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Bactérias 
 
 
 
 
 
 
 
youtu.be/E63GL69BOxs (4m) - Manipulação de alimentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://youtu.be/E63GL69BOxs
https://www.youtube.com/embed/E63GL69BOxs?feature=oembed
 
 
As bactérias são microrganismos unicelulares procariontes, ou seja, não possuem uma carioteca 
protegendo seu material genético. 
 
A maioria das bactérias é heterótrofa, ou seja, necessitam se alimentar de outros seres vivos. Mas 
dessas, muitas são saprófitas, obtendo nutrientes do meio ambiente e de matéria orgânica em 
decomposição. Outras são simbióticas, vivendo com seus hospedeiros, sem causar doenças. 
 
Existem até mesmo bactérias autótrofas, que obtém energia por meio da oxidação de compostos 
inorgânicos, como nitritos, amônio e sulfatos, ou por fotossíntese. 
 
Porém, entre as bactérias heterótrofas, algumas são parasitas extracelulares, que causam 
doenças quando infectam tecidos de seus hospedeiros (bactérias patogênicas), e outras, como as 
Clamídias e as Rickettsias, exercem parasitismo intracelular obrigatório. 
 
youtu.be/6fL3uF4pNxc (1m) - Assoprando na coxinha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://youtu.be/6fL3uF4pNxc
https://www.youtube.com/embed/6fL3uF4pNxc?feature=oembed
 
 
 
 
 
 
A maioria das bactérias é invisível ao olho nu, medindo de 0,2 micrometros, como o Mycoplasma 
pneumoniae a 2 micras, como a Escherichia coli (fala-se "esqueríquia cóli"). 
Entretanto, há bactérias maiores que podem medir até 800 micrometros, como a Thiomargarita 
namibiensis e há recentes relatos de bactérias que poderiam medir cerca de 0,05 micra 
(nanobactérias ou ultramicrobactérias). 
Um micrometro (micra) é um milésimo de milímetro (10-3mm) ou um milionésimo do metro 
(10-6m). 
As bactérias se reproduzem assexuadamente, por fissão binária simples (bipartição ou 
cissiparidade), processo pelo qual uma célula se divide por mitose, gerando duas células filhas 
idênticas à original. 
 
 
 
 
Uma única bactéria com tempo de geração de 20 minutos, nas melhores condições de pH, 
temperatura, umidade e abundância de nutrientes pode produzir pouco mais de 1 bilhão de cópias 
em 10 horas! Ou quase cinco sextilhões em 24 horas (5.000.000.000.000.000.000.000)! 
 
UFC tempo UFC tempo 
2 20 minutos 65.536 5h 20min 
4 40 minutos 131.072 5h 40min 
8 1 hora 262.144 6 horas 
16 1h 20min 524.288 6h 20min 
32 1h 40 min 1.048.576 6h 40 min 
64 2 horas 2.097.152 7 horas 
128 2h 20min 4.194.304 7h 20min 
256 2h 40 min 8.388.608 7h 40 min 
512 3 horas 16.777.216 8 horas 
1.024 3h 20min 33.554.432 8h 20min 
2.048 3h 40 min 67.108.864 8h 40 min 
4.096 4 horas 134.217.728 9 horas 
8.192 4h 20min 268.435.456 9h 20min 
16.384 4h 40 min 536.870.912 9h 40 min 
32.768 5 horas 1.073.741.824 10 horas 
 
 
 metropoles.com/saude/infeccao-causada-por-absorvente-
interno-quase-mata-adolescente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2020/01/mulher-tem-pe-e-dedos-amputados-apos-
uso-indevido-de-coletor-menstrual.html 
https://www.metropoles.com/saude/infeccao-causada-por-absorvente-interno-quase-mata-adolescente
https://www.metropoles.com/saude/infeccao-causada-por-absorvente-interno-quase-mata-adolescente
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2020/01/mulher-tem-pe-e-dedos-amputados-apos-uso-indevido-de-coletor-menstrual.html
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2020/01/mulher-tem-pe-e-dedos-amputados-apos-uso-indevido-de-coletor-menstrual.html
 
 
 
 
 
 
estadao.com.br/paladar/radar/alerta-jovem-morre-apos-comer-
macarrao-estragado-veja-o-que-aconteceu/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
youtu.be/503yZzhbdNY (1m) (Mycobacterium avium) 
 
 
 
https://www.estadao.com.br/paladar/radar/alerta-jovem-morre-apos-comer-macarrao-estragado-veja-o-que-aconteceu/
https://www.estadao.com.br/paladar/radar/alerta-jovem-morre-apos-comer-macarrao-estragado-veja-o-que-aconteceu/
https://youtu.be/503yZzhbdNY
https://www.youtube.com/embed/503yZzhbdNY?feature=oembed
 
 
 
 
 
 
youtu.be/ZtBtM4Ns-9s (1m) (Peptostreptococcus anaerobius) 
 
 
youtu.be/1_RNOyuPvlw (1m) (MRSA) 
 
 
 
 
youtu.be/J2fV7ux4Bqc (1m) (Fusobacterium nucleatum) 
 
 
youtu.be/WSvgbusQCdY (1m) - Clostridium perfringens 
 
https://youtu.be/ZtBtM4Ns-9s
https://youtu.be/1_RNOyuPvlw
https://youtu.be/J2fV7ux4Bqc
https://youtu.be/WSvgbusQCdY
https://www.youtube.com/embed/ZtBtM4Ns-9s?feature=oembed
https://www.youtube.com/embed/1_RNOyuPvlw?feature=oembed
https://www.youtube.com/embed/J2fV7ux4Bqc?feature=oembed
https://www.youtube.com/embed/WSvgbusQCdY?feature=oembed
 
