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Guia de Aulas Práticas - Zoologia de Vertebrados - 2015

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto 
Departamento de Biologia 
 
 
 
 
ZOOLOGIA DE VERTEBRADOS 
 
 
 
 
 
 
 
GUIA DE AULAS PRÁTICAS 
 
Prof. Dr. Flávio Alicino Bockmann 
Prof. Dr. Ricardo Macedo Corrêa e Castro 
 
Biólogo: Dr. Hertz Figueiredo dos Santos 
 
 
 
 
Nome: __________________________________________________ Data: ___ / ___ / _______ 
 
RIBEIRÃO PRETO 
2015 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados ii 
Sumário 
1. MORFOLOGIA DE UROCHORDATA ............................................................................ 1 
2. MORFOLOGIA DE CEPHALOCHORDATA ............................................................... 13 
3. MORFOLOGIA DE PEIXES AGNATOS VIVENTES (MYXINI E 
PETROMYZONTIDA) ...................................................................................................... 25 
4. MORFOLOGIA DE CHONDRICHTHYES ................................................................... 39 
5. MORFOLOGIA DO ENCÉFALO DE CHONDRICHTHYES ..................................... 59 
6. MORFOLOGIA DE ACTINOPTERYGII ...................................................................... 67 
7. DIVERSIDADE DE CHONDRICHTHYES E ACTINOPTERYGII ............................ 79 
8. MORFOLOGIA EXTERNA E OSTEOLOGIA DE REPRESENTANTES DE 
AMPHIBIA ......................................................................................................................... 97 
9. MORFOLOGIA EXTERNA DE REPRESENTANTES DE SQUAMATA ................ 107 
10. OSTEOLOGIA DE CHELONIA E SQUAMATA VIVENTES ................................... 117 
11. EXAME DE EXEMPLOS DA DIVERSIDADE DE CHELONIA E SQUAMATA 
VIVENTES ........................................................................................................................ 127 
12. MORFOLOGIA EXTERNA DE EXEMPLAR REPRESENTANTE DE AVES ....... 135 
13. OSTEOLOGIA DE REPRESENTANTES VARIADOS DE CROCODYLIA E AVES
 ............................................................................................................................................ 149 
14. ESTUDO DA MORFOLOGIA EXTERNA E DISSECÇÃO DE REPRESENTANTE 
DE MAMMALIA.............................................................................................................. 157 
15. OSTEOLOGIA DE REPRESENTANTES VARIADOS DE MAMMALIA .............. 169 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 1 
MORFOLOGIA DE UROCHORDATA 
 
1) Morfologia externa e interna de Phallusia nigra Savigny, 1816 (Urochordata, Ascidiacea). 
 
Primeira Parte: Observação da morfologia externa. 
 
a) Com a túnica (Figura 1.1): 
Examine o exemplar exposto. O animal foi fixado em formol 10% e está contraído por efeito da 
fixação. Note que ele foi arrancado do substrato onde estava fixado e traz, por isso, pedaços destes 
presos ao corpo. Procure a área de fixação: esta é a parte basal do animal. Opostas à parte basal 
existem duas aberturas na túnica: o sifão bucal, ou inalante (incurrente), e o sifão atrial, ou 
exalante (excurrente). Observe o colorido e a consistência elástica da túnica que recobre por 
inteiro o animal. Indique no Relatório, item 1.1, as partes observadas. 
 
b) Sem a túnica (Figura 1.2): 
Utilizando as anotações da aula teórica (em especial o esquema da metamorfose larval, Figura 
1.4), determine a orientação do animal, ou seja, parte basal, extremidades anterior e posterior; 
superfícies dorsal e ventral, e lados direito e esquerdo. No animal exposto observe na parte interna 
da túnica os "Vasos" de cor esverdeada (devido ao vanádio acumulado no sangue). Indique no 
Relatório, item 1.2, os vasos observados. 
No animal livre da túnica, exposto, observe que ele é inteiramente coberto pelo manto (epiderme, 
tecido conjuntivo e fibras musculares). No lado esquerdo do animal podem ser vistos, por 
transparência, as seguintes estruturas: 
 Estômago: relativamente grande, ocupando o terço inferior esquerdo do animal: observe que 
sua parede é lisa; 
 Intestino: um tubo dobrado de maneira a formar duas alças: a alça primária, saindo do 
estômago; e a alça secundária, entre a alça primária e o ânus; 
 Sistemas reprodutor e excretor: as ascídias são hermafroditas. Os testículos e ovários 
formam uma massa indiferenciada na alça intestinal primária. Os gonodutos correm paralelamente 
à porção terminal do intestino e se abrem junto ao ânus, no espaço atrial. O sistema excretor não 
apresenta canais de saída (rins de acumulação). O material excretado (fora a amônia) se acumula 
sob a forma de pequenas vesículas esverdeadas, localizadas sobre as alças intestinais e as gônadas. 
Esquematize o que foi visto, indicando as partes. 
 Aparelho circulatório: é aberto, estando o coração localizado na região ventral, geralmente 
sob o endóstilo e anteriormente ao estômago. 
No lado direito do animal pode ser vista uma rede de fibras musculares esbranquiçadas que se 
originam nos sifões, correm mais ou menos paralelas em direção ao ventre e se cruzam na porção 
mediana da face direita. 
Indique nos itens 1.3 e 1.4, do Relatório, as estruturas observadas. 
 Segunda Parte: Observação da morfologia interna (Figura 1.3). 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 2 
Para observar a morfologia interna é preciso abrir o manto. Observe no animal exposto as 
estruturas abaixo: 
Cesta branquial: ocupa quase todo o lado direito do animal. A boca compreende o sifão inalante 
e adjacências. Perto da abertura do sifão inalante (agora aberto pela incisão) há um anel de 
tentáculos simples, filiformes. Eles funcionam como uma rede de proteção da entrada da faringe. 
Imediatamente abaixo do anel tentacular, na linha mediana dorsal, encontra-se o gânglio dorsal, 
estrutura arredondada (de difícil visualização). No seu centro existe uma fenda que se comunica 
com a glândula subneural. Acima dela, dentro do corpo, situa-se o gânglio cerebróide. Abaixo do 
tubérculo dorsal, correndo paralelamente ao anel tentacular pode ser visto o anel perifaríngeo 
(vide anotações da aula teórica.). A cesta branquial é a faringe saculiforme, perfurada por um 
grande número de fendas pequenas, verticais e estreitas. No exemplar exposto, encontram-se nela 
numerosos "vasos" longitudinais e transversais, de coloração esverdeada. Na linha mediana ventral 
da cesta branquial localiza-se o endóstilo. No lado oposto (mediano dorsal) está a lâmina dorsal, 
que se projeta para a luz da cesta e se dobra para a direita. Tanto o endóstilo como a lâmina dorsal 
começam no anel perifaríngeo e terminam na abertura do esôfago. À cesta branquial, segue-se um 
curto esôfago, que continua pelo restante do tubo digestivo. Examine a peça exposta no 
estereomicroscópio, com detalhe da entrada do sifão inalante e indique as suas partes no item 1.5 
do Relatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 3 
ANEXO 1.1 – Imagens. 
 
 
Figura 1.1. Vista externa de Ciona sp. (Ascidiacea), Wischnitzer (1978). 
 
