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ATPS_Indicadores_Sociais_PRONTA

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
SERVIÇO SOCIAL
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO E INDICADORES SOCIAIS
TUTOR A DISTÂNCIA: MARIA CLOTILDE BASTOS
MARCIANY ROBERTA DELMONDES – RA: 7755653227
PATRICIA DOS SANTOS BARBOSA DANTAS – RA:8140757735
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – SP
2015
RELATORIO CIENTÍFICO DO TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO E INDICADORES SOCIAIS
QUADRO-SÍNTESE COM AS DEFINIÇÕES DE POLÍTICA PÚBLICA.
	DEFINIÇÃO DE POLÍTICA PUBLICA
	AUTOR
	Políticas Públicas são a totalidade de ações, metas e planos traçados nos três entes federados, que tem a finalidade de alcançar o bem-estar da sociedade e o interesse público.
Visando responder as demandas, principalmente dos setores marginalizados da sociedade, considerados como vulneráveis. Visa efetivar e ampliar direitos de cidadania.
	Rua, (2012)
	“Política pública é tudo o que um governo faz e deixa de fazer, com todos os impactos de suas ações e de suas omissões”.
	Azevedo (2003, p. 38)
	Política Pública também pode ser definida “como o processo de escolha dos meios para a realização dos objetivos da sociedade geridos pelo governo. Sendo instrumentos de ação dos governos, as políticas públicas devem estar orientadas pelos princípios constitucionais e elas relacionados, como, por exemplo, o da eficiência, da eficácia, da equidade. A razão da existência das políticas públicas é o Estado social, marcado pela obrigação de garantia de direitos fundamentais ao cidadão.
	Queiroz (2011, 96)
Quadro 1 – Definição de Política Publica
ESTUDO DE CASO
A questão da educação no Brasil, tem tomado grande espaço dentro de espaços de dicções em todos os entes federados. Levando a reflexão de como o Estado e a sociedade têm agido ou reagido em relação às políticas educacionais. 
O CONTROLE SOCIAL DA POLITICAS PÚBLICAS ESTÁ DIRETAMENTE RELACIONADO AO CONCEITO DE accountabillity, termo que não tem sinônimo na nossa língua portuguesa e diz respeito à avaliação de resultados e à responsabilização dos governantes pelos seus atos. (Queiroz, 2011, pg.104)
Nesse contexto é necessário que ocorra um amplo debate entre os órgãos responsáveis pela educação do país (dirigentes da escolas, professores, pais e funcionários), com a finalidade de rediscutir tarefas e funções, redefinir espaços e tempos, dialogar sobre objetivos e metas.
Conforme Queiroz (2011, pg.105), o“ Estado se submete à ordem e à eficiência administrativa e a eficácia dos seus atos, e esses princípios criam mecanismos ou sistemas de controle de suas atividades”; proporcionando espaços à autonomia e à gestão democrática, indo além da capacitação pedagógica; transformando o ambiente educacional em um local de aprendizagem digno.
Para atender esse processo histórico de acesso à educação; o tempo das políticas e a realidade histórica da educação no país exigem concomitância de ações de curto, médio e longo prazos. Frigotto (2005) afirma que políticas de inserção, são ações imediatas, que não podem esperar, devido à dívida histórica do Estado brasileiro com a sociedade, e como políticas de integração as que se projetam para o médio e longo prazos, com uma visão de futuro e de incorporação do direito para as futuras gerações.
A formulação, portanto, de políticas públicas exige, com frequência, variadas formas de intervenção, tanto por parte da sociedade, mas também pela atuação do Estado.
Dentro dos Indicadores Educacionais e culturais, damos destaque a Educação, onde crianças e jovens, apesar da proporção da Educação estar crescendo, a quantidade de analfabetos tem diminuído no país.
Segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os dados dos Resultados Gerais da Amostra do Censo 2010, referem que cerca de 970 mil adolescentes e crianças, entre 6 a 14 anos de idade, ainda não frequentavam a escola no Brasil. O número corresponde a 3,3% da população nessa faixa etária.