 
 
 
Morfologia e arranjos bacterianos 
 
As bactérias são classificadas de acordo com suas formas: 
tipicamente podem ser esféricas, cilíndricas ou espiraladas (Ao lado) 
 
 
 
Diversidade das bactérias: 
A, Pseudomonas aeruginosa,(bastonete 
flagelado); B, Streptococcus aureos (esferas em cadeias); 
C, Spirillum volutans, (espiral flagelado); 
D, Chondromyces crocatus, (bastonete esporulado); E, 
Chroococcus, (cianobactérias encapsuladas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As bactérias esféricas se chamam cocos (ou coccus), e podem apresentar-se isoladas ou em 
grupos: diplococos (b), estreptococos (a), estafilococos (e), tétrades (c) e “sarcinas” (d), 
dependendo do plano de divisão que utilizam quando se reproduzem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diplococos estreptococos estafilococos Tétrades Sarcinas 
 
Neisseria 
gonorrhoeae - 
gonorreia 
 
Enterococcus 
faecalis – infecção 
hospitalar 
 
Streptococcus 
pneumoniae - 
pneumonias
 
Streptococcus 
pyogenes – 
faringites e 
erisipela 
 
Staphylococcus 
aureos - 
Síndrome de 
choque tóxico 
 
Staphylococcus 
epidemidis - 
endocardites 
 
 
Planococcus citri – 
doença em 
vegetais
 
Micrococcus 
luetus – infecção 
hospitalar 
 
Sarcina 
ventriculi – 
úlcera gástrica 
 
Sarcina lutea – 
mau odor 
 
 
 
 
 
Curiosidade: o plural de coccus é cocci ! 
 
 
As bactérias cilíndricas, ou em forma de bastonetes, são os bacilos 
(bacillus), que podem se apresentar isolados ou em grupos: diplobacilos e 
estreptobacilos. 
Há também uma formação rara, tipicamente da espécie Corynebacterium, 
como o bacilo da difteria, em que as bactérias se agrupam em “forma de 
paliçada”. 
 
 
 
Bacilos isolados 
 
Escherichia coli – 
infecção urinária 
Diplobacilos 
 
Klebsiella 
rhinoscleromatis – 
rinoscleroma (doença 
que afeta nariz, faringe 
e outras partes das vias 
respiratórias, causando 
deformidades). 
Estreptobacilos 
 
Bacillus Anthracis – 
antraz e carbúnculo 
“Paliçada” 
 
Corynebacterium 
diphtheriae - difteria 
 
 
 
As extremidades dos bacilos podem variar de retas (Bacillus anthracis), arredondadas 
(Salmonella sp., Escherichia coli), ou afiladas (Fusobacterium sp.), e existem bacilos 
arredondados, os cocobacilos, como a Francisella sp. e a Brucella melitensis). 
 
Fusobacterium nucleatum – 
placa dentária 
Escherichia coli – 
infecção urinária 
Bacillus anthracis 
– antraz 
(carbúnculo) 
Francisella tularensis – 
tularemia (doença que 
causa lesões na pele, 
olhos, mucosas e 
pulmões) 
 
 
 
Curiosidade: o plural de bacillus é bacilli! 
 
 
 
 
As bactérias espiraladas se dividem em três grupos: vibriões, que são 
bactérias com forma de vírgula, espiroquetas, que são bactérias longas, 
finas, flexíveis e apresentam diversas espirais completas, como o Treponema 
pallidum, que causa a sífilis, e espirilos, que são mais curtos, largos, rígidos 
e geralmente apresentam poucas espirais ou uma espiral incompleta. 
• Obs. Alguns autores consideram os vibriões como bacilos, enquanto 
outros consideram como espiralados. 
Vibriões Espiroquetas Espirilos 
 
Vibrio cholerae- 
cólera 
 
Leptospira interrogans - 
leptospirose 
 
 
Treponema pallidum -sífilis 
 
Spirillus minus – 
febre da mordida do 
rato 
 
 
 
 
Outras morfologias bacterianas menos comuns: Há ainda formas intermediáriascomo os 
cocobacilos, formas pleomórficas, quando o microrganismo não tem uma morfologia padrão, como 
o Mycoplasma, e formas peculiares, como bactérias filamentosas, estreladas e retangulares: 
Estrela 
 
 
Stella humosa 
Retângulo 
 
Haloarcula vallismortis 
Filamentos 
 
Candidatus Savagella 
Pleomórfica (muitas 
formas) 
 
Mycoplasma pneumoniae 
- pneumonia 
 
 
 
 
Citologia bacteriana – ultraestrutra, componentes externos, componentes internos e 
apêndices. 
 
Parede Celular – Está presente em todas as bactérias conhecidas, 
exceto nos micoplasmas. 
 
Por causa da sua rigidez é responsável pela manutenção da forma e 
pela resistência da bactéria contra a bacteriólise osmótica, permitindo 
que a pressão interna da bactéria possa variar de 2 a 10 atmosferas. 
 
A parede celular bacteriana é composta principalmente por uma substância chamada 
peptídeoglicano, peptoglicano, mucopeptídeo ou mureína, que nada mais é do que um 
polímero complexo formado por dois derivados de açúcares, a N-acetilglicosamina (NAG) e o ácido 
N-acetilmurâmico (NAM), unidos alternadamente e por peptídeos que se ligam ao NAM, 
produzindo uma extensa rede que envolve toda a bactéria. 
 