 
 
Figura 1.2. Ciona sp. vista por transparência,Wischnitzer (1978). 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 4 
 
 
Figura 1.3. Ciona: vista interna, Storer et. al. (1989). 
 
Figura 1.4. Metamorfose da larva girinóide das ascídias. A) Vista lateral diagramática de uma larva que se prendeu 
ao substrato por meio de sua extremidade anterior. B e C) Metamorfose. D) Um indivíduo jovem imediatamente após 
a metamorfose, Storer et. al. (1989). 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 5 
ANEXO 1.2 – Cladogramas. 
 
 
Cladograma 1.1. Relações filogenéticas entre grandes grupos de animais, segundo Kardong (2006). 
 
 
Cladograma 1.2. Relações filogenéticas entre os grandes grupos de deuterostômios, segundo Kardong (2006). 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 6 
 
 
Cladograma 1.3. Relações filogenéticas entre os grandes grupos de deuterostômios, segundo Liem et al., (2001). 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 7 
RELATÓRIO 1 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
1.1 Morfologia Externa de Urochordata. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 8 
RELATÓRIO 1 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
1.2. Vista Interna da Túnica Esquerda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 9 
RELATÓRIO 1 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
1.3. Vista Esquerda sem a Túnica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 10 
RELATÓRIO 1 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
1.4. Vista Direita sem a Túnica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 11 
RELATÓRIO 1 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
1.5. Vista Interna da Faringe (com detalhe da entrada do sifão inalante sob o estereomicroscópio) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 12 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 13 
MORFOLOGIA DE CEPHALOCHORDATA 
 
2) Estudo de Branchiostoma caribaeum Sundevall, 1858 (Cephalochordata, 
Amphioxiformes). 
 
Primeira Parte: Observação do animal total. 
Examine o exemplar diafanizado e corado sob um estereomicroscópio, ou sob o menor aumento 
de um microscópio. Utilizando as anotações e matrizes da aula teórica referente aos 
Cephalochordata, examine e indique as seguintes partes e estruturas: 
 
a) Morfologia externa (observe a Figura 2.1) (item 2.1 do Relatório): 
 Nadadeira dorsal mediana: estende-se ao longo de todo o perímetro dorsal; 
 Nadadeira caudal: uma continuação expandida da nadadeira dorsal mediana na extremidade 
posterior do animal; 
 Nadadeira ventral: uma continuação anterior da nadadeira caudal que vai até o atrióporo; 
 Atrióporo: abertura de uma cavidade interna, o átrio, localizada à frente da nadadeira ventral; 
 Rostro: parte anterior do corpo que se projeta sobre o escudo oral; 
 Cirros bucais: em torno de 20 estruturas semirrígidas que se projetam da margem livre do 
escudo oral. Supõe-se que contenham quimiorreceptores; 
 Miômeros (miótomos): em torno de 60 segmentos musculares dispostos ao longo do corpo; 
 Miosseptos: tabiques de tecido conjuntivo separando os miômeros; 
 Pregas metapleurais: um par de pregas tegumentares que se estendem ao longo das superfícies 
ventro-laterais, desde a região anterior da faringe até quase o atrióporo. 
 
b) Morfologia interna (examine por transparência, Figuras 2.2 e 2.3) (item 2.2 do Relatório): 
 Escudo oral: uma membrana em forma de funil, situada ventralmente na parte anterior do 
corpo. Ajuda a dirigir o vórtice de água, criado pelo órgão vibrátil, até a boca; 
 Vestíbulo: cavidade em forma de funil envolvida pelo escudo oral; 
 Raios das nadadeiras: bastonetes de tecido conjuntivo que são os elementos de suporte das 
nadadeiras dorsal e ventral. Estão ausentes na nadadeira caudal; 
 Notocorda: bastonete que se estende ao longo de todo o comprimento do corpo (inclusive parte 
cefálica); 
 Cordão nervoso: massa cilíndrica, alongada, que corre imediatamente acima da notocorda; 
 Ocelos: série linear de pontos negros na parede ventral do cordão nervoso. São fotorreceptores; 
 Mancha ocelar: massa de células pigmentares situadas na extremidade anterior do cordão 
nervoso; 
 Órgão vibrátil: uma série de projeções digitiformes, cobertas de cílios, situadas nas paredes 
internas do escudo oral. Para que serve este órgão? 
 Véu: membrana vertical localizada logo atrás da base do órgão vibrátil; 
 Boca: abertura no véu; 
 Tentáculos velares: projeções pequenas estendendo-se radialmente a partir da margem do véu; 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 14 
 Faringe: câmara, perfurada por fendas branquiais, que vai da boca ao intestino; 
 Barras branquiais: delicadas barras paralelas, dispostas obliquamente, que constituem as 
paredes laterais da faringe; 
 Fendas branquiais: fendas alongadas entrebarras branquiais sucessivas; 
 Átrio: a grande cavidade que envolve a faringe; 
 Intestino: porção do tubo digestivo compreendida entre a faringe e o ânus. Revestido 
internamente por cílios; 
 Divertículo hepático: Bolsa que se projeta para frente do corpo a partir da parede direita do 
intestino; 
 Gônadas: fileiras de massas grosseiramente retangulares localizadas abaixo das extremidades 
centrais dos miômeros. 
 
Segunda Parte: Observação de cortes transversais em três regiões do corpo. 
Utilizando o menor aumento do microscópio examine os três pares de cortes, feitos através da 
faringe, da região intestinal e da região caudal. Todos os cortes apresentam as seguintes estruturas 
em comum: 
 Epiderme: Camada celular externa d. o corpo, composta de um único estrato de células 
colunares. É coberta por uma delgada cutícula e apoia-se numa fina camada de tecido conjuntivo. 
 Nadadeira dorsal: Curta projeção da região mediana dorsal que é sustentada pelos raios 
gelatinosos. 
 Miômeros: Massas de tecido muscular sob a pele, separadas pelos miosseptos conjuntivos. 
 Cordão nervoso: Estrutura dorsal, de seção transversal vagamente triangular, situada logo 
abaixo da nadadeira dorsal. 
 Notocorda: Estrutura oval, ventral ao cordão nervoso, completamente envolvida por uma 
bainha conjuntiva. 
Todas essas estruturas deverão ser indicadas nos esquemas dos cortes efetuados (tens 2.3, 2.4 e 
2.5 do Relatório), através das seguintes regiões corporais: 
 
a) Corte da região faringiana (Figuras 2.4, 2.5 e 2.10): 
Examine e indique (também nos outros dois cortes, se presentes): 
 Pregas metapleurais: projetam-se para baixo, a partir dos cantos ventro-laterais do corpo; 
 Musculatura transversal: situada na parede corporal enrugada disposta entre as pregas 
metapleurais. Estende-se dos miômeros de um lado do corpo aos do lado oposto. Quando se 
contrai, provoca a expulsão da água contida na cavidade atrial; 
 Faringe: cavidade estreita, delimitada lateralmente pelas barras branquiais, que se estendem 
entre a notocorda e a musculatura transversal. As barras branquiais são de dois tipos: 
primárias e secundárias - as secundárias diferem das primárias por não apresentarem cavidades 
laterais; 
 Endóstilo: uma depressão na altura da linha mediana ventral da faringe. Contém cílios longos 
e células glandulares; 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 15 
 Goteira epibranquial: localizada na linha mediana dorsal da faringe, oposta ao endóstilo. Qual 
é a sua função? 
 Átrio: cavidade que envolve a faringe lateral e ventralmente; 
 Gônadas: ventro-laterais. Apresentam-se como protuberâncias das paredes corporais no átrio. 
Ovários contêm células nucleadas grandes. Testículos não. Qual o sexo do animal em questão? 
 Celoma: presente no corte transversal com três "sacos" distintos. Um, a cavidade celômica 
ventral, fica imediatamente sob o endóstilo; as outras duas cavidades celômicas dorsolaterais 
localizam-se em ambos os lados da goteira epibranquial; 
 Vasos sanguíneos: as aortas dorsais pares podem ser vistas entre a notocorda e a superfície 
dorsal de uma das cavidades celômicas dorsolaterais. A aorta ventral está contida dentro da 
cavidade celômica ventral. As veias cardinais estão presentes na altura da metade da borda medial 
das gônadas. 
 
