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LOGISTICA DE DISTRIBUIÇÃO

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III ENCONTRO CIENTÍFICO E SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃO 
UNISALESIANO 
Educação e Pesquisa: a produção do conhecimento e a formação de 
pesquisadores 
Lins, 17 – 21 de outubro de 2011 
 
 
LOGÍSTICA: MODALIDADES DE DISTRIBUIÇÃO E LINHA DE PRODUÇÃO 
 
 
Valquíria Pereira dos Santos - val_25santos@hotmail.com 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 A logística esta cada vez mais integrada em todas as áreas relacionadas a 
produção e a satisfação do cliente, todo o processo do produto esta interligado 
desde o início da produção até o produto final que chega ao consumidor, a 
competência de logística decorre da competência da empresa para fornecer os 
serviços ao cliente. A distribuição correta do produto só é desencadeada quando à 
um processo planejado e estruturado; o processo de distribuição é um dos mais 
críticos e o que inspira mais atenção, pois atrasos com clientes podem resultar em 
muitos prejuízos para as empresas como a própria perda da venda e do cliente. A 
produção e a logística estão totalmente envolvidas, pois o produto final que é 
entregue ao cliente passa por diversas etapas para se tornar o produto final, para 
que isso aconteça sem problemas à linha de produção tem de ser preparada, 
eficiente e ter qualidade. A cadeia de abastecimento integrada agrega valor de 
acordo com a concepção do cliente e apresenta uma visão ampla do que se 
conhece como cadeia logística; está mais relacionada a estoques, distribuição física 
de produtos e disponibilidade em relação a data e local de acordo com a preferência 
do cliente. 
 Palavras – chave: distribuição, logística, produção e abastecimento. 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 A distribuição configura-se como a continuação lógica da venda. O tema 
Logístico: Modalidades de Distribuição e Linha de Produção, já esclarece que 
produção e logística caminham de forma conjunta e que distribuição e 
abastecimento são as prioridades para que o produto chegue até o cliente. 
 Neste contexto o autor Kapoor (2004), afirma que o marketing vê a 
Distribuição como um dos processos mais críticos, pois dela se incumbe a tarefa de 
levar o produto até o cliente. Canais de distribuição e cadeia de abastecimento são o 
que movimentam os produtos, estoques e fazem com que o cliente tenha seu 
produto e fique satisfeito. 
 A adoção do gerenciamento da qualidade total foi um dos mais importantes 
impulsores da transformação da logística, a busca pela qualidade trouxe o raciocínio 
logístico e com isso outras estratégias. O processo de uma empresa é formado por 
várias etapas, a produção de uma indústria tem todo o planejamento para que a 
linha de produção não seja interrompida, e a etapa logística que envolve todo o 
 
 
 
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III ENCONTRO CIENTÍFICO E SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃO 
UNISALESIANO 
Educação e Pesquisa: a produção do conhecimento e a formação de 
pesquisadores 
Lins, 17 – 21 de outubro de 2011 
 
processo inclusive a produção é o que movimenta a empresa e gera o lucro e 
satisfação do cliente, pois é pela logística bem desenvolvida que o produto chega 
até o cliente de maneira satisfatória. 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
2.2.1 Distribuição 
 
 Distribuição é um dos processos da logística responsável pela administração 
dos materiais a partir da saída do produto da linha de produção até a entrega do 
produto no destino final (KAPOOR et al., 2004). O produto depois de todo o 
processo de produção é encaminhado ao distribuidor e assim começa a venda para 
os consumidores finais. Esse é o processo mais comum de distribuição, pois existe 
uma série de decisões e variações a serem tomadas pelo profissional de logística. 
 O Marketing vê que a Distribuição é um dos processos mais críticos, pois 
problemas como o atraso na entrega são refletidos diretamente no cliente. A partir do 
momento que o produto é vendido a Distribuição se torna uma atividade de linha 
diferente e ela é capaz de trazer benefícios e problemas resultantes da sua atuação. 
(KAPOOR et al., 2009) 
 Uma organização é dividida em três processos principais: suprimentos, 
produção e distribuição. (GOMES et al, 2004) Sendo assim, onde termina o 
processo de distribuição de uma empresa, inicia o processo de suprimentos da 
empresa seguinte, isso se dá porque o produto final que foi distribuído é o que vai 
suprir a necessidade das empresas que vendem os produtos para os consumidores 
finais. 
 