 
 
Teste de gram 
Em 1884, o microbiologista Christian Gram desenvolveu um método de coloração que permitiu 
melhor visualizar as bactérias, e fazer sua separação em dois grupos distintos, as Gram positivas 
(roxas/azuis) e as Gram negativas (vermelhas/rosas). 
O esquema abaixo resume o método de Gram: 
Substância Tempo Gram + Gram - 
 
1- Violeta genciana 1 min Roxa Roxa 
2- Lugol 30 Seg Roxa Roxa 
3- Álcool 15 Seg (máximo) Roxa Incolor 
4- Fucsina 30 Seg Roxa Fúcsia ou 
vermelha 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essa diferença na coloração das bactérias após o uso do método de GRAM está diretamente 
relacionada à estrutura e à espessura da parede celular delas. 
Nas bactérias Gram positivas o peptídeoglicano pode formar até 20 camadas sobrepostas, 
enquanto em células Gram negativas a mureína forma apenas uma ou duas camadas. 
Além do peptídeoglicano, as paredes das bactérias Gram positivas apresentam ácido teicóico e 
ácido lipoteicóico, substâncias envolvidas no transporte de substâncias pela espessa parede e na 
adesão às superfícies, e que podem ser reconhecidos como antígenos pelo organismo infectado 
(PAMPs) 
Os ácidos teicóico e lipoteicóico são componentes estruturais das bactérias gram-positivas que 
conferem estabilidade à parede celular, regulam a passagem de íons, participam na adesão a 
superfícies e podem desencadear respostas imunes no hospedeiro. 
 
 
Esquema ilustrando o espesso 
peptideoglicano de Gram+ 
Esquema da parede celular de organismos 
Gram- 
 
 
(Adaptado de Madigan et al., Brock Biology of Microorganisms, 2003) 
 
 
 
 
 
Membrana externa - Nas bactérias gram negativas, a fina parede celular é recoberta por uma 
camada de composição lipoprotéica, semelhante à membrana celular, chamada membrana 
externa. 
 
Sua face interna é rica em pequenas lipoproteínas, denominadas lipoproteínas de Braun, que se 
ligam covalentemente ao peptideoglicano, ancorando a parede celular firmemente à membrana 
externa. 
A face externa da membrana externa é rica em lipopolissacarídeos (LPS), moléculas que agem 
como endotoxinas no organismo do hospedeiro, provocando febre, choque e eventualmente morte, 
mas que também servem como potentes antígenos, permitindo o reconhecimento desses 
microrganismos pelo sistema imunológico do organismo infectado (é um “PAMP”). 
 
O LPS é uma molécula composta por 3 regiões distintas: um 
lipídeo A (endotoxina), um polissacarídeo central e uma cadeia 
polissacarídica lateral (antígeno O). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cápsula – É uma camada externa à parede celular, de material viscoso, de natureza principalmente 
polissacarídica e pouco proteica (polipeptídica), aderida à parede celular. 
Confere vantagens às bactérias que a possui: 
• permite adesão às células do hospedeiro, 
• dificulta a fagocitose, 
• aumenta a resistência ao dessecamento, 
• é fonte de nutrientes, 
• fornece proteção contra a ancoragem de bacteriófagos e anticorpos na superfície da bactéria. 
Quando a cápsula bacteriana é frouxa, fracamente aderida à parede celular, ela pode ser chamada 
de camada limosa, e alguns autores a chamam de glicocálice. 
 
 
 
 
Cepas de Streptococcus pneumoniae encapsuladas frequentemente causam pneumonia, mas as 
cepas que não possuem cápsula não causam a doença. Isso se dá principalmente porque as 
bactérias sem cápsula são fagocitadas mais facilmente. 
 
 
 
Fímbrias ou pili - Muitas bactérias, principalmente as gram negativas, mas algumas gram 
positivas também, apresentam apêndices finos (3 a 10 nm), retos e curtos, denominados fímbrias. 
Geralmente estas são bastante numerosas, podendo atingir números de 1000 ou mais por célula. 
Como são muito pequenas e delgadas, somente podem ser visualizadas pela microscopia 
eletrônica. 
As fímbrias são de natureza protéica, compostas por subunidades de uma proteína denominada 
pilina. A função das fímbrias é permitir a adesão das bactérias às superfícies e às células do 
hospedeiro. 
 
 
Micrografia 
eletrônica de 
varredura de 
bacilos 
apresentando 
fímbrias 
Esquema ilustrando a organização 
estrutural de uma fímbria, 
assinalando a presença de 
moléculas do tipo adesina, situadas 
na extremidade da estrutura 
 
 
 
Pilus F ou pili F - Muitas bactérias podem ainda apresentar outro tipo de apêndice, denominado 
pilus F, pilus sexual ou fímbria sexual, que exibe semelhanças estruturais com as fímbrias, mas 
com comprimento maior e menos rigidez que as fímbrias convencionais. 
O termo "F" no pilus F vem de "fertilidade" e é associado ao plasmídeo F (ou fator F), que é 
responsável pela capacidade de certas bactérias de transferir material genético através do processo 
de conjugação. 
Este plasmídeo contém genes que codificam a formação do pilus F, permitindo a transferência de 
DNA entre uma bactéria doadora (F+) e uma receptora (F-). 
Pili F é mais comum em bactérias gram negativas, mas também pode ocorrer em gram positivas. 
 
 
Micrografia eletrônica colorizada, revelando a longa fímbria sexual (pilus F). 
Observar também a presença de fímbrias. 
 
 
 
 
 
Plasmídeos - Várias bactérias apresentam outras moléculas circulares de DNA, além do 
cromossomo principal, denominadas plasmídeos. Os plasmídeos geralmente contêm genes com 
características adaptativas, por exemplo, genes que conferem resistência à antibióticos. Tais 
plasmídeos podem ser compartilhados por meio de conjugação, através do pili sexual. 
 
