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Aula 1 a 10 aAdministração e Mercado de trabalho

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Aula- 06
Globalização, dinamicidade e competitividade.
A globalização é um fenômeno que proporciona mudanças em progressão à administração.
Aliada à tecnologia e à informação, a globalização quebrou paradigmas, principalmente, nos aspectos relacionados à estratégia, à posição das empresas em relação ao mercado, e mudanças no perfil dos atores que atuam nas organizações.
A velocidade das mudanças, em nível econômico, social, político e cultural foi o fator determinante dessa quebra de paradigma no final do século XX.
 Atualmente, TECNOLOGIA & INFORMAÇÃO são armas poderosas para ajudar as empresas a acompanharem a velocidade das mudanças.
Tecnologia e informação podem também ajudar a Administração a introduzir uma filosofia organizacional de ordem sistêmica, coerente, flexível, dinâmica, dotada de senso profundo do significado e de visão do futuro, entre outras características requeridas pela globalização.
Dinamismo e mudança 
Além dos desafios da Administração em termos de diversidade das organizações e complexidade do ambiente em que elas operam, outras forças ajudam a complicar o panorama com que se defrontam as organizações.
Vivemos em um mundo:
Mutável e turbulento 
A mudança e o único aspecto constante e do universo.
Como se não bastasse diversidade e complexidade, a mudança constitui outro desafio para as organizações. Por essas razões, o sucesso organizacional é periclitante (usado para definir instabilidade) e provisório.
Atenção 
Vale lembrar que não basta alcançar o sucesso. O principal é mantê-lo entre todas as variações que ocorrem no meio do caminho.
Globalização e Competitividade 
Existe uma nova ordem mundial
A globalização da economia veio mesmo pra ficar. Ela esta simplesmente derrubando fronteiras, queimando bandeiras, ultrapassando diferentes línguas e costumes e criando um mundo inteiramente novo e diferente.
Kenichi Ohmae salienta que as fronteiras dos negócios no mundo todo estão desaparecendo rapidamente. Isso pode ser percebido quando se compra um tênis da adidas (uma empresa alemã) ou da reebok ( uma empresa inglesa) feitos em Taiwan, Cingapura ou malásia.
Para a Honda, o termo overseas não existe no vocabulário cotidiano pela simples razão de essa empresa operar como se estivesse em “ um negocio global” equidistante de todos seus consumidores, onde quer que estejam.
A Asea Brown (ABB) com sede na suíça não é uma empresa suíça, mas uma empresa mundial de alta excelência e sem nacionalidade.
Veja como a intensa rede mundial de negócios esta se conduzindo nos mercados mundiais.
A rede mundial de negócios está se conduzindo a uma competição sem precedentes nos mercados mundiais. Os líderes governamentais tornam-se cada vez mais preocupados com a competitividade econômica de suas nações, enquanto os líderes das grandes organizações se voltam para a competitividade organizacional em uma economia globalizada.
Ohmae identificou a tríade – Japão, Estados Unidos e Europa – como a mais importante âncora da economia global da atualidade.
Os chamados Tigres Asiáticos – os países de industrialização recente como Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong, Cingapura, Malásia, Indochina – e agora também a China, estão marcando fortemente sua presença nos mercados mundiais.
A Comunidade Europeia (CEE) congregando os países europeus – como Alemanha, França, Inglaterra, Espanha, Portugal etc. – tornou-se um bloco econômico de grandes dimensões.
Também, o NAFTA (North American Free Trade Agreement) envolvendo Estados Unidos, Canadá e México e o Mercosul (Tratado do Mercado Comum do Sul), que une o Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai...
... São exemplos desse caminho de integração regional entre diferentes países.
O mundo globalizado oferece, de um lado, oportunidades inéditas de prosperidade econômica, mas, por outro lado, é extremamente exigente no que se refere ao preparo dos países para usufruir as novas oportunidades. A globalização é um fenômeno mundial e irreversível que apresenta as seguintes características:
Desenvolvimento e intensificação da tecnologia da informação (TI) e dos transportes, fazendo do mundo uma verdadeira aldeia global.
Ênfase no conhecimento e não mais nas matérias-primas básicas.
Formação de espaços plurirregionais (como NAFTA, Comunidade Europeia, Mercosul).
Internacionalização do sistema produtivo, do capital e dos investimentos.
Automação, com à maquina substituindo o ser humano e o decorrente desemprego estrutural.
Gradativa expansão dos mercados.
Dificuldade e limitação dos estados modernos e a obsolescência do direito.
Predomínio das formas democráticas do mundo desenvolvido.
Resolução da possibilidade de uma conflagração mundial pela inexistência de polarização de blocos militares.
Oportunidades e Desafios da Globalização
A globalização da economia é melhor para os países desenvolvidos, que podem aproveitá-la com maiores benefícios, do que para os países emergentes.
Martins lembra que os Estados Unidos e o Japão, que praticam um protecionismo sofisticado por meio de sobretaxas e controles de qualidade preconceituosos, são os maiores beneficiários da globalização da economia.
Os países em desenvolvimento não podem abrir mão de certo grau de protecionismo, pelo risco de a globalização implicar sucateamento de segmentos empresarias importantes. Por fim, agrega Martins, aceitar a realidade irreversível é fundamental, mas com as cautelas necessárias.
O maior desafio atual para o mundo todo é criar um sistema que, alem de maximizar o crescimento global, seja mais equitativo e capaz de integrar as potencias econômicas emergentes, e auxilie os países marginalizados a se beneficiarem da expansão econômica mundial.
Sobretudo, é fundamental reduzir o enorme hiato existente entre países ricos e países pobres.
A globalização e a forte tendência a integração regional – como o NAFTA, a comunidade europeia e MERCOSUL- ameaçam atropelar quem for mais lento. A aptidão paa a concorrência passa a ser a principal força da globalização para os melhores e a principal ameaça para os piores.
