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Fisiopatologia e Dietoterapia - Diabetes Mellitus

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DIABETES MELLITUS
Profº Nathália Helena Massa Rocha
Diabetes Mellitus
 Síndrome de etiologia múltipla, decorrente de insulina 
e/ou incapacidade da insulina em exercer 
adequadamente sua função.
 Considerada uma doença de proporções epidêmicas, 
relacionada ao aumento da morbi-mortalidade
Alteração da homeostase glicêmica
Aumento dos níveis de glicemia = HIPERGLICEMIA
Dados
 Estima-se que no ano de 2025 existam 
aproximadamente 300 milhões de portadores de 
DM no mundo;
 Principal causa de cegueira, IRC e amputação de 
membros não traumáticos em adultos (30% a 40% 
dos casos);
 É a 4º razão pela procura de serviço médico no 
mundo;
 Representa de 5 a 15% dos gastos do Setor de 
Saúde.
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Classificação
 Diabetes tipo 1
 Diabetes tipo 2
 Diabetes Gestacional
 Outros tipos específicos
Diabetes Tipo 1
 5 a 10% dos casos de DM;
 Destruição das células beta pancreáticas, gerando
ocasionalmente deficiencia absoluta da insulina;
 Dependência de insulina exógena;
 Normalmente diagnosticada em indivíduos com
idade menor que 30 anos;
 SinaisSinais ee sintomassintomas:: hiperglicemia, polifagia,
emagrecimento, polidipsia, poliúria, desidratação,
cetoacidose
Diabetes Tipo 1
ORIGEM AUTO IMUNE (90% dos casos)
 Marcadores de destruição imunológica: auto
anticorpos contra as ilhotas (ICAs), contra a insulina
(IAAs), e contra demais ações imunológicas;
 Genética: Associação com sistema humano de
antígenos leucocitários (HLA).
ORIGEM IDIOPÁTICA (10% dos casos)
 Etiologia desconhecida
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Diabetes Tipo 2
 85 a 90% dos casos de DM;
 Deficiência relativa de insulina, resistência
periférica à insulina ou ainda ambas condições
(deficiência + resistência);
 Normalmente diagnosticada em indivíduos > 45
anos;
 SinaisSinais ee SintomasSintomas:: hipo, normo ou hiperinsulinemia,
hiperglicemia, pode ocorrer polifagia, polidipsia,
poliúria, mas raramente cetoacidose

