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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos Departamento de Biossistemas Controle de Qualidade, Classificação e Normalização de Produtos ZEB1067 Seminário: Leite e produtos lácteos Docente: Prof. Dr. João Adriano Rossignolo Profa. Dra Luciane Martello Discentes: Flávia Maria Siqueira 9402425 Letícia Altemari Nogueira 9006322 Luan Jardim de Sousa 9435892 Maximiliano Proença de Andrade 9285464 Paula Morgado Bortoletto 8600362 Pirassununga Junho de 2020 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2 2. PADRONIZAÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE DO LEITE 5 3. MÉTODOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS DE AVALIAÇÃO DO LEITE 6 4. DESAFIOS PARA A PADRONIZAÇÃO DO LEITE 7 4.1. Desafios tecnológicos - Produção 7 4.2. Desafios socioeconômicos - Produção 7 4.3. Desafios institucionais - Produção 7 4.4. Desafios tecnológicos - Indústria 7 4.5. Desafios socioeconômicos - Indústria 8 4.6. Desafios institucionais - Indústria 8 5. CERTIFICAÇÃO DOS PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 9 5.1. Serviço de Inspeção Municipal (S.I.M) 9 5.2. Serviço de Inspeção Estadual (S.I.E) 10 5.3. Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA) 10 5.4. Serviço de Inspeção Federal (S.I.F) 11 5.5. Certificação para produtos orgânicos 12 6. CLASSIFICAÇÕES DOS TIPOS DE LEITES 14 6.1. Leite tipo A pasteurizado 14 6.2. Leite pasteurizado 15 6.3. Leite cru refrigerado 15 6.4. Leite UHT 17 7. FISCALIZAÇÃO QUANTO A CLASSIFICAÇÃO DO TIPO DE LEITE 18 8. COMO MELHORAR A QUALIDADE NA CADEIA DE PRODUÇÃO DO LEITE 19 9. TECNOLOGIA E AUTOMAÇÃO NO CONTROLE DE QUALIDADE DO LEITE 21 10. O ENGENHEIRO DE BIOSSISTEMAS E O CONTROLE DA QUALIDADE 23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 24 1 1. INTRODUÇÃO O leite é essencial à alimentação humana, sendo produzido em todo o mundo. A importância pode ser observada no ambiente produtivo e econômico mundial, principalmente em países considerados em desenvolvimento. Nas últimas três décadas, a produção mundial de leite aumentou mais de 50%, chegando a 769 milhões de toneladas em 2013 (FAO, 2016) e 718 milhões de toneladas em 2017 (WDS 2018 FIL/IDF). O Brasil é o 4º maior produtor de leite em nível internacional, ficando apenas atrás dos Estados Unidos da América, Índia e China. Em 2014 o Brasil teve recorde histórico com a produção de 35,1 bilhões de litros. Em 2018 a produção foi de 33,8 bilhões de litros (EMBRAPA, 2020). Sendo um dos seis produtos mais importantes da agropecuária brasileira, pois é essencial no suprimento de alimentos e na geração de emprego e renda para a população (EMBRAPA, 2016). Desde o início da década de 90, a atividade leiteira tem passado por grandes transformações no nosso país, buscando tornar-se competitivo e inovador no mercado global, focando na produção em escala com qualidade, agregação de valor e industrialização de produtos diferenciados. Os estados de produção nacional, são: Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás, Santa Catarina, São Paulo e Bahia. Figura 1 - Histórico de produção leiteira no Brasil Fonte: IBGE, 2019. 2 O Brasil, apesar de ser um dos grandes produtores de leite, é também um tradicional importador como observado na figura 2. Esse fato se deve aos custos de produção do leite brasileiro serem relativamente maior que os países vizinhos, como Uruguai, Argentina e Chile. Além de leite, o Brasil também é importador de leite em pó e queijos (ABAG, 2020). Em 2014 foi um ano atípico no qual o Brasil teve um pico de produção com 35,124 bilhões de litros. Sendo assim, nesse ano houve mais exportação que importação. Figura 2 - Histórico de exportações e importações no Brasil. Fonte: IBGE, 2020. Além da importância econômica, de acordo com o IBGE 2017, o número de propriedades que produtoras leite de vaca no Brasil somou 1.176.295, porém apenas 634.480 comercializaram sua produção de leite. Assim, o leite consumido pela maioria dos brasileiros vem somente de 54% dos que produzem leite. No entanto, o leite produzido pelos 46% restantes pode “entrar e sair” do mercado, em função dos preços pagos e da rentabilidade da atividade. As propriedades produtoras de leite ocupam diretamente 3,6 milhões de trabalhadores, isso mostra o 3 papel social dessa atividade, sem levar em conta os empregos indiretos como indústria e logística. O leite também tem muita