Aula_15___Virologia

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Virologia 
Prof.: Daniela Pontes 
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS 
VÍRUS 
Introdução 
• Os vírus não são classificados em nenhum dos 5 reinos 
taxonômicos. 
• Não são compostos por células, e utilizam a maquinaria 
anabólica da célula hospedeira para sua multiplicação. 
• O nicho ecológico de um vírus é a sua célula hospedeira 
específica. 
• O Comitê Internacional em Taxonomia de Vírus define 
uma espécie viral como uma população de vírus com 
características similares (incluindo morfologia, genes e 
enzimas) que ocupa um nicho ecológico específico. 
• Não são considerados organismos vivos porque são 
inertes fora das células hospedeiras. 
• No entanto, estão vivos quando proliferam dentro de 
uma célula hospedeira infectada. 
• Do ponto de vista clínico, podem ser considerados vivos 
porque causam infecção e doença. 
Dependendo do ponto de vista, um vírus pode ser 
considerado uma agregação excepcionalmente complexa 
de elementos químicos ou, um microrganismo vivo 
excepcionalmente simples. 
Vírus: 
Seres Vivos ou Não? 
Introdução 
• Hipóteses sobre a origem dos vírus: 
 
1. Surgiram de moléculas de ácidos nucleicos de 
replicação independente (como plasmídeos). 
 
2. Desenvolveram-se a partir de células degenerativas, 
que após muitas gerações, perderam sua habilidade de 
sobreviver de forma independente, conseguindo viver 
somente quando associado a outras células. 
Fundamentos da Virologia 
• Muito pequenos, menores que as bactérias. Não podem 
ser vistos por MO e passam através de poros de filtros 
esterilizantes; 
 
 
• Não podem ser cultivados em meio artificial, pois são 
estruturas intracelulares que necessitam de 
metabolismo celular ativo; 
 
 
• Contêm somente um tipo de ácido nucléico como 
código genético. 
Parasitas intracelulares 
obrigatórios 
Introdução 
• As características que realmente distinguem os vírus estão 
relacionadas com sua organização estrutural simples e seu 
mecanismo de multiplicação. 
• Dessa forma, são entidades que: 
- Possuem um único tipo de ácido nucleico, DNA ou RNA. 
- Possuem uma cobertura proteica (às vezes recoberta por um 
envelope de lipídeos, proteínas e carboidratos) envolvendo o 
ácido nucleico. 
- Multiplicam-se dentro de células vivas usando a maquinaria de 
síntese das células. 
- Induzem a síntese de estruturas especializadas capazes de 
transferir o ácido nucleico viral para outras células. 
Comparação entre 
Vírus e Bactérias 
Taxonomia dos Vírus 
• Nomenclatura oficial 
- Família, subfamília, gênero e espécie: 1ª letra da 
palavra maiúscula e em itálico. 
Exemplos de Terminologia 
Família Poxviridae Herpesviridae Picornaviridae 
Subfamília Chordopoxvirinae Alphaherpesvirinae – 
Gênero Orthopoxvirus Simplexvirus Enterovirus 
Espécie Vírus vacínia Herpesvírus humano 2 Poliovírus 1 
Taxonomia dos Vírus 
• Nomenclatura vernacular ou informal: 
 
- Família, subfamília, gênero e espécie: não precisam 
ser escritos em maiúscula ou itálico. 
- O nome não precisa estar com os sufixos referentes. 
- Ex.: “a família picornaviridae, o gênero enterovírus, 
etc.” 
ESTRUTURA VIRAL 
• Definição de vírus: 
“Estruturas subcelulares, com ciclo de replicação exclusivamente 
intracelular, sem nenhum metabolismo ativo fora da célula 
hospedeira.” 
 
Vírion: partícula viral completa, composta de uma molécula de ácido 
nucléico circundado por uma capa de proteína, podendo conter 
açúcares e lipídios. 
 
Função: levar o genoma viral para 
dentro da próxima célula a ser infectada. 
• Ácido nucléico viral: 
 
- Fita dupla; 
- Fita simples; 
- Circular; 
- Linear. 
- Genoma único 
(apenas uma fita); 
- Genoma 
segmentado. 
- Genoma do tipo DNA: fita 
dupla ou fita simples. 
- Genoma do tipo RNA de fita simples: 
polaridade positiva (corresponde ao 
RNAm) ou polaridade negativa 
(complementar ao RNAm). 
* RNA de fita dupla, segmentado; RNA que 
utiliza forma intermediária de DNA no processo 
de replicação. 
Estrutura Viral 
Estrutura Viral 
• Unidade protéica: uma cadeia polipeptídica. Ex.: VP1 
• Capsômeros ou unidades morfológicas: protuberâncias 
vistas nas superfícies dos vírus não-envelopados, por 
ME; formam o capsídeo. 
1. Molécula de RNA; 2. Capsômero; 3. Capsídeo. 
Estrutura Viral 
• Capsídeo: capa de proteína que envolve diretamente o 
ácido nucléico. 
1. Molécula de RNA; 2. Capsômero; 3. Capsídeo. 
Estrutura Viral 
• Envelope: camada bilipídica proveniente da célula 
hospedeira, que envolve certas partículas virais, onde se 
encontram inseridas as glicoproteínas conhecidas como 
peplômeros ou espículas virais. 
Espículas localizadas na superfície do 
envelope 
Estrutura Viral 
• Envelope: aquisição por brotamento. Requer 
direcionamento de proteínas virais (espículas) para uma 
membrana celular (sítio de brotamento) e posterior 
interação entre proteínas virais intracitoplasmáticas com 
as proteínas virais inseridas na membrana. 
 
Estrutura Viral 
MORFOLOGIA VIRAL 
• Capsídeo: 
- Simetria helicoidal; 
- Simetria icosaédrica; 
- Complexa (pseudo-simetria). 
helicoidal 
icosaédrica complexa 
Morfologia Viral 
Bibliografia 
• TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 8. ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2005. 
 
• SANTOS, N. S. O.; ROMANOS, M. T. V.; WIGG, M. D. Introdução à 
Virologia Humana. 2. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2008.