Diabetes Tipo 2
Fatores de risco:Fatores de risco:
 Idade avançada (> 45 anos);
 Excesso de peso e obesidade;
 Sedentarismo;
 Histórico familiar;
 HDL-c baixo ou TG elevados;
 HAS;
 Prévia intolerância a glicose ou DM gestacional
Diabetes Tipo 2 Diabetes Gestacional
 Qualquer grau de intolerância à glicose durante 
gestação – 3º trismestre;
 4% das gestações;
 Passageira ou definitiva;
 Aumento o risco de DM2 em 40%
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Outros tipos específicos
 1 a 2% dos casos de DM;
 Associados a síndromes genéticas específicas
 Doenças do pâncreas endócrino (pancreatite, 
trauma/pancreatectomia, neoplasia...);
 Endocrinopatias (hipertireoidismo...);
 Infecções (rubéola congênita, citomegalovírus...);
 Uso de drogas hiperglicemiantes (glicocorticóides, 
hormônio tiroidiano, ácido nicotínico...) 
Diabetes tipo MODY
 Aparece em jovens antes dos 25 anos de idade;
 História familiar de 3 gerações afetadas;
 Tem início insidiosos;
 Baixa prevalência de complicações;
 Glicemia de jejum pouco alterada;
 Pode ser tratada sem insulina por períodos variáveis de 
tempo;
 Admite-se que o defeito principal seja a diminuição da 
secreção da insulina e com defeitos mínimos na sua 
ação.
Diagnóstico
 Glicemia de jejum de 8hs
 Teste de tolerância de glicose oral
Ingestão de 75g de glicose em 300ml de água, 
seguidos por dosagem de glicose plasmática nos 
tempos de 0 e 120 minutos.
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Alteração do critério de diagnóstico
 Em 2003, a Associação Americana de Diabetes 
publicou a nova definição para glicemia de jejum 
alterada de 110 para 100.
Teste de Hemoglonina Glicada (A1C)
 É indicado como um dos parâmetros para o 
diagnóstico do diabetes e pré-diabetes;
 Diagnóstico de DM: A1C > 6,5%
 Valores entre 5,7 a 6,4% = pré-diabetes;
Metas da ADA
 Controle de lipídeos e glicose glicada;
 Redução dos riscos de complicações;
 Adequação Nutricional;
 Mudança do estilo de vida.
Complicações clínicas
 Agudas:
- Cetoacidose diabética;
- Estado hiperglicêmico hiperosmolar não-cetótico;
- Hipoglicemia
 Crônicas:
- Retinopatia diabética;
- Neuropatia diabética;
- Nefropatia diabética;
- Cardiopatia.
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Complicações agudas
Cetoacidose Diabética
 Representa 8% das internações dos pacientes 
diabéticos;
 Glicemia > 500 mg/dl
 Sinais: poliúria, polidipsia, hiperventilação, 
desidratação, hálito de maçã, fadiga;
 Intervenção: correção hidratação e correção gradual 
de insulina
Complicações agudas
Estado hiperglicêmico hiperosmolar não-cetótico
 Glicemia entre 600 e 2000mg/dL
 Sinais: poliúria, polidispsia, perda de peso, fadiga, 
visão turva, cãimbras, alteração do nível de 
consciência;
 Intervenção: correção da hidratação e correção 
gradual de insulina 
Complicações agudas
Hipoglicemia
 Geralmente uma glicemia que está < que
500mg/dL está associada a sintomas de
hipoglicemia e prejuízo da função cerebral
 Confusão, prejuízo da função motora, défict
neurológico, comportamento inapropriado,
convulsão, coma...)
 Causas: Dose excessiva de insulina; atraso na
refeição ou ingestão alimentar inadequada,
exercício físico não programado, uso de drogas
hipoglicemiantes.
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HIPOGLICEMIA
 Ações hormonais atuantes na defesa do organismo 
contra a hipoglicemia: 1º glucagon, 2º adrenalina, 
e em menor atuação cortisol e GH;
 Efeito Somogyi: hiperglicemia de rebote, resultante 
da liberação de hormônios contra-reguladores.
Correção da hipoglicemia
 Indivíduos Consciente: administração de 15 a 20g 
de glicose. Se após 15 minutos persistir a 
hipoglicemia, a administração deve ser repetida. 
- Embora qualquer fonte de carboidrato possa ser 
usado (1/2 copo de refrigerante, suco de laranja, 1 
copo de água com 1 colher de sopa de açúcar, 3 
balas, 1 sachê de mel ou frutose)
- Após a normalização da glicemia: refeição ou 
lanche para prevenir a recorrência.
HIPOGLICEMIA
 Glucagon: para pacientes com risco de 
hipoglicemia severa.
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Complicações Crônicas
Complicações Crônicas Complicações Crônicas
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Complicações Crônicas Complicações Crônicas
Tratamento
 Medicamentoso:
- Hipoglicemiantes Orais;
- Combinação terapêutica;
- Insulina
 Tratamento Não-Medicamentoso:
- Mudança do Estilo de vida e Atividade física;
- Monotorização glicêmica;
- Plano de educação;
- Plano Alimentar.
Objetivo do Tratamento para DM
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Medicamentos
 Indicados basicamente para tratamento do DM2
 Pode ser utilizado em monoterapia, terapia 
combinada ou com insulina.
Insulinoterapia
 Níveis de glicose plasmáticas muito elevadas 
(principalmente se acompanhada de perda de 
peso e cetonúria);
 Durante a gestação, enquanto os hipoglicemiantes 
orais não mantiverem os níveis glicêmicos ideais;
 Durante cirurgias, infecções, IAM e AVE;
 Administração: seringa ou bomba de insulina 
Insulinoterapia
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Tratamento não-medicamentoso
 Mudança do estilo de vida:
 Recentes estudos tem mostrado os benefícios da 
mudança do estilo de vida (abandono do 
tabagismo e alcoolismo, perda de peso, prática de 
atividade física...) sobre o controle glicêmico e 
prognóstico de pacientes portadores de DM, 
principalmente DM2.
Exercícios
 Por induzir melhora na ação da insulina, faciliar o controle de
peso, além de outros fatores benéficos, a atividade física é de
grande importância na prevenção e controle do DM2;
 O exercício deve ser frequente (pelo menos 3x/semana), de
intensidade moderada (caminhar, nadar, andar de bicicleta,
entre outros),com duração mínima de 30 minutos;
 Nos pacientes insulino-dependentes, é necessário
monitorização frequente;
 Não são aconselháveis exercício de alto risco, que não possa
receber auxílio imediato.
Tratamento Não-Medicamentoso Transplantes (Tx)
Tipos:
 Tx ilhotas (doador cadáver): As células são 
infundidas no fígado a partir de uma punção em 
ambulatório. Após 5 anos , 10% mantém-se insulino
independentes;
 Tx simultâneo de rim e pâncreas: paciente com 
DM1 em IR grave, em fase pré-dialítica ou em 
tratamento dialítico;
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Transplantes (Tx)
 Transplante de pâncreas isolado: paciente 
diabéticos que já receberam um rim previamente.
 Após 5 anos, 60% dos pacientes permanecem sem 
insulina, por isso é preferido ao de ilhotas. O 
paciente demora de 2 a 3 anos por um doador 
cadáver. Este transplante melhora a sobrevida a 
longo prazo.
Critérios para Tx
TN - Objetivos
 Manter ou recuperar o EN em adultos;
 Promover pleno crescimento e desenvolvimento em 
crianças e adolescentes;
 Manter os níveis de glicemia apropriados;
 Prevenir complicações secundárias;
 Adaptar o plano ao uso de medicamentos e/ou 
atividade física.
Dietoterapia
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Efeitos dos Macronutrientes Plano Alimentar
Dietoterapia Dietoterapia
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Dietoterapia Dietoterapia
Dietoterapia Dietoterapia
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Dietoterapia
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IG x CG
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IG: Cardiovascular
Contagem de CHO
 Mais comumente usada em DM1 
 Indicados para paciente em que a escolaridade 
possibilite a compreensão;
 Dificilmente aplicada a idosos;
 Realizar ajuste da insulina adequado;
 Acompanhamento médico e nutricional.
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Como aplicar?
 Conhecer a quantidade de CHO dos alimentos 
(tabelas estruturadas);
 Distribuir a quantidade de CHO determinada para 
consumo diário de cada paciente ao longo do dia 
(fracionar entre as refeições) a partir disto ajustar 
a dose da insulina:
15g de CHO = corrigir com 1U de insulina
Contagem de CHO
Contagem de CHO Contagem de CHO
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Problemas

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