No Brasil, acrescente-se uma carga tribuaria superior a dos países emergentes (31% contra média de 20%) e encargos sociais superiores aos de todos os países do mundo (102% contra 60% da argentina, que é o mais elevado das Américas, depois do Brasil).
Dai, surge o chamado “custo Brasil”.
Aula- 07 
Os avanços tecnológicos e as mudanças sociais
 Os novos tempos exigem novas posturas e novas soluções para problemas que, cada vez mais, envolvem diagnósticos, criatividade e inovação, comprometimento das pessoas envolvidas e, principalmente, competências, lideranças e motivação.
Novos tempos requerem novos parâmetros para que a administração possa enfrentar ambientes de imprevisilibilidade e instabilidade exacerbados com a globalização dos negócios.
Um aspecto fundamental do ambiente de negócios contemporâneo é o impacto da tecnologia como uma força dominante em nossas vidas.
Como os computadores e com a tecnologia de ponta, o trabalho jamais será o mesmo.
A Mudança Tecnológica
Microcomputadores, minicomputadores e supercomputadores, trabalho e produção assistidos por computador, sotwares complexos de gestão – como o ERP (Enterprise Resource Planning) ou de relacionamento com clientes e fornecedores – como o SCM (Supply Chain Management) e o CRM (Consumer Relationship Management) ou sistemas de informação e de decisão e outros desenvolvimentos tecnológicos fazem parte, de modo inexorável, do nosso local de trabalho e de nossas vidas.
Seja para melhor ou para pior, o fato é que o trabalho está sendo totalmente dominado por códigos de barras, sistemas automáticos, correio eletrônico, telemarketing e o crescente uso das supervias de informação, como Internet e intranet.
A Mudança Tecnológica
Alvin tofler considera a velocidade das transações e decisões de negócios como o maior desafio a ser enfrentado por indivíduos,
organizações e países.
Para criar riqueza, o novo sistema consiste em uma rede global em expansão de mercados, bancos, centros de produção e laboratórios em comunicação instantânea uns com os outros, intercambiando continuamente enormes e crescentes fluxos de dados, informação, conhecimento e capitais. Em um mundo onde a mudança acontece a uma velocidade crescente e vertiginosa, a informação e a tecnologia precisam ser plenamente utilizadas para obter a maior vantagem possível. Os complexos e variados desafios que preocupam as cúpulas das organizações hoje são:
Como enfrentar competidores globais;
Como investir em novos produtos/serviços;
Como fazer alianças estratégicas com os concorrentes;
Como se comportar na era das redes – como a Internet – e como utilizar a tecnologia.
Na Era da Informação, os mercados estão cedendo lugar às redes e começando a abandonar a realidade central da vida econômica: a troca de bens materiais entre vendedores e compradores no mercado. Aos poucos, essa troca está cedendo lugar ao acesso em curto prazo entre servidores e clientes que operam em rede. Os mercados permanecem, mas desempenham um papel cada vez menor nos negócios.
Capital intelectual x capital financeiro
Na economia em rede, tanto a propriedade física quanto a intelectual têm mais probabilidade de serem acessadas pelas empresas do que de serem trocadas. Dessa maneira, o capital físico – que foi o coração da vida industrial – torna-se cada vez mais marginal no processo econômico e passa a ser considerada mais como uma despesa operacional e não como um ativo, algo que é emprestado em vez de adquirido. O capital intelectual – e não mais o capital financeiro – passa a ser a principal força propulsora da nova era.
Conceitos, ideias e imagens – e não coisas – passam a ser os verdadeiros itens de valor na nova economia. A riqueza não é mais investida só no capital físico ou contábil, mas na imaginação e na criatividade humana. É óbvio que o capital intelectual raramente é trocado. Em vez disso, é detido pelos fornecedores, alugado ou licenciado por terceiros por tempo limitado.
As organizações de todos os tipos já estão a caminho da transição da propriedade para o acesso. Em um mundo de produção customizada, de inovação e de atualizações contínuas e de ciclos de vida de produto cada vez mais breves, tudo se torna quase imediatamente desatualizado. Assim, ter que guardar e acumular, em uma economia em que a mudança em si é a única constante, está fazendo cada vez menos sentido. Estamos passando de uma produção industrial para uma produção cultural.
Como dizia Albert Einstein, “Os computadores são incrivelmente rápidos, precisos e burros. Os homens são incrivelmente lentos, imprecisos e brilhantes. Juntos seu poder ultrapassa os limites da imaginação”.
O novo perfil do emprego
Fazendas ( Fabricas ( Economia de serviço 
O mercado de trabalho trocou, ao longo da revolução industrial, as fazendas pelas fabricas. Agora na revolução da informação esta se deslocando rapidamente do setor industrial para a economia de serviços. Gradativamente, a indústria oferece menos emprego, embora produzindo cada vez mais graças à modernização, tecnologia, melhoria de processos e aumento da produtividade das pessoas. E cada vez mais, o setor de serviços oferece empregos.
A modernização das fabricas vai na direção de produtos melhores e mais baratos, ampliando o mercado interno de consumo e ocupando uma fatia maior no mercado externo ou global.
O aumento do consumo e da exportação funciona como alavancador do emprego no setor de serviços.
A modernização industrial provoca uma migração de empregos e não sua extinção, tal como aconteceu na modernização da agricultura no primeiro mundo.
Jose pastore afirma que a demanda por trabalhadores de baixa qualificação vai continuar viva na crescente economia de serviços. Isso é bom para os ais velhos. Quanto aos jovens, devem buscaro futuro na educação que se torna cada vez mais importante que o simples treinamento. O novo trabalhador deve ser polivalente, sabendo realizar de quase tudo, um pouco. Quem for capaz de resolver problemas terá emprego garantido. Não bastara ser educado. E preciso ser bem-educado.
