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Lingua e Lit. - Fontes Latim vulga - aula 2 (1)

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PERIODIZAÇÃO DA LITERATURA LATINA
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Literatura latina ou romana é o nome que se dá ao corpo de obras literárias escritas em latim e que permanecem até hoje como um duradouro legado da cultura de Roma Antiga 
Os romanos produziram diversas obras de poesia, comédia, tragédia, sátira, história e retórica, baseando-se intensamente na tradição de outras culturas, particularmente na tradição literária grega, mais amadurecida. Mesmo muito tempo depois que o Império Romano do Ocidente já havia caído, a língua e a literatura latinas continuaram a desempenhar um papel central na civilização européia e ocidental
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A literatura latina costuma ser dividida em períodos distintos. Poucas obras escritas no latim chegaram até nós; entre os trabalhos que sobreviveram, no entanto, estão as obras de Plauto e Terêncio, que permaneceram extremamente populares por todos os períodos até a atualidade, enquanto diversas outras obras latinas, incluindo muitas feitas pelos mais destacados autores do período clássico, desapareceram, muitas vezes tendo sido redescobertos apenas séculos depois de suas composições, e outras vezes nem mesmo isto.
	 Estas obras perdidas aparecem, por vezes, como fragmentos, em outras obras que sobreviveram, enquanto outras são conhecidas apenas por referências em obras como a Naturalis Histórias, de Plínio Velho ou De Architectura de Vitrúvio.
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Literatura
- Alguns dos autores mais importantes que escreveram no latim antigo foram os seguintes
	- Lúcio Lívio Andrônico (c. 280/260 a.C.–c. 200 a.C;)
Cneu Névio (c. 264 – 201 a.C.) 
Tito Mácio Plauto (c. 254–184 a.C.) 
Quinto Ênio(239 - c. 169 a.C.) 
Marco Pacúvio (c. 220-130 a.C.) 
Públio Terêncio Afer (195/185–159 a.C.) 
Lúcio Ácio (170 - c. 86 a.C.) 
Caio Lucílio(c. década de 160 - 103/2 a.C.) 
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Em latim Titus Maccius Plautus
foi um dramaturgo romano, que viveu durante o período republicano. As 21 peças suas que se preservaram até os dias atuais datam do período entre os anos de 254 a.C e 184 a.C.
 
Suas comédias estão entre as obras mais antigas em latim preservadas integralmente até os dias de hoje, são quase todas adaptações de modelos gregos para o público romano, tal como ocorria na mitologia e na arquitetura romana. Seus trabalhos foram também fonte de inspiração para muitos renomados escritores, tais como Shakespeare, Molière e outros.
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Em latim Publius Terentius Afer.
Foi um dramaturgo e poeta romano, autor de várias comédias como Andria, Phormio e Adelphoe.
É atribuída a Terêncio a autoria da famosa frase: 
	"Nada do que é humano me é estranho".
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Aquele que é conhecido como "latim clássico" nos dias de hoje era, na realidade, uma língua literária escrita de maneira altamente estilizada e polida, construída de maneira seletiva e intencional a partir do latim antigo (do qual restaram algumas poucas obras escritas). O latim clássico seria o produto desta reconstrução do latim antigo, e a influência dos modelos do grego.
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O período durante o qual se costuma considerar que a literatura latina atingiu o seu ápice, costuma ser dividido em duas eras distintas: a Era de Ouro, que cobre aproximadamente o período do início do século I a.C até a metade do século I d.C, e a Era de Prata, que abrange o século II d.C.
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Poesia
Catulo – poeta lírico e elegista
Horácio - poeta lírico e satirista
Lucrécio- filósofo
Ovídio - elegista, poeta didático e mitológico
Tíbulo – elegista
Virgílo - poeta épico, didático e pastoral
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Prosa
	- Cícero – orador, filosófo e jurista.