O papel dos profissionais de Pedagogia torna-se imprescindível, pois é através do conhecimento das demandas, é que se pode direcionar para a execução da prática dentro desta política. Conforme dados do IBGE a faixa etária de 15 a 17 anos, a porcentagem dos que não frequentavam a escola em 2010 era de 16,7%. As regiões Norte e Sul apresentaram o maior índice, ambas com 18,7%. O Nordeste aparece em seguida, com 17,2%. As menores taxas foram verificas no Sudeste (15%) e no Centro-Oeste (16,8%). A rede pública de ensino atendia, em 2010, 78,1% da população que frequentava escolas ou creches no país; o atendimento na rede pública de ensino é maior no ensino fundamental e médio.
Neste contexto surge a inserção do Assistente Social na Educação. Com a implantação da tecnologia desde o Ensino Fundamental, o profissional, junto com o pedagogo pode acompanhar o desenvolvimento do aluno e suas dificuldades, podendo assim intervir junto à família suprindo suas necessidades.
Comparando os dados estatísticos de 2000 e 2010, percebemos diminuição no porcentual da população de 7 a 14 anos que não frequentava a escola – o índice foi de 5,5% para 3,1%. Foi usada a idade de 7 anos, pois, em 2000, esta era a idade definida para iniciar o ensino fundamental.
Segundo o relatório do IBGE, 
ao longo dos anos, os crescentes incentivos e condições para que as crianças frequentassem escola e as possibilidades de ingresso no sistema educacional para aqueles que não puderam fazê-lo nas idades apropriadas foram, dentre outros, fatores importantes que contribuíram para a redução do analfabetismo e a elevação do nível de instrução da população do Brasil. (Site: www.ibge.com.br. Acesso em: 29 de setembro de 2015)
É notável que o analfabetismo tem diminuído no Brasil, e que de 2001 a 2007 a desigualdade social diminui, mas sofreu uma ligeira alta em 2008, embora a taxa da população considerada como pobre tenha caído de 30% em 2007 para 25,8% em 2008, a taxa de miséria é parcialmente atribuída à desigualdade econômica e educação do país, que, de acordo com o Coeficiente de Gini - com um índice de 0,56 em 2006, é uma das maiores do mundo. 
Portanto fazer uma análise detalhada dos indicadores sociais no Brasil, apesar de uma tarefa árdua; se faz necessário. Dentre do indicador pesquisado, foi possível compreender de forma mais eficaz sobra a necessidade de uma população alfabetizada, com censo crítico e questionador.
TEXTO SOBRE A IMPORTÂNCIA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS.
O termo Politicas Publicas é um assunto relevante para a formação da cidadania. Seus desafios são constantes e continuo para a efetivação da garantia dos direitos. Para a efetivação e garantia desses direitos, é necessária uma articulação entre a tripartite.
As Políticas Públicas é dever do Estado, garantido pela Constituição Federal,
Atividade prestada de forma permanente submetida ao regime de direito público, executada concreta e diretamente pelo Estado, ou por aquelas a quem tal incumbência for delegada, visando à satisfação de necessidade ou à criação de utilidades, ambas de interesse coletivo. (Blanchet, 2004, p.55)
As intervenções do Estado podem ser diretas ou indiretamente, com a participação dos setores privados ou públicos, visando a efetivação dos direitos de cidadania (direitos social, étnico, cultural ou econômico).
Visando essa garantia e efetivação dos direitos de cidadania, as Políticas Públicas objetivam atender os segmentos da sociedade em maior vulnerabilidade, procurando respeitar os direitos dos cidadãos garantidos pela Carta Magma.
Diferenciando-se por estabelecer o direito individual, as Políticas Públicas além de instituir direitos sociais, também exteriorizam a função planejadora do Estado.
As Políticas Públicas, sejam elas para efetivar direitos sociais, ou implementar políticas econômicas, devem ser direcionadas para o desenvolvimento, e uma importante ferramenta para mensurar esse desenvolvimento é através dos Indicadores Sociais, possibilitando o acesso do maior número de indivíduos da sociedade possa participardo processo social e econômico, para estabelecer os valores importantes ao desenvolvimento.
2.1. QUADRO-SÍNTESE SOBRE OS INDICADORES SOCIAIS.
	Tipo de indicador
	O que indica?
	Principais
Características
	Definição
	IDH
	O Índice de Desenvolvimento Humano.
	Avaliar o modo como vivem as pessoas nas diversas nações do mundo
	É uma medida usada para classificar os países pelo seu grau de desenvolvimento humano.
	
Índice de Gení
	A distribuição
	Compara o grau de concentração de renda em determinado grupo
	É uma medida utilizada para calcular a desigualdade de distribuição de renda.