importância nutricional, pois é um alimento de natural grande valor nutritivo com maior concentração de cálcio, que é essencial para a formação e manutenção dos ossos. As proteínas do leite são completas, propiciando a formação e manutenção dos tecidos. Além da vitamina A, o leite contém vitamina B1, B2 e minerais que favorecem o crescimento e a manutenção de uma vida saudável. Com isso, a indústria de laticínios tem se potencializado devido ao alto valor nutritivo do produto. Existem no mercado uma série de bebidas e produtos lácteos diferenciados, enriquecidos com vitaminas, minerais e ômegas, assim como leites especiais para as pessoas que não conseguem digerir a lactose. Os principais derivados comercializados do leite, são: ● Leite em pó; ● Iogurte; ● Queijos; ● Leite fermentado e bebidas lácteas; ● Manteiga; ● Leite condensado; ● Creme de leite. A determinação de sólidos totais e desengordurados é de grande importância nos cálculos de rendimento industrial de derivados do leite, como queijos, leites desidratados, iogurtes, etc. O EST (extrato seco total)e o ESD (extrato seco desengordurado) são a base da manufatura desses derivados. Como mencionado, o EST é toda a parcela sólida do leite (gordura, proteína, lactose, sais mineraise vitaminas). Assim, varia de acordo com a concentração de cada constituinte que o compõe. Por exemplo, leite oriundos de vacas leiteiras da raça holandesa tendem a ter um EST menor do que o de vaca da raça Jersey, visto que a primeira produz um leite com menores teores de gordura e proteína.(NETTO, 2018) 4 2. PADRONIZAÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE DO LEITE A padronização e inspeção de Produtos de Origem Animal, no âmbito nacional, tem como órgão responsável o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), subordinado à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). O DIPOA também é representado nos estados através dos seguintes órgãos: Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA); Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SIPOA); Serviço de Inspeção e Saúde Animal (SISA); Serviço de Inspeção, Fiscalização de Insumos e Saúde Animal (SIFISA) (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2017). As ações de Inspeção são resguardadas por legislação que assegura as atividades de aplicação das leis, normas regulamentares e critérios para a garantia da qualidade e a da segurança dos produtos de origem animal, categoria na qual se enquadra o leite e seus derivados. Os critérios e procedimentos de normatização, são estabelecidos através do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA), Decreto n° 9.013 de 29 de Março de 2017. Os critérios descritos abrangem todo o processo que precisa ser seguido pelos fabricantes desde a chegada dos animais e matérias primas aos estabelecimentos, passando por todas as etapas de manipulação, transformação, elaboração, armazenamento, expedição e transporte dos produtos. 5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9013.htm 3. MÉTODOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS DE AVALIAÇÃO DO LEITE As análises subjetivas ou sensoriais estão relacionadas à viscosidade, sabor e odor do leite. Já as análises objetivas são realizadas com base na composição dos sólidos totais (ST) presentes no leite (proteínas, carboidratos, gordura, sais minerais e vitaminas). Outros testes considerados objetivos são: contagem de células somáticas (CCS); contagem total de bactérias (CTB) e resíduos químicos presentes (BRITO et al., 2017). O flavour é a junção do gosto e aroma. O resultado ruim dessa combinação é conhecido como off-flavour e pode ser causado por fatores como: perfil lipídico do leite, tratamentos térmicos, deterioração resultante de microrganismos, oxidação dos lipídios, processos enzimáticos ou de natureza química (WILKES et al., 2007). O manuseio impróprio do leite, a excessiva agitação mecânica, a estocagem e altos níveis de ácidos graxos livres de cadeia curta são responsáveis pela formação de compostos indesejáveis, sendo a gordura do leite responsável pela origem de odores agradáveis ou desagradáveis (BARBOSA, 2010). 6 4. DESAFIOS PARA A PADRONIZAÇÃO DO LEITE Os desafios para a padronização da qualidade do leite, são cascateados desde a produção nas fazendas até a indústrias de uma forma multifatorial, ou seja, para que haja melhoria na qualidade, também é necessário que ocorra transformações na produtividade e da competitividade do leite através do desenvolvimento da assistência técnica, melhoramento genético e boas práticas agropecuárias para a aumento da renda e ascensão social dos produtores rurais(Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2017). 