 
 
 
 
Flagelos - Estruturas longas, delgadas e relativamente rígidas, compostos por uma proteína 
chamada flagelina, são responsáveis pela locomoção das bactérias em resposta a estímulos 
químicos (quimiotaxia), que pode ser a favor ou contra a origem do estímulo químico. 
Os flagelos somente podem ser visualizados por meio de colorações específicas, microscopia de 
campo escuro, ou por microscopia eletrônica. 
 
A flagelina pode ser reconhecida por monócitos/macrófagos, células dendríticas e células epiteliais 
do intestino, configurando assim, PAMPs. 
De acordo com o número e distribuição dos flagelos, as bactérias podem ser classificadas como: 
atríquias (sem flagelos), monotríquias (um único flagelo), anfitríquias (um flagelo em cada 
extremidade), lofotríquias (um tufo de flagelos em uma extremidade), peritríquias (apresentam 
flagelos ao longo de todo o corpo bacteriano).e anfilofotríquia (tufo de flagelos em ambas as 
extremidades). 
 
 
 
youtu.be/5-Aqfmq8ubM (1,5m) - Helicobacter pylori 
 
 
 
youtu.be/HrtQFW5_aOw (1m) - Helicobacter heilmannii 
 
 
Bactéria monotríquia 
 
 
Bactéria anfitríquia 
 
 
Bactéria lofotríquia 
 
Bactéria anfilofotríquia 
 
Bactéria peritríquia 
 
Bactéria peritríquia 
 
https://youtu.be/5-Aqfmq8ubM
https://youtu.be/HrtQFW5_aOw
https://www.youtube.com/embed/5-Aqfmq8ubM?feature=oembedhttps://www.youtube.com/embed/HrtQFW5_aOw?feature=oembed
 
 
Zona nuclear ou Nucleoide - Os procariotos são organismos haploides, e geralmente apresentam 
um único cromossomo circular, não envolto por carioteca, que geralmente encontra-se enovelado, 
em uma região celular denominada nucleoide 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Endosporos ou esporos bacterianos – São estruturas arredondadas, frequentemente ovais, 
parede espessa, com função de “latência”, e que possuem altíssima resistência ao calor, radiações, 
desinfetantes e desidratação. 
Esporos bacterianos são produzidos quando bactérias dos gêneros Bacillus, Clostridium, 
Sporolactobacillus, Desulfomatuculum ou Thermoactinomyces se encontram em condições 
inadequadas ou desfavoráveis, como ambiente com pouca umidade e nutrientes, garantindo com 
isso a manutenção de seu material genético e de sua sobrevivência. 
A esporulação geralmente inicia-se em decorrência de alguma carência nutricional, sendo um 
evento complexo e demorado, envolvendo mais de 200 genes, sete estágios e cerca de 10 horas 
para acontecer em algumas espécies. 
A enorme resistência dos esporos parece estar relacionada com a presença de um composto 
denominado ácido dipicolínico, que se associa a íons cálcio originando o dipicolinato de cálcio, que 
estabiliza os ácidos nucléicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
youtube.com/watch?v=Oe_AO1kQ8y8 (0.30m) 
 
 
 
youtube.com/watch?v=NAcowliknPs (1.30m) 
 
 
youtube.com/watch?v=NdQAW0c8j8g (6m) 
 
 
youtube.com/watch?v=V5Qap7U7UZQ (0.30m) 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=Oe_AO1kQ8y8
https://www.youtube.com/watch?v=NAcowliknPs
https://www.youtube.com/watch?v=NdQAW0c8j8g
https://www.youtube.com/watch?v=V5Qap7U7UZQ
https://www.youtube.com/embed/Oe_AO1kQ8y8?feature=oembed
https://www.youtube.com/embed/NAcowliknPs?feature=oembed
https://www.youtube.com/embed/NdQAW0c8j8g?feature=oembed
https://www.youtube.com/embed/V5Qap7U7UZQ?feature=oembed
 
 
 
 
time.com/5548001/tetanus-case-study/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://time.com/5548001/tetanus-case-study/
 
 
 
 
 
 
tribunadejundiai.com.br/geral/bebe-de-seis-meses-morre-
apos-contrair-botulismo-no-mel/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://g1.globo.com/ro/cacoal-e-zona-da-
mata/noticia/2019/02/13/oito-pessoas-da-mesma-familia-
sao-contaminadas-com-bacteria-rara-em-ro.ghtml 
 
 
 
 
https://tribunadejundiai.com.br/geral/bebe-de-seis-meses-morre-apos-contrair-botulismo-no-mel/
https://tribunadejundiai.com.br/geral/bebe-de-seis-meses-morre-apos-contrair-botulismo-no-mel/
https://g1.globo.com/ro/cacoal-e-zona-da-mata/noticia/2019/02/13/oito-pessoas-da-mesma-familia-sao-contaminadas-com-bacteria-rara-em-ro.ghtml
https://g1.globo.com/ro/cacoal-e-zona-da-mata/noticia/2019/02/13/oito-pessoas-da-mesma-familia-sao-contaminadas-com-bacteria-rara-em-ro.ghtml
https://g1.globo.com/ro/cacoal-e-zona-da-mata/noticia/2019/02/13/oito-pessoas-da-mesma-familia-sao-contaminadas-com-bacteria-rara-em-ro.ghtml
 
 
 
 
 
g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-
aracatuba/noticia/2012/08/familia-vitima-de-botulismo-ja-
esta-fora-de-perigo-no-interior-de-sp.html 
 
 
 