	Tipos de sociedade
	Industrial
	Conhecimento
	Capital 
	Bens físicos e financeiros 
	Intelectual
	Setor predominante
	Indústria 
	Serviço e comerco 
	Força de trabalho 
	Física 
	Mental (criativa)
	Tecnologia 
	Mecânica; eletromecânica 
	Eletrônica 
	Modo de produção 
	Taylorista-fordista; produção
Em massa para mercado local
	Produção flexível; personalização; mercado global.
	Organização do trabalho
	Linha de montagem 
	Células, ilhas de produção
	Arquitetura organizacional
	Empresas hierarquizadas, piramidais, integradas verticalmente, organogramas.
	Organizações em rede, horizontalizadas, cadeia de valor.
O novo perfil do emprego 
O declínio do emprego e ascensão da empregabilidade obriga à preparação de todos para a eventualidade de enfrentar as condições e as novas formas e relações de trabalho.
Empregabilidade ( Segundo Carvalho e Grisson, “empregabilidade” refere-se à palavra inglesa “employability” e representa o conjunto de conhecimentos, habilidades e comportamentos que tornam um executivo ou um profissional importante para a sua organização e para toda e qualquer outra. Desta forma, um conceito dinâmico referente ao mundo do trabalho e que expressa tudo quanto o individuo deve ter para a sua profunda e imprescindível capacidade de se ajustar e se enquadrar neste mercado globalizado.
Empregável ( empregável significa aquele que pode ser empregado. Diz-se do individuo que esta apto a entrar e manter-se, no mercado de trabalho, graças à adequada qualificação profissional.
A maior pressão dentro das organizações está relacionada com o impacto do desenvolvimento tecnológico e das contínuas inovações, no sentido de proporcionar maior produtividade e qualidade no trabalho para proporcionar competitividade através de produtos melhores e mais baratos. Isso significa fazer cada vez mais e melhor com cada vez menos recursos. Em outros termos, com menos pessoas.
Em uma das pontas, há a redução do número de funcionários e consequente redução da oferta de empregos em cada organização. Mas, na outra ponta, temos o aumento do mercado e a consequente oportunidade para um maior número de organizações com mais empregos em uma economia eminentemente dinâmica e competitiva.
Jeremy Rifikin, autor do livro O Fim dos Empregos (1996), diz que o futuro está no terceiro setor da economia, nas comunidades de interesses próprios.
Aula- 08
A importância do terceiro setor
As mudanças sociais, econômicas e ambientais ocorridas nos últimos anos pressionam as empresas a demonstrar um maior senso de responsabilidade social.
É nesse contexto que o Administrador pode dar uma enorme contribuição à sociedade, implementando medidas que tornem as organizações espelho daquilo que merece uma sociedade sadia.
As organizações não lucrativas 
O que o Museu de Arte Moderna, a Fundação Padre Anchieta, a Cruz Vermelha e o Greenpeace têm em comum?
Todos são exemplos de organizações não lucrativas, às quais Peter Drucker deu o nome de “terceiro setor” da economia. Essa comunidade de organizações inclui hospitais, igrejas, escolas, museus, orquestras sinfônicas, corais, centros culturais ou de artes, entidades filantrópicas e beneficentes e outras milhares de organizações – locais, regionais, nacionais e mundiais – que visam objetivos de serviços sociais em oposto ao desempenho lucrativo das empresas. Sem falar nas organizações não governamentais (ONGs) que estão se proliferando no mundo moderno em atividades que vão desde preocupações ecológicas e ambientais a atividades relacionadas com educação, pobreza e assistência social.
O terceiro setor tem como objetivo prestar serviços de caráter público, que mobilizam um grande volume de recursos humanos e materiais a fim de estimular iniciativas voltadas para o desenvolvimento
social. Classicamente este setor é abrangido pelas organizações voltadas ao interesse social. Classicamente as organizações que compõe esse setor são referenciadas como: Organizações sem fins lucrativos e não governamentais.
Voluntariado
As organizações não lucrativas envolvem motivação não financeira de voluntários que trabalham como dirigentes ou operacionais e que se identificam com a comunidade e desenvolvem um suporte financeiro com ajuda própria ou de terceiros para levar adiante projetos sociais.
O voluntariado está em plena expansão. Até as organizações lucrativas estão estimulando e ajudando seus colaboradores a se empenharem em atividades de apoio e suporte às comunidades carentes. É comum encontrar empresas que planejam e organizam jornadas de voluntariado para dedicar um dia de trabalho exclusivamente para oferecer serviços essenciais ou ajuda financeira para comunidades pobres. O retorno em termos de satisfação moral é muito grande.
Responsabilidade Social
Responsabilidade social é o grau de obrigações de uma organização em assumir ações que protejam e melhorem o bem-estar da sociedade na medida em que ela procura atingir seus próprios interesses. Refere-se ao grau de eficiência e eficácia que uma organização apresenta no alcance de suas responsabilidades sociais. A organização socialmente responsável é aquela que desempenha as seguintes obrigações, de acordo com Harry Lipson:
Incorpora objetivos sociais em seus processos de planejamento.
Aplica normas comparativas de outras organizações em seus programas sociais.
Apresenta relatórios aos membros organizacionais e aos parceiros sobre os progressos na sua responsabilidade social.
Procura medir os custos dos programas sociais e o retorno dos investimentos em programas sociais.
FILANTROPIA X RESPONSABILIDADE SOCIAL
Segundo Melo Neto e Fróes (2004), tanto a filantropia quanto a responsabilidade social são de natureza diversa. A filantropia é uma simples “doação”, fruto da maior sensibilidade e consciência social do empresário. 
Já a responsabilidade social é uma “ação transformadora”. Uma nova forma de inserção social e uma intervenção direta em busca da solução de problemas sociais.