2.2.1.1 Processos de Distribuição 
 
 Segundo Kapoor (2004) a Distribuição é dividida em outros subprocessos, os 
quais são: 
a) movimentação na linha de produção; 
b) expedição; 
c) gestão de estoques; 
d) gestão de transportes; 
e) logística reversa (reciclagem e devolução); 
f) logística de transportes agrários. 
 
1.2.2.2 Tipos de Distribuição 
 
 Tradicionalmente a Distribuição configura-se como a continuação lógica da 
função de vendas, onde se faz chegar o produto ao consumidor através de um 
circuito de distribuição. (SOUSA, 2000). 
 Um circuito de distribuição é constituído pelo conjunto de pessoas ou 
organizações que promovem e facilitam a circulação dos produtos, desde o produtor 
ao consumidor final. 
 O conjunto de entidades localizadas entre o produtor e o consumidor final é 
designado como intermediários, e o numero de intermediários vai determinar o tipo 
de circuito de distribuição. 
 
 
 
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UNISALESIANO 
Educação e Pesquisa: a produção do conhecimento e a formação de 
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2.2.1.3 Estratégia de canal de distribuição 
 
 Segundo Bertaglia (2006), os canais de distribuição são organizações que 
movimentam produtos e serviços entre os elementos pertencentes a um segmento 
de mercado. Essas organizações ou estruturas são indispensáveis para o processo 
de distribuição, pois se comprometem a atender à demanda. 
 As fases de desenvolvimento e implementação dos canais de distribuição têm 
como objetivo principal relacionar a estrutura e as características dos processos 
logísticos de uma organização com a sua estratégia, o mercado que deseja atingir, 
seus recursos técnicos e financeiros disponíveis, as necessidades dos clientes 
atuais e potenciais e as iniciativas da concorrência. 
 Bertaglia (2006) enfatiza para realizar o processo de planejamento e 
desenvolvimento dos canais de distribuição, os seguintes fatores devem ser 
meticulosamente analisados: mercado, concorrência, conjuntura econômica e 
normas e regulamentos governamentais. 
 A implementação com êxito da estratégia do canal de distribuição é 
fundamental para se obter sucesso no mercado. Contudo, essa é uma atividade 
extremamente complexa. Para efetuar a implementação de uma estratégia de canal 
de distribuição, os passos que relacionaremos abaixo devem ser observados. 
 
2.2.1.4 Desenvolvimento de estratégia e plano de implementação 
 
 De acordo com o Bertaglia (2006), o desenvolvimento de uma estratégia para 
o canal de distribuição afeta toda a organização. Dessa forma, todos devem ser 
envolvidos no processo, analisar os impactos causados em suas áreas e contribuir 
adequadamente para que a estratégia caminhe para os rumos estabelecidos. 
 Os cenários devem ser analisados pelos envolvidos de modo que ocorra o 
comprometimento para o sucesso do projeto. A partir daí, a estratégia deve ser 
definida, e suas prioridades, endereçadas juntamente com o plano e implementação. 
 Segundo Bertaglia (2006), o plano de implementação deve ser detalhado, 
uma vez que a estratégia supostamente demandará muitas competências que 
podem ou não existir internamente. Projetos paralelos podem ser necessários, pois a 
mudança do canal pode culminar com alterações de embalagem do produto, revisão 
organizacional, mudanças físicas, terceirização entre outras. 
 O gerenciamento de mudança é um aspecto fundamental que deveser 
administrado cuidadosamente, já que poderá envolver clientes, funcionários, sócios 
e fornecedores. 
 Bertaglia (2006), enfatiza que a implementação deve ocorrer em fases. Um 
plano piloto deve ser realizado a fim de exaurir os problemas e minimizar os riscos 
potenciais, que em escala maior poderiam ser drásticos e até fazer a organização 
sucumbir. Portanto, escolher um cliente estratégico, com quem a empresa mantenha 
um relacionamento positivo, para realizar o piloto, pode ser a alternativa ideal para 
testar a estratégia do canal de distribuição. 
 “O desenvolvimento de uma estratégia para o canal de distribuição afeta toda 
a organização.” (BERTAGLIA, 2006, p.75). 
 