	
Indicadores Ethos de Responsabilidade Social.
	A avaliação das práticas empresariais.
	Ajuda as empresas a gerenciarem os impactos sociais e do meio ambiente.
	É uma ferramenta que auxiliar as empresas a gerenciarem os impactos sociais e ambientais.
	
Indicadores Básicos p/ Saúde no Brasil
	A situação sanitária de saúde de todos os níveis.
	Promove o desenvolvimento de sistemas de informações de saúde intercomunicados
	Instrumentos utilizados para medir uma realidade, como, avaliação e planejamento das ações na saúde.
	Indicador para a educação no Brasil
	Indica características educacional do país.
	Determinam parte da concessão de recursos financeiros das escolas.
	Mede o grau de consecução dos objetivos propostos na educação.
Quadro 2 – Indicadores Sociais
Fonte: Adaptado do livro JANNUZZI, P. de M. Indicadores Sociais no Brasil: conceitos, fontes de dados e aplicações. Campinas - SP: Alínea, 2015.
2.2. A RELAÇÃO ENTRE INDICADORES SOCIAIS E POLÍTICAS PÚBLICAS.
Para a efetivação das Políticas Públicas, se faz necessário à adoção de Indicadores Sociais.
Em todas as fases do processo de formulação e de implementação das policias publicas, sejam elas programas de qualificação da mão de obra, projetos de expansão da infraestrutura urbana ou ações vocalizadoras de distribuição de alimentos ou garantias de renda mínima. Cada fase do processo de formulação e de implementação da política social requer o emprego de indicadores específicos, cada qual trazendo elementos e subsídios distintos para bom encaminhamento do processo. (Jannuzzi, 2015, p.39)
Estes indicadores são indispensáveis para qualquer ente federado, tornando viáveis ações de enfrentamento a questões sociais. Instrumentos de intervenção nas mãos do Estado, as Políticas Públicas, interferem na realidade social.
Esses indicadores atualmente são conhecidos como taxa de analfabetismo, taxa de mortalidade infantil, taxa de desemprego; entre outros, utilizados para avaliar as políticas públicas. Alguns destes dados podem ser encontrados em sites como do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas.
Sendo assim as Políticas Públicas tem ligação direta com os indicadores Sociais, pois definem como o Estado pode intervir na sociedade, com a finalidade de solucionar problemas culturais, culturais, étnicos e econômicos; auxiliando no trabalho de planejamento, implementação, execução, avaliação dos programas, projetos, serviços sociais.
3.1. INDICADOR SOCIAL ESTUDADO: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Os primeiros relatos de estimativa oficial para a extensão superficial do território brasileiro data de 1889, publicado na Carta do Império do Brasil, publicada em 1883.
Responsável pelo levantamento demográfico, manutenção de indicadores sobre o Brasil, pesquisas estatísticas sobre os mais variados temas (de meio ambiente à economia), e informações geográficas, além de ser também a fundação responsável pelo SIG (Sistema Geodésico) brasileiro.
A história do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, começa em 1936, Até 1966/67 o IBGE, tinha como atribuições fixar normas para a uniformização da cartografia brasileira e consegue o feito de estabelecer, em .1940, pela primeira vez, dados de coleta e tabulações do censo com base em uma referência cartográfica sistematizada. Em 1967 a COCAR – Comissão de Cartografia passa a fixar essas normas que posteriormente passaram a serem inseridas na estrutura do IBGE.
Em 1985 é criada o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) ao qual foi submetida a COCAR que seria desativada em 1990. Porém, em 1994 o Governo cria a CONCAR - Comissão Nacional de Cartografia que recebe apoio administrativo do IBGE e da ANEA - Associação Nacional das Empresas de Levantamentos Aeroespaciais.
Atualmente o IBGE, é o atual responsável pelo Sistema Cartográfico Brasileiro, é a realização do Censo Demográfico, pesquisa de campo realizado em todo território brasileiro, indicadores sociais, econômicos e geocientifico do país. 