Instituto Ethos
O Instituto Ethos (2008) define Responsabilidade Social Empresarial (RSE) como:
 [...] a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais.
O instituto Ethos analisa o nível de comprometimento com a responsabilidade social empresarial a partir de sete aspectos.
Valores e Transparência- A noção de responsabilidade social empresarial decorre da compreensão de que a ação das empresas deve, necessariamente, buscar trazer benefícios para a sociedade, propiciar a realização profissional dos empregados, promover benefícios para os parceiros e para o meio ambiente e trazer retorno para os investidores. A adoção de uma postura clara e transparente no que diz respeito aos objetivos e compromissos éticos da empresa fortalece a legitimidade social de suas atividades, refletindo-se positivamente no conjunto de suas relações.
Público Interno - A empresa socialmente responsável não se limita a respeitar os direitos dos trabalhadores consolidados na legislação trabalhista. A empresa deve ir além e investir no desenvolvimento pessoal e profissional de seus empregados, bem como na melhoria das condições de trabalho e no estreitamento de suas relações com os empregados. Também deve estar atenta para o respeito às culturas locais, revelado por um relacionamento ético e responsável com as minorias e instituições que representam seus interesses.
Meio Ambiente - A empresa deve criar um sistema de gestão que assegure que ela não contribui com a degradação do meio-ambiente. Alguns produtos utilizados no dia a dia como papel, embalagens, lápis etc. têm uma relação direta com este tema e isso nem sempre fica claro para as empresas. Outros materiais como madeiras para construção civil e para móveis, óleos, ervas e frutas utilizadas na fabricação de medicamentos, cosméticos, alimentos etc. devem ter a garantia de que são produtos naturais extraídos legalmente contribuindo assim para a saúde dos usuários e o combate à corrupção neste campo.
Fornecedores - A empresa socialmente responsável envolve-se com seus fornecedores e parceiros, cumprindo os contratos estabelecidos e trabalhando pelo aprimoramento de suas relações de parceria. Cabe à empresa transmitir os valores de seu código de conduta a todos os participantes de sua cadeia de fornecedores, Dá um jeitinho desse o não ficar separado de “tornando”. Mas veja se isso vai “dar pau” na tela. Se for assim, melhor deixar.
Aliás, se for fácil mexer nessa tela e aumentar o quadrinho, me chame que divido os conteúdos desses números em parágrafos. Está ruim desse jeito.
Consumidores e Clientes - A responsabilidade social em relação aos clientes e consumidores exige da empresa o investimento permanente no desenvolvimento de produtos e serviços confiáveis que minimizem os riscos de danos à saúde dos usuários e das pessoas em geral. A publicidade de produtos e serviços deve garantir seu uso adequado. Informações detalhadas devem estar incluídas nas embalagens e deve ser assegurado suporte para o cliente antes, durante e após o consumo. A empresa deve alinhar-se aos interesses do cliente e buscar satisfazer suas necessidades.
Comunidade - A comunidade em que a empresa está inserida fornece-lhe infraestrutura, empregados e parceiros, contribuindo decisivamente para a viabilização de seus negócios. O investimento da empresa em ações que tragam benefícios para a comunidade é uma contrapartida justa, além de reverter em ganhos para o ambiente interno e na percepção que os clientes têm da própria empresa. O respeito aos costumes e culturas locais e o empenho na educação e na disseminação de valores sociais devem fazer parte de uma política de envolvimento comunitário da empresa, resultado da compreensão de seu papel de agente de melhorias sociais.
Governo e Sociedade - É importante que a empresa procure assumir o seu papel natural de formadora de cidadãos. Programas de conscientização para a cidadania, para seu público interno e comunidade no entorno, por exemplo, é um grande passo para que a empresa possa alcançar um papel de liderança na discussão de temas como participação popular e corrupção.
Sustentabilidade 
“utilização de recursos para atender as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em atender as suas próprias necessidades”. (conceito desenvolvido por Gro Brutland em 1990 e aprovado na Rio 92).
Desenvolvimento econômico 
 Sustentabilidade
 Gestão ambiental Responsabilidade social 
Triple Bottom Line
Níveis de responsabilidade social 
Cada organização forma uma intensa rede de relacionamentos com outras organizações e instituições para poder funcionar satisfatoriamente. Nesse contexto, a responsabilidade social é a obrigação de atuar de maneira a servir tanto aos seus interesses quanto aos interesses dos diferentes públicos (Esses públicos – parceiros ou stakeholders – são pessoas, grupos de interesses e organizações que contribuem e/ou são afetados de alguma maneira pelo comportamento de uma organização) envolvidos.
Existem dois pontos de vista a respeito da responsabilidade social das organizações: 
Clássico- fazer com que o negocio proporcione lucros máximos para a empresa.
Socioeconômico- estar ligado ao bem-estar social e não apenas aos seus lucros.
Em termos de comprometimento com a responsabilidade social, as organizações podem adotar quatro níveis, indo desde uma estratégia obstrutiva até
uma estratégia proativa, de acordo com Carrol.
Estratégia proativa:
Responsabilidades espontâneas e voluntárias
Toma liderança nas iniciativas sociais.
Assume voluntariamente responsabilidades econômicas, legais, éticas, espontâneas e antecipatórias.
Estratégia acomodativa 
Responsabilidades éticas
Faz o mínimo exigido eticamente.
Assume responsabilidades econômicas, legais e éticas.
Estratégia defensiva 
Responsabilidades legais 
Faz o mínimo exigido legalmente.
Assume responsabilidades econômicas e legais.
Estratégia obstrutiva 
Responsabilidades econômicas
Rejeita demanda social.
Assume responsabilidades econômicas apenas.