4.1. Desafios tecnológicos - Produção No segmento da produção, os principais desafios técnicos, são: pastagens e solos degradados; baixo padrão genético dos animais e ausência de assistência técnica e educação sanitária. 4.2. Desafios socioeconômicos - Produção As principais restrições socioeconômicas dizem respeito ao impacto de políticas do governo e da iniciativa privada, de estímulo à produção e à produtividade; identificação de custos e benefícios da melhoria da qualidade do leite na fazenda, para o segmento da produção; estudos regionalizados de custos da atividade leiteira; estudos sobre a viabilidade técnica e socioeconômica da produção orgânica de leite; e identificação de fatores relacionados com a baixa eficiência gerencial dos agentes produtivos e formas de superá-la (BRESSAN et al., 2004). 4.3. Desafios institucionais - Produção Entre os desafios institucionais, destacam-se: as desigualdades no sistema tributário e de incentivos fiscais; a falta de padronização de normas na fiscalização da qualidade nas fazendas, a baixa capacidade de organização corporativa dos produtores, necessidade de capacitação em gestão empresarial; ausência de programas de massificação de transferência de conhecimentos e tecnologias para técnicos,trabalhadores rurais e as diferentes categorias de produtores. 7 4.4. Desafios tecnológicos - Indústria Os desafios no beneficiamento e do processamento do leite são, em boa parte superadas por tecnologias importadas. As tecnologias de produto e de processo encontram-se disponíveis no exterior, e são oferecidas por grandes corporações, na forma de equipamentos, embalagens e processos. Ainda assim, há problemas tecnológicos que demandam soluções, com o empenho das instituições de pesquisa, universidades e dos laboratórios de desenvolvimento de produtos, das próprias indústrias de laticínios. é comum haver baixa produtividade das plantas industriais, com elevado índice de ociosidade, pouca automação e informatização. 4.5. Desafios socioeconômicos - Indústria As principais restrições detectadas, neste nível, são: os elevados custos diretos e indiretos, ociosidade do parque industrial; competição de produtos importados; baixo consumo de leite e derivados; falta de marketing institucional; necessidade de conhecimentos de logística de distribuição de produtos; e necessidade de estudos do poder de mercado das indústrias e dos canais de distribuição. 4.6. Desafios institucionais - Indústria Os desafios institucionais são ligados às necessidade de formação e reciclagem da mão-de-obra empregada nas indústrias de laticínios; capacitação em gestão empresarial dos dirigentes de pequenas e médias empresas e de cooperativas de produtores; desenvolvimento de rede de laboratórios de análise de qualidade do leite. 8 5. CERTIFICAÇÃO DOS PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL Para produzir um leite de qualidade é fundamental que se tenham regras que possam garantir um produto superior que satisfaça o consumidor. Uma das formas para atestar a qualidade de um produto se dá através da certificação, meio que tem sido valorizado, por afirmar a garantia. Para isso é necessário que um organismo certificador realize auditorias na empresa, com base em normas implantadas que possam atestar se determinado produto, processo ou serviço estão em conformidade com os requisitos especificados (SÃO PAULO, 2007). A legislação brasileira relativa à inspeção de fiscalização e inspeção de Produtos de Origem Animal (POA) está descrita no Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitáriade Produtos de Origem Animal (RIISPOA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Esse regulamento contém normas de inspeção industrial e sanitária de recebimento, manipulação, transformação, elaboração e preparo de POA. De acordo com o RIISPOA (BRASIL, 1952) estão sujeitos à inspeção os animais de açougue, a caça, o pescado, o leite, o ovo, o mel e a cera de abelhas e seus produtos e subprodutos derivados. A fim de garantir a segurança e a procedência dos produtos de origem animal, a administração pública, em diferentes instâncias, confere as agroindústrias que manipulam produtos de origem animal e que atendem os critérios exigidos pela legislação selos de inspeção, são eles: o SIM (Selo de Inspeção Municipal); o SIE (Selo de Inspeção Estadual); e o SIF (Selo de Inspeção Federal). 