 
 
 
revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2019/01/estudante-morre-apos-comer-macarrao-feito-
5-dias-antes.html 
 
https://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2012/08/familia-vitima-de-botulismo-ja-esta-fora-de-perigo-no-interior-de-sp.html
https://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2012/08/familia-vitima-de-botulismo-ja-esta-fora-de-perigo-no-interior-de-sp.html
https://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2012/08/familia-vitima-de-botulismo-ja-esta-fora-de-perigo-no-interior-de-sp.html
https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2019/01/estudante-morre-apos-comer-macarrao-feito-5-dias-antes.html
https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2019/01/estudante-morre-apos-comer-macarrao-feito-5-dias-antes.html
 
 
Sudden Death of a Young Adult Associated with Bacillus cereus Food Poisoning (Morte 
Súbita de Adulto Jovem Associada à Intoxicação Alimentar por Bacillus cereus) - 
ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3232990/ 
 
Em outubro de 2008, um homem de 20 anos adoeceu após comer 
espaguete com molho de tomate. 
A refeição havia sido preparada cinco dias antes e deixada em 
temperatura ambiente na cozinha. Após voltar da escola, ele aqueceu 
o espaguete no micro-ondas e o comeu. 
Logo em seguida, saiu de casa, mas retornou 30 minutos depois 
devido a dores de cabeça, dor abdominal e náuseas intensas. 
Vomitou várias vezes e teve dois episódios de diarreia aquosa. Adormeceu por volta da meia-noite 
e na manhã seguinte seus pais encontraram-no morto. 
Análises posteriores demonstraram cerca de 9,5 × 107 UFC/g de Bacillus cereus nas amostras de 
macarrão. 
 
 
 
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3232990/
 
 
 
nationalgeographicbrasil.com/animais/2017/10/antraz-pode-ter-
matado-100-hipopotamos-na-namibia 
 
 
 
 
 
 
g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/08/derretimento-de-solo-
congelado-expoe-ameaca-de-virus-e-bacterias.html 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.nationalgeographicbrasil.com/animais/2017/10/antraz-pode-ter-matado-100-hipopotamos-na-namibia
https://www.nationalgeographicbrasil.com/animais/2017/10/antraz-pode-ter-matado-100-hipopotamos-na-namibia
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/08/derretimento-de-solo-congelado-expoe-ameaca-de-virus-e-bacterias.html
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/08/derretimento-de-solo-congelado-expoe-ameaca-de-virus-e-bacterias.html
 
 
super.abril.com.br/saude/apocalipse-zumbi-espalha-
surto-de-superbacteria-pela-siberia/ 
“A Sibéria está lidando com um apocalipse zumbi da 
vida real — e a culpa é do aquecimento global. Um surto 
de antraz, uma bactéria rara que infecta animais e seres 
humanos, apareceu na região de Yamal-Nenets depois 
que a temperatura no verão de 2016 ficou mais de 5º C 
acima do normal. 
A fonte do surto parece ser a carcaça de uma rena que 
morreu há mais de 70 anos, na última epidemia de 
antraz. O corpo do animal, enterrado na tundra, abrigou 
durante o frio uma pequena colônia de micróbios, que 
passou sete décadas inativa — para todos os efeitos, morta. Mas quando chegou o calor, o 
cadáver começou a descongelar e as bactérias retornaram à vida a todo vapor, matando 
1.500 renas e infectando mais de 10 pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://super.abril.com.br/saude/apocalipse-zumbi-espalha-surto-de-superbacteria-pela-siberia/
https://super.abril.com.br/saude/apocalipse-zumbi-espalha-surto-de-superbacteria-pela-siberia/
 
 
PAMPs, do inglês pathogen-associated molecular patterns (padrões moleculares 
associados aos patógenos), são moléculas de microrganismos, que podem ser reconhecidas 
pelas células do sistema imune inato, denunciando ao organismo que está havendo uma invasão 
por esses microrganismos. 
 
 
Exemplos de PAMPs: 
• Lipopolissacarídeos (LPS) de bactérias gram-negativas que podem ser reconhecidos por 
monócitos/macrófagos, células dendríticas, células epiteliais do intestino, linfócitos B e 
mastócitos. 
• Ácido teicóico e lipoteicóico, glicopeptídeos, lipopeptídeos e lipoproteínas de bactérias que 
podem ser reconhecidos por monócitos/macrófagos, células dendríticas e mastócitos. 
• RNA de vírus e DNA de bactérias que podem ser reconhecidos por monócitos/macrófagos, 
células dendríticas, linfócitos B e mastócitos. 
• Flagelina de bactérias que se movimentam pode ser reconhecida por monócitos/macrófagos, 
células dendríticas e células epiteliais do intestino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alguns documentários interessantes sobre o tema: 
 
youtu.be/nT7SW4_S2s0 (45m) 
Shiguellose na América do Norte 
 
youtu.be/RlM5mEDJpA8 (47m) 
E.coli na Escócia 
 
youtu.be/t06dBH-eVm0 (45m) 
E.coli na água 
 
 
https://youtu.be/nT7SW4_S2s0
https://youtu.be/RlM5mEDJpA8
https://youtu.be/t06dBH-eVm0https://www.youtube.com/embed/nT7SW4_S2s0?feature=oembed
https://www.youtube.com/embed/RlM5mEDJpA8?feature=oembed
https://www.youtube.com/embed/t06dBH-eVm0?feature=oembed
 
 
 
Nutrição e crescimento bacteriano 
Nos procariotos os processos de nutrição ocorrem através da absorção dos nutrientes do ambiente 
externo. 
As bactérias sintetizam exoenzimas, que são liberadas no microambiente onde se encontra, com 
intenção de clivar (quebrar) moléculas grandes de nutrientes, que são então, internalizados por 
difusão simples ou por meio de proteínas transportadoras que permitem ocorrer transporte 
ativo ou difusão facilitada. 
As bactérias gram negativas ainda apresentam porinas associadas à membrana externa, que 
produzem um canal de cerca de 1nm de diâmetro, que permitem a passagem de moléculas 
hidrofílicas pequenas (de baixo peso molecular). 
 