A ênfase em valores sociais e morais estão criando novas demandas sobre as decisões administrativas que refletem padrões éticos e de alto desempenho. O administrador deve aceitar a responsabilidade pessoal para fazer as coisas certas também sob o ponto de vista ético e de responsabilidade social. Os critérios sociais e morais devem ser usados para examinar os interesses dos múltiplos grupos de interesse (stakeholders) envolvidos em um ambiente dinâmico e complexo.
Compete aos administradores uma tarefa preponderante em sua atuação organizacional, no sentido de disciplinar, conscientizar, motivar e aplicar os preceitos, éticos e de responsabilidade socioambiental que devem reger o relacionamento entre os indivíduos que trabalham numa mesma empresa ou com outros públicos com os quais se relacionam.
Aula- 09
As tendências do mundo atual 
As organizações operam e funcionam em um contexto ambiental dinâmico e complexo. Esse contexto ambiental se caracteriza por elevado grau de mudança e transformação. Se isso não ocorre, as organizações se tornam gradativamente obsoletas, ultrapassadas, malsucedidas e até mesmo inviáveis. Elas têm um ciclo de vida parecido com o ciclo de vida dos produtos: nascem, crescem, amadurecem e caem no declínio.
Mudança + transformação = contexto ambiental
O sucesso de cada organização depende de sua capacidade de adequar-se continuamente a essa mudança e à transformação que ocorre ao seu redor.
As Tendências do Mundo Atual
Para sobreviver, competir e ter sucesso em um mundo de negócios tão volátil, as organizações precisam inventar-se e reinventar-se continuamente. Não dá mais para manter a mesma configuração dos negócios. E nem mesmo o sucesso por tempo indefinido. Aliás, é o sucesso que faz com que as organizações se tornem rapidamente vulnerável. Ao copiarem o sucesso da organização, os concorrentes se põem na frente e utilizam as mesmas armas com melhores componentes. E é dentro desse contexto que entra a importância das organizações serem cada vez mais proativas.
	Proativas- Organizações proativas são aquelas organizações que conseguem se antecipar às mudanças ambientais criando elas próprias as mudanças que ocorrerão em seus ambientes para se distanciarem de seus concorrentes. Possuem alto grau de aprendizagem organizacional e de inovação.
O segredo está em partir para frente e inovar sempre, de tal maneira que os concorrentes demorem a aprender como a organização chegou lá. Esse será o lapso de tempo de sucesso.
O mundo está passando por transformações revolucionárias que estão mudando a maneira como as organizações operam e funcionam. 
Empresas, produtos, serviços e pessoas que não estiverem antenados e plugados nessas transformações se tornarão rapidamente obsoletos. E, provavelmente, não servirão mais para as suas antigas funções. 
A tecnologia está funcionando como verdadeiro desestabilizador das instituições em face do seu forte impacto inovador, desequilibrando as estruturas vigentes, solucionando muitos problemas e criando situações inteiramente novas, que, por sua vez, trazem problemas novos e diferentes.
As dimensões de espaço e de tempo estão se transformando respectivamente em conceitos de instantaneidade (tende a ser momentâneo) e de virtualidade (qualidade do que é virtual).
Instantaneidade ( a informação online e em tempo real e o just in time (JIT) são exemplos da corrida para a instantaneidade.
Virtualidade ( a fabrica enxuta e a empresa virtual são exemplos da corrida para a virtualidade.
Competitividade 
Competitividade significa a posição relativa de um concorrente diante dos outros concorrentes no mercado. É como se houvesse um grande número de pretendentes para disputar um número finito de lugares desejáveis a serem ocupados. À medida que um pretendente ocupa um lugar, resta menor espaço para os outros. Uma corrida sem fim.
Para o sociólogo Alvin Toffler, estamos à beira de uma nova economia, uma nova política e uma nova educação. Mais de 15% dos americanos trabalham em casa, em SoHo’s (Small Office, Home Office), ao lado de um microcomputador ligado em rede com suas organizações. Brevemente, as escolas não poderão mais entregar ao mercado de trabalho adulto limitado e com conhecimentos padronizados.
Novos modelos de gestão empresarial, novas relações capital/trabalho, novas maneiras de utilizar serviços-meios para realizar atividades-fim – eis o novo e dinâmico cenário em que se desenvolverá a batalha da produção.
	“Muros, fossos e arames farpados não separam mais os países. Os inimigos são hoje menos ameaçadores e aos aliados são mais capazes. A democracia é o conceito social do fim do primeiro milênio. Modernizar é pensar em biologia genética, em computadores e áreas dinâmicas do conhecimento. Os mamutes transnacionais e as empresas de fundo de quintal terão de encontrar seus respectivos nichos para a aplicação prática dos conhecimentos que chegarão às suas mãos nos próximos anos.“
.
Mudando as Organizações a partir das mudanças individuais
Covey lembra que, para que as organizações possam ser transformadas, toma-se necessário antes fazer o mesmo com cada pessoa que dela faz parte. É o mesmo que imaginar que uma cultura pudesse ser transformada sem que os indivíduos que a compõem se transformassem primeiro. É isso que gera o seguinte tipo de pensamento: tudo nesta organização precisa mudar menos eu. Se todas as pessoas pensarem assim, esqueça a transformação, pois ela simplesmente não vai acontecer nunca.
A transformação tem inicio no momento em que cada pessoa se compromete intimamente a mudar.
A transformação individual deve acompanhar a transformação organizacional sob pena de haver duplicidade e cinismo.
Covey acrescenta que nada vai mudar do jeito que gostaríamos que mudassem em nossas nações, organizações e famílias até que nós mesmos mudemos e nos tornemos parte da solução que buscamos. Fazer parte da solução e não parte do problema. Para Covey, os líderes eficazes são aqueles que "transformam" pessoas e organizações.
