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Questões sobre Caio Prado Júnior

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CURSO DE HISTÓRIA
HISTÓRIA DO BRASIL COLÔNIA 
PROFESSORA: ANA MARIA BARROS
ALUNO: MATHEUS PHELIPE MAMEDE LOPES DA LUZ
QUESTÕES SOBRE CAIO PRADO JÚNIOR
Recife
2013
Matheus Phelipe Mamede Lopes da Luz
QUESTÕES SOBRE CAIO PRADO JÚNIOR
 Questões apresentadas como atividade complementar
 para a disciplina de História do Brasil Colônia, pelo Curso 
 de História da Universidade Federal de Pernambuco, 
 ministrada pela professora doutora Ana Maria Barros.
 
 
Recife
2013
QUESTÕES
1. Antes de analisar a sociedade colonial, Caio Prado Jr. faz uma explanação geral da colonização brasileira. Aborde as iniciais dificuldades encontradas por Portugal na colonização continente americano, bem como os motivos para a inicial falta de interesse dos portugueses pelas terras americanas, além de apontar as motivações que inclinaram Portugal a colonizar efetivamente esta região.
2. Ao analisar a sociedade colonial, Prado Jr., aponta a economia como fator determinante do papel de um indivíduo na sociedade da época. Porquê eram os latifundiários que detinham o poder econômico na colônia? De que maneira esta desigualdade servia aos interesses da metrópole?
3. Disserte sobre a pequena propriedade no Brasil colonial. Quais foram os motivos do seu fracasso?
4. O caso das missões jesuíticas é pertinente em exemplificar o poder político dos latifundiários na colônia. Escreva brevemente sobre a presença dos Jesuítas durante o período colonial, bem como os motivos e o resultado do choque de interesses entre estes e os grandes proprietários de terra.
5. Outro exemplo típico do poder político dos grandes proprietários era a relevância das Câmaras Municipais na política da época. Disserte sobre estas organizações políticas e a importância do seu papel na dinâmica metrópole-colônia.
RESPOSTAS
Logo após a chegada de Pedro Álvares Cabral ao vasto continente americano e do anúncio de sua “descoberta” para os europeus, os portugueses que viviam em plena expansão marítima desde o século XV, mandaram expedições para averiguar o continente, e suas impressões iniciais não são nada satisfatórias, Américo Vespúcio cita “Pode-se dizer que nela não encontramos nada de proveito” o fato é que depois dessas averiguações, os portugueses focaram na extração e comercialização do Pau-Brasil e deixaram o resto do território de lado, a falta de interesse imediato português se destaca muito bem pela falta do achado de metais preciosos no continente, os metais que eram frutos maiores de cobiça na época. Passadas algumas décadas, os portugueses começaram a se articular para a defesa do território, pois outras nações europeias já o cobiçavam, era claro o tráfico de madeira, que ocorria desde o início do descobrimento, os franceses foram os que mais se aproveitaram desse tráfico ao longo da costa do território achado, com isso os portugueses foram em suma “obrigados” a colonizar o território, pois se não o fizesse, correria sério risco de perdê-lo, a articulação desembocou na tentativa de implantação do sistema de capitanias hereditárias. A maior dificuldade enfrentada no início da colonização pelos portugueses foi à questão da imensidão territorial, como dito anteriormente, o sistema de capitanias hereditárias foi usado inicialmente para essa colonização, mas, o resultado apenas se deu por frutífero em duas capitanias, Pernambuco e São Vicente, e a partir desse ponto e da implantação do Governo Geral no ano de 1549 a colonização se dava por efetivada, mas, as dificuldades iniciais ainda perdurariam por longos séculos.