5.1. Serviço de Inspeção Municipal (S.I.M) O Serviço de Inspeção Municipal - S.I.M. emite certificado de qualidade a empresas e empreendedores que se adequaram às exigências sanitárias vigentes em legislação específica, e que também possuem qualidade e higiene em seu processo de produção. O selo SIM, está associado à Secretaria Municipal de Agricultura, o produto que recebe este selo pode ser comercializado dentro dos limites do município em que foi produzido (UBERABA, 2020). 9 Este serviço, controla a qualidade dos produtos de origem animal, como embutidos cárneos, queijo, ovos, mel e doces, monitorando e inspecionando a sanidade do rebanho, o local e a higiene da industrialização, certificando com selo de garantia todos estes produtos. Ao mesmo tempo, incentiva as pequenas empresas e empreendedores a saírem da clandestinidade, transformando-os em empresários da área urbana e rural, oferecendo aos consumidores uberabenses alimentos com qualidade e segurança garantida. 5.2. Serviço de Inspeção Estadual (S.I.E) O Serviço de Inspeção Estadual (S.I.E) é realizado pelas Secretarias Estaduais da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural. Em que cada estado brasileiro possui seu órgão de inspeção, uma vez que o produto obtém este selo, pode ser comercializado dentro da esfera estadual. Podendo-se citar alguns exemplos como a SEAPEC - Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro; IDAF - Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo, SEAPA - Secretaria do Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Rio Grande do Sul. No Estado de São Paulo, para estabelecimentos que comercializarão seus produtos no âmbito do estado, temos o Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISP) que está vinculado a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) através do Centro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (CIPOA) (Lei nº 8208/92, Decreto nº 36964/93 e Resolução SAA nº 24/94). 5.3. Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA) O Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), que faz parte do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA), padroniza e harmoniza os procedimentos de inspeção de produtos de origem animal para garantir a inocuidade e segurança alimentar. 10 O selo SISBI são para que agroindústrias com SIE também podem comercializar em outros estados, desde que estas comprovem que possuem condições equivalentes de produção, quando comparada com estabelecimentos que possuem o Serviço de Inspeção Federal (Selo SIF). Neste caso, as agroindústrias autorizadas, além do selo SIE, deverão inserir nos seus rótulos o selo SISBI. 5.4. Serviço de Inspeção Federal (S.I.F) O Serviço de Inspeção Federal, conhecido mundialmente pela sigla S.I.F. e vinculado ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal – DIPOA, é o responsável por assegurar a qualidade de produtos de origem animal comestíveis e não comestíveis destinados ao mercado interno e externo, bem como de produtos importados. Atualmente, o SIF tem atuação em mais de 5 mil estabelecimentos brasileiros, todos sob a supervisão do DIPOA (BRASIL, 2019). De acordo com o Decreto Nº 9.013 de 29 de Março de 2017, Art. 2º “A inspeção e a fiscalização de estabelecimentos de produtos de origem animal que realizem o comércio interestadual ou internacional, de que trata este Decreto, são de competência do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal - DIPOA e do Serviço de Inspeção Federal - SIF, vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento” e Art. 4º que diz “ Apenas os estabelecimentos de produtos de origem animal que funcionem sob o SIF podem realizar comércio internacional”. O selo surgiu quando foi editado o primeiro regulamento para a criação do serviço de inspeção dentro dos estabelecimentos processadores. Até receber o carimbo do SIF, o produto atravessa diversas etapas de fiscalização e inspeção, cujas ações são orientadas e coordenadas pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA/Mapa). Todos os produtos de origem animal sob responsabilidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento são registrados e aprovados pelo S.I.F. visando garantir produtos com certificação sanitária e tecnológica para o consumidor brasileiro, respeitando as legislações nacionais e internacionais vigentes. Atualmente 11 o Brasil exporta seus produtos de origem animal para mais de 180 países, se destacando como um dos principais exportadores mundiais, transmitindo segurança dos produtos sob fiscalização do DIPOA por meio do selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) (BRASIL, 2019). 