b) Corte da região intestinal pré-atrióporo (Figuras 2.5 e 2.10): 
 Intestino: estrutura oval situada abaixo da aorta dorsal. Imediatamente ventral ao intestino 
situa-se a veia subintestinal. 
 Divertículo hepático: apresenta seção transversal ovalada e situa-se a direita da faringe. Qual 
é a sua função? 
 
c) Corte da região intestinal pós-atrióporo (Figuras 2.6 e 2.7): 
 Nadadeira ventral: identificar no corte pós-atrióporo. O que seria visto nos cortes anteriores 
ao atrióporo? 
 
Observação: Todas as estruturas citadas devem ser indicadas nos esquemas dos cortes, caso 
estejam presentes. As respostas às questões deverão ser curtas e objetivas. 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 16 
ANEXO 2.1 – Imagens. 
 
 
 
Figura 2.1. Morfologia externa de um anfioxo adulto, Wischnitzer (1978).. 
 
 
 
 
Figura 2.2. Adulto de um anfioxo parcialmente dissecado do lado esquerdo, com cerca de cinco cm de 
comprimento, Wischnitzer (1978). 
 
 
 
Figura 2.3. Regiões dos cortes: região do escudo oral (Fig. 2.4); região faringiana (pré-atrióporo) (Fig. 2.5); região 
intestinal (pós-atrióporo) (Fig. 2.6); região caudal (Fig. 2.7), Wischnitzer (1978). 
 
 
Fig. 2.7 Fig. 2.6 Fig. 2.5 Fig. 2.4 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 17 
 
 
Figura 2.5. Corte transversal da região da faringe (pré-atrióporo). À esquerda um detalhe das barras branquiais 
e à direita uma figura que mostra o endóstilo, Wischnitzer (1978). 
 
 
 
Figura 2.4. Seção transversal da região do capuz oral, 
Wischnitzer (1978). 
 
 
Figura 2.6. Seção transversal da região 
intestinal (pós-atrióporo), Wischnitzer (1978). 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 18 
 
Figura 2.7. Seção transversal na região da cauda, 
Wischnitzer (1978). 
 
Figura 2.8. Extremidade anterior em vista ventral, 
Wischnitzer (1978). 
 
 
 
Figura 2.9. Extremidade anterior de um anfioxo em corte sagital. 1 – vestíbulo cercado pelo capuz oral. 2 – 
parte do órgão vibrátil projetado para dentro do vestíbulo. 3 – tentáculos velares. 4 – véu. Kent (1978). 
 
 
Figura 2.10. Corte transversal na região da faringe, visto de 
frente (figura esquemática), Storer et al. (1989). 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 19 
RELATÓRIO 2 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
2.1. Morfologia Externa de Branchiostoma caribaeum. 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 20 
RELATÓRIO 2 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
2.2. Morfologia Interna de Branchiostoma caribaeum. 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 21 
RELATÓRIO 2 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
2.3. Região faringiana de Branchiostoma caribaeum. 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados22 
RELATÓRIO 2 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
2.4. Região intestinal pré-atrióporo de Branchiostoma caribaeum. 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 23 
RELATÓRIO 2 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
2.5. Região intestinal pós-atrióporo de Branchiostoma caribaeum. 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 24 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 25 
MORFOLOGIA DE PEIXES AGNATOS VIVENTES (MYXINI E PETROMYZONTIDA) 
 
3) Estudo de vertebrados agnatos viventes: peixes-feiticeira (Myxini/Myxiniformes) e 
lampreias (Petromyzontidae/Petromyzontiformes). 
 
Primeira Parte: Morfologia externa do peixe-feiticeira (Eptatretus stoutii Lockington, 
1878). 
Examine o exemplar fixado. Usando as anotações da aula teórica referentes aos agnatos e figuras 
do protocolo (observe a Figura 3.1), examine e indique as seguintes partes do animal no item 3.1 
do Relatório: 
 Cabeça: cilíndrica, estendendo-se posteriormente até o último par de fendas branquiais; 
 Tronco: cilíndrico anteriormente, ficando comprimido (achatado lateralmente) para trás. 
Começa após a cabeça e vai até a abertura cloacal; 
 Cauda: região corporal posterior à abertura cloacal; 
 Nadadeiras: são todas medianas: uma ventral e uma caudal. Esta última é sustentada por raios 
cartilaginosos; 
 Boca: ventral, circundada por quatro barbilhões; 
 Narina: única, terminal e acima da boca. Possui um tentáculo, presente em cada uma das bordas 
laterais; 
 Manchas oculares: áreas fotossensíveis, porém incapazes de formar imagem; 
 Fendas branquiais externas: duas fileiras ventro-laterais, com 12 aberturas cada; 
 Aberturas das glândulas produtoras de muco: uma fileira de pequenos pontos correndo 
ventro-lateralmente em cada lado do corpo, imediatamente acima da nadadeira ventral. Situam-se 
entre as manchas oculares e a extremidade posterior do corpo; 
 Abertura cloacal: situada imediatamente à frente do início da borda ventral da nadadeira 
caudal. 
 
Segunda Parte: Observação da morfologia externa de lampreias adultas (Petromyzon 
marinus Linnaeus, 1758; Lampetra richardsoni Vladykov & Follett, 1965 e Lampetra tridentata 
(Richardson, 1836)). 
Examine o exemplar fixado. Usando as anotações da aula teórica referentes aos agnatos e figuras 
do protocolo (observe Figura 3.2), examine e indique as seguintes partes do animal no item 3.2 
do Relatório: 
 Cabeça: cilíndrica, estendendo-se posteriormente até o último par de fendas branquiais; 
 Tronco: cilíndrico anteriormente, ficando comprimido para trás. Começa após cabeça e vai até 
à abertura cloacal; 
 Cauda: região corporal posterior à abertura cloacal; 
 Nadadeiras: são todas medianas: duas dorsais (anterior e posterior); uma caudal. São 
sustentadas pelos raios cartilaginosos; 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 26 
 Ventosa bucal: sustentada por um anel cartilaginoso. Margem com numerosas papilas bucais. 
Interior com dentes córneos de cor castanha; 
 Narina: uma abertura ímpar situada no topo da cabeça; 
 Órgão pineal: situado imediatamente abaixo da superfície da pele. Sua posição é indicada por 
uma depressão oval leve atrás da narina; 
 Olhos: desprovidos de pálpebras, cobertos por pele; 
 Fendas branquiais externas: sete aberturas ovaladas atrás de cada olho; 
 Miômeros: segmentos musculares em forma de W, cujo contorno é visto sob a pele; 
 Abertura cloacal: situada na parte ventral do corpo. A papila urogenital pode estar protraída. 
O ânus, em forma de fenda, é imediatamente anterior à papila. 
 