As Organizações que Aprendem
Muitas organizações estão constantemente preocupadas em estabelecer regras e rotinas necessárias para guiar as suas relações internas e externas tendo em vista dois propósitos principais:
Aproveitar toda a experiência adquirida ao longo do tempo com situações precedentes e semelhantes, fazendo o que o passado está ditando. São as organizações voltadas para o passado, para o que era.
Homogeneizar e estandardizar seu comportamento diante de situações diferenciadas que surgem pela frente, fazendo o mesmo para todos. São as organizações rígidas e inflexíveis que padronizam tudo e que não têm jogo de cintura.
Peter Senge salienta que toda organização precisa ser inteligente: aprender continuamente para melhorar seu desempenho. A organização que aprende é aquela em que todos os membros estão sempre preocupados em criar sempre novas ideias, produtos e relações. Para Peter Senge existem dois tipos de aprendizagem nas organizações: a adaptativa e a geradora.
Aprendizagem adaptativa- Decorre do defrontamento com a mudança e com diferentes situações de trabalho. As pessoas aprendem trabalhando com situações que se tornam diferentes e variadas. O ambiente de trabalho provoca a aprendizagem de novas ideias, produtos e relações.
Aprendizagem geradora - Diz respeito à criatividade que
provém do esforço conjunto entre os membros da organização. As pessoas aprendem trocando ideias e experiências entre si. As equipes provocam a aprendizagem de novas ideias, produtos e relações através da interação social.
As empresas inteligentes se baseiam em pessoas capazes de contribuir com suas inteligências e talentos para melhorar continuamente o desempenho da organização.
As mudanças nas organizações podem ocorrer dentro de várias dimensões e velocidades. Elas podem ser restritas e específicas (envolvendo um órgão como uma divisão ou departamento, por exemplo) como podem ser amplas e genéricas (envolve a totalidade da organização) Elas tanto podem ser lentas, vagarosas, progressivas e incrementais, como rápidas, decisivas e radicais. Tudo depende da situação da organização e das circunstâncias que a cercam.
A mudança depende principalmente da maneira pela qual os administradores e as pessoas envolvidas sentem e percebem a sua necessidade, urgência e viabilidade.
É a percepção da urgência da mudança por parte dos administradores que determina a velocidade da mudança organizacional. 
A mudança lenta, contínua e incremental é geralmente o caminho seguido pelos programas de melhoria contínua e de qualidade total, que costumam receber uma diversidade de nomes. É a mudança indicada para organizações que pretendem melhorar seu desempenho de maneira suave e persistente, sem pressa e de maneira integrada e democrática, envolvendo todas as pessoas em um mutirão de esforços de mudança. 
Por outro lado, a mudança rápida, total e radical é o caminho seguido pela “reengenharia”. É a mudança indicada para organizações que têm muita pressa e urgência para mudar e que precisam alterar inteiramente seus rumos através de programas mais impactantes de mudança. Nesse caso, quase sempre, a sobrevivência da organização está em jogo.
Tipos de mudanças organizacionais
De acordo com Chiavenato existem quatro tipos de mudanças dentro das organizações, a saber:
Mudanças na estrutura organizacional: afeta a estrutura organizacional, os órgãos, as redes de informações internas e externas, os níveis hierárquicos etc. Além disso, as mudanças estruturais também envolvem alterações no esquema de diferenciação e integração existente.
Mudanças na tecnologia: afeta máquinas, equipamentos, instalações, processos organizacionais etc. A tecnologia representa a maneira pela qual a organização executa suas tarefas e produz seus produtos e serviços.
Mudanças nos produtos ou serviços: mudanças que afetam os resultados ou saídas da organização. Em geral, são as mais visíveis.
Mudanças nas pessoas e na cultura da organização: mudanças nas pessoas, em seus comportamentos, atitudes, expectativas, aspirações, necessidades, conhecimentos e habilidades e que afetam a cultura organizacional.
Essas mudanças não ocorrem isoladamente na organização. Pelo contrário, elas ocorrem de maneira sistêmica, umas afetando as outras e provocando um poderoso campo de forças de efeito multiplicador.
Como Preparar as Organizações para as Mudanças
Para mudar, a organização precisa transformar-se em um verdadeiro ambiente de mudanças, no qual as pessoas se sintam seguras e encorajadas para a inovação e a criatividade.
A mudança organizacional é importante demais para ser deixada ao acaso, ao sabor das circunstâncias, do mercado ou da concorrência. Ela também não pode ser atribuída somente a um único órgão ou a algumas poucas pessoas da organização. Precisa, necessariamente, envolver a totalidade das pessoas. Também não pode ser improvisada. Nem negligenciada. Ao contrário, a mudança organizacional deve ser planejada, organizada, dirigida e controlada.
Construindo Suportes Para as Mudanças
A escolha de uma pessoa que funcione como líder para orientar e incentivar o processo de mudança é indispensável. 
É vital também a escolha de um grupo de pessoas que trabalhe em equipe para ajudar a programar a mudança e que busque a participação e o envolvimento de todos nesse processo. 
As recompensas devem ser compartilhadas entre a organização e as pessoas que alcançaram os resultados desejados.
São graças ao esforço coletivo, total, integrado e envolvente das pessoas que se pode reinventar continuamente as organizações, ajustando-as aos novos desafios e demandas de um mundo de negócios em constante transformação.
Mudanças se faz com pessoas e através de pessoas, não existe nenhuma outra alternativa possível.
Resistência às Mudanças
A resistência das pessoas às mudanças dentro das organizações é tão comum quanto à própria necessidade de mudança. É o velho princípio da física que diz que a cada ação corresponde a uma reação igual e contrária. 
Quando o administrador decide sobre qualquer tipo de mudança a ser feita na organização, ele se defronta naturalmente com a resistência das pessoas.
Em geral, a resistência pode ser consequência de aspectos lógicos, psicológicos e sociológicos. 