5.5. Certificação para produtos orgânicos De acordo com a Lei Federal nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003, no seu artigo primeiro, “considera-se sistema orgânico de produção agropecuária todo aquele em que se adotam técnicas específicas, mediante a otimização do uso dos recursos naturais e socioeconômicos disponíveis e o respeito à integridade cultural das comunidades rurais, tendo por objetivo a sustentabilidade econômica e ecológica, a maximização dos benefícios sociais, a minimização da dependência de energia não renovável, empregando, sempre que possível, métodos culturais, biológicos e mecânicos, em contraposição ao uso de materiais sintéticos, a eliminação do uso de organismos geneticamente modificados e radiações ionizantes, em qualquer fase do processo de produção, processamento, armazenamento, distribuição e comercialização, e a proteção do meio ambiente” (FERREIRA, 2019). De acordo com a lei, o “produto” para ser considerado “orgânico” deve ser produzido em um “sistema de produção orgânico”. Ou seja, é preciso converter a “propriedade” (total ou parcialmente) para um sistema de produção orgânica. A primeira ação do produtor, neste sentido, é escolher o tipo de certificação. Existem basicamente 3 (três) tipos de Avaliação da Garantia da Conformidade Orgânica (chamada genericamente de certificação): 1) Controle Social na Venda Direta semCertificação O artigo 28 do Decreto 6.323, de 27 de dezembro de 2007, estipula que “para que possam comercializar diretamente ao consumidor, sem certificação, os “agricultores familiares” deverão estar vinculados a uma organização com controle social cadastrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou em 12 outro órgão fiscalizador federal, estadual ou distrital conveniado.” Este sistema de avaliação não requer a colocação de selo nos produtos, mas uma declaração de que os produtos são oriundos de sistemas de produção orgânicos que deve ficar exposta, em local visível aos consumidores, nos postos de venda (FERREIRA, 2019). 2) Organização Participativa de Avaliação da Conformidade Orgânica–OPAC Este tipo de certificação funciona como uma certificadora. A diferença é que os próprios produtores, de forma participativa, fazem a gestão da organização. No caso da certificação por OPAC, o produtor deve participar ativamente do grupo ou núcleo a que estiver ligado, comparecendo a reuniões periódicas e o próprio grupo garante a qualidade orgânica de seus produtos, sendo que todos fiscalizam todos e respondem juntos, se houver qualquer irregularidade. A vantagem deste sistema de avaliação da conformidade é que os custos podem ficar mais baixos que os da certificação por auditoria. Outra vantagem é uma maior integração e troca de experiências entre os produtores, já que é um grupo de produtores da organização que fazem as visitas de avaliação (FERREIRA, 2019). 3) Certificação por Auditoria Este tipo de avaliação da conformidade é feito por uma empresa cadastrada no Ministério da Agricultura, que fiscaliza o sistema de produção por meio de auditoria. Após escolhido o tipo de certificação, a propriedade rural passará por um processo de conversão conforme descrito a seguir: A certificadora enviará um ou mais auditores para uma visita de avaliação do processo de conversão. Nesta visita será feito o diagnóstico, onde serão levantados os dados da propriedade e da produção, fontes de água, atividades desenvolvidas, insumos utilizados, instalações, histórico, atividades desenvolvidas pelas propriedades vizinhas, entre outros (FERREIRA, 2019). 13 6. CLASSIFICAÇÕES DOS TIPOS DE LEITES O leite de vaca possui algumas classificações de acordo com algumas normativas estabelecidas pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que divide o leite de vaca em quatro principais tipos. Sendo assim, pode-se classificar o leite em, tipo A, tipo B, tipo C e UHT. Dentro de todos os tipos de leite existe a possibilidade de possuir uma definição de leite integral, semidesnatado ou desnatado, que é especificado de acordo com o teor de gordura presente no leite, sendo o leite integral com maior índice de gordura e o leite desnatado com menor índice de gordura. 