Terceira parte: Estudo da larva ammocete de Lampetra lamottei Lesueur, 1827. 
a) Observação de cortes transversais em quatro regiões do corpo: 
Na mesma lâmina temos cortes transversais em quatro regiões do corpo. Foram feitos através do 
escudo oral, faringe, região do fígado e região intestinal. Usando anotações da aula teórica e figuras 
do protocolo (Figuras 3.6 e 3.7), indique em cada um dos cortes (itens 3.3, 3.4, 3.5 e 3.6 do 
Relatório) as seguintes estruturas, identificando a região corporal: 
 
 Epitélio pluriestratificado; 
 Miômeros; 
 Miosseptos; 
 Nadadeiras dorsal e ventral; 
 Tubo neural (cordão nervoso, medula espinhal); 
 Notocorda; 
 Veias cardinais anteriores e posteriores; 
 Aorta dorsal (sob a notocorda); 
 Lamelas branquiais; 
 Veias jugulares; 
 Aorta ventral; 
 Narina; 
 Goteira epibranquial; 
 Glândula subfaríngea (endóstilo); 
 Cartilagens de sustentação da cesta branquial; 
 Rins pares e ductos renais; 
 Intestino (com tiflossole); 
 Fígado (com vesícula biliar e vasos do sistema porta-hepático); 
 Borda do capuz oral; 
 Musculaturas longitudinal e transversal. 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 27 
ANEXO 3.1 – Imagens. 
 
 
 
Figura 3.1. Morfologia externa de um peixe-feiticeiro. 
 
 
 
 
Figura 3.2. Morfologia externa de uma lampreia adulta, Wischnitzer (1978). 
 
 
 
Figura 3.3. Vista ventral da cabeça de uma 
lampreia adulta, Wischnitzer (1978). 
 
 
 
 
Figura 3.4. Vista ventral da cabeça de um peixe-feiticeiro 
com as placas dentárias recolhidas (a) e evertidas (b), 
Alexander (1975). 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 28 
 
 
Figura 3.5. Corte sagital da região anterior do corpo de uma lampreia adulta, Wischnitzer (1978). 
 
 
 
 
 
Figura 3.6. Secção transversal na região da faringe de 
uma larva ammocete, Wischnitzer (1978). 
 
 
 
Figura 3.7. Secção transversal na região do intestino de 
uma larva ammocete, Wischnitzer (1978). 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 29 
 
Figura 3.8. Larva ammocete diafanizada, Wischnitzer (1978). 
 
 
 
 
Figura 3.9. Secção transversal do endóstilo 
(glândula subfaríngea) da larva ammocete ao 
nível em que seu duto se conecta à faringe, 
Young (1962) 
 
 
 
 
Figura 3.10. Acima, um peixe-feiticeiro; abaixo, uma lampreia. Paxton & Eschmeyer (1998). 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 30 
ANEXO 3.2 – Gráficos e Cladogramas.Gráfico 3.1. Diversidade taxonômica dos grandes grupos de vertebrados viventes. As áreas no diagrama 
correspondem aproximadamente ao número de espécies em cada grupo (os números são estimados e variam de acordo 
com a descrição de novas espécies). Os nomes comuns estão no círculo do centro; os nomes formais, no círculo mais 
externo. Pough et al. (2004) 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 31 
 
 
Cladograma 3.1. Filogenia dos cordados que mostra relações entre as linhagens existentes, superposta numa escala 
geocronológica. Cracraft & Donoghue (2004). 
 
 
Cladograma 3.2. Filogenia proposta para cordados e grupos próximos. Pough et al. (2004). 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 32 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 33 
RELATÓRIO 3 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
3.1. Morfologia externa de Eptatretus stoutii (vista lateral esquerda e vista ventral da região oral). 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 34 
RELATÓRIO 3 
 
Zoologia de Vertebrados 
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Monitor 
Nome do Aluno 
 
3.2. Morfologia externa de Lampreta tridentata, lampreia adulta (vista lateral esquerda e vista 
ventral da região oral). 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 35 
RELATÓRIO 3 
 
Zoologia de Vertebrados 
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Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
3.3. Estudo da larva ammocete: corte transversal da região do escudo oral. 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 36 
RELATÓRIO 3 
 
Zoologia de Vertebrados 
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Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
3.4. Estudo da larva ammocete: corte transversal da região da faringe. 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 37 
RELATÓRIO 3 
 
Zoologia de Vertebrados 
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Monitor 
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3.5. Estudo da larva ammocete: corte transversal da região do fígado. 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 38 
RELATÓRIO 3 
 
Zoologia de Vertebrados 
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Aula Data 
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3.6. Estudo da larva ammocete: corte transversal da região do intestino. 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 39 
MORFOLOGIA DE CHONDRICHTHYES 
 
4) Estudo de um cação do gênero Carcharhinus sp. (Chondrichthyes, Elasmobranchii) 
 
Primeira Parte: Observação da morfologia externa 
Examine o exemplar exposto. É um animal adulto e foi fixado em formol 10%, estando, por essa 
razão, mais rijo do que o natural. Usando as anotações da aula teórica referente aos Chondrichthyes 
(peixes cartilaginosos) e as ilustrações do protocolo de aula prática (observe a Figura 4.2), 
examine o animal exposto e indique as seguintes partes de sua anatomia, nos itens 4.1, 4.2, 4.3 e 
4.7 do Relatório. 
 
a) Cabeça: da extremidade anterior do corpo até a altura da última fenda branquial. 
 Boca: de localização subterminal em Carcharhinus, como é característico para cações e 
tubarões (Elasmobranchii). O maxilar superior (palatoquadrado) é composto de duas peças 
cartilaginosas, assim como o maxilar inferior (cartilagem de Meckel ou mandibular). Ambas 
portam dentes desenvolvidos; 
 Língua: está presa no assoalho bucal; 
 Narinas: uma de cada lado do focinho, sem comunicação com a faringe; 
 Olhos: bem desenvolvidos e dotados de uma membrana nictitante, que se move a partir da 
margem ântero-ventral de cada órbita para trás; 
 Fendas branquiais: cinco pares aos lados da cabeça (comunicam-se com a faringe); 
 Ampolas de Lorenzini: numerosos pequenos poros na pele das partes dorsal e ventral do 
focinho e da cabeça. São aberturas de eletrorreceptores utilizados principalmente na 
eletrolocalização passiva de presas vivas. 
 
b) Tronco: da última fenda branquial até a abertura cloacal. 
 Nadadeiras peitorais: par de apêndices flexíveis situados ventro-lateralmente, atrás das fendas 
branquiais; 
 Nadadeiras pélvicas: par de apêndices flexíveis situados ventro-lateralmente, logo à frente da 
cloaca. Nos exemplares machos, apresentam prolongamentos copuladores posteriores 
denominados cláspers; 
 Primeira nadadeira dorsal: situada na linha mediana dorsal, logo atrás da vertical que passa 
pelo bordo posterior das nadadeiras peitorais. 
 
c) Cauda: da cloaca até a extremidade posterior do corpo. 
 Nadadeira anal: na linha mediana ventral, entre a cloaca e o início do lobo ventral da nadadeira 
caudal; 
 Segunda nadadeira dorsal: na linha mediana dorsal, imediatamente acima da nadadeira anal; 
 Nadadeira caudal: na extremidade posterior do corpo. O lobo superior é maior que o inferior 
e contém a terminação posterior da coluna vertebral, sendo, portanto, uma nadadeira caudal tipo 
heterocerca; 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 40 
 Sulcos pré-caudais: um sulco dorsal e outro ventral, colocados logo à frente da caudal. 
Característicos das famílias Carcharhinidae e Sphyrnidae (tubarões-martelo). 
 
d) Escamas: passe a mão no corpo do animal de trás para frente. Examine no maior aumento do 
estereomicroscópio o material exposto. Você verá escamas do tipo placóide (observe a Figura 
4.3). 
 
