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TRABALHO DE IRRIGAÇÃO ( AUTORGA DE ÁGUA )

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OUTORGA DE ÁGUA 
Acadêmicos: Alcindo Brignoni
Fernando Cesar de Souza
Trabalho apresentado ao Curso de Agronomia,
do Instituto Federal Goiano – campus Rio Verde, 
como requisito para a disciplina de Irrigação e 
Drenagem, 6º Período, 2º semestre de 2015
Prof º DSc. Leonardo Nazário S. dos Santos
Rio Verde – GO
Outubro de 2015
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO
O desenvolvimento industrial, embora tenha trazido crescimento econômico, em geral tem sido acompanhado dos necessários cuidados com a qualidade ambiental , contribuindo significativamente para a degradação das águas em face do lançamento de efluentes orgânicos e inorgânicos, muitos extremamente tóxicos e lesivos á biota, e prejudicando o consumo humano de água e alimento.
O transporte,pelas chuvas, do lixo disposto a céu aberto para os rios e córregos resultando na poluição e contaminação das águas.Nás áreas urbanas, o lixo representa mais um obstáculo ao fluxo das águas, assim, contribuindo para o agravamento dos problemas de inundação. Diretamente a isto esta associado á erosão e á degradação da qualidade das águas há ainda dois importantes aspectos na bacias: as queimadas, praticadas constantemente e descontroladamente, e a exploração minera, voltada para a construção civil e apresentando graves situações de degradação ambiental, principalmente em áreas de extração de areia do leito e margens de rios, com destaque para as bacias, cuja atividade intensa de areeiros se reflete no aceleração e sedimentação do reservatório. A outorga de direito de uso dos recursos hídricos é um instrumento de gestão definido na Lei 9.433/ 97, caracterizado como de ‘’ comando e controle ‘’, que visa assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso á água. Mais especificamente, a outorga tem por objetivo disciplinar, assegurar, harmonizar e controlar os usos múltiplos da água, garantido a todos os usuários o acesso á água, visando á preservação das espécies da fauna e flora endêmicas ou em perigo de extinção a qualidade da água e os efeitos da superexplotação, rebaixamento do nível piezométrico e contaminação dos aquíferos.
A outorga e a cobrança são utilizadas em todo o mundo como instrumentos de gestão dos recursos hídricos. Estes instrumentos são aplicados com o intuito de inibir o uso insdiscriminado do recurso, limitando a utilização apenas para as necessidades mais preeminentes, quando a escassez é detectada. A outorga garante ao usuário o direito de uso da água, e a sua emissão pelo órgão competente deve levar em consideração os aspectos quantitativos e qualitativos para a análise dos pleitos. Ao se conceder ao usuário o direito de uso, este está protegido contra o uso predador de outros usuários que não possuam outorga. A cobrança, por sua vez, e diante do que foi exposto, não deve ser entendida como uma simples arrecadação de dinheiro, ela é de fato um instrumento de gestão. Ela não foi instituída com o propósito de arrecadar verbas de quem polui, por exemplo, mas sim para induzir quem polui a deixar de faze – lo preservando assim os recursos hídricos para as atuais e futuras gerações.
A água desempenha múltiplas funções, seja para atendimento das necessidades básicas humanas,animais e para a manutenção dos ecossistemas, seja como insumo na maioria dos processos produtivos. Estas múltiplas atribuições e conotações da água, devido ao seu caráter indispensável à vida, tornam essencial a normatização do seu uso, com uma legislação específica e atuação efetiva do poder público.
A lei que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos trouxe aperfeiçoamentos em relação ao Código de Águas de1934 - Decreto no 24.643, que visava permitir ao poder público controlar e incentivar o aproveitamento e uso racional das águas.
A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos, que irão orientar a implementação dos seus instrumentos definidos, entre eles a outorga de direito de uso de recursos hídricos:
I. a água é um bem de domínio público;
II. a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
III. em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais;
IV. a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;
V. a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
VI. a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.
A Agência Nacional de Águas - ANA - entidade federal de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e integrante do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos - possui, dentre as suas competências, aquela relativa à emissão de outorgas de direito de uso de recursos hídricos em corpos de água de domínio da União, conforme disposições da Lei no 9.984, de 17 de julho de 2000.
