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Aula sobre guarda compartilhada

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Aula sobre guarda compartilhada
Os diferentes tipos de Guarda
Guarda alternada
Há alternância da guarda e do poder de decisão sobre o filho. A criança muda de casa em períodos iguais e pré-estabelecidos. Esta modalidade de guarda foi proibida na França em 1984, ao mesmo tempo em que se valorizou a guarda compartilhada.
Guarda unilateral ou monoparental
Um dos pais possui a guarda e o outro o direito à visitas.
Guarda unilateral temporária 
Um dos pais cede a guarda por uma razão específica durante um período. depois, pode solicitá-la outra vez.
Lei da Guarda compartilhada
	A promulgação no Brasil da Lei nº 11.698/2008, que instituiu a guarda compartilhada, altera os seguintes artigos do Código Civil.
"Art. 1.583
§ 1º O juiz, antes de homologar a conciliação, sempre colocará em evidência para as partes as vantagens da guarda compartilhada.
§ 2º Guarda compartilhada é o sistema de corresponsabilização do dever familiar entre os pais, em caso de ruptura conjugal ou da convivência, em que os pais participam igualmente a guarda material dos filhos, bem como os direitos e deveres emergentes do poder familiar."
"Art. 1584. Declarada a separação judicial ou o divórcio ou separação de fato sem que haja entre as partes acordo quanto à guarda dos filhos, o juiz estabelecerá o sistema da guarda compartilhada, sempre que possível, ou, nos casos em que não haja possibilidade, atribuirá a guarda tendo em vista o melhor interesse da criança.". 
§ 1º A Guarda poderá ser modificada a qualquer momento atendendo sempre ao melhor interesse da criança.
Argumentos sobre a guarda compartilhada
A concretização do princípio da igualdade entre homens e mulheres, expressamente consagrado no artigo 5°, inciso I da Constituição Federal, passa necessariamente pelo estabelecimento de uma nova forma de relacionamento entre pais e filhos, e que o papel do pai não seja mais o de um simples coadjuvante, dividindo sim com a mãe as funções de criação e educação dos filhos. 
Não há presunção legal de que a mãe é mais qualificada que o pai. Por sua vez, se a ordem jurídica prima pela proteção integral da infância, é mais coerente que ambos os pais compartilhem o poder familiar. 
A guarda compartilhada almeja assegurar o interesse da criança, com o fim de protegê-lo, e permitir o seu desenvolvimento e a sua estabilidade emocional, tornando-o apto à formação equilibrada de sua personalidade. Cabe aos pais a co-responsabilidade e parceria nos direitos e deveres dos filhos e a missão de fazê-los pessoas equilibradas, felizes e ajustadas.
Neste modelo os pais tem os mesmos direitos e obrigações em relação a seus filhos, de forma efetiva, pratica e mais intensa. 
Na guarda compartilhada, o psicólogo passa a ter um distanciamento do papel de avaliador ou daquele que apontaria o melhor genitor. Neste aspecto, entende-se que as equipes técnicas podem auxiliar os pais na estruturação, no entendimento e no cumprimento da guarda compartilhada após o rompimento da conjugalidade.
Desconstrução de argumentos colocados com impedimento para a guarda compartilhada
Desarmonia entre o ex-casal - Não é necessário sequer que os pais sejam colaboradores e capazes de diálogo e entendimento para se estabelecer a guarda compartilhada, bastando para tanto que as partes não desqualifiquem um ao outro e nem lancem os filhos em conflitos de lealdade. Ao se exigir o bom relacionamento entre os ex-cônjuges unifica-se o que é do âmbito da conjugalidade ao da parentalidade.
Residência distantes – nada impede que seja estabelecido esta modalidade de guarda quando os pais residem em cidades distantes, ou até mesmo em países diferentes. A guarda alternada é que consiste na divisão estrita do tempo que a criança permanece com cada um dos pais. Deste modo, deve-se distinguir a guarda física compartilhada – equivalente a alternada – da guarda legal compartilhada. É recomendável a fixação de uma residência para os filhos, afim de que estes não percam a referência de um lar e que os pais tenham, na medida do possível, um acesso direto a estes, sem seguir regras rigorosas de dias ou horários pré-estabelecidos. Vale dizer que, não é a divisão meramente quantitativa de tempo que traduz aquilo que é mais importante para a criança, e sim a qualidade do convívio, por meio da qual se constrói o laço de afinidade entre as gerações. 
Decisão da criança – A solicitação para que a criança expresse com quem deseja residir pode acarretar sentimento de culpa no filho, que sente com se tivesse rejeitado um dos pais. Atentar para atribuição de pseudo capacidade jurídica a criança, que deve ser considerada incapaz juridicamente.
Diferenças na educação - Não há necessidade dos pais adotarem práticas educativas iguais, cada um deve aprender a conviver com as diferenças na educação dos filhos. Thery informa que os diferentes códigos educativos dos pais separados não são problemas para criança, pois a diversidade faz parte da socialização infantil.
Tenra idade da criança – Se indica que os vínculos estabelecidos entre pais e filhos se iniciem na infância da criança, para que os pais possam também se reconhecerem e assumirem o lugar de responsáveis. Se a criança é um bebê, por exemplo, pode-se atribuir a GC determinando períodos em que o pai pode permanecer sozinho com a criança.

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