Tanto nas Gram positivas quanto nas gram negativas, ao chegar à face externa da membrana 
celular, que apresenta permeabilidade seletiva e é lipídica, a maioria das moléculas 
hidrossolúveis é incapaz de atravessar a membrana, necessitando de mecanismos de 
transporte ativo ou de difusão facilitada para fazê-lo. 
 
A glicose, por exemplo, com ajuda de proteínas específicas consegue difundir-se pela membrana 
com velocidade 50 mil vezes maior do que pelo processo de simples difusão. 
 
A água tem a capacidade de passar livremente pela membrana pelo processo de osmose. 
 
Muitas moléculas lipossolúveis (ácidos graxos, álcoois, benzeno etc.), são capazes de passar 
naturalmente pela membrana e entrar na célula por difusão passiva (difusão simples). 
 
 
Cultura de microrganismos: 
Cada microrganismo tem necessidades diferentes de determinados nutrientes para o máximo 
crescimento de suas colônias e a partir do conhecimento dos requerimentos nutricionais de cada 
espécie bacteriana, é possível criar meios de cultura adequados que permitem o crescimento 
microbiano in vitro. 
Em microbiologia, o termo crescimento refere-se a um aumento do número de células e não ao 
aumento das dimensões celulares, ou seja, se relaciona com o crescimento populacional. 
A taxa de crescimento bacteriano é a variação no número de células por unidade de tempo. 
O tempo de geração é o intervalo de tempo necessário para que uma determinada célula se 
duplique. Esse valor muda para os diferentes organismos, podendo variar de 20 minutos para 
bactérias como a Escherichia coli e a Salmonella em condições ideais, para alguns dias, como o 
Bacilo de Koch, causador da tuberculose, e depende de fatores genéticos, nutricionais, 
temperatura, pH, pressão, presença ou ausência de substâncias e nutrientes, entre outros tantos 
fatores. 
Os meios de cultura líquidos consistem em caldos, que são meios 
aquosos adicionados de nutrientes. Os meios sólidos são obtidos com a 
adição de 1 a 2% de Agar, uma gelatina extraída de algas, ao caldo 
aquecido. 
A solução resultante normalmente é colocada numa Placa de Petri, onde 
solidifica depois de resfriada. 
Existem ainda os meios semissólidos, obtidos com quantidades baixas 
de Agar (até 0,5%), que proporciona ao meio uma consistência de gel. 
 
 
 
Quando inoculadas em meio sólido, as bactérias formam aglomerados 
de células que são chamados de colônias. Ao isolar os indivíduos de 
uma colônia com o auxílio de uma alça de platina, (uma varinha com um 
arame curvo na ponta), é possível replicar os indivíduos da colônia e 
estudar características próprias daquela cepa (linhagem) específica. 
Cada indivíduo da amostra original, que formou uma colônia na placa 
de Petri, é chamado de Unidade Formadora de Colônia (UFC). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Meios de cultura, sólidos ou líquidos, podem ser simples (ou básicos), enriquecidos, seletivos, 
diferenciais ou ao mesmo tempo seletivos e diferenciais. 
 
• Meios simples ou básicos são aqueles que permitem o crescimento de uma ampla variedade 
de microrganismos, sem satisfazer, contudo, qualquer exigência específica. (Ex. Agar 
nutriente e caldo BHI – Brain Heart Infusion). 
• Meios enriquecidos são aqueles que proporcionam nutrientes adequados ao crescimento de 
microrganismos exigentes e/ou de crescimento lento. (Ex. Caldo com Tioglicolato para o 
crescimento de Clostridium perfringens). 
• Meios seletivos contêm substâncias que inibem o desenvolvimento de determinados grupos 
de microrganismos, permitindo, entretanto, o crescimento de outros. Por exemplo, caldos 
nutritivos com antibióticos podem selecionar cepas bacterianas que contenham genes de 
resistência contra a substância empregada, matando todas as outras cepas, ou ainda, um 
meio em que algum nutriente está ausente, como um determinado aminoácido essencial, por 
exemplo, que só permitiria o crescimento de microrganismos que sintetizassem o mesmo. 
• Meios diferenciais são os que permitem evidenciar características das cepas que estão se 
desenvolvendo, por exemplo, um meio de cultura contendo hemácias permite diferencias as 
colônias que causam hemólise das que não tem essa capacidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Medidas do crescimento microbiano 
 
O crescimento bacteriano pode ser medido por meio de técnicas como: 
 
• Contagem direta de células com um microscópio 
• Contagem de viáveis (contagem em placa), por meio da contagem de colônias que se formam 
a partir de uma amostra. 
• Massa de células: determina o número de células a partir da estimativa do peso seco ou úmido 
de uma cultura. 
• Turbidimetria: técnica que utiliza a turbidez do meio de cultura para estimar o número de 
células. 
• Número Mais Provável (NMP): Técnica que estima de forma estatística o número de células a 
partir de uma série de diluições e incubações dos meios de cultura inoculados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curva de crescimento bacteriano 
Analisando um sistema fechado, é possível confeccionar 
uma curva de crescimento bacteriano, ao acompanhar o 
número de células vivas ao longo do tempo. Esta curva, 
representada abaixo, apresenta 4 segmentos distintos, 
que correspondem a 4 etapas da vida da colônia: fase 
LAG (do inglês: demorar, retardar, atrasar, andar 
lentamente...), fase LOG ou exponencial, fase 
estacionária e fase de declínio ou de morte. 
 