MANUAL DE PROCEDIMENTOS TÉCNICOS E ADMINISTRATIVOS DE OUTORGA DE DIREITO DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS DA AGÊNCIA NACIONAL DÁGUAS 
Agosto - 2013 (Atualizado em 03/12/2014)
OUTORGA E COBRANÇA:INSTRUMENTOS DE GESTÃO APLICADOS Á ÁGUA SUBTERRANEA, Claudia Custódio Freire, Departamento de Águas e Energia ( DAE/CTE/UFAL), Campus A. C. Simões, Maceió / AL.
2.0 Sobre os órgãos competentes da outorga
2.1 Orgãos responsáveis pelo processo de outorga
CONAMA é o Conselho Nacional do Meio Ambiente, órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente-SISNAMA, criado pela Política Nacional do Meio Ambiente. Ele não é um lugar físico, mas sim um ambiente vivido por reuniões como as Câmaras Técnicas, Grupos de Trabalho e as Plenárias, as quais se reúnem os Conselheiros. Veja como funciona o conselho lendo nosso Regimento interno.
O Conselho pode produzir diversos atos, sendo que seu principal e mais conhecido instrumento são as suas Resoluções. 
Por meio desses dispositivos são estabelecidas normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente, com vistas ao uso racional dos recursos ambientais. O processo se inicia mediante proposta de seus Conselheiros, que segue para ser analisado pelo Ministério do Meio Ambiente –MMA e entidades vinculadas (Ibama, SFB, ANA e ICMBio), no que couber, e segue de acordo com a estrutura de trabalho pré-determinada por seu Regimento Interno. Não podemos esquecer que a Agencia Nacional das Águas – ANA, é vinculada ao Ministério do Meio Ambiente e tem a finalidade de implementar a Politica Nacional de Recursos Hídricos
2.1.1 O que o Conama faz e o que ele não faz 
Primeiramente o CONAMA, Estabelece normas e critérios para o licenciamento de atividades efetivas ou potencialmente poluidoras;
Estabelece, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluição causada por veículos automotores, aeronaves e embarcações;
Delibera, sob a forma de resoluções, proposições, recomendações e moções, visando o cumprimento dos objetivos da Política Nacional de Meio Ambiente;
Produz, guarda e disponibiliza todos os seus atos normativos (resoluções, proposições, recomendações, decisões e moções) em seu sítio eletrônico à medida que vão sendo publicados.
2.1.2 O que o CONAMA não faz 
Fiscalização / licenciamento (em âmbito federal fica a cargo do Ibama e na esfera estadual e municipal é de responsabilidade do órgão ambiental respectivo);Apura denúncias (em âmbito federal fica a cargo do Ibama e na esfera estadual e municipal é de responsabilidade do órgão ambiental respectivo);Não é responsável nem mantém atualizada a legislação ambiental brasileira (Leis, Decretos, Instruções Normativas, Portarias etc.).Divisão de Outorga:Fiscalização de Controle e Autorização dos usos da água e em seguida a Seção Fiscalização e Controle de Obras em Recursos
Hídricos.
3.0 Órgãos estadual e federal
3.1 Órgão estadual
Com relação aos órgãos responsáveis a outorga são DIOUT, CRH, DRH, FEPAM,órgãos estes tem por função fiscalizar, aprovar , dispensar, autorizar a captação de água e a autorização para perfuração de poços e demais atividades, mas para isto devemos atentar quanto as leis, leis estas a nível estadual e federal.Assim, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente de cada Estado, esta diretamente ligada aos órgãos d esfera estadual,DIOUT, DRH e FEPAM
DIOUT 
A Divisão de Outorga – DIOUT ,Ele implementa as ações referentes ao gerenciamento e fiscaliza o uso dos recursos hídricos, ainda concede a outorga de uso de água sob o domínio do Estado, da o aval para a execução de obras hidráulicas conforme a Lei nº 2.434 / 54 e por fim, articula a outorga e o processo de licenciamento ambiental.