Segunda parte: Estudo da morfologia interna. 
a) No material exposto examine as seguintes estruturas (Figuras 4.6 e 4.8) e indique-as nos itens 
4.4 e 4.5 do Relatório: 
 Fígado: órgão de grandes dimensões relativas, composto de 2 lobos laterais grandes. A vesícula 
biliar situa-se no lobo direito em Carcharhinus sp; 
 Tubo digestório: observe o estômago em forma de J, que tem uma constrição na parte 
posterior. O intestino possui uma válvula espiral (tiflossole) em seu interior. A porção terminal 
dointestino é mais estreita e se constitui no reto, que se abre na cloaca. Observe os mesentérios 
que sustentam o tubo digestório; 
 Baço: estrutura escura, aderida à parte posterior do estômago, prolongando-se pela região 
duodenal; 
 Pâncreas: com vários lobos, situado na região limítrofe entre o estômago e intestino (região 
duodenal); 
 Aparelho urogenital: observe os rins. São estruturas pares avermelhadas que correm ao longo 
de quase todo o teto da cavidade abdominal. Os dutos mesonéfricos situam-se na superfície 
ventral dos rins e dão passagem somente à urina nas fêmeas e a urina e espermatozóides, no caso 
dos machos. Os testículos são um par de estruturas alongadas, situadas ao longo dos rins. Nos 
machos, os dutos mesonéfricos, após formarem as vesículas seminais (seções alargadas), abrem-
se na papila urogenital, contida na cloaca. Nas fêmeas os óvulos passam por canais 
independentes, os ovidutos, que são unidos anteriormente em um funil comum (ostium tubae). 
A parte posterior de cada oviduto é alargada para formar o útero, onde ficam alojados os embriões. 
Os dois ovidutos abrem-se na cloaca. Por esta razão, as fêmeas não possuem papila urogenital mas 
sim uma papila urinária. Os ovários são pares e localizam-se aproximadamente na mesma 
posição que os testículos. 
 
b) Observe que a cavidade corporal é limitada anteriormente por um septo transversal, que 
separa a cavidade pericardial da cavidade geral. O coração está na primeira cavidade 
envolto pelo pericárdio (membrana que envolve o coração). Observe no animal exposto e 
indique no item 4.6 do Relatório as estruturas abaixo: 
 Coração: formado por um ventrículo e um átrio. O primeiro é musculoso e sobre ele situa-se 
o átrio de paredes finas. Ligada à parte posterior do átrio há uma abertura triangular denominada 
seifo venoso. O ventrículo continua pelo cone arterioso e este, pela aorta ventral, que se ramifica 
lateralmente, dando origem a vasos (artérias branquiais aferentes) que vão irrigar os tecidos 
branquiais (Figuras 4.9 e 4.10). 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 41 
c) No material exposto e nas ilustrações do protocolo de aula prática observe (Figuras 4.11, 4.12 
e 4.13) e indique as estruturas e partes abaixo no item 4.7 do Relatório: 
 Cavidade bucal; 
 Cavidade faringiana: caracterizada por pregas longitudinais; 
 Fendas branquiais internas; 
 Câmaras branquiais: cavidades entre as fendas branquiais internas e externas; 
 Holobrânquias: cada holobrânquia é uma brânquia inteira, composta de duas demibrânquias 
(anterior e posterior) com lamelas branquiais que, se projetando da superfície lateral de cada 
arco branquial cartilaginoso, separam uma câmara branquial da outra. As holobrânquias 
continuam lateralmente pelos septos interbranquiais que, na superfície lateral da cabeça, formam 
pregas de pele, que cobrem as fendas branquiais externas e atuam como válvulas de um só sentido 
de passagem; 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 42 
ANEXO 4.1 – Imagens. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4.1. Vista dorsal de um representante das 
raias (Batoidea). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4.2. Vista lateral esquerda esquemática de um tubarão (Elasmobranchii), Wischnitzer (1978). 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 43 
 
 
Figura 4.3. Esquema do 
tegumento de um tubarão 
mostrando as escamas 
placóides e sua estrutura, 
Wischnitzer (1978). 
 
 
 
 
 
Figura 4.4. Nadadeira caudal heterocerca. Note que 
a coluna vertebral acompanha a parte dorsal da 
nadadeira, Wischnitzer (1978). 
 
 
 
 
Figura 4.5. Nadadeira 
dorsal, Wischnitzer (1978). 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 44 
 
 
Figura 4.6. Sistema digestório. Os vasos sanguíneos foram omitidos, Wischnitzer (1978). 
 
 
 
Figura 4.7. Sistema porta-hepático, Wischnitzer (1978). 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 45 
 
Figura 4.8. Sistema urogenital masculino à esquerda e, à direita, o feminino. Esquema comparativo dos estágios 
imaturo e maduro, Wischnitzer (1978). 
 
 
 
 
Figura 4.9. Coração em vista ventral, Wischnitzer 
(1978). 
Figura 4.10. Corte sagital do coração, Wischnitzer 
(1978). 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 46 
 
 
Figura 4.11. Cavidade bucal e faringiana, Wischnitzer (1978). 
 
 
 Figura 4.12. Sistema respiratório esquemático mostrando 
 holobrânquias em corte, Wischnitzer (1978). 
 
 
 
 
Figura 4.13. Holobrânquia em corte. Os vasos sanguíneos 
foram omitidos, Wischnitzer (1978). 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 47 
ANEXO 4.2 – Gráficos e Cladogramas. 
 
 
 
 
 
Cladograma 4.1. Cladograma mostrando o perfil dos grandes grupos de vertebrados, com ênfase no tradicional grupo 
dos “peixes”, e sua posição relativa aos ostracodermos e placodermos, segundo Helfman (1977) 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 48 
 
 
Cladograma 4.2. Intra-relações das linhagens existentes de peixes cartilaginosos. As relações entre as raias (Batoidea) 
ainda não foram estabelecidas. “Rhinobatiformes” é provavelmente um grupo não-monofilético, segundo Cracraft & 
Donoghue (2004) 
 
 
 
Gráfico 4.1. Distribuição taxonômica e 
ordens de espécies representativas de 
tubarões modernos, segundo Helfman 
(1977) 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 49 
 
Gráfico 4.2. Distribuição taxonômica e ordens 
de espécies representativas de tubarões 
modernos, segundo Helfman (1977). 
 