6.1. Leite tipo A pasteurizado De acordo com a Instrução Normativa n°76 de 26 de Novembro de 2018 capítulo III Art. 22, leite pasteurizado tipo A é o leite fluido, produzido, beneficiado e envasado exclusivamente em Granja Leiteira, submetido a um dos processos de pasteurização previstos na legislação vigente e destinado ao consumo humano direto.O leite pasteurizado tipo A deve ser envasado automaticamente em circuito fechado. De acordo com o conteúdo da matéria gorda, é classificado como : I. Integral; II. Semidesnatado; III. Desnatado; além de ser obrigatória a homogeneização do leite pasteurizado tipo A integral e semidesnatado. O leite cru destinado à fabricação de leite tipo A e seus derivados deve apresentar médias geométricas trimestrais de Contagem Padrão em Placas de no máximo 10.000 UFC/mL (dez mil unidades formadoras de colônia por mililitro) e de Contagem de Células Somáticas de no máximo 400.000 CS/mL (quatrocentas mil células por mililitro). Na conservação do leite pasteurizado tipo A devem ser atendidos os seguintes limites máximos de temperatura : 14 I. conservação do leite cru na granja leiteira: 4,0°C (quatro graus Celsius); II. estocagem do leite pasteurizado tipo A em câmara frigorífica e expedição: 4,0°C (quatro graus Celsius); III. entrega ao consumo do leite pasteurizado tipo A: 7,0°C (sete graus Celsius); além de que não deve apresentar substâncias estranhas à sua composição, tais como agentes inibidores do crescimento microbiano, neutralizantes da acidez e reconstituintes da densidade ou do índice crioscópico (IN 76, 2018). 6.2. Leite pasteurizado Conforme a Instrução Normativa n° 76 de 26 de Novembro de 2018 capítulo II Art. 12, leite pasteurizado é o leite fluido submetido a um dos processos de pasteurização previstos na legislação vigente, envasado automaticamente em circuito fechado e destinado a consumo humano direto. Sendo que é proibida a pasteurização de leite previamente envasado. O programa de autocontrole do estabelecimento deve contemplar a avaliação microbiológica do leite pasteurizado utilizado como ingrediente na produção de outros produtos lácteos. O leite pasteurizado poderá receber denominações adicionais às previstas no caput, desde que justificado cientificamente e acompanhado de procedimentos que garantam a rastreabilidade e origem do produto, devendo as caracterizações adicionais estarem previstas, no que couber, nos regulamentos técnicos de identidade e qualidade.(IN 76, 2018) 6.3. Leite cru refrigerado Conforme a definição da Instrução Normativa n° 76 de 26 de Novembro de 2018 capítulo I Art. 2, leite cru refrigerado é o leite produzido em propriedades rurais, 15 refrigerado e destinado aos estabelecimentos de leite e derivados sob serviço de inspeção oficial. Além de apresentar limite máximo para Contagem Padrão em Placas de até 900.000 UFC/mL (novecentas mil unidades formadoras de colônia por mililitro) antes do seu processamento no estabelecimento beneficiador. Na refrigeração do leite e no seu transporte até o estabelecimento devem ser observados os seguintes limites máximos de temperatura : I. recebimento do leite no estabelecimento: 7,0° C (sete graus Celsius), admitindo-se, excepcionalmente, o recebimento até 9,0° C (nove graus Celsius); II. conservação e expedição do leite no posto de refrigeração: 4,0° C (quatro graus Celsius); III. conservação do leite na usina de beneficiamento ou fábrica de laticínios antes da pasteurização: 4,0°C (quatro graus Celsius); além de que o leite cru refrigerado deve atender os parâmetros físico-químicos indicados na tabela 1. Teor mínimo de gordura 3,0g/100g Teor mínimo de proteína total 2,9g/100g Teor mínimo de lactose anidra 4,3g/100g Teor mínimo de sólidos não gordurosos 8,4g/100g Teor mínimo de sólidos totais 11,4g/100g Acidez titulável 0,14 a 0,18 g de ácido lático/100 mL Estabilidade ao alizarol na concentração mínima 72% v/v Densidade relativa a 15ºC/ 15ºC 1,028 a 1,034 Índice crioscópico -0,530ºH a -0,555°H Tabela 1 - Parâmetros Físico-Químicos do leite cru refrigerado (IN n° 76, 2018 16 6.4. Leite UHT De acordo com a Portaria n°146 de 07 de Março de 1996 parágrafo 2.1, entende-se por leite UAT (Ultra Alta Temperatura UHT), o leite homogeneizadoque foi submetido, durante 