DRH 
O Departamento de Recursos Hidricos – DRH ,Implementa ações referentes ao gerenciamento e fiscaliza o uso dos recursos hídricos, concede a licença para a execução de obras hidráulicas sob a Lei º 2.434 / 54. Assim, o Departamento de Recursos Hidricos – DRH, ainda defini aparte técnica para orientar quanto a outorga, com o quesito demanda e disponibilidade por fim, analisa o processo em si e emiti o aval do uso da água ( a outorga ).
Afinal, este órgão ele cria a nível de estado, um cadastro geral dos usuários de recursos hídricos e ainda promove a questão do licenciamento ambiental.
FEPAM
A Fundação Estadual de Proteção Ambiental – FEPAM, defini as ressalvas, quanto a competência da união, onde a exploração da água é de necessárias para a manutenção da vida nos ecossistemas aquáticos sob decreto 37.033 /96, art. 5º. Sendo assim, este critério da gestão da qualidade das águas subterrâneas e a Lei 10,350, artt. 29 parágrafo 2º, diz bem que as águas é de total domínio do Estado, água superficiais e subterrânea, somente poderão ser objeto de uso após outorga, de que tratam os artigos 29,30 e 31 da Lei nº 10.350 , de 30 de dezembro de 1994 pelo Departamento de Recursos Hidricos da Secretaria de Obras Públicas e Saneamento e Habitação – DRH e pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental – FEPAM ,mediante os artigos, Art. 1 até Art. 27.
CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DE 1989
Institui o Sistema Estadual de Recursos Hídricos (art. 171)
LEI ESTADUAL 10.350/94 
Regulamenta o Art. 171 da Constituição Estadual 
DECRETO ESTADUAL 37.033/96
Regulamenta os artigos 29, 30 e 31 da Lei Estadual 10.350/94
DECRETO ESTADUAL 42.047/02
Regulamenta a lei 10.350/94, no que se refere ao gerenciamento e a conservação das águas subterrâneas e dos aqüíferos no estado do Rio Grande do Sul
DECRETO ESTADUAL 23.430/74
(Código da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, de 24/10/74)
Aprova regulamento que dispõe sobre a promoção, proteção e recuperação da saúde pública.
4.0 A nível federal
Código de águas / 1934
CONSTITUIÇÃO DE 1988
LEI FEDERAL 9.433/1997
LEI FEDERAL 9.984/2000
LEI FEDERAL 11.445/ 2007 
LEI FEDERAL 12.334/2010
Resoluções CNRH, e CRH
4.1 A nível federal
O Conselho de Recursos Hídricos do Rio Grande do Sul, no uso de suas atribuições conferidas pela Lei Estadual nº 10.350, de 30 de dezembro de 1994, regulamentada pelo Decreto nº 36.055, de 04 de julho de 1995, e suas posteriores modificações aplicáveis à matéria,considerando a estiagem e escassez de água nas bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul para o atendimento dos múltiplos usos dos recursos hídricos disponíveis,onsiderando a possibilidade de comprometimento do abastecimento das populações devido aos baixos níveis da água verificados, em situações similares, nas captações dos municípios,onsiderando a necessidade de compatibilizar todos os usos da água nas Bacias Hidrográficas, garantindo a prioridade ao abastecimento público, conforme determina a Constituição Estadual e a Lei nº 10.350/1994, que regulamentou o Sistema Estadual de Recursos Hídricos.
Legis Web 
Empresa de serviços e produtos corporativos inovadores – Rio Grande do Sul – RS , 2015 
5.0 Obtenção de outorga 
5.1 Quem deve pedir outorga
Todo usuário que fizer uso ou interferência nos recursos hídricos das seguintes formas:
Na implantação de qualquer empreendimento que demande a utilização de recursos hídricos (superficiais ou subterrâneos);
Na execução de obras ou serviços que possam alterar o regime (barramentos, canalizações, travessias, proteção de leito, etc.);
Na execução de obras de extração de águas subterrâneas (poços profundos);
Na derivação de água de seu curso ou depósito, superficial ou subterrâneo (captações para uso no abastecimento urbano, industrial, irrigação, mineração, geração de energia, comércio e serviços, etc.);
No lançamento de efluentes nos corpos d'água.