2.2.1.5 Canais de Distribuição 
 
 
 
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 De acordo com Kapoor (2004), existem três tipos de canais de distribuição: 
a) canal direto – circuito em que não existem intermediários, isto é, o produto 
transita diretamente do produtor para o consumidor final. Tema a vantagem de 
ser completamente controlados pelos produtores e de proporcionarem um 
melhor conhecimento do mercado, por outro lado, tem o inconveniente de não 
permitirem uma grande dispersão geográfica; 
b) canal curto – circuito em que não existem grossistas, isto é, o produto transita 
do produtor para um retalhista, ou número reduzido de retalhistas. Os circuitos 
permitem uma melhor cobertura do mercado; contudo, requerem uma rede de 
intermediários que, embora pequena, faz com que a empresa possa ficar 
dependente destes e perder o controle do circuito; 
c) canal longo – circuito em que intervém o grossista e eventualmente outros 
intermediários tais como: o importador ou o agente. Estes canais são 
utilizados preferencialmente para produtos de grande consumo e requerem 
reabastecimentos frequentes dos intermediários. Possibilitam um alcance 
geográfico amplo, mas a gestão das relações internas do circuito é mais 
trabalhosa e complexa. 
 
2.2.1.6 Modalidades da Distribuição 
 
 Ao determinar os canais de distribuição, além de análise das suas 
características, deve-se determinar qual a modalidade da distribuição. Para o efeito 
identificam-se quatro tipos de modalidades, que segundo Kapoor (2004) são: 
a) distribuição extensiva – modalidade utilizada quando uma empresa pretende 
alcançar o maior número de pontos de venda do mercado, através de um 
canal de distribuição longo. É viável em empresas com um grande número de 
vendedores e forte organização comercial. Tem a vantagem de permitir que 
os produtos consigam atingir o maior número de consumidores; por outro 
lado, tem como desvantagens o elevado custo que impõe à empresa, além de 
uma possível perda parcial de controle sobre o canal; 
b) distribuição exclusiva – baseia-se na concessão a um intermediário da 
exclusividade da distribuição do produto, em determinado território. 
Pressupõe que o intermediário concessionado não venda produtos similares 
de outras marcas. Esta modalidade é normalmente utilizada por PMEs que 
não detêm grande conhecimento do mercado-alvo. Adicionalmente, é 
frequente ser de responsabilidade do intermediário o ônus da força de venda, 
das reparações técnicas e da assistência pós-venda. Um tipo particular e 
bastante atual desta modalidade de distribuição é o sistema de franchising; 
c) distribuição seletiva – besta modalidade o produtor escolhe um número 
reduzido de distribuidores, aos quais normalmente são fixados cotas de 
vendas, como possibilidade de se estabelecer princípios de exclusividade de 
vendas num determinado território. A seleção de distribuidores é feita em 
função de dois critérios essenciais: a localização do distribuidor e o 
posicionamento; 
d) distribuição intensiva – utiliza-se esta modalidade como complemento à 
modalidade de distribuição seletiva ou extensiva quando é necessário 
 
 
 
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concentrar forças e capital em dados momentos e em certos canais de 
distribuição. Um exemplo disso é o uso de campanhas promocionais. 
 
2.2.2 Competência Logística 
 
 Segundo Bowersox e Closs (2001), competência logística é desenvolver uma 
estrutura analítica integrada que defina e relacione conceitos-chaves. 
 Essa estrutura é útil para relacionar os aspectos mais básicos da logística 
com a estratégia central da empresa. É importante que as pessoas ligadas ao 
trabalho cotidiano de logística possuam entendimento básico do modo como suas 
funções especificas se encaixam ao todo. 
 É igualmente importante que os executivos envolvidos na logística vislumbrem 
de que maneira um desempenho logístico excepcional ou competitivamente superior 
pode tornar-se a base da estratégia da empresa. 
 “Competência logística decorre de uma avaliação relativa da capacitação de 
uma empresa para fornecer ao cliente um serviço competitivamente superior ao 
menor custo total possível.” (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p.23) 
 
2.2.2.1 Missão da Logística 
 
 De acordo com Bowersox e Closs (2001), a logística de uma empresa é um 
esforço integrado com o objetivo de ajudar a criar valor para o cliente pelo menor 
custo total possível. 
 A logística existe para satisfazer as necessidades do cliente, facilitando as 
operações relevantes de produção e marketing. 
 Do ponto de vista estratégico, os executivos de logística procuram atingir uma 
qualidade predefinida de serviço ao cliente por meio de uma competência 
operacional que represente o estado-da-arte. O desafio é equilibrar as expectativas 
de serviço e os gastos de modo a alcançar os objetivos do negocio. 
 