3.2. INDICADOR SOCIAL ESTUDADO: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica.
Conforme Jannuzzi (2015), o IBGE passou a ser um dos principais órgãos da administração pública federal, o IBGE retrata a realidade social e econômica e geocientifica do país, através da produção, coordenação e consolidação de informações geográficas e estatísticas, da coordenação dos sistemas estatístico e cartográfico nacionais
	Objetivos da política/programa
	Objetivo da avaliação
	Tipos de pesquisa
	Critérios de aferição
	Fonte de avaliação dos reflexos das políticas governamentais e de orientação para ações públicas e privadas comprometidas em projetar o futuro do país
	Compilação de dados e relatórios no site para estatísticas públicas para a construção de indicadores sociais, econômicos e geocientificos.
	Entrevista
	Através de questionários e entrevistas.
	Indicadores de Eficácia
	Indicadores de Eficiência
	Indicadores de Efetividade
	Capacidade de alcançar resultados planejados, objetivos e metas desejados.
	Competência, ser produtivo, conseguir o melhor rendimento com o mínimo de erros ou dispêndio. 
	Capacidade de produzir um efeito real, de funcionar normalmente. 
	Fazer a coisa certa
Obter resultados
Foco no objetivo
	Trata-se de como fazer,
Fazer certa a coisa
	Fazer bem as tarefas
Administrar os custos
Reduzir as perdas
4.1. POLÍTICA PÚBLICA FORMULADA.
As políticas públicas podem ser formuladas, a partir de demandas e propostas da sociedade, em seus diversos seguimentos ou por iniciativa do poder executivo, ou legislativo, em conjunto ou separadamente. A participação da sociedade na formulação, acompanhamento e avaliação das políticas públicas em alguns casos é assegurada na própria lei que as institui.
A exemplo podemos citar a Saúde e a Educação, que através de Conselho Municipais, Estaduais e até mesmo Nacionais; tem uma participação efetiva em audiências públicas, encontros e conferências, em um processo de participação e controle social.
Nesse contexto, com o intuito de incentivar essa participação na formulação de Políticas Públicas, o assistente social possa incentivar o interesse das famílias com alto índice de analfabetismo, com distribuições de panfletos, realizando reuniões e projetos de intervenções.
4.2. TEXTO SOBRE A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL EM SERVIÇO SOCIAL.
O profissional do Serviço Social, com competência e autonomia deve estimular a adoção de medidas eficazes definindo estratégias e procedimentos de acordo com a demanda apresentada. 
O profissional deve manter uma postura ética, critica e reflexiva, tendo clareza de suas responsabilidades, compromisso das diretrizes legais que regem e reconhecem a profissão, bem como, das funções a serem assumidas para discernir o que é específico a cada profissional.
O Assistente Social deve possuir o domínio das práxis, que são indispensáveis em todo o processo de formulação e implementação de políticas publica, cada fase do processo de elaboração requer um conjunto de indicadores específicos. 
Pode-se concluir que o profissional do Serviço Social é de suma importância para a solução de problemas sociais, a exemplo na Educação; visando amenizar a problemática da escolaridade dos jovens do Brasil. 
REFERNCIA BIBLIOGRAFICA
Analfabetismo.Infoescola, navegando e aprendendo. Disponível em: http://www.infoescola.com/educacao/analfabetismo/ cesso em 20 de setembro de 2015. 
AZEVEDO, J. M. L. A educação como política pública. Campinas - SP. Autores Associados, 1997. 
BACELAR, T. As políticas públicas no Brasil: heranças, tendências e desafios.2012. Disponível em: <https://docs.google.com/open?id=0B615vhmWOCFb2FEdVZ5LW5RdFk>..Acesso em: 08 jul. 2015. 
BLANCHET, L.A. Curso de direito administrativo. 3 Ed. Curitiba: Juruá,2004.
FRIGOTTO, G. C.M., RAMOS, M. N. (org.). Ensino médio integrado: concepção e contradições. São Paulo: Cortez, 2005.
Site: www.ibge.gov.br. Acesso em: 29 de setembro de 2015.
JANNUZZI, P. de M. Indicadores Sociais no Brasil: conceitos, fontes de dados e aplicações. Campinas - SP: Alínea, 2015.
QUEIROZ, R.B. Formação e gestão de políticas públicas. 3 Ed. Ver. E atual – Curitiba - PR: Ibpex,2011 – Série Gestão Pública.
RUA, M. G. Análise de Políticas Públicas: conceitos básicos. 2012. Disponível. Acesso em: 20 setembro 2015.
URL:<http://www.censo2010.ibge.gov.br/resultados_do_censo2010.php>. Acesso em: 03 jul. 2015

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