 
Gráfico 4.3. Diversidade de peixes cartilaginosos ao longo de uma escala geocronológica, segundo Carroll (1988). 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 50 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados51 
RELATÓRIO 4 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
4.1. Morfologia externa de Carcharhinus (vista lateral esquerda). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 52 
RELATÓRIO 4 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
4.2. Morfologia externa de Carcharhinus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 53 
RELATÓRIO 4 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
4.3. Morfologia externa de Potamotrigon. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 54 
RELATÓRIO 4 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
4.4. Morfologia interna de Carcharhinus: vista ventral da região do tubo digestório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 55 
RELATÓRIO 4 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
4.5. Morfologia interna de Carcharhinus: vista ventral da região do sistema urogenital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 56 
RELATÓRIO 4 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
4.6. Morfologia interna de Carcharhinus: vista ventral da região da cavidade pericárdica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 57 
RELATÓRIO 4 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
4.7. Morfologia interna de Carcharhinus: vista ventral da região da boca e faringe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Zoologia de Vertebrados 58 
 
 
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Zoologia de Vertebrados 59 
MORFOLOGIA DO ENCÉFALO DE CHONDRICHTHYES 
 
5) Estudo do encéfalo de um cação do gênero Carcharhinus (Chondrichthyes, 
Elasmobranchii) 
Utilizando as anotações da aula teórica, esquemas do protocolo (observe as Figuras 5.1, 5.2, 5.3, 
5.4 e 5.5) e o material exposto, identifique e indique (vistas dorsal, lateral esquerda e ventral) as 
seguintes partes do encéfalo nos itens 5.1, 5.2 e 5.3 do Relatório: 
 
a) Telencéfalo: 
 Bulbos olfativos: expansões terminais dos tratos olfativos que ficam imediatamente atrás e em 
contato com os sacos olfativos; 
 Tratos olfativos: extensões pedunculares da parte caudal dos bulbos olfativos que servem de 
elementos de ligação entre eles e a parte anterior do cérebro; 
 Lobos olfativos: massas algo arredondadas na parte anterior do cérebro, onde se ligam os tratos 
olfativos; 
Hemisférios cerebrais: par de elevações arredondadas, situadas imediatamente atrás dos lobos 
olfativos. 
 
b) Diencéfalo: 
 Tela coróidea anterior: teto membranoso vascularizado do diencéfalo; 
 Tratos ópticos: estabelecem a ligação entre os corpos celulares dos neurônios fotorreceptores 
das retinas com o sistema nervoso central (encéfalo); 
 Quiasma óptico: estrutura em forma de X, formada pelo cruzamento das bases dos tratos 
ópticos; 
 Hipófise (pituitária): uma estrutura dividida em quatro lobos, ligada à superfície ventral do 
diencéfalo (hipotálamo). 
 
c) Mesencéfalo: 
 Lobos ópticos: estruturas arredondadas, que são os centros visuais do cérebro. Situam-se atrás 
do diencéfalo. 
 
d) Metencéfalo: 
 Cerebelo: uma grande estrutura ovalada, que cobre parcialmente o mesencéfalo e mielencéfalo. 
Sua superfície apresenta pregas. 
 
e) Mielencéfalo: 
 Aurículas: estruturas que se projetam para frente, a partir das extremidades antero-laterais do 
mielencéfalo; 
 Medula oblongata: parte maior do mielencéfalo, contígua com a medula espinhal; 
 Tela coróidea posterior: teto membranoso e vascularizado da medula oblongata. 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 60 
Observação: os nervos cranianos são de difícil observação e identificação. Por essa razão, não é 
obrigatório indicá-los; porém, no caso de ser possível identificá-los (usando as anotações de aula 
teórica e esquemas do protocolo), por favor, indique-os. 
 
ANEXO 5.1 – Imagens. 
 
 
Figura 5.1. Encéfalo e cordão nervoso in situ. Wischnitzer (1978). 
 
 
 
 
 
Figura 5.2. Esquemas em vista lateral que mostram o desenvolvimento das principais subdivisões do encéfalo. A – 
O prosencéfalo é o primeiro a se distinguir do restante do tubo neural. B – Três grandes divisões já estabelecidas. C – 
Estágio mais avançado. D – Mesmo que C, mas em corte sagital. Romer & Parsons (1985). 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 61 
 
 
 
Figura 5.3. Encéfalo em corte sagital. Wischnitzer (1978). 
 
 
Figura 5.4. Vista dorsal do encéfalo, 
Wischnitzer (1978). 
 
Figura 5.5. Vista ventral do encéfalo, 
Wischnitzer (1978). 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________Zoologia de Vertebrados 62 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 63 
RELATÓRIO 5 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
5.1 – Encéfalo em vista dorsal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________________ 
Zoologia de Vertebrados 64 
RELATÓRIO 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
5.2 – Encéfalo em vista ventral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Zoologia de Vertebrados 65 
RELATÓRIO 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
5.3 – Encéfalo em vista lateral esquerda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Zoologia de Vertebrados 66 
 
 
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Zoologia de Vertebrados 67 
MORFOLOGIA DE ACTINOPTERYGII 
 
6) Estudo da corvina de água doce Plagioscion squamosissimus (Actinopterygii, Teleostei): 
 
Primeira Parte: Observação da morfologia externa (Figura 6.9). 
Examine o exemplar exposto. É um peixe adulto, de água doce e foi fixado em formol 10%, 
estando por essa razão mais rijo do que o natural. Usando as anotações da aula teórica referentes 
aos Actinopterygii (peixes ósseos de nadadeiras raiadas) e esquemas do protocolo, examine e 
indique as seguintes partes do animal no item 6.1 do Relatório: 
 
a) Cabeça: da extremidade anterior do corpo à margem posterior do opérculo. 
 Boca: a maxila é composta de dois pares de ossos móveis. O par anterior (pré-maxilares) 
possui dentes; o par posterior (maxilares) não possui dentes. A mandíbula é formada 
principalmente pelos grandes ossos dentários, onde estão implantados os dentes; 
 Língua: está presa ao assoalho bucal; 
 Narinas: um par de aberturas, uma de cada lado da cabeça, de função exclusivamente olfativa, 
sem comunicação com a cavidade bucofaringeana; 
 Olhos: bem desenvolvidos e sem pálpebras. Por que os peixes não possuem pálpebras? 
 Opérculo: situa-se atrás dos olhos e serve para proteger os arcos branquiais; 
 Membrana branquiostégia: situada sob o opérculo. 
 
b) Tronco: da margem posterior do opérculo até o ânus. 
 Nadadeiras peitorais: pares, situadas lateralmente no corpo, atrás dos opérculos. São 
desprovidas de raios rígidos de sustentação; 
 Nadadeiras pélvicas: pares, situadas abaixo das nadadeiras peitorais. Providas de raios de 
sustentação rígidos e flexíveis; 
 Porção espinhosa da nadadeira dorsal: situada na linha mediana dorsal. 
 
c) Cauda: do ânus até a extremidade posterior do corpo. 
 Papila urogenital: relativamente pequena, situada imediatamente atrás do ânus; 
 Porção não espinhosa da nadadeira dorsal: situada na linha mediana dorsal; 
 Nadadeira anal: situada na linha mediana ventral, entre o ânus e a nadadeira caudal. Composta 
de raios rígidos e flexíveis; 
 Nadadeira caudal: desprovida de raios rígidos de sustentação. 
 
d) Linha lateral: presente nos dois lados do corpo, estendendo-se desde o opérculo até a 
extremidade da cauda (Figura 6.8). Qual é a sua função? 
 
e) Escamas: revestem todo o corpo (Figuras 6.7 e 6.8). São ctenóides ou ciclóides? 
 
