Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
28/11/2014 1 DIABETES MELLITUS Profº Nathália Helena Massa Rocha Diabetes Mellitus Síndrome de etiologia múltipla, decorrente de insulina e/ou incapacidade da insulina em exercer adequadamente sua função. Considerada uma doença de proporções epidêmicas, relacionada ao aumento da morbi-mortalidade Alteração da homeostase glicêmica Aumento dos níveis de glicemia = HIPERGLICEMIA Dados Estima-se que no ano de 2025 existam aproximadamente 300 milhões de portadores de DM no mundo; Principal causa de cegueira, IRC e amputação de membros não traumáticos em adultos (30% a 40% dos casos); É a 4º razão pela procura de serviço médico no mundo; Representa de 5 a 15% dos gastos do Setor de Saúde. id692531 pdfMachine by Broadgun Software - a great PDF writer! - a great PDF creator! - http://www.pdfmachine.com http://www.broadgun.com 28/11/2014 2 Classificação Diabetes tipo 1 Diabetes tipo 2 Diabetes Gestacional Outros tipos específicos Diabetes Tipo 1 5 a 10% dos casos de DM; Destruição das células beta pancreáticas, gerando ocasionalmente deficiencia absoluta da insulina; Dependência de insulina exógena; Normalmente diagnosticada em indivíduos com idade menor que 30 anos; SinaisSinais ee sintomassintomas:: hiperglicemia, polifagia, emagrecimento, polidipsia, poliúria, desidratação, cetoacidose Diabetes Tipo 1 ORIGEM AUTO IMUNE (90% dos casos) Marcadores de destruição imunológica: auto anticorpos contra as ilhotas (ICAs), contra a insulina (IAAs), e contra demais ações imunológicas; Genética: Associação com sistema humano de antígenos leucocitários (HLA). ORIGEM IDIOPÁTICA (10% dos casos) Etiologia desconhecida 28/11/2014 3 Diabetes Tipo 2 85 a 90% dos casos de DM; Deficiência relativa de insulina, resistência periférica à insulina ou ainda ambas condições (deficiência + resistência); Normalmente diagnosticada em indivíduos > 45 anos; SinaisSinais ee SintomasSintomas:: hipo, normo ou hiperinsulinemia, hiperglicemia, pode ocorrer polifagia, polidipsia, poliúria, mas raramente cetoacidose Diabetes Tipo 2 Fatores de risco:Fatores de risco: Idade avançada (> 45 anos); Excesso de peso e obesidade; Sedentarismo; Histórico familiar; HDL-c baixo ou TG elevados; HAS; Prévia intolerância a glicose ou DM gestacional Diabetes Tipo 2 Diabetes Gestacional Qualquer grau de intolerância à glicose durante gestação 3º trismestre; 4% das gestações; Passageira ou definitiva; Aumento o risco de DM2 em 40% 28/11/2014 4 Outros tipos específicos 1 a 2% dos casos de DM; Associados a síndromes genéticas específicas Doenças do pâncreas endócrino (pancreatite, trauma/pancreatectomia, neoplasia...); Endocrinopatias (hipertireoidismo...); Infecções (rubéola congênita, citomegalovírus...); Uso de drogas hiperglicemiantes (glicocorticóides, hormônio tiroidiano, ácido nicotínico...) Diabetes tipo MODY Aparece em jovens antes dos 25 anos de idade; História familiar de 3 gerações afetadas; Tem início insidiosos; Baixa prevalência de complicações; Glicemia de jejum pouco alterada; Pode ser tratada sem insulina por períodos variáveis de tempo; Admite-se que o defeito principal seja a diminuição da secreção da insulina e com defeitos mínimos na sua ação. Diagnóstico Glicemia de jejum de 8hs Teste de tolerância de glicose oral Ingestão de 75g de glicose em 300ml de água, seguidos por dosagem de glicose plasmática nos tempos de 0 e 120 minutos. 28/11/2014 5 Alteração do critério de diagnóstico Em 2003, a Associação Americana de Diabetes publicou a nova definição para glicemia de jejum alterada de 110 para 100. Teste de Hemoglonina Glicada (A1C) É indicado como um dos parâmetros para o diagnóstico do diabetes e pré-diabetes; Diagnóstico de DM: A1C > 6,5% Valores entre 5,7 a 6,4% = pré-diabetes; Metas da ADA Controle de lipídeos e glicose glicada; Redução dos riscos de complicações; Adequação Nutricional; Mudança do estilo de vida. Complicações clínicas Agudas: - Cetoacidose diabética; - Estado hiperglicêmico hiperosmolar não-cetótico; - Hipoglicemia Crônicas: - Retinopatia diabética; - Neuropatia diabética; - Nefropatia diabética; - Cardiopatia. 28/11/2014 6 Complicações agudas Cetoacidose Diabética Representa 8% das internações dos pacientes diabéticos; Glicemia > 500 mg/dl Sinais: poliúria, polidipsia, hiperventilação, desidratação, hálito de maçã, fadiga; Intervenção: correção hidratação e correção gradual de insulina Complicações agudas Estado hiperglicêmico hiperosmolar não-cetótico Glicemia entre 600 e 2000mg/dL Sinais: poliúria, polidispsia, perda de peso, fadiga, visão turva, cãimbras, alteração do nível de consciência; Intervenção: correção da hidratação e correção gradual de insulina Complicações agudas Hipoglicemia Geralmente uma glicemia que está < que 500mg/dL está associada a sintomas de hipoglicemia e prejuízo da função cerebral Confusão, prejuízo da função motora, défict neurológico, comportamento inapropriado, convulsão, coma...) Causas: Dose excessiva de insulina; atraso na refeição ou ingestão alimentar inadequada, exercício físico não programado, uso de drogas hipoglicemiantes. 