• Na fase Lag não se reconhece um aumento significativo da população celular, pois as mesmas 
ainda estão se preparando para replicar, produzindo DNA, proteínas, enzimas e as organelas 
necessárias ao processo. Durante este período não se observa crescimento populacional, mas 
se percebe aumento na quantidade de proteínas, no peso seco e no tamanho das células. É 
a fase de taxa de crescimento zero por adaptação ao meio. 
• Na fase Log ou exponencial as células estão plenamente adaptadas, absorvendo nutrientes, 
sintetizando seus constituintes, crescendo e se reproduzindo de forma geométrica. A taxa de 
crescimento é positiva porque o número de células novas excede o de células mortas. 
• Na fase estacionária os nutrientes estão se tornando escassos e os produtos tóxicos 
provenientes do metabolismo celular se acumulam no meio de cultura. Nesta etapa não há 
crescimento da população, a taxa de crescimento é zero, pois o número de células novas é 
equivalente ao número de células que morrem. 
• Na fase de declínio ou de morte da colônia mais células estão em processo de morte do que 
em processo de replicação porque o microambiente se torna impróprio. Alguns nutrientes são 
escassos, enquanto metabólitos e produtos tóxicos são abundantes no meio de cultura, por 
isso, a taxa de crescimento é negativa. 
 
 
 
Efeito dos fatores ambientais no crescimento bacteriano 
O crescimento dos microrganismos é muito influenciado pelas condições físicas e químicas do 
ambiente onde se encontram as UFC. 
 
Temperatura: É um dos principais fatores de influência ao 
crescimento bacteriano. Em temperaturas muito baixas a 
maioria dos organismos se torna inerte e a taxa de 
crescimento é zero. 
 
Com o aumento da temperatura, reações químicase 
processos enzimáticos são favorecidos, permitindo que a 
taxa de crescimento seja positiva. Porém, quando a 
temperatura ultrapassa certos limites, ocorre desnaturação 
de proteínas e ácidos nucléicos, causando a morte celular. 
 
Tais limites determinam as temperaturas mínima e máxima para a sobrevivência de cada 
organismo. 
 
Após um descongelamento, algumas bactérias crescem de forma exponencial, como se estivessem 
despertando de um período de latência e quisessem garantir a sobrevivência da colônia, antes que 
a temperatura eventualmente volte a baixar. 
 
 
 
 
 
 
Em geral, os microrganismos suportam uma faixa bem ampla de temperatura, mas existe uma 
estreita faixa onde a taxa de crescimento é máxima, ou seja, onde a temperatura é ótima para o 
organismo. As temperaturas máxima, ótima e mínima constituem as “temperaturas cardeais” dos 
microrganismos. 
 
Deste modo, os microrganismos podem ser classificados em 4 grupos, de acordo com a 
temperatura ótima de crescimento: 
• psicrófilos (0 a 20°C, ótimo de aproximadamente 15°C, Ex. Flavobacterium), 
• mesófilos (12 a 45°C, ótimo de 37°C, Ex. E. coli), 
• termófilos (42 a 68°C, ótimo de 62°C, Ex. Thermococcus), e 
• hipertermófilos (80 a 113°C, ótimo de 105°C, Ex. Pyrodictium brockii). 
 
 
Obs. Há microrganismos mesófilos considerados psicrotolerantes, cujo ótimo encontra-se entre 
20 e 40°C, mas que sobrevivem muito bem a temperaturas tão baixas quanto 0°C. 
 
 
 
 
 
 
 
Baixas temperaturas: 
A refrigeração abaixo de 4°C diminui a deterioração de alimentos 
pela maioria das bactérias, mas em casos de armazenamento por 
longos períodos, essa temperatura não é suficientemente baixa para 
inviabilizar algumas colônias. 
 
Na realidade, nem mesmo o congelamento em refrigerador caseiro 
consegue conservar alimentos indefinidamente. Se o material 
suportar congelamento a temperatura de armazenamento ideal 
fica abaixo de 30°C negativos. 
 
 
Altas temperaturas são utilizadas para esterilização de materiais, mas muitas bactérias suportam 
altas temperaturas por um curto período. Por isso, o processo deve ser prolongado por vários 
minutos, inversamente proporcional à temperatura utilizada. 
Alimentos mantidos em temperaturas próximas a 40 graus, como em buffets de restaurantes, não 
só não inviabilizam a proliferação da maioria das bactérias, como também favorecem a replicação 
da maioria dos patógenos humanos. 
 
 
 
 
 
 
 
PH: Nos mesmos moldes da temperatura, há microrganismos que suportam uma extensa faixa de 
pH, mas em geral, existem limites rígidos de tolerância, que se excedidos, inviabilizam o 
crescimento bacteriano e até causam a morte celular por desnaturação de proteínas e ácidos 
nucléicos. 
 
Em geral, a faixa de tolerância de pH da maioria das 
bactérias fica entre 5,5 e 8,5 e o pH ótimo, no qual a taxa 
de crescimento é máxima em torno de 7 (bactérias 
neutrófilas), mas existem bactérias acidófilas que 
preferem pH baixo (ótimo de 3), como o Helicobacter 
pylori e bactérias alcalífilicas ou alcalinófilas, que 
preferem pH alto, como o vibrião da cólera com taxa de 
crescimento ótima em pH 9. 
 