5.1.1 Como obter uma outorga
A outorga de direito de uso dos recursos hídricos deve ser requerida através de formulários próprios, disponíveis na Diretoria de Bacia do DAEE, escolhida conforme o município onde se localiza o uso, onde também obterá informações quanto á documentação e aos estudos hidrológicos necessários. Os formulários (Anexo de portaria 717).
Os recursos hídricos (águas superficiais e subterrâneas) constituem- se em bens públicos que toda pessoa física ou jurídica tem direito ao acesso e utilização, cabendo ao Poder Público a sua administração e controle. Se uma pessoa quiser fazer uso das águas de um rio, lago ou mesmo de águas subterrâneas, terá que solicitar uma autorização, concessão ou licença (Outorga) ao Poder Público. O uso mencionado refere-se, por exemplo, à captação de água para processo industrial ou irrigação, ao lançamento de efluentes industriais ou urbanos, ou ainda à construção de obras hidráulicas como barragens, canalizações de rios, execução de poços profundos, etc. A outorga de direito de uso ou interferência de recursos hídricos é um ato administrativo, de autorização ou concessão, mediante o qual o Poder Público faculta ao outorgado fazer uso da água por determinado tempo, finalidade e condição expressa no respectivo ato. Constitui-se num instrumento da Política Estadual de Recursos Hídricos, essencial à compatibilização harmônica entre os anseios da sociedade e as responsabilidades e deveres que devem ser exercidas pelo Poder concedente. No Estado de cada unidade da federação cabe ao DAEE o poder outorgante, por intermédio do Decreto 41.258, de 31/10/96, de acordo com o artigo 7º das disposições transitórias da Lei 7.663/91.
Para saber em qual Diretoria de Bacia está o seu empreendimento ou uso:
1) Clique na sigla da Diretoria que aparece no mapa Administração Descentralizada do DAEE e que mais se aproxima da região de seu uso.
2) Verifique se o município é abrangido pela Diretoria, na relação apresentada.
3) Para saber a que Bacia pertence o município, no site você clica no ícone e segue as instruções a respeito da outorga de água.
5.1.2 O que é necessário
Formulários de requerimento segundo o tipo de uso (anexo de I a XIX das Normas constantes da Portaria DAEE 717/96)
Informações do empreendimento, documentos de posse ou cessão de uso da terra, do usuário;
Projetos, estudos e detalhes das obras acompanhados da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica);
Protocolo/cópia do ARF (Atestado de Regularidade Florestal) emitido pelo DEPRN e da Licença de Instalação ou Funcionamento da CETESB, conforme o caso;
Relatório final de execução do poço, no caso de captação de água subterrânea, e relatório de avaliação de eficiência (RAE) do uso das águas;
Estudos de viabilidade (EVI) e cronograma de implantação no caso de empreendimentos; 
Comprovante de pagamento dos emolumentos.
Quanto a documentação para o uso:
Requerimento;
Estudo de Viabilidade de implantação;
Cópia ( ART ), Copia de Anotação de Responsabilidade técnica;
Cronograma de Implantação do empreendimento;
 Cópia do CGC / CIC e RG e florestal ( ARF), do ‘’ DEPRN ‘’;
Plantas, seções, perfis da obra;
Documento de posse ou cessão de uso de áreas;
Cópia de licença de Instalação da CETESB;
Estudo de Avaliação Hidrogeológica;
Projeto de Perfuração segundo a ABNT;
Análise físico – química da água;
Relatório final de execução do poço;
Relatório de Avaliação de Eficiência ( RAE);
Especificações Técnica de Disponibilidade de Medição e Registro de vazões.