Aspectos lógicos- A resistência lógica é decorrente do esforço e do tempo requeridos para a pessoa se ajustar à mudança, incluindo novos deveres do cargo, que precisam ser aprendidos. Constituem os investimentos pessoais impostos às pessoas pela mudança. Quando as pessoas acreditam que a mudança lhes será favorável, elas certamente aceitam pagar os investimentos a longo prazo.
Aspectos psicológicos- A resistência psicológica é decorrente de atitudes e sentimentos das pessoas a respeito da mudança. Elas podem sentir medo do desconhecido, duvidar da liderança do gerente ou perceber que sua segurança pessoal no emprego está ameaçada. Mesmo que a organização não creia que haja justificativa para esses sentimentos, eles devem ser reconhecidos como reais.
Aspectos sociológicos- A resistência sociológica é decorrente de interesses de grupos e valores sociais envolvidos. Os valores sociais são poderosas forças no ambiente e devem ser cuidadosamente considerados. Existem coalizões políticas, valores de diferentes comunidades que podem afetar o comportamento das pessoas. As pessoas podem indagar se a mudança é consistente com seus valores sociais quando colegas de trabalho podem ser demitidos por causa de mudanças.
Como reduzir a resistência a mudanças 
Como a resistência geralmente acompanha alguma mudança a ser feita, o administrador precisa ter a habilidade de reduzir os efeitos da resistência para assegurar o sucesso das modificações necessárias. Segundo Williams, alguns cuidados podem ser tomados:
Evite surpresas- Sempre que possível, as pessoas a serem afetadas devem ser informadas sobre o tipo de mudança a ser considerado e a probabilidade de ela ser adotada.
Faça tentativas de mudança- A tentativa de mudança é baseada na presunção de que um período prévio de ensaio durante o qual as pessoas vivem sob mudança é o melhor meio para reduzir o medo de perdas pessoais.
Incentive a mudança - A administração deve encorajar as pessoas a aumentar a eficácia organizacional. Para tanto, parte das recompensas organizacionais a serem ganhas pelos membros da organização deve ser utilizada para incentivar e instrumentalizar uma mudança construtiva.
Promova uma compreensão real da mudança - Quando o medo de perdas pessoais relacionados com a mudança é reduzido, a oposição a ela também é reduzida. As pessoas devem receber informação sobre perguntas que invariavelmente são feitas.
Avaliação das mudanças realizadas 
Para finalizar, o administrador deve avaliar as mudanças feitas. O propósito dessa avaliação é ganhar uma visão daquilo que foi modificado no sentido de aumentar a eficácia organizacional, mas principalmente verificar se os passos tomados para alcançar a mudança podem ser modificados para aumentar ainda mais a eficácia (alcançar os resultados planejados) organizacional e colher mais benefícios na próxima vez que for usada.
Aula- 10
Os administradores e seus benefícios 
Apesar de todos os desafios que já vimos, o trabalho de um administrador pode ser muito estimulante e recompensador. Os bons administradores são uma “mercadoria rara’’,
e os pacotes de remuneração refletem o valor que o mercado lhes atribui”.
As Recompensas de ser um Administrador
Hoje em dia, a dinâmica e a complexidade do ambiente organizacional colocam inúmeros desafios aos administradores.
Em primeiro lugar, é um trabalho difícil e exigente – os administradores que ocupam posições estratégicas e gerências muitas vezes têm que trabalhar mais de 40 horas por semana.
Os administradores têm de lidar com pessoas com diferentes personalidades, experiências, conhecimentos e ambições, que precisam ser agregadas em torno de um objetivo comum. Precisam saber motivar seus subordinados, mesmo quando o ambiente é incerto e caótico. 
Os administradores devem tomar decisões difíceis no que tange à distribuição de recursos escassos.
O sucesso e a eficácia de um administrador dependem do desempenho de outros, o que pode ser estressante e, por vezes, ingrato.
A carreira de administrador possui benefícios que não se limitam apenas a recompensas materiais.
A administração é uma atividade que oferece outros incentivos, uma vez que os administradores desempenham o papel mais importante para a organização.
Criatividade 
Inovação 
Aprendizado.
São os administradores que criam as condições para que seus subordinados desempenhem suas funções e, dessa forma, para que os objetivos da organização possam ser alcançados. 
Cabe também a eles ajudar os membros da organização a encontrar um sentido no trabalho. Os administradores têm a chance de inovar, de encontrar formas criativas de aproveitar oportunidades ou resolver problemas. Igualmente, têm a oportunidade de lidar com uma diversidade de pessoas e experiências, enriquecendo assim sua visão do mundo. 
Além dessas recompensas, há o reconhecimento e o status social, conferidos à profissão tanto na organização como na comunidade onde ela está inserida, decorrentes do poder atribuído ao papel do administrador para a sociedade.
Profissões mais bem remuneradas no Brasil
Médicos e administradores estão no topo da lista de profissões mais bem pagas do país, de acordo com o estudo Os Retornos da Educação no Mercado de Trabalho, divulgado em 28/01/2010, pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Para a FGV, a pesquisa comprova a relação direta entre escolaridade e remuneração. A hierarquia educacional se reflete na hierarquia dos resultados observados no mercado de trabalho, ou seja, aquele que estudou mais recebe salários mais altos e tem maiores chances de conseguir trabalho, afirmou o coordenador do estudo, o economista Marcelo Neri.
Quanto ganha um administrador 
De acordo com o Grupisa, que pesquisa os salários de 70 grandes empresas nacionais, o salário para Administrador no Brasil vai de R$2.191,67 a R$7.774,57, apresentando uma variação de 250% entre o menor salário praticado pelo mercado para um Administrador Júnior e o maior salário para um Administrador Sênior.
