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Produção e Comercialização do Leite IMPACTOS AMBIENTAIS DA INDUSTRIALIZAÇÃO DO LEITE NO RIO GRANDE DO SUL UFFS – UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Meio Ambiente, Economia e Sociedade Docente: José Martins Discentes: Daniel Lussani, Daniela Puerari, Jéssica Gust e Karolyne Viebrantz. O presente trabalho visa analisar as etapas de produção de leite, afim de compreender os impactos que esse provoca ao meio ambiente desde a criação do bovino até o processo de embalagem do produto final que chega ao consumidor. Apontando assim maneiras de reduzir a emissão dos resíduos que prejudicam o meio ambiente. Objetivo da Pesquisa CRIAÇÃO DO BOVINO TRANSPORTE INDUSTRIALIZAÇÃO • A produção de leite está entre os principais produtos da agropecuária brasileira, ficando à frente de produtos tradicionais, como o café e o arroz. No Rio Grande do Sul, essa prática classifica o estado em segundo lugar no ranking nacional, perdendo apenas por Minas Gerais. • A região norte e nordeste são as maiores produtoras do estado, destacando: Marau, Casca, Santo Cristo e Palmeira das Missões • O agronegócio do leite desempenha um papel importante no aspecto social. Por outro lado, os impactos dessa produção influenciam diretamente nas questões ambientais. • Quais os principais impactos: A criação e manejo do gado bovino leiteiro, o transporte do produto das propriedades à indústria e a comercialização do produto. Introdução • A produção de leite no Rio Grande do Sul passou por um intenso processo de transformação, pressionada por fatores externos e internos à economia do País. • A produção está concentrada na mesorregião nordeste em propriedades rurais em áreas de até 30 hectares. Primeira Etapa: Leite como matéria-prima Concentração de produção pecuária de leite. Dados: CIEPER - EMATER/RS, 2004 Elaboração: Dos Autores • Segundo o Censo Agropecuário do IBGE 2011, são essas propriedades de até 30 hectares que produzem aproximadamente 88% da produção de leite do estado. • Considerando as etapas da produção de leite até chegar à indústria, podemos citar como etapas impactantes: • Área pastada para criação e alimentação desses bovinos; • A água utilizada para manter o pasto em qualidade de consumo para os animais; • A quantia de bovinos que são colocados nesse espaço e a quantia de gás metano que eles entre outros ruminantes produzem; • A queima de combustível no transporte desse produto (leite) até a indústria. Primeira Etapa: Leite como matéria-prima • As principais empresas produtoras no Rio Grande do Sul são a Elegê e a Parmalat, que respondem por 41,66% e 34,15% respectivamente da industrialização de leite fluido no estado. • Na fábrica, existem muitos efluentes provenientes da produção de leite, como por exemplo, o soro, que pode ser reaproveitado e seu descarte direto é considerado errado pelo fato de ser mais tóxico que o esgoto doméstico. • Uma forma de calcular o volume de efluentes que uma fábrica produz é estudando a quantidade de água que ela gasta, sendo que os efluentes ficam em torno de 0,75 a 0,95 dessa quantidade (volume). Segunda Etapa: Industrialização Mapeamento do Processo de Produção do Leite na Indústria Fonte: SciElo, 2011 • Desde a produção agrícola até o comércio, conseguimos verificar no gráfico a proporção de impacto ambiental de cada etapa da industrialização do leite. Proporção da poluição gerada na produção leiteira Poluição da produção leiteira em etapas Dados: CIEPER - EMATER/RS, 2004 Elaboração: Dos Autores • Queima de lenha • Enfraquecimento no solo e alterações bioclimáticas. Embalagem Tetra Pak: • Conserva os alimentos por mais tempo • Fácil de