2 a 4 segundos, a uma temperatura 130º C, mediante um processo térmico de fluxo contínuo, imediatamente resfriado a uma temperatura inferior a 32º C e envasado sob condições asséptica em embalagens estéreis e hermeticamente fechadas. O leite UAT (UHT) deverá ser envasado com materiais adequados para as condições previstas de armazenamento e que garantam a hermeticidade da embalagem e uma proteção apropriada contra a contaminação. (PORTARIA 146,1996) 17 7. FISCALIZAÇÃO QUANTO A CLASSIFICAÇÃO DO TIPO DE LEITE De acordo com o DECRETO N. 6.603, DE 11 DE AGOSTO DE 1934 o responsável por fiscalizar todo esse tipo de classificação do leite é O Estado, por intermédio da Diretoria Geral do Serviço Sanitário, da Secretaria da Educação e Saúde Pública e da Diretoria da Indústria Animal, da Secretaria da Agricultura, sendo que nas localidades onde não houver autoridade sanitária estadual essa fiscalização competirá às Prefeituras Municipais, sob a orientação das Diretorias referidas. 18 8. COMO MELHORAR A QUALIDADE NA CADEIA DE PRODUÇÃO DO LEITE Tendo em vista que o leite é composto de 87,5% de água e 12,5% de extrato seco total (4,7% de lactose, 3,5% de gorduras, 3,5% de proteínas e 0,8% de minerais). Um fator muito importante na produção leiteira é a qualidade do leite acerca de seus constituintes, dado que, conforme o leite tenha os níveis desejáveis de qualidade pela indústria, o produtor é melhor remunerado pelo seu produto. Desse modo, Segundo a Instrução Normativa Nº62, de 29 de dezembro de 2011 divulgada pelo MAPA, é estabelecido que o leite cru deve apresentar no mínimo 3% de gordura, 2,9% de proteína e 8,4% de sólidos totais. Nesse sentido, os pontos de melhoria que assegurem os critérios de qualidade acerca dos constituintes do leite devem ser: ● Maior controle da nutrição animal (Gordura); Dado que dietas ricas em alimentos volumosos, ricos em carboidratos estruturais (celulose e hemicelulose) favorecem o aumento do teor de gordura no leite. Sendo então recomendado a proporção de 50% de volumoso e 50% de concentrado, para a composição de uma dieta adequada. Bem como o fornecimento de alimentos com maior frequência. ● Monitoramento da saúde animal (Proteína); Uma vez que o baixo teor de proteínas no leite pode ser causado pela baixa produção de proteína microbiana pelo animal ou a baixa absorção de proteína pelo intestino animal. ● Contagem de Células Somáticas (CCS), Contagem Bacteriana Total (CBT) e Higiene; Parâmetros relacionados à higienização do ambiente produtivo e que, por sua vez podem ocasionar a Mastite, responsável pela inflação da da glândula mamária do animal, ocasionando diminuição da qualidade do leite, produtividade ou até mesmo perda do animal. Problema que pode ser minimizado com o advento de tecnologias que auxiliem o produtor no monitoramento da saúde do animal. Como exemplo, podemos o aplicativo Mastitec. O projeto desenvolvimento pela Biossistec Jr, empresa júnior do curso de engenharia de biossistemas da USP/FZEA, consiste na pesquisa e 19 aplicação de um hardware de captação de imagens termográficas para o desenvolvimento de um software que irá analisar e classificar a existência ou não de mastite nos tetos das vacas de leite em tempo real. ● Bem-estar animal; A composição do leite pode ser alterada se os animais estiverem em situação de estresse térmico, alterando o teor de gordura, proteína e cálcio no leite. Os valores de sólidos totais do leite, também podem ter seus números diminuídos em épocas mais quentes do ano (PONSANO et al. 1999). 20 9. TECNOLOGIA E AUTOMAÇÃO NO CONTROLE DE QUALIDADE DO LEITE Como já citado, o controle de qualidade do leite está totalmente relacionada à promoção da saúde pública, reduzindo índices de toxinfecções, além de garantir aceitabilidade dos produtos pelos consumidores, e consequentemente maior competitividade do produto. Esse controle vem evoluindo com o passar do tempo, e junto à ele a implementação e utilização de tecnologias e automação para permitir que o processo de forma geral se torne cada vez mais seguro e confiável, sendo essas utilizadas desde o cuidado com os animais de produção, os meios de distribuição e até mesmo no momento da comercialização do produto final, havendo regras e análises a serem realizadas em toda a cadeia produtiva. Processos de automação de modo geral garantem redução do manuseio dos produtos, como é o caso da utilização de ordenhadeiras