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24/11/2014 1 Obesidade Obesidade Define-se obesidade como excesso de tecido adiposo numa extensão tal que implique prejuízos à saúde dos indivíduos. O componente principal responsável pela variação peso para altura é o tecido adiposo. ob = muito; edere = comer Obesidade É uma doença multifatorial onde ocorre acúmulo anormal de gordura no tecido adiposo, que coincide com um aumento do peso corporal, embora esta condição possa eventualmente não estar presente. Causas da Obesidade Síndrome Monogênica Suceptibilidade Genética Cultura Ingestão AlimentarExercício Velocidade metabólica O Mundo OBESOGÊNICO Termodinâmica Consumo de energia Gasto de energia id199968 pdfMachine by Broadgun Software - a great PDF writer! - a great PDF creator! - http://www.pdfmachine.com http://www.broadgun.com 24/11/2014 2 Fome, Apetite e Saciedade FOME Necessidade fisiológica de alimento APETITE Vontade específica de algum alimento SACIEDADE Cessação da fome Fome, Apetite e Saciedade Hábito Associações Oportunidades Fatores sociais Fatores Culturais Ritmo circadiano / hora do dia Interação de diversos sinais regulatórios Ritmo Circadiano Genética Risco familiar: a prevalência de obesidade é de 2 a 8x mais elevada em famílias de indivíduos obesos que na população geral. Genética Herança Monogênica: poucos genes de efeito maior que determinam a obesidade Herança Poligênica: diversos genes com efeito menor para levar a obesidade que podem interagir e se manifestar em ambiente favorável Leptina A leptina (do grego leptos = magro) é uma proteína secretada por adipócitos e que age no SNC promovendo menor ingestão alimentar e incrementando o metabolismo energético, além de afetar eixos hipotalâmico-hipofisários e regular mecanismos neuroendócrinos. Camundongos geneticamente obesos (ob/ob) não têm o gene para a expressão da leptina e por isso desenvolvem hiperfagia e acúmulo progressivo de gordura corporal. 24/11/2014 3 Herança Monogênica Crianças tratadas com Leptina A influencia genética tem um comprovado papel na gênese da obesidade Pesquisas estão sendo desenvolvidas para identificar genes relecionados à obesidade No futuro poderemos identificar indivíduos suscetíveis Fatores ambientais modificam esta influência Predisposição genética X obrigação genética Fatores Neurais HIPOTÁLAMO: Centro Fome e Saciedade Localização Hipotálamo SNC Fatores Neurais Hipotálamo Ventro Medial Ativado Saciedade Para a fome Hipotálamo Ventro Medial Ativado Fome Comer Glicemia Glicemia Peptídeos e SNC Os peptídeos intestinais, combinados a outros sinais, podem estimular (Grelina e Orexina) ou inibir (CCK, leptina e oxintomodulina) a ingestão alimentar. GRELINA Está alta no Jejum, estimula as secreções digestivas, produzida pelo fundo gástrico PEPTÍDEO Y Inibidor da ingestão alimentar Obesos têm em > quantidade Contra regula grelina COLECISTOCININA Secretada no TGI na presença de Gordura e proteína. Ação poten- cializada pela distensão gástrica Promoção de saciedade OXINTOMODULINA Supressor da ingestão alimentar a curto prazo Reduz ingestão calórica e Níveis séricos de grelina Fatores Endócrinos Insulina Leptina Importância do tecido adiposo Maior órgão endócrino 24/11/2014 4 Insulina Ainsulinainsulina éé produzidaproduzida pelaspelas célulascélulas betabeta dodo pâncreaspâncreas ee aa suasua concentraçãoconcentração séricasérica éé proporcionalproporcional àà adiposidadeadiposidade.. Insulina Ação central: incita a saciedade, aumenta o gasto energético e regula a ação da leptina Os receptores hipotalâmicos da insulina encontram-se na mesma região dos receptores da leptina. Ação periférica: Com seu efeito anabólico, a insulina aumenta a captação de glicose e a queda da glicemia é um estímulo