	- Marcus Terêncio Varrão – Linguista e escritor sobre agricultura
	- Vitrúvio - arquiteto 
História
Lívio
Salústio
Júlio Cesar
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Em Latim Quintus Horatius Flaccus, foi um poeta lírico e satírico romano, além de filósofo. É conhecido por ser um dos maiores poetas da Roma Antiga.
Sua obra pode ser dividida em quatro gêneros:
	- Sátiras ou sermones — Retrata ironia de seu tempo dividida em dois livros escritos em hexâmetro. Baseado em assuntos literários ou morais, discute questões éticas. 
Odes ou Carminas — Divididos em quatro livros de longos poemas líricos sobre assuntos diversos, geralmente sobre mitologuia. Também em hexâmetros. 
Epístolas ou cartas — Dois livros feitos de coleções de cartas sobre vários assuntos. Dentre elas destaca-se a maior, a epístola aos Pisões, conhecida como Arte Poética. 
 Epodos ou iambos — Um livro somente, com 17 pequenos poemas líricos escritos na mocidade sobre assuntos de Roma e imitava, tanto na métrica quanto no estilo satírico, o poeta arquíloco
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Em latim Publius Vergilius Maro, às vezes chamado de Vergílio, foi um poeta romano
Sua obra mais conhecida é a Eneida. 
Esta refere-se à lenda do guerreiro Enéias, que, após a célebre guerra, teria fugido de Tróia, saqueada e incendiada, e chegado à Itália, onde se tornou o antepassado do povo romano. Epopéia erudita, a Eneida tem como objetivo dar aos romanos uma ascendência não-grega, formulando a cultura latina como original e não tributária da cultura helênica.
Foi considerado ainda em vida como o grande poeta romano e expoente da literatura latina. Seu trabalho foi uma vigorosa expressão das tradições de uma nação que urgia pela afirmação histórica, saída de um período turbulento de cerca de dez anos, durante os quais as revoluções prevaleceram
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Cícero, Tito Lívio.
Em latim Marcus Tullius Cicero foi um filosófo, orador, escritor, advogado e político romano.
Cícero é normalmente visto como sendo uma das mentes mais versáteis da Roma antiga. Foi ele quem apresentou aos Romanos as escolas da filosofia grega e criou um vocabulário filosófico em Latim, distinguindo-se como um linguista, tradutor, e filósofo. Um orador impressionante e um advogado de sucesso, Cícero provavelmente pensava que a sua carreira política era a sua maior façanha. Hoje em dia, ele é apreciado principalmente pelo seu humanismo e trabalhos filosóficos e políticos.
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Cícero foi declarado um pagão justo pela Igreja Católica, e por essa razão muitos dos seus trabalhos foram preservados. Santo Agostinho e outros citavam dos seus trabalhos “De Republica" (Da República) e “De Legibus" (Das Leis), e é devido a isto que podemos recrear muito do seus trabalho usando os fragmentos que restam. Cícero também articulou um conceito abstrato de direitos, baseado em lei antiga e costume. Dos livros de Cícero, seis sobre retórica sobreviveram, assim como partes de oito livros sobre filosofia. Dos seus discursos, oitenta e oito foram registrados, mas apenas cinqüenta e oito sobreviveram.
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Titus Livius conhecido em português por Tito Lívio ou simplesmente Lívio, é o autor da obra histórica intitulada “Ab urbe condita” ("Desde a fundação da cidade"), onde tenta relatar a história de Roma desde o momento tradicional da sua fundação 753 a.C. até ao início do século I da era comum, mencionando desde os reis de Roma, tanto os primeiros como os Tarquínios.