• Acidófilas: 1 a 5,4 
• Neutrófilas: 5,4 e 8,5 
• Alcalífilicas ou alcalinófilas: 7,5 a 11,5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Níveis de pH de alguns alimentos comuns: 
PRODUTO pH PRODUTO pH 
Presunto Cozido 
Frango 
Carne enlatada (conservas) 
Charque 
Salsicha (cozida e resfriada) 
Bacon 
Carne Bovina Moída 
Carnes e sopas enlatadas 
6,3 – 6,4 
5,9 – 6,1 
5,5 – 6,0 
5,5 – 6,7 
5,6 – 6,0 
5,5 – 6,2 
5,1 – 6,2 
4,5 – 5,2 
Leite 
Manteiga 
Creme de Leite 
Queijo Prato 
Queijo tipo Cottage 
Queijo Minas Frescal 
Queijo tipo Muçarela 
Leite em pó 
Leite condensado açucarado 
Leite UHT (Longa Vida) 
Leite fluido pasteurizado 
Iogurtes 
6,3 – 6,5 
6,1 – 6,4 
6,5 
5,2 – 5,4 
4,5 – 5,2 
5,0 – 5,3 
5,1 – 5,3 
6,5 – 6,8 
6,5 – 6,8 
6,2 – 6,5 
6,5 – 6,8 
3,7 – 4,4 
Atum 
Pescado Salgado 
Camarão 
Peixe fresco (maioria) 
Salmão 
Moluscos 
Crustáceos 
5,2 – 6,1 
5,2 – 6,1 
6,8 – 7,0 
6,6, - 6,8 
6,1 – 6,3 
4,8 – 6,3 
6,8 – 7,0 
Maçã 
Banana 
Laranja 
Morango 
Ameixa 
Figo 
Frutas secas 
Frutas em calda 
Geleia de frutas 
Sucos cítricos 
2,9 – 3,3 
4,5 – 4,7 
3,6 – 4,3 
3,0 – 3,9 
2,8 – 4,6 
3,7 – 4,4 
3,7 – 4,4 
4,6 
3,5 
. Acesso em: 30 de julho de 2022. 
http://www.crq4.org.br/sms/files/file/microbiologia2_alimentos_2008.pdf
 
 
Tensão de O2: As bactérias podem ser classificadas de acordo com o tipo de atmosfera que 
preferem ou que toleram. 
 
• Aeróbios estritos (ou aeróbios obrigatórios) são aqueles que 
necessitam de oxigênio para sobreviver, como as Pseudomonas. 
(Necessitam de 18 a 21% de oxigênio) 
• Anaeróbios estritos (ou anaeróbios obrigatórios) são aqueles que 
não suportam oxigênio, como o Clostridium, o Nitrobacter e a 
Nitrosomona. (Suportam no máximo 0,5% de oxigênio) 
• Anaeróbios facultativos (ou aeróbios facultativos) são aqueles 
que utilizam oxigênio em seus processos metabólicos, mas 
também suportam condições em que a taxa de oxigênio é zero, 
como a Escherichia coli e o Staphylococcus spp. (Suportam de 0 
a 21% de oxigênio) 
• Microaerófilos são bactérias que requerem concentrações baixas de O2 para sobreviver, mas 
quando a tensão de oxigênio é muito alta ou inexistente elas não sobrevivem, como a 
Campylobacter. (Necessitam no mínimo de 1%, mas sobrevivem apenas em concentrações 
menores que 5% de oxigênio) 
• Anaeróbios aerotolerantes são aquelas que toleram a presença de oxigênio, mas não o 
utilizam para seu metabolismo, como os Lactobacillus acidophillus. (Suportam até 21% de 
oxigênio) 
 
Obs. No corpo humano há regiões com maior ou menor presença de oxigênio, o que favorece ou 
desfavorece diferentes espécies bacterianas. Por exemplo, na cavidade oral ocorrem espécies que 
necessitam, que toleram pouco ou muito oxigênio e há também aquelas que não toleram quase 
nenhum oxigênio, mas nos intestinos a ausência de oxigênio favorece os anaeróbios. 
 
 
 
Atividade da água / Activity of Water (Aw): é a relação entre a pressão de vapor de água do 
alimento (P) e a pressão do vapor de água pura (Po). 
 
Todas as células metabolicamente ativas necessitam de água. 
A maioria das bactérias sobrevive apenas poucas horas sem qualquer umidade, mas algumas 
espécies são mais resistentes e outras ainda podem produzir endósporos que permanecem viáveis 
por muitos anos nessa condição. 
 
Valor mínimo de Aw para proliferação de alguns microrganismos: 
• Bactérias comuns – 0,82 
• Leveduras (fungos unicelulares) comuns – 0,65 
• Hifas (bolores) comuns – 0,80 
• Bactérias halofílicas – 0,75 
• Leveduras osmofílicas – 0,60 
 
 
 
 
 
 
 
Níveis de atividade de água de alguns alimentos comuns: 
PRODUTO ATIV. ÁGUA PRODUTO ATIV. ÁGUA 
Presunto Cozido 
Frango 
Carne enlatada (conservas) 
Charque 
Salsicha (cozida e resfriada) 
Bacon 
Carne Bovina Moída 
Carnes e sopas enlatadas 
≥ 0,98 
0,96 – 0,98 
0,98 
. Acesso em: 30 de julho de 2022. 
http://www.crq4.org.br/sms/files/file/microbiologia2_alimentos_2008.pdfPressão osmótica: Grande parte dos microrganismos 
não suporta ambientes muito concentrados (com baixa 
atividade de água), porque perdem parte de sua água 
para o meio, por osmose, e se desidratam. 
 
Por esse motivo, desde a antiguidade o homem utiliza o 
efeito osmótico de substâncias como açúcar e sal para 
conservar alimentos, como compotas de frutas, geleias, 
uvas passas e frutas secas, bacalhau salgado e carne 
seca, e mais recentemente utilizamos técnicas de 
liofilização e desidratação de alimentos e medicamentos 
para a conservação deles. 
 
Por outro lado, ambientes com baixa concentração de solutos, como a água destilada, podem 
promover a entrada de grandes quantidades de água, podendo causar a ruptura da célula (lise 
osmótica).

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