Deve –se preenche estes formulário de forma a analisar para obtenção da água:
01 Formulário de Captação Superficial;
02 Formulário de Captação Subterrânea;
03 Formulário de Lançamento de Efluentes;
04 Formulário de Barragens;
05 Formulário de Lançamento de Águas Pluviais; 
06 Formulário para Obturação de Poços;
07 Formulário para Caminhão Pipa.
5.1.3 Procedimento para Pedido de Outorga
1º PASSO: Ir a um dos links acima e escolher um dos tipos de captação de água específico para o uso da água;
2º PASSO: Imprimir e preencher corretamente o(s) formulário(s) específico(s) para a obtenção da outorga desejada;
3º PASSO: Verificar a lista dos documentos necessários que devem ser anexados ao(s) formulário(s) devidamente preenchido(s);
	
4º PASSO: Com o(s) formulário(s) preenchido(s) e as documentações solicitadas, encaminhe tais documentos ao Protocolo da SRH/ e a Agencia que regula a água em seu estado.
ATENÇÃO: Incluem-se também nos formulários os pedidos de outorga prévia, transferência, renovação , modificação, suspensão e revogação de outorga, quando couber. 
5.1.4 Documentação necessária para pedido de outorga
O primeiro passo a seguir estabelece que a solicitação de outorga de direito de uso de recursos hídricos é o procedimento do Formulário para Caracterização do Empreendimento ( FCE). Este formulário se encontra disponível do site do IGAM, do IEF,da FEAM e nas Superintedencias Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável ( SUPRAMs).
Quanto ao pedido de outorga são necessários de direto de uso de recursos hídricos, e processos de Regularização Ambienta, para a finalidade:
Abastecimento público de água;
consumo humano;
perfuração de poço tubular para finalidades diversas;
sistemas de lava jatos;
paisagismos;
irrigação de culturas;
dessedentação de animais;
aquicultura / psicultura;
sistema de suprimento de água em assentamentos de reforma agraria;
barragens com a formação de reservatório com as finalidades de irrigação, abastecimentos público, perenizarão de cursos de água, acumulo d e água para dessedentação de animais, para geração de energia, etc.;
beneficiamento de produtos agrícola;
indústrias / mineração.
O FCE, na verdade é um documento que possibilita a solicitação integrada, pois contempla o pedido de Licença Ambiental, Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos de Documento autorizado para Intervenção Ambiental – DAIA ,que substitui a antiga Autorização para Exploração Florestal – APEF.
Após o recebimento do FCE pelo Sistema Integrado de Meio Ambiente – SIAM é gerado e enviado ao usuário o Formulário de Orientação Básico – FOB ( o antigo FOBI), que informa ao usuário os documentos e estudos técnicos a serem apresentados para a formalização do processo integrado para obtenção das respectivas autorizações administrativas.
• Pessoa Física – CPF, Identidade / Pessoa Jurídica – CNPJ, Contrato Social, Estatuto da Empresa;
• Cópia do documento de posse ou de cessão de uso da área onde se instalará a captação;
• Descrição geral das estruturas de captação / Croqui do local / Anexo Fotográfico.
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável 
Conselho Estadual de Politica Ambiental – COPAM - 2010.Belo Horizonte – MG.
Observação:
Juntar a referida documentação ao formulário preenchido e protocolar o pedido de outorga na Agencia Reguladora do seu estado.em caso de procuração, esta deve ser autenticada em cartório;
A vazão de água desejada deverá estar de acordo com a finalidade pretendida e conforme os valores estabelecidos na INSTRUÇÃO NORMATIVA/ da Agencia Reguladora do seu estado, sob o Nº 02, de 11 de outubro de 2006.