É de destaque importantíssimo o fato de que nessa época, a riqueza acumulada não era apenas diretamente ligada a quantidade de terras possuídas pelo proprietário, e sim pelo fato de como reside a exploração dessas terras pelo mesmo. Logo nos primeiros anos da colonização fica nítido todo o poder que possuem os latifundiários, os grandes produtores tinham o poder econômico porque além de receber uma grande quantidade de incentivo privado, usavam esse incentivo para desenvolver formas de aumentar a sua produção, e com outros meios de formar um conjunto produtor na sua lavoura, como o conjunto que reunia um grande número de escravos para produzir o produto ao bem querer do latifundiário. Toda essa desigualdade causada pelos latifundiários na colônia auxiliou diretamente Portugal, por diversos fatores, como a facilidade de exportação, pois, eram latifundiários que negociavam apenas e diretamente com a metrópole portuguesa, e com essa desigualdade econômica é visto posteriormente certa facilidade do controle politico, pois, boa parte dos donos do poder no período colonial eram donos porque eram grandes senhores produtores.
A caracterização da pequena propriedade no Brasil colonial se define por uma palavra “desigualdade”, por mais que fossem feitas as tentativas de pequenas produções por homens livres, quase nenhum resultado acima de sua produção para consumo próprio era obtido, para eles faltava o capital que dava base aos grandes latifundiários, era praticamente impossível explorar aquela imensidão de terras apenas com sua própria força de trabalho. São analisados motivos de sobra para o fracasso da pequena propriedade no Brasil colonial, a falta de investimento que não proporcionava ao pequeno produtor uma quantidade mínima de empregados para ajudá-lo com sua produção, consequentemente, por maiores tentativas que fossem feitas, nem toda a plantação era colhida com sucesso, com toda essa precariedade, se tornava impossibilitada a concorrência do pequeno produtor com o grande latifundiário, mas, o ponto em que mais se acentuava essa precariedade era a falta de mercado para sua produção, pois o que o mercado necessitava era produzido pelos grandes latifundiários, como o açúcar. Todas essas questões fizeram com que o pequeno produtor declinasse cada vez mais no meio socioeconômico do Brasil Colônia, se a dificuldade era extrema para os grandes latifundiários com suas infindas fontes de recursos, tornava-se impossível para um pequeno produtor que fazia daquela produção a sua comida e o excedente sua fonte de renda. 
As missões Jesuíticas chegaram à colônia com a responsabilidade de em parte concretizar a colonização, de firmar os interesses portugueses na colônia e relatos destacam a tentativa de implantação do maior desejo da ordem Jesuíta, a constituição de um império jesuíta temporal na América. Já no início a relação entre os Jesuítas e os grandes proprietários de terra parecia se encaminhar para um rumo de cisão, pois se acentuava o confronto de interesses entre essas duas classes, como é visto na tentativa de monopólio da mão de obra indígena pelos jesuítas, onde a relação dos jesuítas com os indígenas foi vista como a proteção de um patrão para com seus funcionários. De muito das lutas entre os padres e os proprietários de terras surgiram divisões no conceito escravista em relação ao povo indígena, o fato é que o grande proprietário de terra não estava nada satisfeito com aquele monopólio empregado pelos padres jesuítas, e com isso, ocorreram diversas batalhas perante o olhar do governo português, governo este que por fim deu prioridade a seus investimentos econômicos e expulsou os jesuítas nos anos entre 1643 (São Paulo) e 1661 (Maranhão). 
As câmaras municipais estabilizam (em parte) as relações politicas na colônia, é uma estabilização de poder apenas para os grandes proprietários de terra, pois como cita Caio Prado Júnior “O poder das câmaras é pois o dos proprietários.” As ações das câmaras eram extensas, elas ampliavam o poder do grande proprietário de terra, era um trabalhodiretamente ligado a economia da colônia, pois definia salários, preços, impostos e outros diversos tipos de arrecadação, é por certo que algumas câmaras conseguiam tratar de seus propósitos diretamente com a metrópole, porque representantes eram enviados até Lisboa, e essa troca direta influenciou por muito tempo nas relações de poder na colônia, e mais do que tudo afirmou a colônia como formação de poder dos grandes latifundiários, estes que através da câmara consolidaram o que já estava a vista de todos, o detrimento do poder viria majoritariamente do poderio econômico e das relações diretas e interligadas com a metrópole portuguesa.

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