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Poesia
Caio Valério Flaco- poeta épico
Lucano- poeta épico 
Marco Manílio- poeta astronômico
Sílio Itálico- poeta épico
Estácio- poeta lírico e épico
Juvenal- satirista 
Marcial- epigramático
Pérsio– satirista
Fedro - Fabulista
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Prosa
Aulo Cornélio Celso- médico
Aulo Gélio - ensaísta 
Apuleio – proto-romancista e filósofo
Columela – agricultor
Petrônio – proto-romancista
Plínio, o Velho – cientista
Plínio, Novo – correspondente
Quintiliano – retórico
Sexto Júlio Frontino – engenheiro
Valério Máximo - anedotas
Sêneca o Velho – orador
Marco Cornélio Fronto - correspondente
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História
Floro Marco
Patérculo
Tácito
Biografia
Suetônio
Quinto Cúrcio Rufo
Diversos Gêneros
Sêneca, o Jovem- filósofo, correspondente, cientista, trágico e satirista
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Caio Plínio Segundo, em latim Gaius Plinius Secundus, conhecido também como Plínio, o Velho, foi um naturalista romano.
Caio Plínio Cecílio Segundo , em latim Caius Plinius Caecilius Secundus, também conhecido como Plínio, o Jovem ou o Novo, foi orador insígne, jurista, político e administrador imperial, na Bitinia (111-112). Sobrinho-neto
de Plinio, o Velho, que o adoptou, estava com o mesmo no dia da grande erupção do Vesúvio (79 d.C.), mas não o acompanhou na viagem de barco até o vulcão em erupção que se revelaria mortal. Seus escritos sobre esse dia, no qual Pompeia se afogou em cinzas, são o principal documento escrito que versam a respeito de como sucedeu tal erupção. Hoje, as erupções desse tipo são chamadas de erupções plinianas.
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Públio (Caio) Cornélio Tácito (em latim Publius (Gaius) Cornelius Tacitus) ou simplesmente Tácito.
É considerado um dos maiores historiadores da Antiguidade. Escreveu por volta do 102 um Diálogo dos oradores e depois, Sobre a vida e o caráter de Júlio Agrícola, um elogio ao seu sogro, que havia sido um eminente homem público durante o reinado de Domiciano e que havia completado, como general, a conquista da Britânia, além de ter feito uma expedição à Escócia. Suas obras principais foram Annales ("Anais") e Historiae ("Histórias"), que tinham por tema, respectivamente, a história do Império no primeiro século, desde a chegada ao poder do imperador Tibério até à morte de Nero (Annales) e da morte de Nero à de Domiciano (Historiae).
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Caio Suetónio Tranquilo, em latim Gaius Suetonius Tranquillus, ou simplesmente ou Suetônio.
Foi um grande escritor latino que nasceu em 69 da era cristã, em Roma e faleceu por volta de 141.
Suetônio se situa num vasto escalão intermediário da literatura. Não teve a grandeza dos autores do apogeu, como Virgílio, Cícero, Horácio, Ovídio, Tito Lívio, aos quais foi posterior. 
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AUERBACH, Erich. Introdução aos estudos Literários. Tradução de José Paulo Paes. 2ª Ed. São Paulo. Cultrix, 1972
BASSETTO, Bruno Fregni. Elementos de filologia Românica. São Paulo: EDUSP, 2002.
CASTILHO, Ataliba. O português do Brasil. In: ILARI, Rodolfo. Lingüística Românica. São Paulo: Ática 1992.
COSERIU, Eugenio. El hombre u sy lenguaje: estúdios de teoria y metodologia lingüística. 2.ed. revisada. Madrid: Gredos 1991. 
CUNHA, Antonio Geraldo da. Dicionário etimológico Nova Fronteira da língua portuguesa. 2.ed. revista e acrescida de um suplemento. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.
ELIA, Silvio Edmundo. Preparação à Lingüística Românica. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1979
ELIA, Silvio, A língua Portuguesa no Mundo. Série Princípios. São Paulo. Ática 1989
FARACO, c.a. Linguística e histórica: uma introdução ao estudo da história das línguas. São Paulo: Ática 1992 (série “Fundamentos”)
GAUGER, Hans-Martin. Introducion a la lingüística românica. Trad: Elisabeth Schaible e José Garcia Alvez. Madrid: Greedos, 1089.
ILARI, Rodolfo. Lingüística Românica. 3ª ed. São Paulo: Ática, 2000.
IORDAN, Iorgu. Introdução à lingüística românica. Trad. Julia Dias Ferreira. 2. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1982.

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