Na existência de 02 (duas) ou mais captações, deverá ser preenchido um formulário para cada captação;
As informações relacionadas acima deverão ser adaptadas de acordo com o tipo de empreendimento, podendo o requerente acrescentar outras, julgadas importantes para análise do processo. Outorga: É um dos instrumentos de gestão de recursos hídricos que visa a gerenciar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso a ela. Desde a criação da Agencia reguladora do seu estado pela lei n° 3.365, de 16 de junho de 2004, a competência de outorgar o direito de uso de recursos hídricos em corpos de água de domínio do Distrito Federal e naqueles delegados pela União ou estados passou a ser desta agência, a qual concede os atos de outorga após análise feita pelos técnicos da Superintendência de Recursos Hídricos – SRH, conforme as diretrizes estabelecidas pela Resolução/ Agencia reguladora do estado nº 350, de 23 de junho de 2006. Captação Superficial: É a retirada de água que qualquer usuário pode fazer de um corpo hídrico superficial (rio, riacho, ribeirão, córrego, nascente, boqueirão, lago, etc), desde que tenha outorga ou registro para tanto. Dentre as finalidades mais frequentes do uso da água estão o abastecimento humano, a irrigação e a criação de animais. Captação Subterrânea: É o ato de retirar água contida no lençol freático por meio de poços tubulares ou poços manuais. Dentre as finalidades mais frequentes do uso da água estão o abastecimento humano, a irrigação e a criação de animais. Lançamento de Efluentes: Refere-se ao lançamento de resíduo líquido, tratado ou não, em corpo hídrico receptor. O formulário para requerimento de outorga de lançamento de efluentes deverá ser preenchido com as características do ponto de lançamento e com os dados de qualidade do efluente lançado e do corpo hídrico receptor (rio, lago).Disponibilidade Hídrica e Obras Hidráulicas: Aplica-se ao setor Elétrico, para declaração da reserva do uso do potencial de Energia Hidráulica. Deverão ser preenchidos os dados de identificação da obra hidráulica e apresentação dos estudos de viabilidade ou projeto básico do empreendimento.
ADASA – Agencia Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal www.adasadf.gov.br, Brasília, 15 de outubro d e 2015.
5.1.5 Uso de recursos hídricos que independe de outorga
O uso de recursos hídricos que independe de outorga para autorizar a exploração do sistema, é regido pela Lei nº 13.199/99,onde o Poder Público conforme ele define em no regulamento, o uso de recursos hídricos para satisfação das necessidades de pequenos núcleos populacionais distribuídos no meio rural, bem como as acumulações, as derivações, as captações e os lançamentos considerados insignificantes. Ao isentar de outorga as retiradas ou lançamento de pequenas vazões e as pequenas acumulações de água consideradas insignificantes, o legislador busca não dificultar, através de procedimentos administrativos, o atendimento a pequenas demandas de água que não alterem as caraterísticas dos corpos de água, o que o Poder Público faz é expedir a outorga e cabe a demais órgãos a inspecionar e fiscalizar tais usos, sendo os mesmos passiveis de cadastramento.
5.1.6 Prazo de validade de uma outorga
Com relação ao prazo de validade para se obter um outorga, é nomeada a Agencia Nacional das Aguas – ANA, onde a mesma aprova novos prazos de validade para outorga dos direitos de uso da água.Sendo assim, a ANA, adota novos prazos de validade para outorga dos direitos de uso de recursos hídricos para captação de água e lançamento de efluentes, e neste contexto deve constar uma Resolução, Resolução feita pela ANA de nº 1.041 /2013, que assim, os recursos hídricos da bacia hidrográfica daquela região não podem afetar a qualidade da água para demais usuários ( limites impostos pela classe que enquadra os mananciais ).
Como de regra:
Quanto a validade da outorga de direito de uso destes recursos hídricos é da União, onde rios e lagos ( fronteiras, transfronteiras e reservatórios),
terá o prazo de dez anos para áreas de lavouras irrigadas de até 2 mil hectares, industrias que captam água de no máximo 1 m³ / s de água, aquicultura e criação de animais e atividade de mineração é de 20 anos.As outorgas para as barragens ou de vazões para hidrelétricas sem a concessão e outras obras hidráulicas que necessita de outorga terá o prazo de 35 anos de validade e este mesmo prazo é destinado para abastecimento público e esgotamento sanitário assim, operados por empresas de prestadora desserviços. Desse modo, a ANA Agencia Nacional de Águas, leva em consideração o quesito vazão, aquele volume disponível para o uso, onde considera – se o volume calculado daquele curso d água, abaixo, se é um reservatório ou não, se é um reservatório para construção de sina hidrelétrica ou um barramento para demais finalidades, para abastecimento público.
