bens do falido, submetendo-os preliminarmente à autorização judicial e do Comitê, se houver, ressalvados os bens cuja venda faça parte das atividades normais do devedor se autorizada a continuação provisória nos termos do inciso XI do caput deste artigo;
	VII – determinará as diligências necessárias para salvaguardar os interesses das partes envolvidas, podendo ordenar a prisão preventiva do falido ou de seus administradores quando requerida com fundamento em provas da prática de crime definido nesta Lei;
	VIII – ordenará ao Registro Público de Empresas que proceda à anotação da falência no registro do devedor, para que conste a expressão "Falido", a data da decretação da falência e a inabilitação de que trata o art. 102 desta Lei;
	IX – nomeará o administrador judicial, que desempenhará suas funções na forma do inciso III do caput do art. 22 desta Lei sem prejuízo do disposto na alínea a do inciso II do caput do art. 35 desta Lei;
	X – determinará a expedição de ofícios aos órgãos e repartições públicas e outras entidades para que informem a existência de bens e direitos do falido;
	XI – pronunciar-se-á a respeito da continuação provisória das atividades do falido com o administrador judicial ou da lacração dos estabelecimentos, observado o disposto no art. 109 desta Lei;
	XII – determinará, quando entender conveniente, a convocação da assembleia-geral de credores para a constituição de Comitê de Credores, podendo ainda autorizar a manutenção do Comitê eventualmente em funcionamento na recuperação judicial quando da decretação da falência;
	XIII – ordenará a intimação do Ministério Público e a comunicação por carta às Fazendas Públicas Federal e de todos os Estados e Municípios em que o devedor tiver estabelecimento, para que tomem conhecimento da falência.
	Parágrafo único. O juiz ordenará a publicação de edital contendo a íntegra da decisão que decreta a falência e a relação de credores.
Efeitos do despacho de processamento e/ou decretação da falência. 
Decretada a falência se instaura um novo regime jurídico aplicável ao devedor, que repercutirá em toda a sua esfera jurídica e patrimonial.
Slides (material em arquivo ppt).

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