 
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Zoologia de Vertebrados 68 
Segunda Parte: Observação da morfologia interna (Figura 6.9). 
 
a) Considerando as anotações da aula teórica, observação do animal exposto e esquemas do 
protocolo, examine e indique as seguintes estruturas no item 6.2 do Relatório: 
 Bexiga natatória: vesícula volumosa, esbranquiçada, situada dorsalmente na cavidade 
corporal. Qual é a sua função? 
 Fígado: órgão castanho-claro ou marrom, situado na parte anterior da cavidade corporal; 
 Gônadas: são alongadas, situando-se abaixo da bexiga natatória e de cada lado do animal. 
Posteriormente unem-se em um gonoduto que desemboca na papila urogenital; 
 Tubo digestório: observe o estômago, e os cecos pilóricos. O estômago continua pelo 
intestino, que é alongado e dobrado sobre si mesmo. Observe os mesentérios; 
 Baço: estrutura de cor escura situada no mesentério; 
 Pâncreas: difuso e dificilmente visível. Localiza-se no mesentério; 
 Aparelho excretor: observe os rins longos e de cor escura junto à coluna vertebral. Os ureteres 
são dois tubos esbranquiçados que partem dos rins e desembocam na papila urogenital. Localize, 
se puder, a bexiga urinária (Figuras 6.9, 6.11 e 6.12). 
 
b) Observe que a cavidade corporal é limitada anteriormente por um septo transversal, que 
separa a cavidade pericardial da cavidade geral. O coração está na primeira cavidade e é 
recoberto pelo pericárdio. Observe e indique no item 6.4 do Relatório: 
 Coração: formado por um ventrículo e um átrio. O primeiro é musculoso e sobre ele se situa 
o átrio de paredes finas. Sobre o átrio está posicionada uma estrutura triangular membranosa - o 
seio venoso. O ventrículo se prolonga para adiante sob a forma de um bulbo arterial e este, por 
sua vez, como a aorta ventral. 
 Aorta ventral e arcos aórticos: a partir da base de cada arco branquial origina-se um ramo 
fino da aorta ventral - o chamado arco aórtico. 
 
c) Observe no animal exposto e na Figura 6.10 os dentes faringeanos e os rastros branquiais. 
Indique estas estruturas no item 6.4 do Relatório. 
 Arcos branquiais: são quatro pares, encobertos pelo opérculo. Neles estão os filamentos 
branquiais. Como se chamam os espaços entre os arcos? 
 
d) Observe escamas de diferentes partes do corpo do animal (Figuras 6.7 e 6.8). 
 
 
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Zoologia de Vertebrados 69 
ANEXO 6.1 – Imagens. 
 
 
 
Figura 6.1. Esqueleto de um peixe teleósteo. A – nadadeira caudal. A´ – articular. A´´ – angular. B – cintura pélvica. 
B´– esqueleto da nadadeira peitoral. BS – raios branquiostégios. C – nadadeira caudal. C´ – centro vertebral. CH – 
ceratohial. D – dentário dorsal. E – etmóide. EPO – epiótico. FR – frontal. GH – hipobranquial (glossohial). HM – 
hiomandibular. HS – espinho hemal. IO – inter-opercular. MX – maxila. NC – extremidadeda notocorda na cauda. 
NS – espinho neural. O – opercular. P – nadadeira peitoral. PA – parietal. PF – pré-frontal. PMX – pré-maxila. PO – 
pré-opercular. PS – suporte dos processos das costelas. PT, PT´ e PT´´ – ossos da região palatal. PTF – pós-frontal. 
PTO – pterótico. Q – quadrado. R – costelas. R´ – suporte da nadadeira dorsal. SG – porções da cintura escapular. SM 
– simplético (une o hiomandibular ao crânio). SO – subopercular. SOC – supra-occipital. SOR – suborbital. SQ – 
esquamosal. UH – urohial (elemento ventral do esqueleto branquial). V – nadadeira pélvica. Romer & Parsons (1985). 
 
 
 
Figura 6.2. Tipos vertebrais baseados na forma da superfície articular do centro vertebral. Seções sagitais em vista 
esquerda (cranial à esquerda). Vértebras anficélicas são encontradas em peixes, urodelos primitivos, lagartos e 
cecílias; opistocélicas, em salamandras; procélicas, em anuros e “répteis” derivados; acélicas, em mamíferos. Kent 
(1978). 
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Zoologia de Vertebrados 70 
 
Figura 6.3. Vértebras de um peixe ósseo. Da 
esquerda para a direita: vértebra do tronco, a 
primeira caudal e uma caudal genérica. 
 
 
 
Figura 6.4. Crânio de um peixe 
actinopterígeo primitivo (A, gar) 
em contraste com um teleósteo (B, 
carpa). Kent (1978). 
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Zoologia de Vertebrados 71 
 
 
Figura 6.5. Mandíbulas de peixes ósseos. As figuras à esquerda estão em vista externa; à direita, em vista interna. A 
– Nematoptychius, um actinopterígeo primitivo. B – Megalichthys, um “crossopterígeo” do carbonífero. C – 
Sagenodus, um sarcopterígeo do carbonífero (articular não-ossificado). Abreviações: ang, angular; art, articular; cor, 
coronóide; d, dentário; m, osso meckeliano na extremidade anterior da mandíbula; part, pré-articular; pos, pós-
esplenial; s, esplenial; sang, sur-angular. O osso marcado como “cor?” é provavelmente o pré-articular. Romer & 
Parsons (1985). 
 
 
Figura 6.6. Alguns ossos envolvidos na 
abertura bucal. 
A – actinopterígeo primitivo 
(Moythomasia). B – neopterígeo primitivo 
(Amia). C – teleósteo derivado (ciclídeo). 
Maisey (1996) 
 
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Zoologia de Vertebrados 72 
 
Figura 6.7. Escamas de peixes ósseos. A – escama ganóide, presente em peixes Actinopterygii basais, tais como 
Polypteriformes, Amiiformes, Polyodontiformes, Lepisosteiformes e Acipenseriformes. B – escama ctenóide. C – 
escama ciclóide. B e C são típicas de Teleostei; há exceções, como os bagres (Siluriformes), que não possuem escamas. 
Outro tipo de escama, não representado, é a cosmóide, típica de Ceratodidae (Sarcopterygii). 
 
 
Figura 6.8. Parede do corpo de um peixe ósseo 
(carpa) perto da linha lateral, mostrando as relações 
entre epiderme, escamas e músculos, Storer et al. 
(1989). 
 
 
 
Figura 6.9. Esquema de uma perca-amarela. Foram retirados o opérculo, a nadadeira peitoral, boa parte da pele e das 
escamas e alguns músculos do tronco e da cauda. Storer et al. (1989). 
 
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Zoologia de Vertebrados 73 
 
 
Figura 6.10. Brânquia de um teleósteo (carpa). A – brânquia na câmara branquial com o opérculo cortado. B – parte 
de uma brânquia que mostra rastros e filamentos branquiais. C – parte de um filamento (ampliado); cada lamela 
contém capilares em que o sangue é oxigenado. Storer et al. (1989). 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6.11. Sistema 
reprodutor feminino de um 
peixe teleósteo. Kent (1978). 
 
