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História da Contabilidade- 1ºsem. Ciências Contábeis

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HISTÓRIA DA CONTABILIDADE
Com o início das civilizações surgiu-se também a Contabilidade. Não fundamentada como ciência, mas advinda da necessidade do homem de controlar o que possuía. Este apreço pelo domínio de suas riquezas gerava técnicas inovadoras ao modo de manter a ordem em seu patrimônio. E com isso a contabilidade crescia mediante as práticas adotadas, como consequência da política, da cultura e da economia da época que presenciavam. 
Um dos primeiros passos para entender seu atual modelo de performance é através de sua compreensão histórica. Afinal, os capítulos que são dedicados a descrever à respeito da sua origem, fazem parte de um acervo pluralístico, ou seja, tem significância em várias áreas do progresso da humanidade, não restringindo-se apenas ao campo contábil. Nascida completamente junto com a civilização fez parte de todas as suas etapas de evolução, isso lhe garantiu méritos perante o conhecimento do nosso mundo atual. Segundo Josephine Teys citada por Eldon Hendriksen e Michael Breda (1999, p.39) “a verdade não está nas histórias, mas nos livros de contabilidade.”. 
Com essa visão historiográfica enraizada na contabilidade percebeu-se a necessidade de se estudar os livros de contas de alguns povos para entender sua própria forma de organização na sociedade. Porém, o que surge como grande desafio nesses estudos são as imprecisões de datas, a fragilidade de elementos de comprovação e a privacidade de dados contábeis que de certa forma contribuem para as dificuldades de estudos mais específicos, devido à ineficiência de obtenção de provas.
A Contabilidade nasce antes mesmo do uso frequente da moeda como objeto de comercialização. Muitos estudiosos sugerem cerca de 20.000 anos atrás para as primeiras manifestações de registros de contas de forma primitiva. As representações eram feitas através de figuras e riscos gravados em cavernas, ou mesmo em ossos de renas usados como lâminas para o homem primitivo. Era dessa forma que o componente patrimonial, seja ele animais ou objetos, era quantitativamente identificado. Mas nessa mesma linha de pensamento, existem controvérsias quanto ao verdadeiro valor contábil nele depositado. Uma vez que consideram muitas apenas como manifestações artísticas do homem desse período.
Com o decorrer do desenvolvimento humano a necessidade de controle de bens, principalmente da agricultura, tornou-se inevitável. Somando este fato com o surgimento da escrita e da contagem pelos povos da Mesopotâmia os registros começavam a serem delineados. Eram feitos em pequenas placas de argila fresca cunhados por um tipo de estilete pontiagudo de madeira. 
...o homem teve de ir aperfeiçoando seu instrumento de avaliação da situação patrimonial à medida que as atividades foram desenvolvendo-se em dimensões e em complexidade [...]. A Contabilidade reflete um dos aspectos dos anseios mais arraigados no homem hedonístico, isto é, põe ordem nos lugares em que reinava o caos... (IUDÍCIBUS, 2000, p. 31-30). 
E devido a isso, os registros tornaram-se parte essencial no controle de produtividade. A partir de então, essa linguagem de controle foi ganhando ordem, dando condições para o nascimento de um elemento fundamental da contabilidade nos dias de hoje, o diário de contas. 
Mas sua ascensão foi em 1494 na cidade de Veneza, após a divulgação do livro escrito pelo frei franciscano Irmão Luca Pacioli intitulado Summa de arithmetica, geométrica, proportioni et proportinalitá. Seu foco foi a fundamentação matemática, mas conseguiu destacar o método de registro de Partidas Dobradas, até hoje utilizada em lançamentos contábeis. “Cabe lembrar que o italiano Benedetto Cotrugli, em 1458, alavancou o sistema através de seu manuscrito, que por não ser um livro, não obteve o mesmo impacto social concedendo a Pacioli esse mérito” (TARIFA, 2008). De certo que o frei garantiu difusão da obra, mas o que muito se acredita é que dar-lhe a autoria do método já causa uma errônea distorção da história. Até porque as cidades italianas daquela época viviam o apogeu dos empreendimentos comerciais e industriais, isso permitiu o desenvolvimento de técnicas, como das Partidas Dobradas, antes mesmo de Pacioli. Mas não se pode deixar de ressaltar que foi a partir da publicação da obra Summa que a contabilidade iniciou um processo de inserção nos ramos do conhecimento Humano, portanto, há de reconhecer a importância do autor perante a história dessa ciência.