para o aumento do apetite. A insulina ainda interfere na secreção de entero-hormônios (glucagon like peptide - GLP 1) que atuam inibindo o esvaziamento gástrico, promovendo uma sensação de saciedade prolongada A resistência à insulina, comum em obesos, é resultante de altas concentrações séricas. Leptina A composição e o peso corporais são determinados por interações entre fatores genéticos, ambientais, comportamentais e sociais, e pela resposta a um sinal periférico produzido em quantidades proporcionais ao tecido adiposo do organismo. Leptina Em seres humanos obesos, quanto maior a quantidade de tecido adiposo, maiores os níveis de leptina circulantes. Esse achado é paradoxal, já que níveis elevados de leptina deveriam diminuir o apetite e aumentar o gasto energético. Provável a ocorrência de um aumento da resistência periférica à leptina em seres humanos com obesidade. Esse paradoxo tem sido explicado por numerosas mecanismos celulares. Um mecanismo plausível envolve um possível defeito no transporte da leptina através da barreira hematoencefálica. Leptina Fatores Intestinais O TGI secreta peptídeos que, combinados a outros sinais, regulam o processo digestivo e atuam no sistema nervoso central para regulação da fome e da saciedade. A sinalização ocorre através dos nervos periféricos e através de receptores. 24/11/2014 5 Colecistocinina Secretada pelo TGI na presença de gordura e proteína. Sinaliza para o SNC e atua na promoção da saciedade e no processo digestivo (secreção pancreática, secreção biliar e contração vesicular) A ação da CCK é potencializada pela distensão gástrica (mecanoceptores) Grelina A grelina é um dos mais importantes sinalizadores para o início da ingestão. Sua concentração mantém- se alta nos períodos de jejum, caindo imediatamente após a alimentação, o que também sugere um controle neural. Grelina Estimula as secreções digestivas e a motilidade gástrica. Envolvida na formação dos depósitos de gordura Níveis menores no obeso Restrição calórica, perda de peso = aumenta Grande Diminuição após Cirurgia Bariátrica Regulação Energética Ponto Fixo Set Point A ingestão alimentar e o peso corporal parecem ser regulados pelo set point A defesa do peso corporal Experimentos em animais demonstram que após a privação ou a superalimentação há um ajuste da dieta, para cima ou para baixo, até que se retorne ao peso anterior Regulação Energética Em Humanos o ponto fixo não é estático O ponto fixo varia entre indivíduos e depende da composição corporal, atividade física, estresse e inúmeros fatores ambientais e genéticos. Pode variar ainda, de acordo com a fase da vida Regulação Energética Feedback negativo tendência a estabilizar reservas As reservas de gordura exercem uma sinalização para que se diminua a conversão de nutrientes em lipídeos. Longos períodos de ingestão calórica elevada levam a estabelecimento de um novo ponto fixo, superior. 24/11/2014 6 Regulação Energética Relação gasto de energia X massa metabólica Após repetidas dietas (longo prazo), o gasto calórico é diminuído (economia). Com o ganho de peso, o ponto fixo aumenta e é cada vez mais difícil emagrecer. Obesos seguidores de dietas têm taxas metabólicas anormalmente baixas e a perda e peso é condicionada a dietas cada vez mais hipocalóricas. Fisiopatologia das Alterações do Metabolismo da Glicose na Obesidade Consequencia da obesidade Metabólica : resistência a insulina intolerância a glicose diabetes tipo II dislipidemias esteatose hepática cálculo biliar Cardiovascular: hipertensão arterial doença coronariana edema periférico Câncer: mama endométrio próstata rim pâncreas Colon Mecânicas: osteoartritis apnéia no sono Social: depressão julgamento adverso Debate: Dietas da Moda Quais são as principais dietas da