Figura 6.12. Terminação caudal do sistema urogenital de um peixe 
teleósteo, em vista lateral esquerda. Note a ausência de cloaca. Kent 
(1978). 
 
 
 
 
 
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Zoologia de Vertebrados 74 
 
 
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Zoologia de Vertebrados 75 
RELATÓRIO 6 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
6.1. Morfologia externa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Zoologia de Vertebrados 76 
RELATÓRIO 6 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
6.2. Morfologia interna: cavidade geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Zoologia de Vertebrados 77 
RELATÓRIO 6 
 
Zoologia de Vertebrados 
Professores Responsáveis 
Biólogo 
Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
6.3. Morfologia interna: sistema urinário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Zoologia de Vertebrados 78 
RELATÓRIO 6 
 
Zoologia de Vertebrados 
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Aula Data 
Monitor 
Nome do Aluno 
 
6.4. Morfologia interna: cavidade branquial e pericárdica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Zoologia de Vertebrados 79 
DIVERSIDADE DE CHONDRICHTHYES E ACTINOPTERYGII 
 
7) Exame de exemplos da diversidade de Chondrichthyes e Actinopterygii viventes. 
a) Baseando-se nas anotações da aula teórica sobre diversidade de Chondrichthyes, esquematize 
e identifique (item 7.2 do Relatório), em vista dorsal ou lateral esquerda, um dos exemplares, 
indicando, se houver, as seguintes partes e estruturas: 
 regiões da cabeça, do tronco e da cauda; 
 nadadeiras caudal, anal, pélvica, peitoral e dorsal anterior e posterior; 
 olhos; 
 narinas; 
 espiráculos; 
 ampolas de Lorenzini; 
 fendas branquiais externas. 
 
b) Baseando-se nas anotações da aula teórica sobre diversidade de Actinopterygii, esquematize e 
identifique (item 7.3 do Relatório) as seguintespartes e estruturas: 
 nadadeiras caudal, anal, pélvica, peitoral e dorsal (porção espinhosa e não-espinhosa); 
 narinas; 
 olho; 
 opérculo; 
 linha lateral; 
 espinhos; 
 ânus; 
 
 
 
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Zoologia de Vertebrados 80 
ANEXO 7.1 – Gráficos e Cladogramas. 
 
 
 
Gráfico 7.1. Os peixes de nadadeiras raiadas eram raros até o final do Devoniano, mas diversificaram-se cada vez 
mais através do tempo, até atingir a diversidade atual, que é a maior entre os vertebrados, segundo Carroll (1988). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Zoologia de Vertebrados 81 
 
Cladograma 7.1. Proposta de filogenia para Actinopterygii, segundo Helfman (1977). 
 
 
Cladograma 7.2. Proposta de filogenia para Teleostei, segundo Helfman (1977). 
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Zoologia de Vertebrados 82 
 
 
Cladograma 7.3. Acanthomorpha é o grupo dominante de teleósteos, compreendendo aproximadamente 16 mil 
espécies, distribuídas em pelo menos 300 famílias (60% da diversidade de teleósteos atuais; um terço da diversidade 
de vertebrados). São encontrados em praticamente todos os ambientes aquáticos. Percomorpha é o maior e mais 
diverso subgrupo. Cracraft & Donoghue (2004). 
 
 
 
 
 
 
 
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Zoologia de Vertebrados 83 
ANEXO 7.2. Chave para as principais famílias de Chondrichthyes do Brasil (adaptada de Szpilman, 2002) 
1. Uma fenda branquial externa .................................................................................................. Quimeriformes 
1’ Mais de uma fenda branquial externa ..................................................................................... 2 
2. Corpo fusiforme ...................................................................................................................... 3 
2’ Corpo achatado dorso-ventralmente ....................................................................................... 9 
3. Cabeça com duas grandes expansões laterais .......................................................................... Sphyrnidae (cações-martelo) 
3’ Cabeça sem expansões laterais ............................................................................................... 4 
4. Lobo superior da nadadeira caudal exageradamente desenvolvido ......................................... Alopiidae (cações raposa) 
4’ Lobo superior da nadadeira caudal apenas moderadamente mais desenvolvido que o inferior, ou aproximadamente simétrico
..................................................................................................................................................... 5 
5. Nadadeira dorsal única ............................................................................................................ Hexanchidae (cações bruxa) 
5’ Nadadeira dorsal dupla ........................................................................................................... 6 
6. Nadadeiras dorsais com espinhos ............................................................................................ Squalidae (cações-bagre) 
6’ Nadadeiras dorsais sem espinhos ............................................................................................ 7 
7. Segunda nadadeira dorsal bem menor do que a primeira ....................................................... Carcharhinidae (cabeça-chata, 
 .............................................................. galha branca, tubarão azul) 
7’ Segunda nadadeira dorsal apenas ligeiramente menor que a primeira .................................... 8 
8. Presença de dentes longos e um dentículo em cada lado da base da boca .............................. Odontaspididae (mangonas) 
8’ Dentes pavimentosos e deprimidos, sem bordas cortantes...................................................... Triakidae (canejos) 
9. Fendas branquiais laterais ....................................................................................................... Squatinidae (cações-anjo) 
9’ Fendas braquiais ventrais ........................................................................................................ Raias – 10 
10. Nadadeira caudal bem desenvolvida ..................................................................................... 11 
10’ Nadadeira caudal pouco desenvolvida ou ausente ................................................................ 14 
11. Focinho prolongado em forma de serra ................................................................................. Pristidae (peixes-serra) 
11’ Focinho não prolongado, ou se prolongado, sem forma de serra .......................................... 12 
12. Focinho prolongado em forma de cunha ............................................................................... Rhinobatidae (violas) 
12’ Corpo em forma de disco ...................................................................................................... 13 
13. Margem anterior do disco emarginada ou truncada .............................................................. Torpedinidae (raias-elétricas) 
13’ Margem anterior do disco arredondada................................................................................. Narcinidae (raias-elétricas) 
14. Cauda grossa, com duas nadadeiras dorsais em posição terminal ......................................... Rajidae (raias-chita) 
14’ Cauda fina ............................................................................................................................. 15 
15. Nadadeiras peitorais interrompidas ao nível dos olhos, nadadeira dorsal única .................... 16 
15’ Nadadeiras peitorais contínuas anteriormente, sem nadadeiras dorsais ................................ 17 
16. Focinho com entalhe profundo na ponta, destacado do contorno anterior do disco .............. Rhinopteridae (ticonhas) 
16’ Focinho sem entalhe na ponta ............................................................................................... Myliobatidae (raias-pintadas) 
17. Corpo em forma de disco, circular ou oval ........................................................................... Potamotrygonidae (raias de 
..................................................................................................................................................... água-doce) 
17’ Corpo em forma de disco com a presença de ângulos na porção anterior ............................ Dasyatidae (raias-prego) 
 
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Zoologia de Vertebrados 
84 
 
Fig. 7.2.1. Formato da cabeça de espécies de Chondrichthyes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Zoologia de Vertebrados 85 
 
 
 
 
Fig. 7.2.2. Dentes superiores e inferiores.

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