estocar • Difícil de reciclar Terceira Etapa: Impactos da comercialização do produto finalizado Análise de Dados • O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de leite do Brasil, com 3,6 bilhões de litros de leite anuais e 10 milhões de litros diários (12% da produção brasileira). • Sendo que, 66% da produção se concentra no noroeste e 33% no sudoeste do estado. • CRESCIMENTO ANUAL DO REBANHO: 2,6% CRESCIMENTO DE PRODUÇÃO NO RS: 5,7% • PRODUTIVIDADE: 2430 por vaca por ano. • 441 mil estabelecimentos e 134 mil produtores, sendo que 70% produzem menos que 100 litros por dia. Análise de Dados sobre a Poluição • A criação de gado é responsável por 18% das emissões de gases poluentes mundiais. As vacas produzem metano que é 20 vezes mais poluente que os gases emitidos pelos carros. • O soro do leite é aproximadamente 100 vezes mais tóxico que o esgoto doméstico. • Uma fábrica que produz 300 mil litros de soro por dia polui tanto quanto uma cidade de 150 mil habitantes Modelo de Produção A produção de leite gera muitos resíduos. O soro do leite e as embalagens de outros produtos usados na fábrica geram muita poluição se não houver o devido tratamento. No Rio Grande do Sul as fábricas não costumam ter muito cuidado com seus resíduos, os despejando na natureza. Dessa forma, o modelo que melhor se encaixa é o de produção limpa. Ainda, existem empresas que tratam de seus resíduos e embalagens, gerando, portanto, uma produção de fim de tubo. Os resultados da pesquisa permitiram avaliar o impacto do dano ambiental da produção do leite e as possíveis alternativas para melhoria do meio ambiente. • Economia de água e energia • Descarte apropriado de resíduos • Depósito correto de efluentes • Redução do gás metano lançado na atmosfera - diminuindo o número de animais ruminantes • Ajuda do governo com a redução de impostos para aqueles que reduzissem os impactos ambientais na produção Conclusão MARION, PASCOAL JOSÉ. A Pecuária no Rio Grande do Sul: A origem, a evolução recente dos rebanhos e a produção de leite. Disponível em: <http://www.pucrs.br/eventos/eeg/download/Mesa13/A_Pecuaria_no_RSA_origem_Evolucao_Recente_dos_Rebanho s_e_a_Producao_de_Leite.pdf> Acessado em: 07/08/2015. SILVEIRA, Vicente C. P.; PEDRAZZI, Paulo R. As transformações na cadeia produtiva do leite: impactos no Rio Grande do Sul e em Santa Maria. CIEPER - EMATER/RS UFSM. 2010. PERES, José Roberto. Redução do impacto ambiental com aumento da produtividade leiteira. Disponível em: <http://nftalliance.com.br/artigos/bovinos-de-leite/reducao-doimpacto-ambiental-com- aumento-da-produtividade-leiteira> Acessado em: 05/08/2015. GOMES, Sebastião Teixeira. Diagnóstico e perspectivas da produção de leite no Brasil. Disponível em: <http://www.leitebrasil.com.br/htm>. Acessado em: 28/07/2015. KLAUCK, Jaqueline B.; RUI, Fábio V.; ALBUQUERQUE, Cleverson. A produção de leite e seus riscos ambientais. Ijuí, 2010. Disponível em: <http://tcconline.utp.br/wpcontent/uploads//2011/10/A- PRODUCAO-DE-LEITE-E-SEUS-RISCOSAMBIENTAIS.pdf> Acessado em: 28/07/2015. CARVALHO, Vera R. F., Indústria de laticínios no Rio Grande do Sul: um panorama após o movimento de fusões e aquisições. Disponível em: <http://cdn.fee.tche.br/eeg/1/mesa_1 0_carvalho.pdf> Acessado em: 05/08/2015. SILVA, Danilo José P. Resíduos na indústria de laticínios. Disponível em: <https://www2.cead.ufv.br/sgal/files/apoio/saibaMais/saibaMais2.pdf>, Acessado em: 29/07/2015. KIRCHOF, Breno. Bovinos de Leite. Disponível em: <http://www.emater.tche.br/site/areatecnica/sistema-de-producao- animal/bovinos-de-leite.php#.VcQxyflVhBc>, Acessado em: 29/07/2015. Referências
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