2.2.2.2 Serviços 
 
 Conforme Bowersox e Closs (2001), é possível alcançar qualquer nível de 
serviço logístico se a empresa estiver disposta a alocar os recursos necessários no 
ambiente operacional atual, o fator restrito é econômico e não tecnológico. Por 
exemplo, é possível manter um estoque dedicado geograficamente próximo a um 
cliente importante. 
 É possível disponibilizar uma frota de caminhões em estado permanente de 
prontidão para pronta entrega à clientes. Para facilitar o recebimento de pedidos, é 
possível manter comunicações exclusivas em tempo real entre a empresa, cliente e 
a operação logística do fornecedor. Com essa prontidão logística, um produto ou 
componente pode ser entregue até em questão de minutos após a colocação do 
pedido por parte do cliente. 
 A disponibilidade de estoque pode ser ainda mais rápida se o fornecedor 
concordar em consignar estoque no endereço do cliente. 
 A consignação elimina a necessidade de desempenho logístico em resposta 
as necessidades do cliente. Esse compromisso extremo com o serviço talvez seja o 
 
 
 
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sonho do gerente de vendas, mas é oneroso e, geralmente, não é necessário para 
dar apoio à maioria das operações de produção e marketing. 
 De acordo com Bowersox e Closs (2001), o serviço logístico representa um 
equilíbrio entre prioridade de serviço e custo. 
 Um material que não esteja disponível no momento necessário para a 
produção pode forçar uma paralisação da fábrica, causando transtornos 
significativos em termos de custos e possível perda de vendas, e levar até mesmo a 
perda de um bom cliente. 
 Segundo Bowersox e Closs (2001), o impacto sobre os lucros com esse tipo 
de folha pode ser substancial. Por outro lado, o impacto sobreos lucros causado por 
um atraso inesperado de dois dias na entrega de produtos para reabastecer um 
armazém pode ser mínimo ou mesmo insignificante ao considerar o desempenho 
operacional geral. 
 Na maioria das situações, o impacto de uma falha logística sobre o custo-
benefício está diretamente relacionado com a importância da execução do serviço 
para o cliente envolvido. 
 Quanto mais significativo for o impacto da falha de serviço sobre o cliente, 
maior será a prioridade dada ao desempenho logístico. 
 Bowersox e Closs (2001), afirmam que o serviço logístico básico é medido em 
termos de: 
a) disponibilidade: significa ter estoque para atender de maneira consistente as 
necessidades de materiais ou produtos do cliente; 
b) desempenho operacional: está ligado ao tempo decorrido desde o 
recebimento de um pedido até a entrega da respectiva mercadoria, envolve 
velocidade e consistência de entrega. 
c) confiabilidade de serviço: envolvem os atributos de qualidade de logística, a 
chave para a qualidade é a mensuração precisa da disponibilidade e do 
desempenho operacional. 
 “Para que o desempenho logístico atenda continuamente ás expectativas dos 
clientes, é essencial que a administração tenha um compromisso com o 
aperfeiçoamento continuo.” (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 24) 
 
2.2.2.3 Cadeia de Abastecimento 
 
 Segundo Bertaglia (2006), a cadeia de abastecimento corresponde ao 
conjunto de processos requeridos para obter materiais, agregar-lhes valor de acordo 
com a concepção dos clientes e consumidores e disponibilizar os produtos para o 
lugar (onde) e para a data (quando) que os clientes e consumidores os desejarem. 
 Além de ser um processo bastante extenso, a cadeia apresenta modelos que 
variam de acordo com as características do negócio do produto e das estratégias 
utilizadas pelas empresas para fazer com que o bem chegue as mãos dos clientes e 
consumidores. 
 Bertaglia (2006) afirma que o conceito sofreu evoluções importantes durante 
os últimos anos. A cadeia de abastecimento integrada apresenta uma visão mais 
ampla do que se conhece como cadeia logística, esta mais limitada à obtenção e 
movimentação de materiais e a distribuição física de produtos. 
 