AGENCIA NACIONAL DE ÁGUAS – aprova novos prazos de validade para outorgar direitos de uso da água – 27/09/2013. Texto de Rui Faquim / ANA.
5.1.7 Definição de outorga
Outorga diz respeito pelo qual o poder público concede ao particular, empresa ou pessoa física, a autorização para o uso das águas.Sendo assim, a Constituição Federal de 1988, as águas tornaram – se de domínio público, isto é, passaram a pertencer ao Estado. Desse modo, foi necessário que o Poder Público estabelecesse um instrumento através do qual pudesse autorizar o uso dos recursos hídricos, assim, denominou – se outorga.Em 2013 a Agencia Nacional de Águas ( ANA), regularizou 1.741 usos de água em corpos hídricos de domínio da União ( transfronteiros, interestaduais e reservatórios federais). Foi o maior número de regularização já feitas pela Agencia em um ano. Desse total, 1.585 foram emissões de outorga de direito de uso de recursos hídricos, sendo 849 para irrigação ( ou seja 53 % ).Um dos principais motivos para o aumento no número de outorga emitidas foi o impulso dado á regularização dos usos relacionados á irrigação dado pela Lei nº 12.787, de 11 de janeiro de 2013, que institui a Politica Nacional de Irrigação.O artigo 23 da nova lei estabelece a outorga como critério para projetos de irrigação.Além disso, a Lei estabelece que as instituições financeiras participantes do sistema nacional de crédito rural só podem financiar a implantação, ampliação e custeio de projetos de irrigação que possuam outorga.
5.1.8 Como ocorre a suspensão da outorga
No inciso IV do artigo 1º da Lei nº 9433/97, tem – se que o princípio geral é que a gestão dos recursos hídricos deve, consequentemente, proporcionar o uso múltiplo das águas, sendo que, nos casos de escassez, deverá ser feito o uso prioritário de tais recursos, ou seja, o consumo humano e a dessedentação dos animais. Com relação a escassez, há previsão o artigo 15, inciso V da Lei nº 9433/ 97 com respeito a suspensão total ou parcial das outorgas que vieram a prejudicar o consumo humano.
Contudo o ‘’ Art. 15 a outorga de direito de uso de recursos hídricos poderá ser suspensa parcial ou totalmente, em definitivo ou por prazo determinado, nas seguintes circunstancias:
V – necessidades de se atender a usos prioritários de interesse coletivo, para os quais se disponha de fontes alternativas ‘’.
Devido a isto, a Lei n.º 9433/97 prevê a possibilidade de suspensão da outorga. Neste sentido, tem-se o artigo 15 da supracitada Lei, in verbis:
"Art. 15. A outorga de direito de uso de recursos hídricos poderá ser suspensa parcial ou totalmente, em definitivo ou por prazo determinado, nas seguintes circunstâncias:
I – não cumprimento elo outorgado dos termos da outorga;
II – ausência de uso por três anos consecutivos;
III – necessidade premente de água para atender a situações de calamidade, inclusive decorrentes de condições climáticas adversas;
IV – necessidade de se prevenir ou reverter grave degradação ambiental;
V – necessidade de se atender a usos prioritários, de interesse coletivo, para os quais não se disponha de fontes alternativas;
VI – necessidade de serem mantidas as características de navegabilidade do corpo de água".
Ou seja, na ocorrência de qualquer das situações supracitadas, poderá ser suspensa.Além disso, o artigo 12 da lei em tela, diz que os usos de recursos hídricos sujeitos à outorga serão cobrados, o que implica que há um liame entre a cobrança e outorga, de tal forma que a cobrança pelo uso dos recursos hídricos deve ser vista como uma das condições da outorga dos direitos de uso desses recursos, segundo a lição de Paulo Affonso Leme Machado[70].