28/11/2014 7 HIPOGLICEMIA Ações hormonais atuantes na defesa do organismo contra a hipoglicemia: 1º glucagon, 2º adrenalina, e em menor atuação cortisol e GH; Efeito Somogyi: hiperglicemia de rebote, resultante da liberação de hormônios contra-reguladores. Correção da hipoglicemia Indivíduos Consciente: administração de 15 a 20g de glicose. Se após 15 minutos persistir a hipoglicemia, a administração deve ser repetida. - Embora qualquer fonte de carboidrato possa ser usado (1/2 copo de refrigerante, suco de laranja, 1 copo de água com 1 colher de sopa de açúcar, 3 balas, 1 sachê de mel ou frutose) - Após a normalização da glicemia: refeição ou lanche para prevenir a recorrência. HIPOGLICEMIA Glucagon: para pacientes com risco de hipoglicemia severa. 28/11/2014 8 Complicações Crônicas Complicações Crônicas Complicações Crônicas 28/11/2014 9 Complicações Crônicas Complicações Crônicas Tratamento Medicamentoso: - Hipoglicemiantes Orais; - Combinação terapêutica; - Insulina Tratamento Não-Medicamentoso: - Mudança do Estilo de vida e Atividade física; - Monotorização glicêmica; - Plano de educação; - Plano Alimentar. Objetivo do Tratamento para DM 28/11/2014 10 Medicamentos Indicados basicamente para tratamento do DM2 Pode ser utilizado em monoterapia, terapia combinada ou com insulina. Insulinoterapia Níveis de glicose plasmáticas muito elevadas (principalmente se acompanhada de perda de peso e cetonúria); Durante a gestação, enquanto os hipoglicemiantes orais não mantiverem os níveis glicêmicos ideais; Durante cirurgias, infecções, IAM e AVE; Administração: seringa ou bomba de insulina Insulinoterapia 28/11/2014 11 Tratamento não-medicamentoso Mudança do estilo de vida: Recentes estudos tem mostrado os benefícios da mudança do estilo de vida (abandono do tabagismo e alcoolismo, perda de peso, prática de atividade física...) sobre o controle glicêmico e prognóstico de pacientes portadores de DM, principalmente DM2. Exercícios Por induzir melhora na ação da insulina, faciliar o controle de peso, além de outros fatores benéficos, a atividade física é de grande importância na prevenção e controle do DM2; O exercício deve ser frequente (pelo menos 3x/semana), de intensidade moderada (caminhar, nadar, andar de bicicleta, entre outros),com duração mínima de 30 minutos; Nos pacientes insulino-dependentes, é necessário monitorização frequente; Não são aconselháveis exercício de alto risco, que não possa receber auxílio imediato. Tratamento Não-Medicamentoso Transplantes (Tx) Tipos: Tx ilhotas (doador cadáver): As células são infundidas no fígado a partir de uma punção em ambulatório. Após 5 anos , 10% mantém-se insulino independentes; Tx simultâneo de rim e pâncreas: paciente com DM1 em IR grave, em fase pré-dialítica ou em tratamento dialítico; 28/11/2014 12 Transplantes (Tx) Transplante de pâncreas isolado: paciente diabéticos que já receberam um rim previamente. Após 5 anos, 60% dos pacientes permanecem sem insulina, por isso é preferido ao de ilhotas. O paciente demora de 2 a 3 anos por um doador cadáver. Este transplante melhora a sobrevida a longo prazo. Critérios para Tx TN - Objetivos Manter ou recuperar o EN em adultos; Promover pleno crescimento e desenvolvimento em crianças e adolescentes; Manter os níveis de glicemia apropriados; Prevenir complicações secundárias; Adaptar o plano ao uso de medicamentos e/ou atividade física. Dietoterapia 28/11/2014 13 Efeitos dos Macronutrientes Plano Alimentar Dietoterapia Dietoterapia 28/11/2014 14 Dietoterapia Dietoterapia Dietoterapia Dietoterapia 28/11/2014 15 Dietoterapia 28/11/2014 16 IG x CG 28/11/2014 17 IG: Cardiovascular Contagem de CHO Mais comumente usada em DM1 Indicados para paciente em que a escolaridade possibilite a compreensão; Dificilmente aplicada a idosos; Realizar ajuste da insulina adequado; Acompanhamento médico e nutricional. 28/11/2014 18 Como aplicar? Conhecer a quantidade de CHO dos alimentos (tabelas estruturadas); Distribuir a quantidade de CHO determinada para consumo diário de cada paciente ao longo do dia (fracionar entre as refeições) a partir disto ajustar a dose da insulina: 15g de CHO = corrigir com 1U de insulina Contagem de CHO Contagem de CHO Contagem de CHO 28/11/2014 19 Problemas
Compartilhar