mecânicas, que possui etapas claras de limpeza e higienização, pré e pós processo de ordenha, além de possuir canalizadores que evitam o contato do leite com o ambiente por exemplo. São equipamentos como esse, utilizados no dia a dia na produção de leite que podem garantir maior controle e garantia de um produto final mais seguro, além do emprego de utilização de todos os processos de certificação que são obrigatórios e que garantem qualidade e segurança ao consumidor final. Para conduzir essa etapa do trabalho leva-se em consideração que o controle da qualidade do leite de maneira geral pode ser observada perante dois pontos de vistas principais, sendo eles: 1) Aspectos higiênicos, onde se observa todo o manejo do produto, desde sua produção, locais onde manuseio, processamento e comercialização; e 2) Análise da composição físico-química, que é relacionada a utilização de testes em laboratório que garantem a segurança e qualidade dos produtos. Algumas tecnologias que são utilizadas atualmente no dia a dia da produção de leite que estão diretamente com a melhora da qualidade dos produtos são 21 basicamente três: Tecnologias ligadas à bem-estar animal; tecnologias no momento de ordenha e rastreabilidade. No caso do bem-estar animal, sabe-se que a higienização do local onde fica o rebanho e também o controle de temperatura umidade do local são aspectos fundamentais para evitar o contágio e a proliferação de doenças, como é o caso da mastite por exemplo, e hoje em dia existem tecnologias de limpeza automática de free-stall, e outros, retirando sujeiras de acordo com a programação de tempo estabelecida pelo produtor; e no caso da temperatura e umidade há a utilização de sistemas automáticos de controle de temperatura, através do uso de sensores e ventiladores no local do rebanho por exemplo. No caso da ordenha, atualmente a ordenha mecanizada e robotizada, são caracterizadas como mais seguras, quando comparada à ordenha manual, isso pois ambas evitam o contato entre homem e animal, além de contar com procedimentos automatizados de limpeza dos equipamentos, fazendo com que esses sejam feitos da melhor forma possível, Além disso, o fato de o leite ser canalizado diretamente para os tanques de resfriamento, diferente do que ocorre na ordenha manual, faz com que ocontato do leite com o ambiente externo seja o menor possível, reduzindo assim a contaminação por microrganismos. Por fim, a rastreabilidade do leite é uma tecnologia que está diretamente relacionada ao controle da qualidade, pois é atualmente exigido por órgãos regulamentadores, e além disso garante a segurança pois guarda o histórico de informações de por onde o produto passou, e caso venha a ter algum problema com algum lote, é possível identificar a origem do problema e assim corrigi-lo, retirar outros lotes do mercado que podem ter passado pela mesma situação de contaminação, e outros. 22 10. O ENGENHEIRO DE BIOSSISTEMAS E O CONTROLE DA QUALIDADE O Engenheiro de Biossistemas pode atuar relacionado ao controle da qualidade, não só de produtos lácteos como qualquer outro relacionado ao agronegócio, por possuir matérias durante o curso que se relacionam diretamente com o tema, e possuem interfaces, como por exemplo as disciplinas de: controle da qualidade, gestão da qualidade, disciplinas ligadas à automação e também produção animal. Algumas aplicações, principalmente voltada ao controle da qualidade do leite, Engenheiros de Biossistemas podem atuar automatizando processos, e tornando-os mais eficientes, como por exemplo automatizando análises físico-químicas da qualidade do leite durante o processo da ordenha mecanizada ou robotizada, por exemplo, empregar tecnologias que se liguem à mecanismos de limpeza e higienização de locais, instrumentos e outros, desde o campo, até o processamento em laticínios e outros. 23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Associação Brasileira do Agronegócio. Importação de leite para o Brasil cresce 76% no trimestre: ABAG. 2020. Disponível em: http://www.abag.com.br/sala_imprensa/interna/abag-impotacao-de-leite-para-o-brasil . Acesso em: 06 jun. 2020. BARBOSA, Julicelly Gomes. Características físico-químicas e sensoriais do leite de vacas Sindi suplementadas em pastagem. Bras. Saúde Prod, Pernambuco, v. 2, n. 11, p. 362-370, jun. 2010. BRASIL. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. 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