moda? São efetivas para perda de peso? Qual é a informação cientifica acerca deste assunto? São efetivas para manutenção a longo prazo? Podem ser prejudiciais com relação ao aporte de micronutrientes? Qual a interferência no perfil metabólico dos obesos? Caracterização das dietas da moda com relação aos macronutrientes 1. Rica em gordura (55 65%), pobre em carboidrato, rica em proteína Ex: Atkins, The zone 2. Moderada em gorduras (20-30%) Ex: Vigilantes, Dash 3. Pobre em gorduras (11-19%), rica em carboidrato Ex: Ornish, Estratégias de Tratamento Dietoterapia Atividade física Diminuição hábitos sedentários Mudanças comportamentais Medicamentos Cirurgia 24/11/2014 7 Estratégias de Tratamento Recomenda-se que o tratamento se inicie com modificação dietética, exercício e mudanças comportamentais. A farmacoterapia deve ser instituída para IMC acima de 30, ou inferior se houver co-morbidades associadas e se os resultados forem insatisfatórios. O tratamento medicamentoso deve ser instituído e manter-se enquanto os benefícios superarem os riscos Objetivos da Nutrição Mudança de hábito alimentar; Incorporação de práticas alimentares mais saudáveis; Facilitar a adesão ao tratamento; Informar; Monitorar; Facilitar Reeducação Alimentar Considerar transtornos Ansiedade Depressão Compulsão (TCAP) Bulimia Risco de anorexia Tratamento Comportamental Manutenção de um diário alimentar Alimentação em local adequado Mastigação lenta Não realização de compras de alimentos em jejum ou com fome Utilização de listas para compra de alimentos Remoção das travessas da mesa Porções/utensílios menores Dieta Baixo CG insulina e melhora a resistência à insulina; favorece o controle glicêmico ( glicemia e evita picos) melhora do perfil lipídico ( Tg e HDL) favorece sensação de saciedade prolongada inibe a fome risco de desenvolver DM II e DCV contribui na perda de peso e manutenção Carga Glicêmica 24/11/2014 8 Fibras 25 a 30g/dia Retardam o esvaziamento gástrico; Favorecem a saciedade; Aumentam o volume das fezes; Aumentam a tolerância à glicose (reduzem a absorção de insulina pós-prandial); Diminuem a absorção de lipídiso (se ligam a ác. Biliares); Diminuiem CT e LDL. Sal Evitar; Máximo 5 gramas por dia; Evitar alimentos ricos em sódio = embutidos, enlatados, frios. Água 70% corpo humano; Meio para as reações do organismo; Recomendação: 2 L = 6 - 8 copos por dia Fracionamento 3 refeições principais + lanches intermediários; Atividade física = > gasto energético; DIET e LIGHT QUAL A DIFERENÇA? Expectativa Perda de gordura e manutenção (ganho ?) de massa magra Tolerável: Até 20% do peso perdido em forma de massa magra Chute: 0,5 kg por semana (?) Expectativa real: adesão ao tratamento e incorporação de novos hábitos. A perda de peso é consequência. 24/11/2014 9 ORLISTAT: inibe a lipase gastrointestinal. Diminuição da absorção de lipídios da dieta Efeitos Desejáveis: Diminuição pressão arterial Diminuição colesterol, LDL Diminuição circunferência abdominal Diminuição glicemia Efeitos Indesejáveis: hipoavitaminose flatulência c/ descarga incontinência fecal urgência fecal diminuição da ação de drogas Derivados Anfetamínicos Fentermina, Anfepramona, Femproporex Utilizadas no máximo 3-6 meses Efeitos colaterais: Hipertensão arterial, xerostomia, insônia, taquicardia, Dependência, tolerância SIBUTRAMINA: Induz perda de peso por supressão do apetite. Inibe o centro da fome. EFEITOS COLATERAIS: CEFALÉIA XEROSTOMIA INSÔNIA TAQUICARDIA HIPERTENSÃO ARTERIAL ** RISCO DE PROBLEMAS CARDIOVASULARES, ** RISCO DE PROBLEMAS CARDIOVASULARES, AVC.AVC. ** PROIBIDO NA EUROPA, VENDA RESTRITA NOS ** PROIBIDO NA EUROPA, VENDA RESTRITA NOS EUA E BRASIL.EUA E BRASIL. Para saber mais: www.abeso.org.br
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