2.2.2.4 Características da cadeia de abastecimento integrada 
 
 
 
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 Segundo Bertaglia (2006), muitos modelos de cadeias de abastecimento são 
extremamente complexos, e é fundamental identificar a quantidade de fornecedor e 
clientes. 
 Além disso, saber onde eles estão localizados e a importância de cada um 
deles em termos de volume de comprar e vender são outra tarefa importante. 
 Bertaglia (2006) aborda algumas características para se entender melhor a cadeia 
de abastecimento e sua complexidade: 
a) localização das organizações: o posicionamento geográfico dos locais tem 
implicações importantes nos custos e nos fluxos logísticos. Estudos para a 
construção de novos locais devem sempre considerar a localização dos 
clientes e fornecedores e as facilidades da empresa; 
b) distribuição física: produtos e materiais são movimentados ao longo da cadeia 
de abastecimento fluindo dos fornecedores para as plantas, delas para os 
centros de distribuição e daí para os clientes, dependendo do modelo 
estabelecido pela empresa. Esse modelo pode ser simples contando com a 
recepção de materiais, a conversão para o produto final e a distribuição. Tudo 
isso pode ocorrer em um único local. Outros modelos são mais complexos, 
apresentando vários locais produtivos, vários centros de distribuição, 
intermediários, operadores logísticos e assim por diante; 
c) administração dos estoques: a administração dos estoques deve receber 
atenção especial, uma vez que podem ser armazenados em diferentes etapas 
do processo, apresentando características diversas, como matéria-prima, 
produto semi-acabado, produto acabado ou produto com valor agregado para 
o cliente e consumidor. A visão departamentalizada ou segmentada da 
organização pode oferecer restrições quanto à identificação do volume real de 
estoque existente. Dessa forma, o controle do estoque global é fundamental 
para a redução do nível de capital investido; 
d) modo de transporte: a forma como o material ou o produto será transportado 
depende das vantagens e desvantagens relacionadas à infra-estrutura de 
transporte, ao volume a ser transportado, aos canais logísticos existentes, à 
confiabilidade da entrega e aos custos de movimentação entre outras 
análises. No que diz respeito ao serviço prestado, o Brasil tem apresentado 
situações críticas sobre alguns tipos de transporte, principalmente o 
ferroviário. Com a iniciativa da privatização, esse tipo de transporte tende a 
melhorar, mas enquanto isso não acontece, o meio de transporte preferido é o 
rodoviário; 
e) fluxo de informação: está extremamente ligado ao movimento físico dos 
produtos e materiais. Todo o processo se relaciona intimamente; 
processamento de pedidos, estimativa de vendas, planejamento de produção, 
compras e aquisições, capacidades, armazenagem e manuseio. Por essa 
razão, a tecnologia da informação desempenha, nos dias atuais, um papel 
fundamental, proporcionando uma maior confiabilidade ao processo, pois 
informações erradas levam a movimentações erradas. 
f) estimativas: as previsões são elementos fundamentais na cadeia de 
abastecimento integrada. As organizações investem em tecnologia avançada 
e melhorias de processo a fim de obter melhores resultados com as suas 
previsões. Ferramentas de informática e atitudes de colaboração entre as 
 
 
 
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organizações que compõem a cadeia são extremamente úteis na obtenção de 
estimativas mais bem elaboradas e com a precisão mais elevada. Deve-se 
considerar que, quanto melhor o planejamento, melhor e mais eficazmente a 
cadeia de abastecimento responderá, possibilitando que se proporcione um 
serviço melhor ao cliente; 
g) relacionamentos: a cadeia de abastecimento é composta por diferentes 
organizações internas e externas. Todas elas demandam forte 
relacionamento. Clientes, fornecedores de materiais e serviços, distribuidores, 
entre outros, envolvem fluxos de produtos, materiais e informações. A forma 
de se trabalhar com essas organizações pode representar uma vantagem 
competitiva em relação à concorrência, dependendo da maneira que se 
definem os relacionamentos. A parceria deve definir as responsabilidades das 
partes e o foco final será sempre o atendimento ao cliente. Os contratos 
precisam ser estabelecidos para formalizar a relação de parceria existente 
entre as organizações. 
 “Dependendo do modelo de relacionamento praticado, pode haver uma maior 
vantagem competitiva.” (BERTAGLIA, 2006, p.8) 
 