Em relação ainda, a suspensão, a outorga do direito de usar as águas se dá pela superveniência das circunstâncias acima apontadas, as quais, portanto, não existiam no momento da outorga do direito de uso dos recursos hídricos. Isso é logicamente aferido pelo fato de que, se no momento da outorga existissem tais circunstâncias, não poderia haver a concessão[71].
Ainda sobre a suspensão:
A suspensão irá ocorrer pelo advento de circunstâncias que não são de responsabilidade da Administração Pública, nem de responsabilidade do outorgado. É o interesse público geral que torna necessária a suspensão. A medida deverá estar revestida de proporcionalidade e, assim, será por prazo determinado ou definitiva. A suspensão não tem como conseqüência direito à indenização por parte do outorgado"[72].Não há necessidade de processo administrativo para a suspensão da outorga, sendo, porém, necessário, devido ao princípio da legalidade, que haja motivação do Poder Público do ato de suspensão, seja este parcial ou total, por prazo determinado ou definitivo.
BOTELHO, Marcos César. Recursos Hídricos. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 7, n. 54, 1 fev. 2002. Disponível em<http://jus.com.br/artigos/2614>. Acesso em: 15 out. 2015.
6.0 CONCLUSÃO
A questão dos recursos hídricos não só no Brasil e no mundo, esta exposta a nossa frente e não há como escapar, no sentido de até pouco tempo considerado um bem natural inesgotável, mostra sua verdadeira face, é um bem limitado e, portanto dela dependemos e precisamos urgentemente buscar soluções adequadas e racionais para o seu uso.Nossa ciência desenvolveu – se espantosamente nossas relações sociais e tornaram extremamente complexas, contudo ,nossa consciência ecológica não cresceu na mesma proporção ou até mesmo poderíamos dizer que diminui.
Todavia, não adianta politicas de recursos hídricos se ele efetivamente não sair do papel, o Poder Público tem o dever de executar tais diretrizes, não adianta politicas federais regulando a questão da água, cumpamos nossa parte, a começar pelo lançamento de lixo nas ruas que certamente irá polir nossos escassos mananciais de água. Assim, a Lei nº 9433/97 nos mostra que a água não pertence a ninguém, e ela é de todos e se assim não for não será de forma alguma de qualquer indivíduo.
Afinal, se não se repartir aquilo que se tem , não há como possuir aquilo que toda a sociedade, sem exceção deve buscar proteger e guardar, e assim o desafio está ai, basta que lutemos para cumpri – lo, pois se assim não for, muito breve começaremos a ver a escassez daquilo que julgávamos abundante.
7.0 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
AGENCIA NACIONAL DE ÁGUAS – aprova novos prazos de validade para outorgar direitos de uso da água – 27/09/2013. Texto de Rui Faquim / ANA.
ADASA – Agencia Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal – www.adasadf.gov.br Brasília, 15 de outubro de 2015.
BOTELHO, Marcos César. Recursos Hídricos. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 7, n. 54, 1 fev. 2002. Disponível em<http://jus.com.br/artigos/2614>. Acesso em: 15 out. 2015.
Legis Web 
Empresa de serviços e produtos corporativos inovadores – Rio Grande do Sul – RS ,2015
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 8.ª ed., São Paulo: Malheiros, 2000.
MANUAL DE PROCEDIMENTOS TÉCNICOS E ADMINISTRATIVOS DE OUTORGA 
DE DIREITO DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS DA AGÊNCIA NACIONAL D
ÁGUAS Agosto - 2013
(Atualizado em 03/12/2014)
OUTORGA E COBRANÇA:INSTRUMENTOS DE GESTÃO APLICADOS Á ÁGUA SUBTERRANEA, Claudia Custódio Freire, Departamento de Águas e Energia ( DAE/CTE/UFAL), Campus A. C. Simões, Maceió / AL.
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e desenvolvimento Sustentável Conselho Estadual de Politica Ambiental – COPAM - 2010.Belo Horizonte – MG.

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