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Prof. Lucas da Cruz Castro MECANISMOS DE REPARAÇÃO TECIDUAL. DISCIPLINA: PATOLOGIA FERIDAS Fase de cicatrização de feridas é um dos processos mais complexos do corpo humano e continua sendo um problema clínico desafiador. Por isso, é essência compreender bem este processo para fazer o gerenciamento das feridas correto e eficiente. FERIDAS Mudanças no microambiente, como alterações nas forças mecânicas, níveis de oxigênio, matriz extracelular e a síntese do fator de crescimento impactam diretamente a ativação celular nas fases da cicatrização. FERIDAS A pele desempenha funções fundamentais na proteção contra infecções, desequilíbrio de fluidos e desregulação térmica. Além disso, segundo artigo publicado na European Surgical Research, a pele permite flexibilidade para permitir a função articular em algumas áreas do corpo e fixação mais rígida. FERIDAS Quando as feridas são de espessura parcial, que envolvem a epiderme e parcialmente a derme, geralmente, cicatrizam por intenção primária com apêndices cutâneos intactos. Porém, as feridas de espessura total são caracterizadas pela destruição completa da epiderme e da derme, e de estruturas mais profundas. FERIDAS Mas há situações e condições que levam ao comprometimento da cicatrização de feridas e a neovascularização representa um componente essencial na cicatrização de feridas devido ao seu impacto fundamental desde o início após a lesão da pele até o final da remodelação da ferida. FERIDA Uma ferida é uma lesão que causa a ruptura da integridade da pele ou de outros tecidos do corpo. Elas podem ser classificadas de diversas maneiras, dependendo da causa, profundidade e características. FERIDA AVULSÃO: Caracterizada pela remoção de tecido, geralmente causada por forças traumáticas intensas. INCISÃO: Resulta de cortes nítidos, como os realizados durante procedimentos cirúrgicos ABRASÃO: Superficial e causada por fricção contínua. CONTUSA: Provocada por impactos, resultando em lesões sem bordas nítidas. PERFURANTE: Caracterizada pela penetração em profundidade, frequentemente causada por objetos pontiagudos. Morte celular Reparação Regeneração Cicatrização As células que morrem são substituídas por células do parenquima do mesmo orgão As células que morrem são substituídas por tecido fibroso = cicatriz Tem grande capacidade de regeneração: epitélio, fígado e ossos Fase Inflamatória No início, as células da pele são expostas a sinais de fase aguda e a hemostasia marca o primeiro estágio da cicatrização, que interrompe o sangramento após dano vascular. Portanto, a primeira resposta é a ativação das plaquetas para formar uma rede de fibrina e parar o sangramento da ferida. Com isso, ele interrompe o fluxo sanguíneo e fornece um suporte para as células inflamatórias que chegam.. Fase Inflamatória Esta é a fase inicial, que começa imediatamente após a lesão. O principal objetivo é estancar o sangramento. Ocorre a vasoconstrição (contração dos vasos sanguíneos) e a formação de um coágulo sanguíneo, composto por plaquetas e fibrina, para selar a ferida Fase Inflamatória Neutrófilos agem como primeira linha de defesa contra bactérias, amplificando a resposta inflamatória com maior concentração 24 horas após a lesão. Assim, após 48-96 horas da lesão, os monócitos se transformam em macrófagos ativados pelo tecido no local da ferida. Fase Inflamatória Eles têm papel fundamental no término do desbridamento iniciado pelos neutrófilos e sua maior contribuição é a secreção de citocinas e fatores de crescimento, além de contribuírem na angiogênese, fibroplasia e síntese de matriz extracelular. Fase Inflamatória Com a vasodilatação nesta fase, a ferida apresenta sinais clínicos da inflamação, como calor, edema e dor. Alguns autores nomeiam a fase de hemostasia como a primeira fase e a inflamatória como a segunda fase. Aqui estamos seguindo a abordagem de três fases da cicatrização, em que a hemostasia está contida na fase