 
2.2.2.5 Infra-estrutura de transporte 
 
 Segundo Bowersox e Closs (2001), a visão do profissional de logística em 
relação aos serviços de transporte mudou extraordinariamente nos últimos 15 anos. 
Antes da desregulamentação federal dos EUA, no fim da década de 70 e no início da 
década de 80, as ofertas de serviços de transporte eram restritas e as taxas eram 
relativamente fixas. 
 Nesse contexto, o papel do profissional de logística poderia ser comparado 
ao de um comprador de qualquer tipo de commodity, como carvão ou grão. Havia 
pouca diferença de preço ou qualidade entre os fornecedores de serviços de 
transporte. 
 Atualmente, há uma ampla variedade de alternativas de transporte de 
produtos e matérias-primas que jamais existiu antes. Umaempresa pode, por 
exemplo, optar por contratar um serviço eventual de transporte. 
 Bowersox e Closs (2001), abordam que as opções de serviço incluem 
emissão de faturamento, disponibilidade de informações, responsabilidade pelos 
produtos e serviços de coleta e entrega. As transportadoras e os embarcadores têm 
agora flexibilidade para negociar a responsabilidade por todas as atividades por 
todas as atividades relacionados com o transporte. 
 
2.2.2.6 Funcionalidade e princípios do transporte 
 
 Conforme Bowersox e Closs (2001), o transporte é um dos elementos mais 
visíveis das operações logísticas. Os consumidores estão acostumados a ver 
caminhões e trens transportando produtos ou estacionados em um depósito de 
distribuição. 
 Embora essa visão dê uma noção razoável de natureza dos serviços de 
transporte, ela não propicia maior conhecimento sobre o papel do transporte nas 
 
 
 
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operações logísticas. Esta seção mostra isso com pormenores, examinando a 
funcionalidade do transporte e seus princípios básicos de operação. 
 Segundo Bowersox e Closs (2001), a funcionalidade do transporte tem duas 
funções principais: 
 a) movimentação de produtos: o transporte é necessário para movimentar 
produtos até a fase seguinte do processo de fabricação ou até um local 
fisicamente mais próximo ao cliente final, estejam os produtos na forma de 
materiais, componentes, subconjuntos, produtos semi-acabados ou 
produtos acabados. O transporte movimenta produtos para frente e para 
trás na cadeia de agregação de valores, utiliza recursos financeiros, porque 
são necessários gastos internos para manter uma frota própria ou gastos 
internos para a contratação de terceiros. 
 b) armazenagem de produtos: uma função menos comum do transporte é a 
estocagem temporária. Os veículos representam um local de estocagem 
bastante caro, Entretanto, se o produto em trânsito precisa ser estocado 
para ser movimentado novamente em curto período de tempo (por exemplo, 
em poucos dias), o custo com a descarga e o recarregamento do produto 
em um depósito pode exceder a taxa diária de uso do próprio veículo de 
transporte. Outro método de armazenagem temporária de produtos é o 
desvio de rota que ocorre quando o destino original da carga é alterado 
durante o trânsito. A armazenagem de produtos em veículos envolve um 
custo mais alto, ela pode ser justificada por uma perspectiva de melhor 
desempenho ou custo total, quando são considerados os custos de carga e 
descarga, restrições de capacidade ou a possibilidade de aumento dos 
tempos de viagem e de espera. 
 
2.2.3 Modalidades de Qualidade 
 
 Bowersox e Closs (2001), afirmam que um dos mais importantes propulsores 
de transformação logística foi a ampla adoção do gerenciamento da qualidade total 
(TQM – total quality management) no mais diferentes segmentos industriais. 
 Embora pioneiros da qualidade, como W> Edwards Deming e Joseph M. 
Juran tenham ajudado os executivos do mundo inteiro a compreender a busca pela 
qualidade, pouca atenção foi dedicada ao entendimento de como alcançar qualidade 
no processo logístico. As vias de escoamento das nações industrializadas nunca 
descansam. 
 Bowersox e Closs (2001), abordam que o comprometimento da alta 
administração com os movimentos da qualidade tornou-se uma força importante que 
para exigir um melhor desempenho logístico. 
 Assim, a preocupação com a qualidade reorientou o raciocínio logístico de um 
enfoque voltado para a eficiência e para uma visão em que a logística é considerada 
um recurso estratégico. 
 
2.2.3.1 Logística X Produção 
 
 A logística de produção de uma indústria, também conhecida como PPCP 
(Planejamento, Programação e Controle da Produção). 
 