	Cargo
	Mercado - tamanho da empresa
	Cargo 
	Menor 
	Média 
	Maior 
	Administrador Junior
	
2.191,67
	
3.320,11
	
3.986,80
	Administrador pleno 
	
2.706,80 
	
4.253,02
	
5.681,62
	Administrador sênior 
	3.334,86
	6.253,02
	7.774,57
Para o presidente do grupo de permuta de informação salarial (grupisa), Carlos monnerat, o administrador tem a vantagem de trabalhar tanto na área final de uma empresa como na área de apoio, o que acontece com a grande, por conta de sua flexibilidade de demanda dentro do mercado de trabalho. Por exemplo, as empresas estatais que realizam concursos públicos tem uma forte demanda para o administrador, e apagam salários competitivos para profissionais em inicio de carreira. Existem também as empresas de tecnologia da informação (TI) absorvem administradores em maior proporção na área de apoio.
Atenção Administradores: o mercado de trabalho está em expansão!
O MEC divulgou no dia 13 de janeiro de 2011 o Censo do Ensino Superior de 2009. De acordo com o levantamento, 1,1 milhão de estudantes se matricularam em um curso de Administração no ano de 2009 o que representa 18,5% de toda a população universitária brasileira. Quase metade das matrículas da educação superior concentra-se nos cursos de administração, direito (651 mil), pedagogia (573 mil) e engenharia (420 mil). Na educação a distância, apenas dois cursos - pedagogia e administração - detêm 61,5% do total de matrículas.
A grande procura pelo curso de administração pode ser explicada pela crescente demanda por administradores profissionais em diversos segmentos: indústria, comércio, serviços, administração publica, terceiro setor,consultoria magistério.
Aula- 01
Os Administradores e a Administração 
Em um mundo cada vez mais globalizado e competitivo, o sucesso ou o insucesso das organizações dependem da qualidade de sua administração.
Mas, quem estabelece objetivo e guia a organização de forma a alcançá-los?
São os administradores. Eles também preparam a organização para a mudança, procurando adaptá-la a um ambiente cada vez mais dinâmico e imprevisível.
Assim, para uma organização ser bem-sucedida, ela depende de seus administradores. 
E é claro que administradores de grandes empresas são mais conhecidos e midiáticos. No entanto, não existe um modelo que defina como deve ser um administrador de sucesso.
As Organizações e a Administração
Existem milhares de administradores em diversas organizações espalhadas pelo Brasil e milhões pelo mundo. 
Os administradores administram organizações de todos os tamanhos, com as mais diversas finalidades, e podem ser responsáveis pelas organizações como um todo ou apenas por uma unidade ou equipe.
Os Administradores
Os administradores ou gestores são os membros que têm como função guiar as organizações de forma a alcançar seu propósito.
São os administradores 
que decidem como e onde ( aplicar os recursos da Organização
 De forma a assegurar que esta
 Atinja seus objetivos.
Os administradores não fazem isso sozinho. Eles trabalham coordenando e dirigindo as atividades de outras pessoas, ajudando os demais membros a atingir um conjunto de objetivos coerentes para a organização. 
O que os distingue dos outros membros da organização é que eles coordenam as atividades de outros, que, por essa razão, lhes prestam contas do seu trabalho.
O Processo de Administração
As atividades de administração ou gestão não estão circunscritas ao presidente ou aos diretores da organização. Muitas outras pessoas na estrutura hierárquica têm igualmente funções da administração, como, por exemplo, os gerentes, os supervisores, os líderes de equipe, entre outros.
A atuação do administrador no trabalho dos outros está ligada a:
�
Nem todas as pessoas que trabalham em uma organização são administradores. Alguns membros das organizações têm como única responsabilidade a execução de uma tarefa ou trabalho específico, sem ter de supervisionar o trabalho de outro. São geralmente designados, subordinados, funcionários, trabalhadores, operários, empregados, ou, de acordo com as tendências mais atuais, colaboradores ou parceiros.
Os Administradores e a Administração
Seja qual for o nível organizacional, o tipo ou dimensão da organização, ou a área funcional, os administradores planejam, organiza, dirigem e controlam. Podem variar a importância e o tempo dedicado a cada uma dessas funções. No entanto, para compreender a essência do trabalho de um administrador, é necessário conhecer:
Quais papéis desempenham na organização;
Quais aptidões e habilidades necessita possuir;
Quais competências específicas estão relacionadas à eficácia e à eficiência de seu desempenho.
Administra para Chiavenato (2004) administrar significa criar condições ideais de solidariedade para que as pessoas possam
se ajudar mutuamente e gerar valor e riqueza de modo eficiente e eficaz. 
Ele acredita que todas as organizações independentemente do tamanho, ramo de negócio, características ou propósitos necessitam de administração para chegar a níveis de excelência naquilo que pretendem fazer. E o papel do Administrador requer uma perfeita adequação a todos esses aspectos.
Por isso, saber compatibilizar com equilíbrio todos esses aspectos com sua conduta pessoal e profissional é o mais importante desafio do Administrador moderno.
Chiavenato (2010) afirma ainda que a Administração está em todos os lugares e em todos os cantos do planeta. Sem ela as organizações em geral e as empresas e empreendimentos em particular não alcançariam suficiente competitividade e sustentabilidade no dinâmico, competitivo e complexo mundo dos negócios de hoje.
O CFA – Conselho Federal de Administração - (2006) define o Administrador como um “profissional com visão sistêmica da organização para promover ações internas criando sinergia entre as pessoas e recursos disponíveis e gerando processos eficazes”.
Administrar é fundamental na gestão empresarial, na gestão pública e em qualquer tipo de negócio concentrado ou disperso, físico ou virtual. E precisa levar em conta a mudança, transformação e volatilidade que impera neste mundo globalizado e mutável. Se vivêssemos em uma era de estabilidade e manutenção do status quo certamente tudo seria mais fácil.
Planejamento 
Organização 
Controle 
Direção

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