inflamatória. Fase Inflamatória Com a vasodilatação nesta fase, a ferida apresenta sinais clínicos da inflamação, como calor, edema e dor. Alguns autores nomeiam a fase de hemostasia como a primeira fase e a inflamatória como a segunda fase. Aqui estamos seguindo a abordagem de três fases da cicatrização, em que a hemostasia está contida na fase inflamatória. Fase Inflamatória Feridas superficiais, pequenas e limpas, em geral, estão associadas a uma curta duração da fase hemostática e inflamatória. Isso porque a formação de coágulos sanguíneos é limitada para selar a ferida com a remoção de pequenas quantidades de detritos celulares. Já feridas profundas, grandes e contaminadas/infectadas precisam de mais tempo para cicatrizar. Pois as fases da cicatrização iniciais da ferida incluem mais tempo para hemostasia e remoção de restos celulares e tecido necrótico. Fase Inflamatória Fase Proliferativa Fase Proliferativa Geralmente, perto do quarto dia após a lesão, começa a fase proliferativa, que é uma das mais importantes na área da estética. Ela é constituída por três etapas fundamentais: Epitelização; Angiogênese; Formação de tecido de granulação. Fase Proliferativa Segundo artigo publicado na Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva, esta fase dura aproximadamente até o fim da segunda semana após a lesão ter ocorrido, mas pode durar mais tempo. Além disso, esta fase é responsável pelo fechamento da lesão. https://www.scielo.br/j/abcd/a/wzTtGHxMQ7qvkBbqDLkTF9P/?lang=pt Fase Proliferativa A epitelização é o processo pelo qual as células epiteliais migram e se replicam via mitose e atravessam a ferida. Dessa forma, em feridas de espessura parcial, que envolvem apenas a epiderme e a derme superficial, a epitelização é o método predominante pelo qual ocorre a cicatrização. Fase Proliferativa Na etapa de angiogênese, acontece a formação rica de vascularização e infiltração de células especializadas na limpeza da região, como os macrófagos. Fase Proliferativa formação do tecido de granulação, os fibroblastos dos tecidos vizinhos migram para a ferida, mas, precisam ser ativados para sair de seu estado de quiescência. Logo, é liberado o fator de crescimento de transformação beta (TGF-β), que estimula os fibroblastos a produzirem colágeno tipo I e a se transformarem em miofibroblastos, que promovem a contração da ferida. Fase de maturação (reparo) Nesta fase, acontece a deposição organizada de colágeno e a maturação da ferida. A deposição de colágeno na cicatrização normal de feridas atinge um pico na terceira semana após a criação da ferida. E, após a terceira semana, a ferida sofre muitas alterações que podem durar anos após a lesão inicial. Fase de maturação (reparo) Com o tempo, o colágeno inicial (colágeno tipo III) é reabsorvido e um colágeno mais espesso é produzido e organizado, aumentando a força de tensão da ferida. A contração da ferida é um processo contínuo que resulta em parte da proliferação de fibroblastos especializados, que se assemelham a células musculares lisas contráteis. Assim sendo, a resistência máxima à tração da ferida é alcançada na 12ª semana Fase de maturação (reparo) Com o tempo, o colágeno inicial (colágeno tipo III) é reabsorvido e um colágeno mais espesso é produzido e organizado, aumentando a força de tensão da ferida. A contração da ferida é um processo contínuo que resulta em parte da proliferação de fibroblastos especializados, que se assemelham a células musculares lisas contráteis. Assim sendo, a resistência máxima à tração da ferida é alcançada na 12ª semana Fase de maturação (reparo) Importante Lembrar que o metabolismo muda de acordo com a idade da pessoa. Portanto, a cicatrização do idoso é diferente de uma criança, isto é, pode demorar mais. Além disso, o estado nutricional e o sistema imunológico também podem afetar o tempo para ocorrer a cicatrização.https://educacaomedica.afya.com.br/blog/medico-dermatologista-desafios-e-tendencias-da-especialidade Importante