 
 
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 Segundo FlexLink (2008), um segmento da indústria automatizada, que trata 
da gestão e controle de mão-de-obra, material e informação no processo produtivo. 
Devido à grande complexidade que as grandes plataformas industriais apresentam, 
dada à enorme quantidade de materiais, operários e máquinas, a gestão destes 
recursos é feita maioritariamente por computador. 
 São estes processos logísticos contínuos de controle de produção e também 
das encomendas, que se dá nome de logística de produção. 
 “Uma logística de produção eficiente resulta em tempo e dinheiro bem como 
em ganho na produção.” (ALLEN, 2001, p.215) 
 De acordo com Severo (2006), esta área é, assim, essencial para o sucesso 
de empresas na economia de mercado global, que hoje existe, uma vez que se 
preocupa com o aperfeiçoamento de tarefas fabris, quer pela adição de processos 
mais eficazes, quer pela eliminação de outros desnecessários. 
 Segundo Severo (2006), a logística de produção acompanha o fluxo do 
pedido desde o Plano Mestre de Produção (MPS) através dos pedidos. Esta área é 
mencionada com o Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPCP). 
 Como uma subseção da logística, o PPCP é uma área tradicional de 
aplicação para computadores nas fábricas. Isto devido ao alto volume de 
informações que serão processadas sobre listas de materiais, planos de roteirização 
e pedidos, bem como o alto nível de complexidade envolvido no planejamento das 
necessidades de materiais e da capacidade. 
 Severo (2006) afirma que a Logística de Suprimentos e Distribuição aborda o 
planejamento e a programação envolvidos no acompanhamento do fluxo de 
produtos entre a empresa e seus parceiros, fornecedores e clientes externos. O 
termo produto refere-se aos fatores de produção que serão utilizados e inclui não 
somente os produtos materiais, mas, também, recursos financeiros e serviços. 
 
2.2.3.2 O papel do PCP e a estratégia de produção 
 
 Queiroz e Altamiro (1998) apresentam o relacionamento dos objetivos do 
planejamento e controle da produção com as dimensões de competitividade do 
marketing (produto, preço de compra, distribuição/logística, comunicação e serviço 
ao cliente), visando orientar as atividades do PCP para alcançarem as prioridades 
competitivas da manufatura, e concluíram que as dimensões de competitividade 
estão relacionadas com os objetivos do PCP, demonstrando a importância deste 
para a satisfação das necessidades dos clientes. 
 
CONCLUSÃO 
 
 Enfim o artigo nos mostra que a logística se reformulou e é parte importante 
para a satisfação do cliente, que temos uma rede interligada entre produção e 
logística e que a linha de produção tem de estar bem preparada e o planejamento 
deve ser feito para o resultado positivo do processo. Vimos que o transporte 
adequado e a forma com que o produto chega ao cliente são de fato a garantia de 
venda, pois um atraso pode causar transtornos. 
 A cadeia de abastecimento é tudo que envolve logística, produção, os 
estoques, toda a distribuição física, os valores agregados ao cliente e a forma que o 
cliente quer receber o produto, o local de sua preferência e as suas disponibilidades. 
 
 
 
 11 
III ENCONTRO CIENTÍFICO E SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃO 
UNISALESIANO 
Educação e Pesquisa: a produção do conhecimento e a formação de 
pesquisadores 
Lins, 17 – 21 de outubro de 2011 
 
 Portanto, fica claro que a logística é parte primordial para o desenvolvimento 
e lucro da empresa; conseguimos identificar que um cliente satisfeito é prova de que 
o processo foi realizado com perfeição, planejamento e logística bem feita. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALLEN, G. - The Resume Makeover. Los Angeles;New York: John Wiley & Sons, 
2001. 
 
GOMES, RIBEIRO – Gestão de Cadeia de Suprimentos integrada à tecnologia 
da Informação. São Paulo: Thomson, 2004. 
 
KAPOOR, K.; KANSAL – Basics of Distribution management: a logistical 
approach. New Delhi: Prentice Hall, 2004. 
 
SEVERO Filho – Administração de logística integrada: materiais, pcp e 
marketing. Rio de Janeiro: E-papers, 2006. 
 
SOUSA – Distribuição: Uma visão Estratégia. Lisboa: Texto, 2000.

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