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1 LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA Aula 6 – Competência Tributária Professora Eveline Lima CompetênciaCompetência parapara legislarlegislar sobresobre direitodireito tributáriotributário (competência genérica para traçar regras sobre o exercício do poder de tributar). Exemplo: exercendo esta competência a União editou o CTN – lei de normas gerais. ≠≠ CompetênciaCompetência tributáriatributária (competência atribuída pela CF para editar leis que instituam tributos). Exemplo: exercendo esta competência a União instituiu, por lei, o IR, ITR, PIS, COFINS etc. O CTN (Lei n° 5.172/1966) é uma lei ordinária, mas foi recepcionado com força de lei complementar pela CF/1967, mantido tal status com o advento da CF/1988, visto que as duas reservam à lei complementar a disciplina da matéria tributária. Esta é a chamada teoria da recepção, segundo a qual as normas materialmente compatíveis com a CF são por estas recepcionadas, passando a ter o mesmo status da espécie legislativa exigida pela nova Carta para disciplinar a matéria. Assim, as normas gerais em matéria tributária no CTN tem status de lei complementar, só podendo ser alteradas por lei complementar. CONCEITO A CF não cria tributos, apenas outorga competência para que os entes políticos o façam por meio de leis próprias. Daí, identifica-se as seguintes características da competência tributária: FacultatividadeFacultatividade dodo exercícioexercício: cada ente decide, de acordo com critérios de conveniência e oportunidade política e econômica, sobre o exercício da competência tributária. ObservaçãoObservação:: a LC n° 101/99 (LRF) afirma (art. 11, caput) que “constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação”, proibindo “transferências voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput, no que se refere aos impostos” (art. 11, parágrafo único), ou seja, aquele ente político que não instituiu o tributo a que estava obrigado não terá direito a repasse de recursos dos entes maiores �������� observe-se que o intuito da LRF é que sejam criados os tributos economicamente viáveis. Exemplo: um Município pequeno e pobre, onde não existam empresas prestadoras de serviços e cujos recursos sejam oriundos, quase que exclusivamente, da ATRIBUTOS aposentadoria de parte de sua população, não estaria obrigado a instituir o ISS e criar uma máquina arrecadatória para o mesmo, pois a arrecadação seria menor que o custo decorrente de sua instituição e administração. EEMM SUMASUMA, para o CTN, a competência tributária é facultativa, enquanto para a LRF a competência tributária é obrigatória. IndelegabilidadeIndelegabilidade: não pode o ente federado editar norma que atribua a outro ente a competência para criar tributo que lhe foi outorgado pela CF (art. 7°, CTN). � Competência tributária (política), refere-se à instituição de tributos: indelegávelindelegável. � Capacidade tributária ativa (parcela administrativa da competência tributária), refere-se à função de arrecadar ou fiscalizar tributos e executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária: delegáveldelegável. CompetênciaCompetência tributáriatributária privativaprivativa: � Impostos federais (União), estaduais (Estados/DF) e municipais (Municípios): privativa de cada ente (art. 153, 155 e 156). � Empréstimo Compulsório: privativa da União (art. 148). � Contribuições Especiais: privativa da União (art. 149). � Contribuição previdenciária dos servidores estaduais e municipais: privativa de cada ente (art. 149). � Contribuição de Iluminação Pública: privativa dos Municípios e Distrito Federal (art. 149-A). CompetênciaCompetência tributáriatributária residualresidual: � Novos impostos, por LC, cujo fato gerador e base de cálculo sejam diversos dos discriminados na CF: privativa da União (art. 154, I). CompetênciaCompetência tributáriatributária extraordináriaextraordinária: � Impostos extraordinários (guerra externa ou sua iminência): privativa da União (art. 154, II). CLASSIFICAÇÕES CompetênciaCompetência tributáriatributária comumcomum: � Taxas e Contribuição de melhoria: a competência é do ente público que realizar a atividade estatal. CompetênciaCompetência tributáriatributária cumulativacumulativa: decorre das peculiaridades dos Territórios e do Distrito Federal. � Distrito Federal: o art. 32, da CF, veda sua divisão em Municípios, portanto, este ente político acumula a competência tributária dos Estados e Municípios. � Territórios Federais: hoje não existem, mas podem ser criados (art. 18, §2°, CF). Não são entes políticos, não tendo status de membros da Federação, logo, competem à União seus impostos estaduais. ‒ Se o Território não for dividido em Municípios: competem à União os impostos municipais. ‒ Se o Território for dividido em Municípios: os impostos municipais caberão a cada Município.
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