Depois desse período de “descobrimento” da contabilidade, surge o que muitos autores chamam de “Era da Estagnação”. Conhecida desse modo, por ser um período apenas de concretização e difusão do Método de Partidas Dobradas. Após esse período de 1494 à meados da Revolução Industrial, novas técnicas são lançadas sob efeito desse tempo. Por exemplo, a grande quantidade de capitais investidos, gerou a necessidade de diferenciação entre administradores e investidores, logo se entendeu que era necessário a elaboração de relatórios dentro do setor da contabilidade. Assim como também, em decorrência do avanço do setor fabril e de produção em grande escala resultou a transformação de ativos fixos em custos significativos do processo de produção e distribuição, tornando o conceito de depreciação mais importante.
Assim, ao final do século XIX várias mudanças haviam feito com que o sistema contábil estabelecido por Pacioli assumisse uma forma mais adequada às necessidades das grandes sociedades anônimas industriais que caracterizam nosso mundo (Hendriksen; Breda, 1999, p.47).
Depois do advento da Revolução Industrial e ao apreço maior pela ordem das informações financeiras, começaram a surgir especialistas em contabilidade. Até que em 1880 foi aprovado pela Rainha Vitória o Instituto de Contadores Registrados da Inglaterra e do País de Gales. E sete anos mais tarde o Instituto Americano, AICPA (American Institute of Certified Public Accountants). A partir de então, pesquisas foram sendo realizadas para o aprimoramento e o crescer dessa profissão. Assim como, o surgimento de instituições responsáveis pela regulamentação da contabilidade: o SEC (Securities Exchange Commision em 1934), o CAP (Committee on Accounting Procedure em 1936), o APB (The Accounting Principles Board em 1959) e o FASB (Financial Accounting Standards Board em 1972). Todas essas entidades permitiram o estabelecimento de padrões e princípios contábeis em prol de seu desenvolvimento.
Porém, do mesmo modo como sofreu modificações em decorrência dos diversos momentos em que viveu, percebe-se que seus princípios básicos permaneceram-se fiéis ao século de origem, como o Princípio das Partidas Dobradas, por exemplo. Demonstrando que o estudo de seus fundamentos deve envolver também a compreensão dos alicerces que foram necessários para a construção do atual modelo de contabilidade.
Pois a partir dessa percepção que entenderemos como essa ciência se transformou em um elemento indispensável para uma instituição. Como próprio Iudícibus diz: “Em certas organizações pequenas, poderão ainda faltar o economista, o engenheiro ou o técnico em Administração, mas certamente não faltará o técnico em Contabilidade para ‘tocar’ a escrituração (...)”. Nessa linha de pensamento que se entende o porquê de tamanho reconhecimento e necessidade de um profissional contábil na tomada de decisões de um empreendimento. Portanto, o fato de ter se desenvolvido como uma espécie de contragolpe as modificações do ambiente e ter alcançado seu espaço no cenário econômico, a contabilidade continuara ao ritmo de progresso em resposta as transformações dos novos tempos. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral - 23 ed. – São Paulo : Atlas, 1996.
HENDRIKSEN, Eldon S.; BREDA, Michael F. Van. Teoria da Contabilidade; tradução de Antônio Zoratto Sanvicente.- São Paulo : Atlas, 1999.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade- 6 ed.- São Paulo: Atlas, 2000.
SÁ, Antônio Lopes de. História Geral e das doutrinas da contabilidade – São Paulo: Atlas, 1997.
Universidade Norte do Paraná- Curso de graduação em ciências contábeis: módulo 3. Londrina: CDI, 2008.

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